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Capítulo 10 A Fazenda

Capítulo 11 Difícil Resistir


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Quando Adam chegou, eu avisei a mãe da Liza que vamos a um hospital só para ter certeza sobre o que aconteceu, que tá óbvio! Liza foi violentada... Eu estou muito triste, mas tenho que parecer estar forte e tentar dar força para minha amiga
O pai da Liza já não estava mais em casa... E provavelmente estava nalgum bar a beber.
Adam estava esperando fora de casa. Ele estava sentado no capô do carro mexendo no celular. Estava lindo vestido duma camisa preta acompanhado com uma jaqueta e calça pretas. Nos pés estava usando um tênis preto. Eu adorava ver homens vestidos de preto e agora vendo Adam eu amo.
Cumprimento ele e vou correndo para abrir a porta para Liza entrar, antes de fechar a porta beijo sua testa e sussurro "vai ficar tudo bem"
- Obrigada por vir Adam. - ele se afasta do capô e vem até mim. Abraço meu corpo porque sentia calafrios... estou arrasada, com tudo que aconteceu que só me apetece chorar... não sei se sobreviveria algo do gênero
- Tudo bem, não precisa agradecer... - sem pedir, ele me envolve em seus braços num abraço forte agradeço - vamos?
- Sim, não percamos mais tempo!
Ele abre a porta para mim e entro. Em seguida ele entra. Antes dele ligar o carro e arrancar dou uma olhada na Liza, ela estava de olhos fechados, sua cabeça estava apoiada na janela do carro.
- Eu conheço uma clínica bem próxima daqui, podemos ir lá?
- Sim... Quanto mais próximo melhor... - Digo olhando a vista de fora.
Adam pega minha mão e leva até os lábios e assim, provocando uma explosão de sensações dentro de mim... Sua boca estava fresca e era tão macia... Eu não me importaria de oficializar um namoro, não posso me precipitar!
Sorrio para ele debilmente, mas seu olhar estava fixo na estrada.
Chegamos a clínica e Liza pediu que eu entrasse com ela para a analisarem. Eu expliquei quase tudo que aconteceu a doctora quando Liza já estava na cama. A Doctora disse que ela precisa ficar uma noite para fazer uns exames de sangue e precisa de alguns cuidados para não infeccionar. Enquanto a doctora explicava tudo, eu só acenava e concordava.
Eu fiz questão de perguntar a doctora se estava certa sobre o estupro, ela me disse com todas as letras que ela foi abusada sexualmente e não só, as manchas no seu corpo são sinais evidentes de tortura.
Nesse momento só Liza sabe o que aconteceu com ela... Mais ninguém sabe, eu não a vou pressionar, quando ela estiver preparada para contar eu estarei ao seu lado para ouvir porque nesse momento ela só precisa de muita força e amor.
Quando a doctora terminou de explicar, sentei na cadeira de espera ao lado do Adam. Ele estava com dois copos de cappuccino e me entrega um deles.
- Obrigada Adam. - recebo o cappuccino e bebo um pouco.
- Como ela está? - ele pergunta preocupado. Sei que só nos conhecemos em tão pouco tempo, mas ele estava tão envolvido e preocupado que parecia ser um anjo que Deus colocou nas nossas vidas.
- Mal... Mas vai recuperar...
Nós ficamos em silêncio por um bom tempo até eu lembrar que não avisei a minha mãe que vou chegar tarde!
- Minha mãe me mata! - sem querer falo alto demais e Adam olha para mim e depois desvia o olhar sorrindo. Ai, esqueci-me que ele acha que sou independente! - ela está passando uns dias no meu pequeno flat... - explico e ligo para minha mãe que atende na hora!
FILHA! ONDE VOCÊ ESTÁ!?
Ela gritava.
Mãe, conversamos em casa melhor. Aconteceu algo ruim com Liza e eu estou ajudando.
O que aconteceu filha?
Eu dificilmente minto para minha mãe, então decidi contar tudo! Bom, quase tudo... Porque eu não contei a ela que beijei um mafioso e muito menos que enfrentei um! Só contei que fui a casa da Liza, um vizinho a levou e seu pai a resgatou!
Você foi naquele lugar!?
Mãe, por favor, estou no hospital... Podemos conversar quando eu chegar?
Filha! Eu vou até esse hospital! Me manda o endereço, eu vou até lá...
Tá bem, vou mandar.
Encerro a chamada e envio a localização.
- Adam - pouso o cappuccino no chão, me levanto e fico de pé a sua frente - minha mãe está vindo, não acha melhor voltar em casa e descansar um pouco?
Ele pousa o cappuccino e se levanta... Adam é mais alto que eu, então tive que erguer meu rosto para poder olhá-lo - Tudo bem, me dá notícias...
- Claro, eu acompanho você até o carro...
Caminhamos até o parque de estacionamento que estava bem isolado.
- Bom... - começo - obrigada - ele faz uma cara feia e eu rio - sei que é aborrecido, mas eu nunca me vou cansar de agradecê-lo.
- Não foi nada, acho que qualquer pessoa no meu lugar faria o mesmo por uma amiga...
Não sei por quê, mas ouvi-lo a me tratar como uma "amiga" doeu um pouco. Talvez ele não esteja sentindo o mesmo que eu... Ou seja, sou a única a criar laços sem ser correspondida. E o que tivemos foi só uma ficada!
Eu tento sorrir para disfarçar minha tristeza, mas era evidente - Não, acho que não são todos que fariam... Mas o que posso fazer para pagar esse favor?
Ele pensa um pouco e por fim sorri - apenas atenda minha chamada amanhã e o resto é surpresa.
- Ah não! Pelo menos uma pista! Eu odeio surpresas!
Ele sorri para mim- Amanhã você vai aprender a amar uma surpresa! - ele fixa o olhar no meu - eu te garanto.
- Sei... - sorrio.
Sem ter mais o que dizer, Adam entra no carro e acena se despedindo. Eu aceno de volta sorrindo.
Que surpresa será essa? Adam, Adam... O que você está tramando?