Capítulo 4 Nos caminhos do mafioso

Bella Greco

Eu ia subindo as escadas e ainda olho para ele naquela moto olhando assim era apenas um homem perfeito. Mas olhando a vida dele era perigoso e eu não posso me envolver com ninguém, muito menos ele e me assusto quando levanto o rosto, eu dou de cara com a minha mãe me encarrando e as duas mãos na cintura.

- Quem é o rapaz que te trouxe? - Tenho visto vocês juntos.

- Apenas um amigo e ele acabou de me salvar. Fui atacada na rua.

Eu não queria dizer o que aconteceu em detalhes e ela viu meu braço ralado pela violência. Ela me abraçou e eu sabia que ela já sabia quem era o rapaz.

Amanheceu chuvoso e não fui à faculdade. Eu queria esquecer tudo. Mas não saiu da minha mente a voz dele gritando comigo. Em meu quarto, na escuridão da tristeza por tudo que aconteceu, fiquei com medo e triste por saber que estava me envolvendo com um homem violento demais. Ouço o barulho na porta e a minha mãe entra em meu quarto e ela se senta na beirada da cama.

- Tem um rapaz te procurando. - Quando ela disse isso tremi na hora com medo de ser ele e nesse momento eu me levanto correndo. - E o rapaz que te salvou.

Quando ela disse isso, eu corri na sala com medo do que ele ia realizar e como ele se atreveu a vim na minha casa. Meus pais iam saber de cara quem era ele.

Chego branca na sala e lá estava parado e falava sem parar com meu pai sorridente e ele se virou e eu me assusto não era ele e sim o amigo. Quando ele me viu, já soltou algo antes que eu dissesse qualquer coisa.

- Vim ver como você está. E conversa com seus pais. - Ele dizia e eu sabia que ele estava em algum lugar me esperando. - Eu disse ao seu pai que já resolvi tudo, meu pai e policial.

O que foi isso? Mentira e meu pai adorando-o parado olhando os gestos dele e com as tatuagens cobertas e sem os colares parecia um filhinho de papai.

- Arcanjo nos contou minha filha. Obrigado por salvar a minha pequena, ela é frágil demais.

- Imagina foi a minha obrigação. - Ele sorria e fazia gestos e eu sabia que ele estava no carro, meu coração disparou e mesmo com medo eu ainda queria ver o maldito-Posso levar sua filha para conhecer meus pais e assim ela conversaria com ele e contaria como é o agressor?

- Claro que sim.

- Se eu não viesse ele me mataria, o homem é uma fera.

Eu nada disse e entrei no carro e saímos da porta de casa e eu não disse nada. E nem olhei para ele que estava se sentando com as pernas abertas, um moletom preto e me puxou para seu corpo.

- Você está bem? - Me puxou e beijou a minha testa e segurou meu rosto. - O que está acontecendo meu anjo? - Eu não disse nada e ele ficou uma fera e eu não sabia nem o que ia dizer a ele que fiquei chateada por ele me salvar? - Pare o carro.

- Chefe não pode ficar aqui, é perigoso. O rapaz disse balançando a cabeça.

- Não pare e siga com essa merda. Eu disse olhando para ele.

Ele deu um sorriso e eu soco o peito dele e bati nele sem parar, eu estava com raiva por vários motivos e ele me puxa para o corpo dele.

- Isso meu anjo coloca para fora a raiva-Bati tanto nele que senti dor na mão e ele me segura os cabelos e me beija forte me tirando o resto do ar que me faltava e eu me entrego aquele toque. E eu fui acalmando com seu corpo. - Quase enlouqueci quando cheguei à faculdade e não estava. O que foi meu anjo?

- Não sei quem é você e nem como funciona a sua vida - Saio dos braços dele e quando vi estávamos próximo ao morro dele era mais seguro-Não gostei do que vi e nem do que senti ao ver você tão violento.

- Eu ia matá-lo e não me arrependo garota, que porra! - Ele ficou bravo comigo e vira o rosto apertando o queixo. - Ele te machucou e quero a mão dele de brinde e só não fiz porque não deixou. Mas no meu mundo homem que realiza isso fica sem o pau e as mãos.

- Não gosto de violência, era apenas dar um susto nele.

- Sou a regra, porra! - Ele respirou fundo. - Fiz a porra da regra e não vou cumprir? Nem fodendo e eu sou isso aqui que você já sabe.

- Sim, o mafioso impiedoso que mata mesmo.

- Sim e não tenho como retroceder e eu nasci nesse mundo. Então é melhor parar aqui, eu vou mandar te levar para casa-Ele virou o rosto e decidiu acabar ali e a minha cabeça também. Mas meu corpo e meu coração dispararam ao ouvir "parar aqui" não queria e eu abaixei o rosto e eu tinha que para ali, mas eu não estava conseguindo dizer a palavrinha chave. "Acabou" e eu agarro seu pescoço velozmente e me entregando-a ele inteiramente e dando o que eu mais tinha medo, o meu coração.

- Quero conhecer você melhor e saber quem é você e como é seu mundo.

- Meu anjo! Por um momento ele ainda resistiu e sabia que não teria como retroceder e ali estava dizendo um "sim" a ele e mesmo sabendo que ele era um mafioso eu queria arriscar. Ele efetuou uma ligação e em pouco tempo saímos dali e me puxou para seus braços. - Tem certeza disso, meu anjo? Apertei os dedos dele e o carro parou e descemos subindo o morro em meio as vielas e latidos de cachorro. O meu coração disparou e eu tremia e ele me olha. - Não tem como retroceder.