Capítulo 5 no mundo da mafia

Bella Greco

- E o porquê desta briga? - Eu disse olhando o lugar parecia um campo de futebol com muito mato em volta e dava apenas para ouvir os cachorros latindo. Os carros, motos parados fazendo um círculo com os faróis ligados. E faltou apenas o fogo para se tornar uma arena de luta. - Não quero mais isso.

- Meu anjo, isso aqui é questão de honra. E disputa de poder.

Ele me puxou e me colocou sentada no capô do carro preto e eu olhei para todo lado e vi outras mulheres. Cobriu meus cabelos com o capuz do moletom e sorriu. Abriu as minhas pernas e entrou no meio e ficou olhando e viu que outros chegaram. A adrenalina do lugar já era diferente das minhas pernas bambas e eu tremia.

- Hora do show, meu anjo. - Eles foram indo para o meio da arena e ele arrancou o moletom e jogou no capô do carro e quando levanto o rosto vejo ser o mesmo que o agrediu me despertou. - Relaxa, está tudo sob controle.

- Não vai fazer isso. - Ele me puxou pela cintura e me beija a minha testa e sorridente e eu tremendo era o mesmo. - Foi ele que te atacou.

- Você tem certeza meu anjo?

- Sim, foi ele. Me desespero.

- Se sentir medo. - Ele pegou o fone e colocou em meu ouvido e eu não acreditei estar tocando Beethoven e ele sorriu. - Eu volto.

Quando começou a música alta tocando ao meu ouvido, eu não conseguia parar de tremer e ouço ele gritar no fundo:

- Só saio daqui a morto! - Ele grita e ouço os tiros para cima e os gritos. - Ou você morto.

Fico em pé ainda com o fone no ouvido e não acreditei naquilo, eu estava em meio a uma guerra de socos e tapas, não tinha armas e sim porrada comendo solto entre eles. E vejo-o indo para cima do que mandou matar ele e ouço os gritos e porrada. Deus! O que é isso? Ele olha para mim e dá o seu melhor sorriso e eu entregue aquela adrenalina e sinto-me envolvida. Entre socos e gritos vejo que muitos corriam e ouço os tiros e aperto os dedos e ouço, ele grita:

- Não acabamos. Ele veio sorridente com a boca sangrando com os comparsas abraçando.

- Mataram o dono do botequim. - Um deles disse.

- Foi ele para se livrar da briga. Vou me vingar. Eu tremia e ele me abraçou sorridente e ele me abraçou forte. A adrenalina do momento e a euforia achei irmos comemorar e ficar juntos. Mas ouço em tom raivoso. - Leve ela para casa em segurança. Tenho dois lados, meu anjo. Ele beijou a minha testa. - Esse da briga e o chefe e esse daqui na sua frente. Passou a mão em meus cabelos. - E o Enrico e eu voltei.

"Como deixá-lo agora?"

O destino me colocou em uma situação logo eu que tenho a minha vida toda organizada. Eu achando que ele iria me deixar em paz e foi ao contrário. Quando saio a porta dou de cara com ele sorridente todo de preto, eu apenas balanço a cabeça.

- Sério? - Olho a moto parada e ele me deu o capacete e eu olho para todos os lados. - Está correndo perigo vim aqui.

- Estou disposto, meu anjo.

Ele estava se envolvendo em minha vida me deixando na faculdade e me buscando. E todos os dias me levavam para outro lugar e já tinha dias que eu não ia às aulas particulares e eu sei que meus pais iam saber.

- Não posso ir com você. - Eu estava tentando negar a aproximação. - Estou faltando minhas aulas particulares.

- Eu te deixo.

Eu sabia que ele ia desviar o caminho e foi isso que fez e quando chegamos, ele tinha me levado no começo do morro e entrou em uma creche. Balanço a cabeça em negação. - Venha.

E quando entro era uma associação para crianças carentes. Eles estavam tendo aula e eu eles pararam quando viram ele e correram para abraçá-lo. E eu me assusto até as crianças adoravam o diabo.

- Padrinho! Um gritou jogando a bola para ele e o outro pulando e segurando na perna e ele começou a lutar com as crianças.

"Que homem é esse?"

Estamos passando muito tempo juntos. Ele me buscava na faculdade e após irmos à associação ele me deixava na madame. Eu não disse ir embora, eu deixarei acontecer.

Ele chegou para me buscar todo animado, a música alto e o carro preto e claro assim como a roupa dele e o boné era para se esconder. Eu apenas admirei o quanto ele estava lindo e sorridente.

- Não pode ficar saindo do morro-Ele me beijou a testa e sorriu. - É perigoso, eu falo sério Enrico.

- Sim, Bella, meu anjo. Mas tenho uma surpresa.

E entrei no carro mesmo não concordando com ele e eu sabia que hoje eu ia faltar de novo no curso. A música alta e o cheiro de sujeira trazido pelo vento. Ele acendeu o cigarro e eu olhei pela janela enfiando o rosto ao vento.

- Aonde vamos?

- Surpresa! - Olho nos lábios dele e já estava melhor o corte e ele sorriu. - Relaxa e apena um soco se ver as minhas costas.

- Sério?

Eu me assusto e quando chegamos era a quadra da comunidade parecia que as crianças estavam em um campeonato. Ele me colocou sentada, ao lado das tias do morro e ainda olha para uma e diz.

- Cuida do meu tesouro, eu já volto. Fiquei ali olhando os gritos, fogos e o estilo diferente que eles viviam. Eu ainda dava umas olhadas disfarçadas para onde ele estava e vi quando mandou bebidas e deu um sorriso. Tem mulheres de todos os jeitos e as garotinhas chamadas de novinhas assim como eu não tirava os olhos dele. Todas o queriam não só porque ele é lindo e gostoso, mas ele é o dono do morro. Viro o rosto e eu finjo não ver. Sou o oposto delas. A minha simplicidade, os cabelos amarrados, a calça jeans batida e o tênis velho. Já as minhas concorrentes são o shortinho, as sandálias de salto, os cabelos escovados, os mega-hair e toda maquiada. Dei um sorriso ao ver ele todo feliz como um moleque pulando. Balancei a cabeça e me sinto horrível. E quando olhei elas se aproximaram dele e o acariciava tocando o ombro e ele deixava. Viro o rosto e não posso cobrar nada e quando levanto o rosto ele me puxa pelo braço e aperta.