A Memória do CEO
img img A Memória do CEO img Capítulo 3 Saída
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Capítulo 6 Não é sua img
Capítulo 7 Plano img
Capítulo 8 Desejo img
Capítulo 9 Doenças img
Capítulo 10 Qualidades img
Capítulo 11 Intenções img
Capítulo 12 Bebê img
Capítulo 13 Fuga img
Capítulo 14 Viagem img
Capítulo 15 Beijo img
Capítulo 16 Praia img
Capítulo 17 Noiva img
Capítulo 18 Sharleny Rayanne Silveira img
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Capítulo 3 Saída

Paola

Beijo o Alessandro após mais uma noite de sexo quente e sussurro no seu ouvido:

- Na próxima vez, eu que vou te deixar destruído.

- É mais fácil eu fazer isso. - Ele dá um riso e morde meu lábio. Passa uma mão no meu seio e com a outra me dá um tapa na bunda. Ele sobe sua calça e sai do banheiro.

Isso é decepcionante. Eu queria mais, queria ficar com ele a noite toda. Seria maravilhoso.

Visto minha roupa e saio do banheiro da sua sala. Fizemos uma pequena bagunça aqui.

Ele me beija por trás, causando arrepios no meu corpo, e sussurra elogios safados no meu ouvido. Fecho os olhos enquanto ele beija o meu pescoço e a vontade de tê-lo por mais tempo só aumenta, mas a vida não é mil flores e eu não posso ter tudo o que quero.

- Meu turno já acabou. Minha mãe vem me buscar, preciso descer.

- Não. Continua aqui. Deixa sua mãe esperando. - Ele agarra minha cintura. - Eu queria tanto que você dormisse na minha casa.

- Mesmo? - Sorrio. Ele nunca havia dito isso antes. - Eu também queria, mas sabe que minha mãe infarta se eu dormir fora de casa.

- É... - Ele me solta e começa a recolher os papéis que estão no chão.

Não gosto dessa situação tanto quanto ele, mas faz anos que minha mãe deixou de viver sua vida para viver por mim. Ela já não sabe fazer outra coisa que não seja cuidar de mim, então não consigo sair dessa situação. Temo que ela acabe numa depressão severa da qual não consiga sair. Por isso faço suas vontades e a deixo feliz.

- Amanhã é minha folga - diz. - Não pode pedir para uma amiga ficar no seu turno e assim você poder ir para o meu apartamento?

- Claro! - Sorrio, mesmo com o coração apertado. Se minha mãe acaba descobrindo isso, não será uma situação agradável de lidar.

- Ótimo! - Ele me dá um selinho.

- Até amanhã! - Saio da sala...

Entro no carro da minha mãe e dou um beijo na sua bochecha. Ela sorri e começa a dirigir.

- A senhora já está mais calma?

- Meu anjo, eu tenho tudo, menos calma. Aquele homem já foi embora do hospital?

- Não sei. Provavelmente não. - O doutor estava ocupado comigo em vez de dar alta ao paciente. - E ele é o dono do hospital. A senhora não pode agir assim, eu poderia ter sido demitida.

- Ele te agarrou! - Ela estreita os olhos. - Não importa se ele é dono do mundo ou de um cabaré, ninguém toca na minha filha dessa forma.

Ah, se ela soubesse como o doutor Alessandro me toca... Coitada da minha mãe.

- Tenho certeza que ele não irá mais me incomodar. O doutor Alessandro é muito amigo dele, disse que conversou com o senhor Carvalho e que ele entendeu. Também disse que ele não me abraçou com maldade, apenas achou que eu era uma pessoa querida que ele não vê há uns 20 anos.

- A tal da Pequena Paola. - Ela revira os olhos.

- Não faça essa cara, minha mãe. Ele fez um hospital em homenagem a uma menina que provavelmente já está morta devido ao câncer. A senhora deveria entender a dor dele.

- Eu sei, eu sei. - Ela suspira e estaciona o carro na garagem. - Mas eu não precisaria ter dado uma paulada naquele homem se você não tivesse mandado currículo para aquele hospital sem o meu consentimento.

- Mas eles pagam bem. - Faço um biquinho e desço do carro.

As luzes de casa estão acesas, então meu pai já chegou. Abro a porta que dá para a sala e entro em casa. Meu pai está sentado no sofá assistindo Pica-Pau enquanto come pipoca. Dou um beijo na sua bochecha e sento ao seu lado.

- Que infantis! - Minha mãe cruza os braços enquanto se aproxima de nós.

- Boa noite, amor! Senta aqui e assiste com a gente. Quer? - Ele estende o balde com pipoca.

- Vou tomar um banho primeiro e depois a gente assiste algo decente.

Meu pai e eu fazemos um bico ao olharmos um para o outro...

Entro no hospital para fingir que estou pronta para mais um dia de trabalho e ando por ele esperando passar pelo menos uns 5 minutos.

- Eu estava esperando por você.

Levo um susto e olho para trás. É o senhor Carvalho.

- B-bom dia.

- Bom dia, Paola. Você tem um compromisso.

- Tenho? Qual?

- Com o Alessandro.

Arqueio as sobrancelhas. O Alessandro contou a ele por quê? Será que contar para o melhor amigo os planos que tem comigo significa algo? O que será que ele fala sobre mim para o senhor Carvalho?

Sorrio.

- Pois é. Tenho que ir. Com licença. - Começo a andar em direção a saída, mas lembro do que ele disse ao ter me encontrado e olho para trás. - Estava me esperando para quê?

- Te dar isso... - Ele se aproxima de mim e estender o braço com o punho fechado. Coloco minha mão aberta de baixo da dele, ele segura o meu pulso e me dá um beijo molhado na bochecha.

Arregalo os olhos e dou um passo para trás.

- Por que fez isso?

- Você me lembra muito minha amiga. Senti vontade de ser carinhoso. Não fiz por maldade.

Sua atitude foi fofa, mas me pegou desprevenida e ainda me babou. Receber um beijo na bochecha de um homem lindo assim deveria ser romântico, mas o Alessandro também beija minha bochecha. Ele pegará germes de outro homem e ainda ficará sentindo o cheiro de babá dele? Poxa, isso é muita sacanagem...

Despedi-me do senhor Carvalho, lavei meu rosto com sabão no banheiro e fui até o estacionamento me encontrar com o Alessandro.

Entro no carro dele.

- Vamos? - Sorrio.

- Para onde? - o senhor Carvalho pergunta no banco de trás do carro. Arregalo os olhos e coloco a mão no peito. Misericórdia!

- Que susto! - Respiro fundo e olho para o Alessandro. Ele suspira e começa a explicar.

- Ele quer se desculpar pelo jeito grosseiro que agiu. Quer que nós dois vamos com eles para um bar.

- Bar? Eu não bebo álcool, senhor Carvalho.

- Não se preocupe, Paola. Não há apenas bebidas alcoólicas num bar e eu prometo que irá gostar bastante da minha companhia. Eu sou um cara legal. Você vai ver.

Dou um sorriso singelo e olho de lado para o Alessandro. Acho que nenhum de nós dois gostou da ideia, mas não dá para recusar o pedido do dono do hospital, não é?...

            
            

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