O amor perdido do CEO
img img O amor perdido do CEO img Capítulo 4 Pai e filho
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Capítulo 6 lágrimas e confissões img
Capítulo 7 Sombras do passado img
Capítulo 8 Ela não sai da minha cabeça img
Capítulo 9 Coragem pra voltar img
Capítulo 10 Eu não consigo te esquecer img
Capítulo 11 Um reencontro emocionante img
Capítulo 12 Reencontro img
Capítulo 13 Uma decisão img
Capítulo 14 Segredos img
Capítulo 15 Tudo mesmo img
Capítulo 16 O que está acontecendo img
Capítulo 17 Juntos novamente... img
Capítulo 18 Amor e surpresas img
Capítulo 19 Algumas respostas img
Capítulo 20 Ninho de cobras img
Capítulo 21 Veneno nas palavras img
Capítulo 22 Nem obrigada img
Capítulo 23 Ele merece uma surra img
Capítulo 24 Uma noite de amor img
Capítulo 25 A bonança... img
Capítulo 26 Festa na piscina img
Capítulo 27 É difícil img
Capítulo 28 28- Uma conversa difícil img
Capítulo 29 29- Pai e filho img
Capítulo 30 30 - Dia feliz img
Capítulo 31 31- Jantar em família img
Capítulo 32 32- A verdade dói img
Capítulo 33 33- Escutando por trás da porta img
Capítulo 34 34- Perseguida img
Capítulo 35 35- As peças se encaixam img
Capítulo 36 36- O dia todo na delegacia img
Capítulo 37 37 - O passado pode trazer consequências img
Capítulo 38 38- Conversas e consequências img
Capítulo 39 39- Começo de um plano img
Capítulo 40 40 - Você não é bem vinda img
Capítulo 41 41- Sequestraram a minha mulher img
Capítulo 42 42- Exausto img
Capítulo 43 43- Segredos img
Capítulo 44 44 - Será que é minha noiva img
Capítulo 45 45 - Estado de choque img
Capítulo 46 46- Quase duas semanas img
Capítulo 47 47- Plano em ação img
Capítulo 48 48 - A fuga img
Capítulo 49 49- A espera acabou img
Capítulo 50 50- Dia de comemoração img
Capítulo 51 51- Esclarecendo algumas coisas img
Capítulo 52 52- Aprendendo a valorizar img
Capítulo 53 Epílogo img
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Capítulo 4 Pai e filho

Luma

"- Passei aqui apenas com a intenção de me distrair um pouco e ir embora. Provavelmente jamais voltaria. Mas conhecer você, me deu motivos pra voltar"

A fala do desgraçado do Gabriel antes de passar pela porta do quarto ronda minha mente e não consigo esquecer. Taco um travesseiro na porta no instante em que ela é aberta e quem leva a travesseirada é a Camila e não a peste do Gabriel.

- Ei, o que aconteceu? - fala ela assustada. - Nice mandou subir para ver como você está. Tem mais de três horas que ele foi embora e você não desceu. Ele fez alguma coisa a você?

Bufei, precisava muito falar com alguém. Nunca falei muito sobre ele, aquele canalha que destruiu minha vida.

- O que ele fez não pode ser reparado, Camila.

- Como não? Se ele agrediu ou a humilhou ele deve ser punido.

Balancei a cabeça em negação.

- Ele me humilhou, me agrediu, mas não foi agora.

Os olhos dela ficaram confusos.

- Como assim? Você já o conhecia?

- Infelizmente sim, Camila. Ele é o pai do Kayo.

- O quê? - espanta-se e desaba na cama no mesmo momento que me levanto.

- É isso que ouviu. Ele me abandonou grávida e destruiu a minha vida. Foi muito mais fácil fugir e construir uma fábrica de laticínios com a família na Cidade aqui do lado. Foi bem mais fácil ficar rico, ficar ainda mais rico, enquanto eu tinha que ganhar a vida me deitando com homens estranhos.

Havia andado até a janela e via a água cair nos jardins. Chovia forte e por isso a casa ficou vazia hoje.

