Capítulo 5 Um Resgate sombrio

Alexandre Silva Marques, 18 anos, 1,72 de altura, 65 kg, com escoriações e traumas graves na altura do tronco pernas e rosto, motivo briga de presos na triagem da 50° Delegacia de policia.

Pegou o telefone e discou o ramal, Renata Operadora de telefonia da Delegacia atendeu no primeiro toque ela era o cérebro da DP.__Oi Faria quanto tempo o que manda.

__Oi Re, preciso de um favor que só você pode fazer, Levanta pra mim a ficha da família inteira daquele moleque que a gente pegou ontem. Quero tudo nome até de quem ele já apanhou na rua

principalmente da família, irmãos, Primos, Sobrinhos. Re eu preciso de tudo isso pra amanha, eu passo ai para pegar beleza?__claro Du sem novidade, mais tem uma condição, que você me leve para tomar alguma coisa depois que a gente sair topa?

__Claro Re vou adorar então até mais, beijo.

Assim ele desligou e foi ter com Marcelo o que tinha conversado com Renata e sua suspeita na ameaça do rapaz que os visitara.

__Iiii o Dudu ce tá com medo velho?. Brincou Marcelo__ claro que não mané só to preocupado

__ A Gente recebe ameaça todo dia, ce vai começar a pirar com isso irmão? Você já arrebentou o vacilão que veio falar um monte aqui o que mais você quer.

__É verdade né mano não vou esquentar com isso não vamo continuar o que a gente tava fazendo e esquecer esse assunto. Respondeu Eduardo dando fim ao assunto

Eduardo Agora ia por uma rua estreita de mão dupla a toda velocidade sirenes desligadas vidros fechados arma engatilhada pronto para... em condições de ... o gosto de ferrugem passando pela língua em brasa e o coração pulsando, ele não tinha muito tempo.

Marcelo entrou correndo na sala do Delegado e disse atropelando as palavras__Dr o Eduardo...viatura...a toda..sozinho....estranho. Ele falava tão rápido que o Dr Marcos teve de silenciá-lo.

__Marcelo respira e fala devagar, O que tem o Eduardo?. Então Marcelo recomeçou a falar calma e pausadamente, colocando o delegado a par dos fatos assim que terminou de falar fitou o delegado esperando resposta. O delegado por sua vez levantou e com um grito chamou toda a equipe de plantão a sala de reunião. Olhou para Marcelo e disse você conduz porque esta a par dos fatos mais do que qualquer um.

Eduardo agora se achava parado dentro da Viatura descaracterizada tremendo arma em punho esperando o momento certo de entrar, havia movimento ele estava sozinho sabia que o bar era ponto de olheiros, muitas vezes armados. Ele não podia se dar ao luxo de morrer não agora tinha que fazer certo afinal não tinha apoio, começou a se questionar porque não trouxe seu parceiro junto, por que não alertou a equipe. Sabia que teria que dar um jeito teria que ser sangue frio e tirar seu irmão de 17 anos da mão do cara que teve a ousadia de ir enfrentá-lo na delegacia. José Aílton Silva Marques

Irmão daquele moleque que ainda estava no hospital com uma perna operada e o maxilar quebrado

e agora seu irmão estava la sendo torturado por que ele torturou o moleque que tentou resistir a ordem de prisão. Mais seu irmão não vai perecer porque ele vai buscá-lo e com isso levar o maior numero de bandidos possível, já sabia que o irmão do moleque era bandido de conceito no crime.

Tinha sido alertado por Renata que lhe entregou o relatório como ele havia pedido.

Então uma idéia surgiu ele ligou o carro e entrou na primeira a esquerda desligou e esperou 5 minutos 3 indivíduos com pistolas, aparentemente 380, nas mãos ele só enxergava os 3 olhou e se certificou, atarraxou o silenciador, não queria barulho, não podia fazer barulho, não podia chamar a atenção colocou a touca ninja o colete justo embaixo da jaqueta a escrita Policia ostentada nas costas e o símbolo do estado no peito, de .40 na mão ele desceu, uma bela aquisição valeu a pena ter pago o olho da cara na S&W .40 com silenciador, deixou a arma da corporação na parte de traz da cintura queria usar a sua própria, teria que ser ela. Desceu do carro pé ante pé encostou a porta os 3 moleques de costas para ele, deu três passos em direção a eles e então 4 disparos o primeiro na nuca do que estava no meio o segundo e o terceiro no que tentou se virar 2 no peito, o ultimo no moleque que jogou a arma no chão no meio da perna, e ele viu o que era matar, fora a primeira vez e ele tinha 2 corpos a sua frente e um moleque chorando com a perna estraçalhada. A entrada da viela deserta ele tinha certeza que ninguém o vira e menos ouvira os disparos ele silenciou o moleque e carregou os corpos mortos para o escuro da viela num canto voltou com a ponta do cano da pistola taurus que estava em sua mão pistola de um dos mortos. Ele apertou o ferimento pouco a cima do joelho do moleque.__AONDE TA MEU IRMÃO? E o moleque chorava e gemia de dor, SE GRITAR VAI SER NA CABEÇA, VOU PERGUNTAR DENOVO, A ONDE ESTA O MEU IRMÃO? T-Tá la e-em b-bbaixo senhor.

