A Memória do CEO
img img A Memória do CEO img Capítulo 5 Matando a mãe
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Capítulo 6 Não é sua img
Capítulo 7 Plano img
Capítulo 8 Desejo img
Capítulo 9 Doenças img
Capítulo 10 Qualidades img
Capítulo 11 Intenções img
Capítulo 12 Bebê img
Capítulo 13 Fuga img
Capítulo 14 Viagem img
Capítulo 15 Beijo img
Capítulo 16 Praia img
Capítulo 17 Noiva img
Capítulo 18 Sharleny Rayanne Silveira img
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Capítulo 5 Matando a mãe

- PAOOOOLA? - Minha mãe grita de longe.

Alessandro me tira dos braços do senhor Carvalho e me abraça.

- Finja desmaio ou será pior - sussurra no meu ouvido.

Fecho os olhos e deixo meu corpo completamente mole.

- Minha menina! O que aconteceu com minha filha? - Sinto os braços dela me envolverem.

Abro os olhos fingindo estar desnorteada e volto a fechá-lo. Sinto os braços fortes do Alessandro me carregarem e meu corpo esquenta.

Não é hora disso, Paola...

- Por que ela está aqui e com vocês?

- Explicaremos depois, senhora Janaína. Acalme-se. Vamos levar Paola para fora...

Mantive os olhos fechados o tempo todo e sempre que minha mãe chamava por mim, eu respondia balbuciando.

- Evan, por favor, vá para sua casa com meu carro. Depois o buscarei. Levarei a dona Janaína e a Paola para a casa delas.

- Devo ir junto.

- Não deve! Até mais.

Sinto o cheirinho de lavanda do carro da minha mãe e abro os olhos. Estou deitada nos bancos de trás e minha mãe está no banco do carona, olhando para mim.

- O que está sentindo, meu anjo? O que houve?

- Acho que foi minha pressão. - Coloco meus pés para o alto e os encosto na janela. Ela sabe que se deve colocar as pernas para cima quando a pressão abaixa. Quero ser convincente.

- Não é melhor te levar para o hospital?

Fecho os olhos e balanço a cabeça devagar, negando.

- Por que estava num bar e não no seu trabalho?

Finjo não ter escutado e me mantenho de olhos fechados.

- Senhora, deixe ela descansar. Depois vem as perguntas.

- Você não pode me responder, doutor Alessandro?

- Quando todos estiverem calmos e bem, conversaremos...

Após um tempo no carro, chegamos na minha casa. Alessandro me pegou novamente no colo e me levou para o quarto. Minha mãe ficou na sala para ligar pelo telefone fixo para o meu pai na intenção que ele viesse para casa ajudá-la a me xingar (ela disse ser apenas para informar do ocorrido, mas eu sei que é mentira).

Alessandro beija minha boca após me colocar a cama e diz:

- A gente podia brincar enquanto sua mãe tá desabafando com o seu pai sobre a filha terrível dela.

- Sei não, viu... - Olho para o lado.

- Está ouvindo ela reclamar?

Presto atenção no som que vem de fora.

- É, isso mesmo! Sua filha anda mentindo para gente e não deve ser de hoje, viu? Me arrependo MIL VEZES de ter concordado em deixá-la trabalhar naquele hospital.

Alessandro me faz olhar para ele e me beija, beija com vontade, com pegada. Tocando cada parte do meu corpo.

- A gente para quando ela parar de reclamar e isso vai demorar muito, não é? - Ele sorri de lado e sobe em cima de mim. - O perigo é divertido, não acha?

Ele desce o zíper da calça e me lembro do senhor Carvalho dizendo sobre as várias mulheres que ele teve. HIV, gonorreia, sífilis... Eu não tenho preservativo aqui, então não vai rolar!

- Tô sem camisinha, então não vai dar. - Tento afastá-lo, mas ele não sai de cima de mim de jeito nenhum e retira do bolso traseiro da calça um preservativo.

- Alessandro, não se coloca camisinha em lugares assim. Esse preservativo é inutilizável.

- Você tá é fugindo de mim. - Ele suspira, se senta na ponta da cama e sobe o zíper. - Tudo bem. Não vai rolar aqui. - Ele guarda o preservativo.

De qualquer jeito, nem ia dar para fazer muita coisa. Não estou mais ouvindo minha mãe gritar no telefone.

Ela entra no quarto e coloca as mãos na cintura.

- O que aconteceu hoje, Paola?

- Eu...

- A culpa foi minha. - Alessandro suspira. - Evan queria se desculpar com ela e sairmos para beber. Beber água, sua filha não tocou em nenhuma bebida alcoólica.

- Não é só bebida alcoólica que ela não pode tomar. - Minha mãe cruza os braços.

Se ela continuar mostrando o quanto minha vida é controlada por ela, o Alê nunca vai querer namorar comigo.

- De qualquer forma, a bebida é o de menos. Achei que podia confiar minha filha ao senhor, mas vejo que não. Não quero Paola se encontrando com Evandro Carvalho e agora muito menos com o senhor que a levou para um lugar tão nojento.

- Era um bar chique, mãe. Não tinha gente sem camisa e velho me cantando.

- Não importa, meu anjo. Você está agindo de uma forma que eu não gosto e não sabe o quanto está fazendo mal a si. Como sua mãe, preciso tomar as rédeas e dizer que você não trabalhará mais naquele hospital.

- Mãe? - Meus olhos se enchem de lágrimas. - Por favor... Não posso acreditar nisso. Aquele hospital é importante para mim. - Vou até ela e me ajoelho aos seus pés. - Por favor, minha mãe, não me machuque assim. - Abaixo as sobrancelhas.

Alessandro me coloca de pé contra a minha vontade e me beija. Arregalo os olhos e vejo minha mãe cair dura no chão.

- Mamãe! - Abaixo-me e deito sua cabeça nos meus joelhos. - Mãe, fala comigo.

Ela passa a mão no rosto e diz:

- Sai da minha casa, seu infeliz! - Ela tenta se levantar, mas não tem forças. - Você me disse que a Paola era como sua irmã.

- Pois é. Fiquei impressionado com minha habilidade de manipulação. Eu nunca vi sua filha como uma irmã. Na verdade, eu transo com ela quase todo dia na minha sala. - Ele sorri de lado. Mamãe fica de boca aberta com tudo o que ele está dizendo e eu também. Ele consegue ser gostoso até matando minha mãe do coração, mas eu não estou gostando do que está havendo. - Sua filha querida perdeu a virgindade comigo. Esperava o que de mim tendo esse... - Ele olha para mim e dá uma piscadinha. - Esse monumento do meu lado?

Abaixo a cabeça e tento não sorrir. Nem gostei do que ele falou.

- Quero namorar a sua filha e tenho a sua benção, não é? A sua e a do seu marido.

Minha mãe olha para mim e depois para ele. Gagueja, mas não consegue dizer nada.

Ela não pareceria um disco arranhado se fosse dizer "não". Ela está realmente cogitando deixar eu namorar o Alessandro? Sim, ela está quase morrendo cogitando essa ideia, mas eu estou tão feliz!

Será que eu sou uma filha horrível?

                         

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