- Meu Deus, Luma, por que não nos avisou? Sei lá, dava um sinal qualquer. Não precisava ter vindo para o quarto com ele.

Me virei para Camila que ainda me olhava com seus olhos escuros arregalados.

- E ele vai voltar. Vai voltar por minha causa.

- Ele não te reconheceu?

- Não, pelo menos não pareceu. Disse que essa época do ano é muito difícil para ele e que precisa se distrair. Um amigo indicou a mansão a ele e então veio conhecer.

- Essa época do ano... coincide com a época que foi abandonada?

- Coincide com o nascimento do Kayo. Nosso filho está perto de fazer onze anos, ele deve ter feito as contas e soube o mês do ano que o menino nasceu.

- Que história, Luma. Vai continuar atendendo ele?

- Vou, quem sabe ele não solta o que aconteceu pra mudar de ideia tão rápido.

- Mas atendê-lo pra ficar nesse estado, não sei se é bom pra você. Mesmo sendo profissional, deve ter sido muito forte deitar-se com ele novamente.

Uma lágrima subiu aos meus olhos no mesmo instante e passei a mão com raiva em meus olhos.

- É minha oportunidade de tentar descobrir direto da fonte o que aconteceu. - Vou ao banheiro lavar o rosto e retocar a maquiagem. Em poucos minutos estou pronta novamente. - Vamos voltar ao trabalho.

Camila sorriu e veio atrás de mim.

- Vamos.

***

Dois dias depois

- Mamãe, eu gostei desse aqui.

Estávamos procurando um salão para fazer a festa de onze anos de Kayo. O lugar que estamos visitando agora tem tudo o que ele quer: piscina, campo de futebol, cavalo para fazer passeios e sala de jogos. É um mini sítio. Um ambiente com um aspecto bem rural, parece que até o gosto por coisas do campo ele herdou do pai.

- Então será aqui, meu filho.

- Ebaaaa - grita e corre pelo campo - Posso montar um cavalo?

- No dia poderá.

- Não, mamãe, eu quero montar agora.

- Ah, filho, isso eu não sei se o moço vai deixar.

Olho para a face do senhor que está nos atendendo em nome dos donos.

- É claro que pode, senhora. Venha, rapazinho, vou te ajudar a montar.

O senhor leva meu filho para onde os cavalos ficam guardados e eu pego meu telefone para ver o porquê de estar vibrando tanto.

Mais de dez mensagens de Nice; umas vinte de Camila e uma chamada não atendida de Janaína. O que essa mulherada quer de mim?

"O que aconteceu?" - Mando mensagem para Nice.

"Ele está aqui" - Ela me responde de imediato e eu não consigo mais respirar com a possibilidade.

"Ele, quem?" - pergunto só pra ter certeza.

"Você sabe quem, seu cliente, o Gabriel."

"Mas não está em horário de atendimento" - contesto.

"Falei isso, mas ele disse que não veio para isso. Quer só conversar com você."

Começo a pensar que possa ter finalmente se lembrado de mim ou que simplesmente descobriu algo... começo a suar frio.

"Ele disse o que quer de mim?"

"Só que quer conversar"

"Será que ele descobriu? Ou pode ter se lembrado de mim?" - Depois que saí do quarto naquela noite, contei a todas que aquele homem era o pai do meu filho.

"Se descobriu não falou nada nem deu a entender." - Suspiro e penso no que vou escrever.

"Não posso ir agora, estou alugando o salão para a festa do Kayo"

Nice visulisa, mas não responde. Um minuto depois começa a digitar.

"Ele disse que vai encontrar com você."

Fico nervosa imediatamente.

"Diz a ele que não precisa e que ele pode voltar mais tarde"

Mais uma vez ela demora um pouco a responder.

"Ele já está na porta só esperando você dar o endereço"

Meu Deus, como ele é insistente. Vejo Kayo passar montado no cavalo com o senhor segurando a rédea para ele e guiando o animal. Meu filho acena para mim, orgulhoso.

