Capítulo 2 1° encontro.

Ponto de vista Pietro.

Segui até perto da gostosa e parei em frente ao cara que na mesma hora que olhou para mim, o olhar dele ficou vazio. Não soube definir na hora se era espanto ou raiva, mas é indiferente...

-Me da licença para falar com a moça.'' Disse em um tom baixo, mas mostrando que era uma ordem.

Ele apenas assentiu com a cabeça e se levantou saindo.

Ela apenas olhou para mim com um olhar que pude reconhecer imediatamente, de confusão.

Sentei e me apresentei a ela, não falei nada sobre o motivo de estar ali, afinal de contas ela deve imaginar... Embora nem eu sei o porque resolvi agir desta forma.

''Eu nem sei como agradecer pela ajuda... Sou Samia.'' Ela disse com um sorriso lindo nos lábios.

-Pietro.

Respondi apenas meu nome, todos sabem quem sou não preciso ficar falando muito sobre isso...

A garota começou a conversar sobre assuntos aleatórios como nem uma outra mulher havia feito, fiquei intrigado será que ela sabe quem eu sou?

Depois de algum tempo ali uma outra garota apareceu e por pouco não saquei a arma para a doida, chegou pulando em cima da outra e dando um abraço reclamando por ter deixado ela sozinha.

Mas esta sim percebi que me conhece pois o olhar dela para mim foi diferente um misto de seriedade e luxuria.

''Eu sou a Carol, amiga dessa desnaturada que me deixou sozinha na pista e sumiu.'' Ela me falou com um olhar safado.

-Pietro.

''Amiga você sabe que eu enjoo de ficar lá, e não te deixei sozinha...'' Ela respondeu sorrindo.

''Não importa! Estive pensando vamos passar lá depois daqui?''

''Ah Carol, da ultima vez eu passei mal... Vamos só que me promete que vai pegar leve comigo desta vez.'' A resposta dela foi vaga e não pude saber do que falavam será que são garotas de programa, ou viciadas?

A garota se levantou olhando fixamente em meus olhos, passou a língua pelos lábios e saiu, com a amiga falando que em sessenta estaria lá.

Voltou a atenção para mim, sorrindo ainda e disse.

-Essa é maluquinha, mas adoro ela é a minha única amiga aqui desde que me mudei para cá... A ultima vez que vim aqui ela me levou a uma padaria quando estávamos indo embora e quase me matou tanto comer...

Será possível que isto seja verdade, estavam falando sobre se alimentarem?

A garota continuou ali falando coisas aleatórias até dizer que precisava ir.

Não disse nada apenas acompanhei ela até a escadas para a pista onde a amiga estava e voltei para o camarote.

Enquanto ela descia as escadas observei melhor o seu corpo e porra tudo proporcional e na medida certa aquele cabelo longo da até para imaginar ele enrolado na minha mão.

Devo admitir que esta ou se faz de inocente muito bem, ou tem problemas mentais, por que gostosa como é não tem nem condições de ser inocente...

Ja era por volta das cinco da madrugada quando recebi uma ligação sobre trabalho, e sai na mesma hora para resolver.

O caminho não era longo fui direto ja conferindo se tinha pente extra e minha adaga.

Assim que cheguei perto do local, meu segurança parou o carro e foi caminhando até na minha frente e eu cuidando da retaguarda.

Tudo tranquilo até aqui.

Ponto de vista Samia

A noite estava boa, tentei ao máximo não pensar o motivo de ter que ficar fora de casa a noite toda.

Por sorte conheci um rapaz muito sério que me ajudou a se livrar do cara bêbado... Em geral tudo correu bem, como o dia já esta amanhecendo e minha amiga decidiu ir com um cara depois da panificadora estou voltando direto para casa, de a pé.

Segui o caminho lembrando que a Carol falou que ietro é o dono da balada que estavamos, doidinha que só ela disse que faria tudo para ter uma noite com ele... Essa não pensa um minuto em se entregar para alguém.

Cheguei em casa e abri a porta com o maximo de cuidado, afinal de contas não quero acordor o monstro do meu inferno particular.

Entrei em total silencio, e diga se de passagem que sou experiente nisso.

Fui em direção ao meu quarto quando vi um homem todo vestido de preto parada na porta da sala, o susto foi tão grande que acabei gritando.

Na mesma hora ele correu e tapou minha boca, e me levou para a sala, onde meu progenitor estava sentado amarrado em uma cadeira.

''Quem é essa garota?'' Um outro homem perguntou a ele.

''Essa .vagabunda é minha filha.'' Ele responde cuspindo um pouco de sangue no chão.

O homem caminha em minha direção e sinto meu sangue congelar, sempre fui tratada com brutalidade e se ele viesse correndo com a mão erguida sabia o siguinificado na hora, mas os passos lentos e aquele olhar vazio me colocou mais medo que tudo.

Ele parou na minha frente, e foi neste momento que soube que minha vida havia acabado de forma literal.

''Acho que encontrei uma forma de deixar essa merda de vida sua existir por mais um tempo. Sua filha ira ser o pagamento parcial das suas dividas.''

-Pagamento do que está falando?

''Esse homem me deve muito dinheiro, e você como filha será o pagamento, irei receber cada centavo dele te usando.''

-Está louco eu não vou fazer nada!

''Irá sim e tem a opção de ir de forma voluntaria, ou me fazer te dar uma surra e te levar desacordada.''

Apanhei dele tantas vezes que sei bem o significado de uma ameaça destas.

-Não faz isso por favor, eu não tenho nada haver com os problemas dele.

Tentei implorar, mas como era previsto não funcionou o homem com um sorriso diabólico mandou o segurança me levar para o carro. E pude ver nos olhos do meu genitor um olhar feliz, sim aquele cretino ficou deliz por eu ser levada.

Em total silêncio as lágrimas caiam de meus olhos, sem saber para onde serei levada e o que me aconteceria. Apenas com a certeza que estava saindo de perto do meu pai, mas não da forma que planejava.

            
            

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