Capítulo 4 EDUARDO

Eu poderia começar esta historia contando a vida do Eduardo e como ele teve uma infância difícil com um pai alcoólatra e uma mãe. bom mais isso seria uma historinha triste e eu creio que ninguém aguenta mais historinha triste. Ao menos não a esse ponto.

Voltando a historia, Eduardo Rodrigues faria, 28 anos, Casado a 5 com Andréa Batista Faria, pai de Brendha Batista faria 4 anos e Thiago Batista Faria 2 anos, Policial Civil a 8 anos e parceiro de Marcelo a 9 anos. Isso mesmo 9 anos eles se conheceram na faculdade de direito onde cursavam juntos. E é ai que a historia dele se uniu a de Marcelo.

Ambos tinham o sonho de "servir e proteger" mais a política de segurança publica do estado é demasiada corrupta. Então eles tentaram juntos no primeiro ano da Universidade. e foram desqualificados por não terem dinheiro para dar de arrego para entrar.

"nota , arrego era a taxa cobrada por um conjunto de policiais corruptos para garantir a aprovação dos alunos e o seu ingresso sem suspeita na corporação, eram raros os que passavam na primeira prova e não pagavam arrego, geralmente eram cobrados 15 mil divididos pela equipe e 3 delegados da própria academia"

voltando ao ponto então no segundo ano de curso de direito novamente prestaram o concurso desta vez tendo exito e foi ai que o caldo entornou e eles viraram "os Dedo mole".

Eu estou demorando muito neste ponto.

Eduardo sempre esteve disposto a entrar eu uma confusão por um bem maior,por uma causa justa

sempre arrumou briga com os "valentões que tiravam o lanche dos menores. mais isso é historia para outra hora.

O que vocês precisam entender é que o Eduardo assim como muitos Policiais Odeia Bandido, ele é do tipo que não apoia direitos humanos pra bandido porque para a população de bem não existe direitos humanos. E para ser um Dedo mole neste pais você tem que odiar bandido porque quando você hesitar sua família vai chorar.

É engraçado que eles tenham entrado para a policia na segunda tentativa, mais eles não pagaram estudaram e passaram no concurso sem a ajuda de mais ninguém. Nos meses após o primeiro e falho concurso eles perderam vida social estudando para passar na prova. Eduardo só cursava a universidade então tinha a maior parte do dia livre para estudar mais nenhum deles veio de família pobre e por isso não precisavam trabalhar até os 20 anos quando assumiriam suas funções na Secretaria de Segurança Publica. O fato é que Eduardo apesar de ter tido uma vida sem muito carinho paterno sempre teve do bom e do melhor. e vejam bem foi uma questão de escolha não trabalhar.

Ele não serviu o Exercito Brasileiro não por falta de coragem mais por falta de oportunidade o município que ele morava emitiu dispensa por excesso de contingente, mais sua vontade de seguir carreira na área de segurança foi maior.

Agora que vocês já conhecem um pouco do Eduardo vou contar uma historia.

31 de outubro de 2005 as 21:25

Eduardo saiu da Delegacia alterado, falando alto ao telefone gesticulando muito. Marcelo tentou ir atrás dele sem sucesso, quando chegou ele já tinha saído com o carro, preocupado Marcelo voltou para dentro do DP e ligou para dona Ana mãe de Eduardo .

__Dona Ana é o Marcelinho tudo bem ? __Tudo meu filho e você como esta o Du já saiu ?

Então dona Ana a senhora esta sabendo de alguma coisa ? Ele recebeu uma ligação no começo achamos que fosse uma brincadeira mais ele ficou serio e saiu gritando e gesticulando ao telefone

estamos preocupados estão todos bem ais na sua casa?

__sim meu filho estão todos bem sim na verdade o André não chegou ainda e eu não consigo falar com ele no celular.

__E que horas ele teria que ter voltado ?

__Olha Marcelo ele costuma chegar por volta das 18:30 mais sempre que ele vai chegar mais tarde ele avisa e depois que ele terminou com a namoradinha dele, ele anda cabisbaixo e sempre fica em casa, mais você acha que aconteceu alguma coisa com ele?

__Que isso Dona Ana não aconteceu nada foi só preocupação atoa o Du acabou de me ligar eu vou falar com ele tá bom, beijo dona Ana Fica com Deus.

__Ta bom filho Amém bom serviço pra vocês beijos.

E foi nesta hora que Marcelo ligou uma coisa a outra, como ele não tinha reparado no amigo falando aos trancos no telefone...se você ...não faz nada...eu to indo ai ...eu vou quebrar você se....

enquanto Marcelo fazia essas ligações em sua mente. Eduardo dirigia em alta velocidade, com a sirene ligada, ultrapassando pela direita e esquerda a toda sentido bairro,o rosto duro de um menino de 21 anos que acabou de entrar para uma guerra sem volta. Uma lagrima caiu ele sabia que enfrentaria ameaças, ele sabia que os malas iam meter o loco pra cima dele, ele estava preparado para ouvir sem desacreditar e sem medo pois foi o que ele escolheu,

A duas sextas feiras atrás eles prenderam um moleque 18 anos com 4 kg de cocaína deram um sacode no moleque e o mandaram para a jaula, mais no sábado pela manha um rapaz alto de feições duras entrou na sala dos "Dedo mole" e perguntou pelo investigador Faria. Eduardo levantou e ele pediu para o mesmo acompanhá-lo para conversar. Não foram muito longe da sala e o rapaz foi falando que o moleque que eles quebraram na sexta feira tinha família e que o mesmo aconteceria com a família dele se o moleque não sobrevivesse ao coro, o fato é que no exame de corpo e delito constava uma briga entre presos e não uma sova por tentar fugir da viatura que já o esperava, que já sabia o que ele tinha, mais isso é indiferente, acontece toda hora na policia .

Eduardo Voou para cima do rapaz de feições duras que era irmão desse moleque e deu vários socos e chutes até Marcelo e Aragão um outro investigador amigo deles correram para separar.

Quando finalmente tiraram Eduardo de cima do rapaz, ele levantou sorriu e disse

__Você vai se arrepender escroto, sua família vai pagar seu pato. virou e foi embora rindo do descontrole de Eduardo.

Eduardo que em um ano já tinha sido ameaçado um tanto respeitável de vezes, e estava aprendendo a se fechar para isso, mais essa ameaça na cara larga com um sorriso do demônio foi diferente ele sentiu que era pra valer, só não sabia o que esperar e de onde esperar que viria o tiro.

Ele puxou a pasta do moleque aviãozinho e leu o nome.