Eduardo manteve a calma e perguntou para o moleque__Qantos estão la embaixo ? Cinco o moleque fez com a mão. tem certeza? Disso depende sua vida ou sua morte são 5 la embaixo e tem 2 no bar e mais 3 cada um em uma ponta das vielas principais até chegar na casa onde estão com seu irmão disse fracamente o moleque perdendo muito sangue. Eduardo limpou o sangue do ferimento da arma na camisa do moleque e em seguida guardou-a junto com as outras 2 na cintura.

A equipe já localizara a viatura de Eduardo pelo sistema de GPS e estavam a caminho Marcelo ia com Aragão e mais 2 na primeira viatura enquanto Dr Marcos, Moises e Renata que teve permissão para acompanhar estavam na segunda viatura, agora eles dirigiam a toda sentido bairro assim como fizera Eduardo da direita para esquerda luzes piscando sirenes ligadas adrenalina a mil o gosto de brasa na língua, ninguém falou nada, o caminho passando zunindo o vento, milhares de ideias a mente Marcelo preocupado, Eduardo era como um irmão desde o começo da faculdade eles ficaram amigos, enquanto ele pensava nisso o chão ia sumindo a medida que passavam, estavam agora na metade do caminho.

Eduardo avançou silencioso e mortal, parte da escuridão armado e sem medo verificou mais uma vez a munição da S&W só faltavam 4 e ele tinha mais 12 nela e mais 2 pentes de 15, fora as 20 da pistola da corporação e mais 2 pentes cada um com 19 também. E as duas 380 que ele pegou dos moleques mortos na entrada do primeiro beco, pensou no moleque com a perna estraçalhada imaginou que se o moleque estivesse vivo quando ele subisse daria um na cabeça pra poupar o sofrimento. Ele viu o moleque na ponta da viela na mesma hora que ouviu o grito e o moleque se virou, ele atirou no escuro 2 no peito o moleque caiu, ele correu, o ar zunindo pelo pulmão assim que virou a viela deu de cara com o outro moleque, o moleque atirou, ele pensou que o plano já era atirou de volta o moleque caiu, valeu a pena aquelas horas gastas no estande de tiros e nos cursos da Tees. Correu mais rápido e com cautela, se escondeu no muro quando viu a sombra correndo em sua direção um moleque de uns 15 anos carregando uma submetralhadora vinha correndo de encontro ele atirou o moleque estancou e caiu num baque surdo . Eduardo não pode deixar de sorrir. 4 já tinha perecido no seu ódio e na busca pelo seu irmão, a preocupação tomou conta e então ele correu.

As Viaturas de apoio ganharam a rua estreita de mão dupla a toda velocidade agora em silencio, só o barulho dos motores a toda. Quando eles viraram a praça de entrada foram recebidos a tiros. 3 moleques dentro de um bar Moisés atingido em cheio no braço, a equipe chegou para dar apoio a Eduardo, mais onde estava ele, Eduardo não estava no confronto, o primeiro moleque do bar caiu

assim como um outro que corria atrás do balcão, Marcelo correu para o lado e entrou a primeira a esquerda, viu a viatura de Eduardo e entrou no beco da entrada da viela viu os corpos e o moleque com a perna dilacerada ele ainda chorava mais não se mechia. Marcelo pensou, Eduardo não vai te deixar vivo. Chegou perto e perguntou. __CADE O POLICIA? o moleque só chorava, ele atirou na outra perna o moleque urrou de dor, ele perguntou__CADE O POLICIA? SE NÃO FALAR VAI TOMAR NA CABEÇA. O moleque falou entre urros e gemidos o caminho que ele tinha tomado, Marcelo pediu mais Dois de apoio pelo radio e então Renata e Aragão vieram a seu encontro, e ele deu na cabeça do moleque que tombou inerte, eles desceram correndo abrigados e varrendo o local com os olhos entravam nos becos em x uma verdadeira dança do caos, da morte.