Aceno de volta.

"Estou no salão das Flores, Kayo está encantado com o lugar. Até montou cavalo."

"Ele disse que sabe onde é que está indo aí. Eu queria muito ver Kayo montado a cavalo"

"Verá no dia da festa. O que será que ele quer comigo?"

"Estou tão curiosa quanto você"

Vejo que chega mais mensagens, mas não vou abrir agora. Estão só curiosas.

Fico nervosa porque Gabriel vai chegar e eu não sei o que fazer. Não posso distratar um cliente e não sei se ele descobriu alguma coisa sobre nosso passado. No mesmo instante Kayo vem correndo na minha direção e tomo consciência que meu filho conhecerá o pai sem saber quem ele é de verdade e o mesmo posso dizer de Gabriel. Fico ainda mais nervosa e minhas mãos começam a suar outra vez.

- Você está bem, mamãe? - meu filho questiona e me olha curioso.

- Estou bem, filho, só estou com fome. Quer ir almoçar?

- Também estou com fome, onde vamos?

- Ah, não sei, você escolhe.

- Na pizzaria.

- Não pode almoçar pizza, filho. Que tal uma lasanha bem gostosa ou uma macarronada?

- Eu quero lasanha com muito queijo.

- Tudo bem, então vamos comer lasanha. Só vou acertar tudo com o senhor Manoel.

- Está bem - reponde animado.

Começo a pensar na possibilidade de ir embora antes que Gabriel chegue. Acerto tudo o que preciso com o senhor Manoel sobre o aluguel do salão e vou para o carro.

- Vem, meu filho, quer comer lasanha fria? - implico para que ele venha logo, pois está encantado com o lugar.

- É claro que não, mãe. - Ele se acomoda ao meu lado. Como já tem tamanho o suficiente, Kayo já senta no lado do carona.

Quando o portão se abre, vejo um carro estacionado. O senhor vai até o carro dele e então Gabriel sai do veículo, porém, antes que pergunte por mim, eu saio do meu carro. Nossos olhos se encontram e um lindo sorriso se expande pelo rosto dele.

- Oi, Lu.

O senhor percebe que nos conhecemos e se afasta, mas não quero perder tempo aqui.

- Oi, Gabriel. Me desculpe, mas já estava de saída.

- Estamos indo comer lasanha - Escuto a voz do meu filho. Tenho medo do que pode acontecer. - Você quer vir conosco?

Convidar Gabriel para almoçar é a última coisa que passou por minha cabeça. As coisas podem sair do controle rapidamente. Torço para que ele não aceite.

- É claro que aceito, se a sua mãe não se importar.

Ele fala tão galante, parece tanto com aquele Gabriel em quem eu confiei minha vida e meu futuro, porém por causa dele acabei onde estou. Vou até ele, não posso me ferir ainda mais.

- Me desculpe, Gabriel, mas o que temos é profissional, e... - Mas ele me cala colocando um dedo sobre meus lábios.

- Só é profissional no seu local de trabalho, e eu queria muito conhecer a Lu que é uma mulher batalhadora... - ele desvia o olhar para o meu filho ao lado da porta do carro - que é uma mãe carinhosa; a mulher que existe por trás dessa máscara de profissional.

- O que queria conversar comigo? - Consigo falar.

- Queria te convidar para jantar - Ele olha para meu filho novamente - Mas almoçar está de bom tamanho, por hoje. - Ele foca em meus olhos. - Você tem olhos lindos... me lembra os olhos de... alguém. - Seu sorriso é um pouco triste. Sinto meu coração se apertar.

- Vamos almoçar então - Me afasto de seu toque.

Volto para o meu carro e me sento ao volante. Meu filho volta a se sentar e logo questiona.

- Quem é ele, mamãe?

- Só um conhecido, filho. Ele vai almoçar conosco.

Fico pensando em como será esse encontro de pai e filho. Será que mesmo sem se conhecerem haverá uma conexão entre os dois?

- Ele parece ser um cara legal.

- É, um cara muito legal.

            
            

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