Capítulo 2 Sexo Oral & Saídas

No caminho pensei em como a vida dava voltas.

Eu tinha conhecido o Dinis durante a faculdade e logo nos tronámos amigos, sabíamos tudo um do outro. Todos os desgostos que tivemos, os desejos, fantasias. Era incrível ver a transformação daquele rapaz introvertido para o homem sexy, sempre fora inteligente, isso tinha-lhe dado um cargo de professor na universidade quando ainda nem tinha acabado o curso. E já fartos de relacionamentos falhados, de noites de tentar seduzir e todo aquele esforço, decidimos dar prazer um outro, sem compromissos.

Tudo aconteceu numa noite de bebedeira, há uns 3 meses atrás, – aliás tudo acontece sempre numa noite de bebedeira, não é? - estávamos a festejar mais uma das nossas desilusões amorosas. Até que ele me deu um beijo e disse que sempre tivera curiosidade de saber como era foder a miss coração de gelo e eu cedi.

Não tínhamos qualquer compromisso, eu sabia que ele estava com outras e sinceramente não me importava, eu também ia estando. Mas ele era o meu porto seguro, sem me prender, eramos amigos acima de tudo.

Cheguei à empresa, inspirei e entrei dando as boas tarde à secretária. Subi até à minha sala, liguei o meu notebook e vi que tinha um e-mail do meu CEO a dar-me os parabéns e a marcar uma reunião às 14h30 na sala de reuniões.

"Que contrato quer ele fechar agora" – pensei para mim mesma resmungando. "O homem tem 5 advogados, mas apenas eu fico com os casos nacionais!"

Olhei para o telemóvel era 14h10 e tinha uma mensagem do Dinis:

*Tenho uma aula SEM roupa interior e de saia! Isto é pedir demais de um simples professor inocente! *

Ri sozinha, mas decidi não responder, já estava a ser sugada para outra espiral de pensamentos e vivências. Até que fui interrompida por outra mensagem dele:

*Ela aqui toda disponível e só consigo pensar em chupar-te toda e na forma como gritas quando te vens! Acaba esse dia rápido! *

Decidi responder-lhe a tirar sarro dele, apesar de estar molhada:

*Senhor professor, tenha decência! Concentre-se na sua aula! *

Só pude rir-me a imaginar a situação, ele estava a tornar-se um diabo gostoso e viciado em sexo.

E começava a questionar-me se toda aquela situação não estava a começar a descontrolar-se. Seria melhor por um termo aquilo, não queria sentimentos à mistura e não podia de hora a hora ficar excitada. Era só sexo, mas mesmo assim.

Outra mensagem dele:

*O meu trabalho é sempre divertido... não tenho culpa que me ocupes a mente e a cama! *

*Acho que devíamos falar. * - escrevi por fim

Pouco tempo depois recebi outra.

*Estou a dar teste, portanto tenho sempre decência!

Não estou a entender essa tua reação... Vais dizer-me que não gostas que te foda? *

Respirei não sabendo que responder, porque de facto gostava, mas não gostava da ideia de magoar alguém que me era querido.

Com a minha falta de resposta, ele decidiu mandar uma última mensagem.

*Diz-me o que há de errado contigo? *

Eram 14h30 e acabei por deixar o telemóvel em cima da secretária sem lhe responder, fui direta à sala de reuniões e lá estava o senhor George. Sentei-me na cadeira em frente à sua e ele colocou na mesa à minha frente uma pasta com alguns documentos que comecei a folhear.

- Miss Ema, temos de conseguir uma parceria vantajosa com essa empresa – disse-me com um sotaque que denunciava o facto de ser inglês – conto consigo! A menina nunca me desiludiu! E depois disto podemos falar num aumento e nas perspetivas futuras que tem aqui.

Sorriu-me gentilmente e eu retribuí educadamente, contudo querendo mandá-lo para onde o diabo perdeu as botas. Era sempre a mesma coisa, mais uma parceria, mas um negócio para ser fechado, e nunca o reconhecimento público depois de tudo feito.

- Vou fazer o meu melhor. – resignei-me mais uma vez. Apesar de tudo, estava contente ali, com as pessoas, o trabalho e com a paz que ia tendo, mas acima de tudo com o anonimato.