Enquanto eles desciam em seu apoio Eduardo chegava ao ultimo moleque que já estava esperto e assim que ouviu o som de passos começou a atirar, ele só teve tempo para se jogar no chão e sentiu queimar sua perna direita, na panturrilha. Mais agüentou o grito e atirou no moleque que corria para conferir a onde tinha acertado, o moleque tombou Eduardo tentava se levantar quando ouviu a aproximação pelas costa esperou inerte para ver quem era, ele encontrou Renata que correu a frente e Eduardo disse que estava bem, e então tudo aconteceu de repente. Eduardo ouviu o barulho se virou e viu Renata cair a seu lado, enquanto Marcelo e Aragão disparavam ao mesmo tempo contra o peito do homem de aparecia asquerosa que surgira a sua frente, era o primeiro de aparência mais velha, e o homem caiu inerte com 2 perfurações pelo peito.

Eduardo levantou e segurou Renata nos braços e chorou o ódio minando o sangue do seu ferimento mais ele se pôs de pé e deixou o corpo inerte de Renata repousando ao lado enquanto eles desciam o ódio aumentava e ele sentia o gosto da loucura a vontade de acabar com aquilo de por os braços envolta do irmão, eles não tinham noticias da equipe assim como a equipe não tinha noticias deles

mais ele tinham que continuar salvar seu irmão e voltar para buscar o corpo de Renata, sua amiga, muitas vezes amante, namorada. Ele vingaria o sangue policial derramado, correram e alcançaram o objetivo só tinham dois na casa um na porta trocou tiros com eles e morreu atingido pelos três e o que ele realmente queria, o gosto da loucura assim que ele viu seu irmão a frente de escudo e o maldito que lhe fez ameaças com uma arma apontada para ele, Eduardo perdeu o controle e correu Marcelo puxou-o de volta, mais ele não viu Aragão que tinha dado a volta, Aragão chegou atrás do marginal e nesse momento Eduardo ergueu os braços e soltou a arma em sua mão e as 2 que estavam a frente mantendo a que estava a trás e assim foi caminhando e negociando com o algoz de seu irmão.__eu não disse que sua Família ia pagar o pato seu comedia, eu te avisei.__calma cara fica comigo deixa o garoto, sou eu que você quer solta ele eu vou chegar ai e você solta ele tudo bem ?__ certo então vem devagar, assim que Eduardo estava a 3 passos dele ele Empurrou André para longe e Aragão acertou sem dó o lado esquerdo de sua cabeça enquanto Eduardo recuava para proteger seu irmão.

Eles sentaram no chão sem saber a hora mais aliviados pois os tiros tinham cessado Eduardo tentou levantar mais sua perna doeu agora que a adrenalina baixava e ele via seu irmão seguro e protegido por seus braços ele ficou de pé com dificuldade e os outros 3 em seus flancos eles voltaram ao corpo inerte de Renata. Então Eduardo fechou seus olhos e pela primeira vez na noite ele pensou, Podia eu estar ai inerte e meu irmão jazido em outro lugar onde eu não poderia achá-lo.

E tomado por esse pensamento mesmo mancando ele abraçou o irmão e seguiram caminhando para a rua, eles passaram pelos corpos onde agora uma duzia de peritos e policiais tiravam fotos e cercavam recolhiam capsulas deflagradas e alcançaram a entrada da viela o beco onde agora Eduardo lembrou que deixou o ultimo para matar depois, e la estava ele morto e com a boca aberta, Marcelo e Eduardo se olharam em cumplicidade e seguiram para a ambulância que os aguardava, enquanto eram atendidos e relatavam o óbito de Renata o Delegado teve uma atitude inesperada por eles, ele Abraçou Eduardo e Marcelo e disse que eles eram de longe os melhores que aquele DP já teve.

Eduardo levou um tempo para superar a perda de Renata, ela era sua amiga a tempos e eles tiveram um relacionamento breve porem intenso entre idas e vindas durou 3 meses, quando começaram a se acertar a perda. Eduardo e Marcelo Viraram os Dedo mole por essa ação desastrosamente inteligente que teve coração e cérebro

Eduardo casou teve filhos e vive muito bem com sua esposa Cris mais ainda hoje quando fecha os olhos ele se lembra de Renata, que deu sua vida tentando protege-lo.

Isso não é nenhuma gloria dizia Eduardo enquanto seus colegas de outras Delegacias lhes enviavam os parabéns, ele já tinha pensado nas vidas que tinham sido usurpadas naquela ação, uma ação para salvar uma vida que acabou com 11 mortos e 3 feridos.

Assim fica dito neste trecho que Eduardo tem sentimentos e que não é um carrasco que mata sem motivo. Isto não é um relato de crueldade e sim de capacidade, isto é um relato de sobrevivência na guerra urbana travada sem que a noticia apareça na televisão.

Uma guerra onde os heróis não têm gloria e se corrompem para sobreviver, onde quem protege não é protegido.