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Na carruagem, balanço sozinha, foi transportada para a estrada estando desacordada. Indo de encontro numa festa, a saudar o homem, cujo destruiu a vida dos meus pais. O caminho cheio de buracos, faz a carruagem tremer, balançando meu corpo fraco para todos os lados, dói muito mover.
Dói respirar, dói viver!
Posso ouvir os soldados do lado de fora a resmungar, estão fazendo guarda para uma aberração. Também ouço as palavras de queixa da minha irmã, implorando para poder me ver, nem que seja por um instante.
"Aguente firme, logo estaremos livres!"
Essas palavras ressoam na minha mente, numa esperança infinita de ser feliz, isso é tudo que sobrou para mim.
- Só um minuto, nada mais.
Ela implora.
A porta da carruagem e aberta, vindo correndo na minha direção, abraçando este corpo imundo, na sua luz.
- Irmã; pobre irmã.
Linda faz beber um remédio amargo, seu rosto está tão agoniado, parte meu peito a ver sofrer por mim.
- Irmã, resista!
Seu rosto molhado, toca o meu. Linda é puxada da carruagem, pelos braços de Blaon. Seus olhos para em mim, por um instante, desviando por tristeza. Sou egoísta por estar feliz, vendo-os triste por mim, mas não consigo evitar este sentimento. Blaon, Linda, viverei por vocês, custe o que custar, contra está profecia, irei viver fazendo o bem.
-Este é o pior castigo. - Resmunga os soldados.
- Capitão! Um monstro apareceu a frente, o grã Duque está lutando para lhe conter.
Um soldado, agitado, fala eufórico.
- Devemos ajudar?
Outro completa.
- Capitão; o que faremos?
Pelas sombras percebo, movimentarem para longe, me deixando à mercê da morte. Os cavalos ringem, indo a frente, não posso fazer nada para impedi-los, lógico que me deixariam.
"Morrerei dessa forma?"
"Assim acaba minha vida?"
Longe de tudo e abandonada por todos, por causa de uma previsão do passado cujo o fim do mundo anunciou? Ninguém me perguntou, o que queria. Ninguém nunca, olhou para mim de verdade. Morrerei somente por ter nascido com esses cabelos e por causa da cor dos olhos?
"Só por isso?"
Aproxima o monstro, destruindo a parte de cima da carruagem; sua saliva cai em meu rosto, os dentes afiados está perto o suficiente para sentir o cheiro da morte.
"Tentei tanto... Tanto."
"Eu não quero morrer, dessa forma! Não quero!" Grito em meus pensamentos.
Blaon!
Linda!
Por favor, alguém!
- Sopro da luz!
De repente uma luz, atravessa o corpo do monstro. Um belo homem com os olhos claros que lembra o sol, o rosto aflito, pega meu corpo frio da carruagem.
- SENHORITA, ESTÁ VIVA?
Ouço sua voz grossa em preocupação, em volta seus cavaleiros, com as espadas ainda pingando sangue dos monstros.
Estendi minhas mãos por ajuda, não tenho força para falar.
- Vossa Alteza imperial; afaste- se, estes olhos...
Não ouço a discussão, por mais que tente.
Minhas forças estão no fim.
De todas as maneiras serei culpada por tudo, pelos menos dessa forma escapo das punições.
- IRMÃ! IRMÃ!
-Acalme-se, ela só está dormindo.
- Quem é você para pegar nossa menina?
- Cuidado!
O homem balança a cabeça para o soldado se calar.
- O imperador aguarda vocês.
Em resposta diz, sem se identificar.
- Entregue a garota.
- Levarei ela comigo, afinal, não creio que seriam capazes de lhe proteger.
- Seu...
Sinto meu corpo queimar, preciso de água.
- Água... ag... água!
- Só um pouco!
- Está doendo.
- Traga água! - ele ordenou.
- Sim, meu senhor! - respondeu um dos criados.
- Está segura agora, não força a abrir os olhos, durma tranquila.
