Capítulo 4 Cap Quatro

Jason sorriu de satisfação quando ouviu a campainha. Ele sabia que havia a possibilidade de ela não aparecer, mas essa era uma pequena porcentagem. Ele endireitou os punhos e foi atender a porta. Ela parecia ainda mais desalinhada em seu suéter gasto e jeans desbotados quando rodeada pela opulência do corredor. Já que ele não espeficifou o traje apropriado, ele não se incomodou em apontá-lo. Surpreendentemente, ela tinha uma pequena mala com ela. Ele se perguntou. As mulheres não viajavam sempre com pelo menos três a cinco peças de bagagem?

Ele a deixou entrar e começou a delinear seus vários papéis.

- Obrigado por aparecer, Srta. Scott. Me deixe lhe informar sobre o que se espera de você. Como eu costumava contratar babás que viviam fora, eu sou a pessoa que dá banho nas crianças na parte da manhã. Mas, no seu caso, como você vai estar vivendo aqui, isso cairá sob sua jurisdição. Eu entrarei quando eles ficarem muito turbulentos. Seu desjejum habitual inclui leite e alguma comida de bebê; você descobrirá isso com as instruções na geladeira. Depois disso, suas atividades ficam a seu critério. Aqui está uma lista de atividades aprovadas, examinadas por algumas de suas babás anteriores. Você pode levar eles para onde quiser, mas volte às seis. Vou tentar estar em casa até lá, mas se não voltar, por favor, dê um banho e alimente-os. Você tem alguma pergunta? Como eu disse, minha governanta está fora por duas semanas, mas ela preparou comida para mim. Você também pode pedir comida, mas, geralmente, não precisa se preocupar em cozinhar para nós.

Ela parecia vagamente oprimida por tudo o que ele havia jogado nela, mas ele a viu se recuperar.

- Se eu tiver qualquer pergunta, posso contatá-lo, Senhor? Apenas em caso. E existe algum contato de emergência? - ela perguntou, olhando para ele. Ele se sentiu como se estivesse se afogando naqueles profundos olhos azuis escuros. Por que ele estava tão fascinado com os olhos dela? Talvez porque seja sua característica mais agradável? Mas seu sorriso era bastante desafiador. E seu cabelo também.

Um grito estridente o tirou de seu devaneio. Ele enviou a Mayara um sorriso seco.

- Minha filha. Ela madruga e nunca se contenta em deixar ninguém dormir até tarde. Em alguns momentos, você vai ouvir meu filho também. - E, fiel as suas palavras, os gritos de Tanner foram ouvidos alguns segundos depois. - Devemos?

- Hum, posso perguntar sobre a mãe deles Senhor? - ela perguntou hesitante. Jason se sentiu enrijecer involuntariamente.

Ele não gostava de falar sobre a mãe deles. Em sua mente, eles não tinham mãe. Tinham apenas uma barriga de aluguel que decidiu que ter filhos não se adequava à sua imagem e depois os largou sobre o seu pai desavisado. No entanto, ele sabia que tinha que avisar Mayara sobre ela. Ela era vingativa e poderia até tentar tirá-los se achasse que isso poderia beneficiá-la, mesmo quando ela havia cedido todos os seus direitos a eles em um contrato legalmente vinculativo.

Eles pararam do lado de fora do quarto dos gêmeos. Os gêmeos se acalmaram um pouco, provavelmente se divertindo. Mayara olhou incerta para ele e ele ficou surpreso com o fato de que ela não precisava olhar muito para cima. Ela deve ser bastante alta para uma mulher porque ele tinha 1,90 m e ela já alcançava seu ombro.

- Você não precisa falar sobre ela se não quiser. - Ele sabia que ela estava disposta a esquecer, mas não queria que ela fosse pega desprevenida.

- Você nunca deve deixá-los sozinhos com sua mãe. Sempre. Esta é a única regra que você deve seguir ao pé da letra. Não se desvie nem um pouco. - disse ele. Ele não poderia ter enfatizado mais a importância. Ela acenou com a cabeça em compreensão, mas ele podia ver que ela estava intrigada com sua instrução. - A mãe deles é uma figura pública e se ter filhos a ajudasse, ela faria qualquer coisa para isso. Ela é Carrie Carter.

- A supermodelo? Aquela que teve que ser dispensada por sua gravadora por causa de alguma briga ou algo assim? - ela perguntou com um suspiro. A diversão o encheu. Esta foi a primeira vez que alguém mencionou aquela briga em muito tempo. Normalmente, as pessoas mencionariam sua carreira ou suas façanhas nos tablóides. Agitando a diversão, ele ficou satisfeito quando ela levou a sério a ameaça. - Eu entendo e não se preocupe, eu nunca, nunca vou deixar essa mulher se aproximar deles.

- Boa. Agora vamos cuidar dos meus filhos.

Ele não sabia por que acreditava nela, ele nunca confiou em nenhum de seus gerentes tão implicitamente antes. Mas ele confiava que essa mulher, esta mulher alta, desalinhada e com o corpo curvilíneo, guardaria seus tesouros mais valiosos com a vida. E o que mais ele poderia pedir?