Capítulo 3 Vendida!

Sai de casa sendo carregada por um homem que me causa calafrios, fui jogada no banco de trás de um carro. E tudo que pude fazer foi chorar o caminho todo, ao que me parece foram mais de duas horas com o carro rodando.

Não tive o rosto tapado em um momento algum, então pude perceber que estava saindo da cidade, lembrei-me de ver uma matéria que dizia que quando você reconhece os agressores é porque não pretendem te deixar vivo e ao pensar nisso, tudo que conseguia fazer era deixar as lágrimas rolar pelo meu rosto, experiência de chorar calada tenho muita e foi isso que fiz o caminho todo.

O carro parou em frente ao portão muito alto de uma bela propriedade, logo que foi aberto entrou para o em frente a uma casa que pode ser considerada realmente uma mansão.

A porta do veiculo foi aberta e fui levada para dentro do local, uma moça jovem apareceu então o .bandido já começou a falar.

''Leve e faça todos os preparativos, com ela.'' Me jogando na direção dela.

Sem saber o significado do que ele disse, tentei implorar mais uma vez para ser libertada, o homem gritando disse.

''Estou perdendo a paciência!''

Com medo segui a moça em direção a um quarto.

Queria entender o que vai acontecer comigo, mas tenho tanto medo de perguntar sabendo que a resposta pode ser pior que imagino... Respirei fundo algumas vezes e já sozinha com ela comecei a perguntar.

-Você sabe o que vai acontecer comigo?

Com um sorriso apagado no rosto ela me respondeu.

''Isso vai depender, mas de você do que de mim.''

-Como assim depender de mim?

''Você tem alguma doença? Fala algum idioma, ou é virgem?''

Foram perguntas bem descabidas, e muito específicas mas responderei. ...

-Não tenho doenças, falo italiano e sim sou.

Vi um sorriso brotar no rosto da moça, então ela me disse.

''Você tirou a sorte grande! Poderá ir para o leilão e por falar italiano tem grandes chances de ter uma vida plena longa e muito boa!'' O tom era muito melhor agora só não entendi o significado.

-Leilão está falando de quê?

''Todas as jovens virgens que chegam aqui que falam italiano podem participar de um leilão, e se tiver muita sorte e for selecionada por algum dos senhores poderá levar uma vida plena e tranquila se seguir o que eles querem.'' Agora seu tom pareceu de advertência.

-Está querendo dizer que eu vou ser comprada por alguém? E devo ficar boazinha para conseguir continuar com a minha vida?

''Sim, mas antes preciso chamar um médico para confirmar a sua virgindade. Você tirou a sorte grande, dentre todos os atributos esse é o que lhe ajudar a ter uma vida melhor.''

O médico veio me avaliou. E aparentemente o fato de ser virgem é algo muito valorizado, mas estou me irritando tanto ouvir falar sobre isso, preciso manter a calma pensar, no como fugir disso tudo...

Já era noite quando fui comer algo, tamanho nervoso nem percebi quantas horas estava sem me alimentar, e minha saúde aparentemente não é uma das prioridades deles.

Após a refeição e de avaliar as ações da moça percebi que ea também não deve estar aqui por vontade própria, ela segue fielmente o que aquele homem, fala e demonstra um medo que consigo reconhecer bem...

Fui levada a um cômodo onde fui algemada, o desespero começou a tomar conta de mim. Precisei respirar fundo procurando me controlar.

Horas se passaram e acabei adormecendo, acordei com algo sendo injetado em mim, minha visão começou a ficar turva e apagou.

Não sei quanto tempo fiquei desacordada, mas consigo ver que estou em um local diferente tem várias garotas algemadas aqui também, algumas já acordada chorando e outras apagadas ainda, realmente ninguém está aqui porque quer.

De repente ouço um barulho na porta, uma mulher com cara de poucos amigos muito jovem entra com o tablet na mão começa a fazer algumas anotações, olha para cada uma de nós isso volta sua atenção para a tela.

Ela parou na minha frente e começou a fazer anotações, como foi feito com todas as outras eu resolvi perguntar.

-O que acontecerá com a gente?

''Não é da sua conta .vadia.'' Ela respondeu de forma grossa se virando.

-Pode me chamar do que quiser, mas pelo menos eu não sou uma sequestradora lixo como você!

''Vou ter o prazer de te ver engolir essas palavras.'' Disse com um sorriso debochado no rosto.

-Eu vou pagar para ver, porque a tua sorte é tão grande, que se eu estivesse solta encher a tua cara de porrada!

Agressiva nunca fui, mas não vou deixar ela perceber que eu tenho medo.

Posso ter dificultado mais ainda minha vida, mas apanhei a vida toda sofri muito até aprender que não devemos deixar o outro saber que o medo nos controla.

O tempo foi passando e tenho percebido que a cada dia sai cerca de quatro meninas daqui, eu tenho ficado e isso me causa medo, vez outra aquela bruxa volta aqui, mas me recuso a baixar a cabeça para ela e tenho me mantido de firme nisso.

Estou somente eu e mais três garotas a bruxa voltou e levou um uma por vez, nos colocou em um local todo aberto para tomar banho em seguida entregou um vestido para cada uma de nós.

Coloquei o meu, mas sinceramente não sei o que vai acontecer, fomos levadas para outra sala com espelhos de todos os lados.

Não sei quanto tempo ficamos ali, mas começou a retirar uma por uma e eu conseguia ouvir a voz de um homem literalmente leiloando uma por vez ,para variar eu fui a última o homem começou a ler coisas como se fosse atributos.

De repente comecei a ouvir os gritos de lance, todos em italiano acho que agora entendi porque era um diferencial muito bom para esses animais...

Do nada ouvi um grito 230.000, em seguida outro 250.00 e assim foi quando gritaram 500.000 fiquei boca aberta.

Mas pensa que parou por aí não, consegui reconhecer duas vozes sem parar nos lances quando falou 800.000, a outra voz gritou um milhão, meu Deus um milhão de que? Pensei comigo o homem fazia leilão começou, um milhão de uma..., um milhão de duas..., um milhão de três..., na sequência gritou vendida.

Deus me ajude, seja uma pessoa muito .idiota de quem eu consiga fugir.

Fui levada para uma sala onde a bruxa apareceu, e disse.

''Quero ver o que vai ser de você .vadia!''

Meu sangue congelou de medo e agora não consegui disfarçar.

O homem entrou um velho que pela aparência deve ter 1000 anos, e me pegou pelo braço e saiu me carregando para uma porta e me levando para um carro.

Nem uma palavra do que vai ser da minha vida.