- Ah! Estou lhe grato por hoje, ou melhor, por estas semanas... fez um excelente trabalho. – um obrigado em privado era melhor do que nada.

Assenti em modo de agradecimento e saí da sala indo para a minha.

Passei a tarde a trabalhar na recolha de informação sobre a nova empresa.

Saí às 18h e fui para casa, sabia que o Dinis ia para lá só as 21h, então troquei de roupa por uma mais confortável e deite-me no sofá da sala a ver TV.

Acordei com um toque na campainha, abri e sabia que era o Dinis. Agarrei no meu telemóvel e vi que tinha dormido mesmo aquele tempo todo. Tinha também uma mensagem da Joana a perguntar quando era a próxima saída.

- Então vais dizer-me o querias falar comigo? – ele chutou diretamente e sem rodeios.

- Acho que não devemos continuar com isto... – olhei para baixo envergonhada e não o querendo encarar.

Ele aproximou-se e agarrou o meu queixo para que olhasse para ele. Notei que tinha agora um polo azul, que fazia sobressair a cor dos seus olhos e uns jeans, com um casaco de cabedal. Estava com uma aura perigosa e máscula.

- Ei... tu gostas do que fazemos, não gostas? – assenti confirmando o que ele queria saber – Então qual é o problema?

- E se começarmos a gostar um do outro? Não quero mais dramas! E estou a despender muito tempo com isto, devia estar a concentrar-me no trabalho.

- É só isso? – respondeu-me rindo quase trocista.

- Sim...

- Não há sentimentos, nem teus nem meus. Gostamos de foder um com o outro. Não somos exclusivos, somos amigos acima de tudo. E se isso acontecer, repara que disse "e se acontecer!", lidamos com isso na altura.

Concordei, indo sentar-me no sofá e ele seguiu-me, sentando-se junto a mim olhando-me.

- Tens algo para me contar, não tens? – questionei-o, já conhecia aquele sorriso de miúdo dele.

- Sim! Vou hoje beber um copo com a Amanda! – ele disse a rir.

- Tu és impossível! – não pode deixar de sorrir, o Dinis ia ser sempre o Dinis.

- Mas antes gostava de ouvir-te gemer, acho que são os sons que mais gosto que faças – disse, deitando-me de repente no sofá, puxando as minhas calças – Ai ai... tenho pena de não estares com aquele vestido de hoje.

Com isto começou a descer pelas minhas pernas até chegar ao tecido fino da minha roupa interior, que tirou e começou a brincar com a língua no meu clitóris.

- Bem, também gosto de ti assim – disse-me enquanto me penetrava com dois dedos – Eu disse-te que me ia divertir.

Continua com a língua e a penetrar-me com os dedos, aumentando a velocidade.

- Toda molhada para mim! Gostosa mesmo! – disse sugando-me com mais vontade. Parecia que quanto mais vontade ele me comia, mas molhada eu ficada, mas descontrolada me sentia e mais me deixava ir nas mãos daquele moreno.

- Goza na minha boca. – ele ordenou e eu obedeci quase de imediato.

Deitou-se sobre mim, dando-me um beijo que me deixou sem folgo, fazendo-me aquecer novamente para ele, querendo mais.

- Por hoje chega menina Ema! – ele interrompeu - Tenho de ir, a menina Amanda espera por mim e tenho de ir espalhar a minha magia – terminou lambendo os lábios e piscando o olho.

- Não sei como consegues fazer-me oral e ires foder outra no mesmo dia – tive de me rir – Só mesmo tu Dinis!

- Achas que a vou foder?! – pareceu ofendido.

- Tenho a certeza! – ri dele.

- Não Ema, não a vou foder. Gosto de as fazer sofrer, pedinchar e suplicar. - acabou a rir bancando o macho – Porque é que não vais sair também? É sexta!

E senti que ele tinha razão então liguei para a Joana e combinamos no sítio do costume.

O Dinis saiu despedindo-se de mim e desejando-me uma foda nova esta noite. E eu tinha meia hora para me arranjar e ir ter com a Joana, quase uma missão impossível!

            
            

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