A voz me faz relaxar involuntariamente, tenho a sensação de estar realmente segura, sei bem, está possibilidade jamais existirá. Está dor aumenta a cada segundo, quero descansar por isso irei acreditar, por agora vou acreditar.
Sonho com uma figura estranha, envolto numa capa escura e olhando para mim. Seus olhos são da cor de sangue, iguais aos meus, tenho uma sensação de familiaridade.
- Criança! Por quanto tempo vai aguentar?
- Eu não sei!
- Quer mesmo ser boa?
- Só assim vão me aceitar.
- Por ser do mal?
- Farei diferente da profecia! Serei diferente! Não irei aceitar a escuridão, não importa o que se passe!
- Sua determinação é louvável, contudo, minha criança, seguindo este caminho, sempre estarás manchada pelo sangue daqueles a quem ama.
- Não! - retruco imediatamente. - É MENTIRA! SEREI LUZ! SEREI BOA! A DEUSA HURANIS VAI VER O MEU ESFORÇO! TEREI SUA BENÇÃO! EU NÃO SOU MÁ! NÃO SOU MÁ!
- Você não sabe?
A figura me olha com tristeza.
- O que não sei?
- Não há escapatória.
Meus pés se afundam numa lama escura devorando meu corpo, estou presa neste lugar estranho e viscoso.
"Preciso sair, preciso sair!" Penso eu, em agonia.
- Ajuda!
- Ajuda!
- Não pode acabar dessa forma.
- Eu não sou o caos!
- Eu não nasci má, me dê uma chance!
- Chance?
Aparece outra figura, dessa vez uma bela mulher.
- Me ajude! Estou apavorada, não quero ser engolida!
Áspera, a mulher responde.
- Aceite seu destino!
-Por que? Por que devo aceitar? Não pedi por isso.
- O mundo não precisa de seus poderes, nunca será boa.
- Eu juro serei! Serei tudo o que quiser!
- BESTEIRA! Filha do mal! Abominação! Garanto sua destruição! Garanto sua morte!
- Não! Por favor não!
- Morra! Morra!
Meu corpo afunda, nessa lama escura.
- Não, por favor não!
Cada vez afundando parece não ter saída, realmente sou odiada por todos?
- SEGURE MINHA MÃO!
A figura de capuz, oferece para me salvar
-MALDITO!
A mulher grita enraivada.
- VAMOS, SEGURE!
Ele consegue alcançar minhas mãos, retirando-me daquela lama.
- NÃO A IMPEÇA, DEIXA-A MORRER!
As duas figuras lutam entre si, sou protegida pelas nuvens escuras, enquanto a luz vem para aniquilar minha vida.
- ELA NÃO PODE VIVER! DEVE MORRER!
- Vá!
A figura me joga para longe.
Todo meu corpo cai para trás, atravessando o céu da noite, caindo das nuvens, sinto o vento forte, cortar meu rosto. Demônios aparecendo, tentando retirar minha vida mesmo em queda livre, águias vindos em meu socorro, impedindo de ser devorada.
Acordo antes do alcance da mulher, suando no meio da escuridão de um quarto desconhecido, assustada pelo terrível pesadelo.
"Quem eram, aquelas figuras?" "Por que aquela mulher, queria me matar?" "Realmente sou ruim?" "Eu não quero ser má."
Como faço para escapar dessa maldição? Tem algum meio de destruir, está previsão? Devo realmente sofrer? "
- Desculpa!
Me assusto com um homem, adentrando no quarto.
- QUEM É VOCÊ?
"Talvez um assassino? Foi mandado pela mulher?" Penso.
- Vejo que está bem! Posso verificar sua febre?
- É médico?
- Mais ou menos.
- O que quer?
Ele suspira.
- Está a três dias com uma febre persistente, estou tratando de salvar sua vida!
- Não há meio de querer me salvar. Viu a cor dos meus olhos? Sabe quem sou? Todos sabem!
- Que diferença isso faz?
- Sou a criança da perdição, a herdeira do caos!
Odeio este fato, no entanto, é isso que todos vê em mim.