PRESA À MÁFIA : ROMANCE DARK
img img PRESA À MÁFIA : ROMANCE DARK img Capítulo 2 Em perigo
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Capítulo 6 O delírio img
Capítulo 7 Despertando img
Capítulo 8 A viagem img
Capítulo 9 EMBOSCADA img
Capítulo 10 Primeira vez img
Capítulo 11 REUNIÃO img
Capítulo 12 BRIGA img
Capítulo 13 O QUARTO BRANCO img
Capítulo 14 EU SOU ÂNGELA GRECO img
Capítulo 15 REVELAÇÕES img
Capítulo 16 DE FRENTE COM O INIMIGO img
Capítulo 17 A FULGA img
Capítulo 18 A MORTE DE VERÔNICA img
Capítulo 19 REENCONTRO img
Capítulo 20 ÚLTIMO ADEUS img
Capítulo 21 O PACTO img
Capítulo 22 CONFRONTO img
Capítulo 23 A VERDADE img
Capítulo 24 EMBOSCADA CONTRA GIL img
Capítulo 25 ELE É O TRAIDOR img
Capítulo 26 FURIOSO img
Capítulo 27 ENCURRALADO img
Capítulo 28 O DESMAIO img
Capítulo 29 Justiça img
Capítulo 30 Fim do traidor img
Capítulo 31 Você não é culpada img
Capítulo 32 Fúria img
Capítulo 33 A festa img
Capítulo 34 Sequestro img
Capítulo 35 Tortura img
Capítulo 36 Cativeiro img
Capítulo 37 O confronto img
Capítulo 38 Enfim paz img
Capítulo 39 Felicidade img
Capítulo 40 Meus filhos img
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Capítulo 2 Em perigo

Enquanto isso... Na Sicília / Itália

PIETRO SALVATORE

Saí do galpão coberto de sangue. Ao adentrar a mansão, encontro minha mãe na sala conversando com Lucca, meu conselheiro.

- Oh! Mio Dio, Pietro, o que aconteceu?

- Assuntos da máfia. Você sabe que odeio que me façam perguntas.

- Pietro, precisamos conversar. Amanhã a Sophia estará completando 21 anos, já está na hora de oficializar seu compromisso.

- Essa será a última vez que você tocará nesse assunto, não casarei com Sophia ou com mulher alguma. Meu pai queria essa união, mas agora que está morto, sou o chefe e mando nessa porra toda.

- Até quando você vai sustentar as lembranças da filha do homem que traiu seu pai e toda a máfia? Ângela morreu há mais dez anos e isso não é motivo para você odiar todas as mulheres.

- QUE PORRA...

A fúria já me consumia, respirei fundo e tratei de controlar meus demônios que estavam em ebulição.

- Verônica, se você tocar mais uma vez nesse assunto, esqueço que você é minha mãe e te coloco naquele maldito quarto branco. Vê se entende de uma vez... A única coisa que me interessa nas mulheres, é o prazer que podem me proporcionar e quando não fazem isso, você já sabe o que acontece.

Seu olhar não me comove, viro para Lucca e antes que diga algo, me pronuncio.

- Lucca, se prepare, amanhã iremos para New York. Vamos ver o que me aguarda lá.

Seis dias depois...

Acabei por vim somente hoje para New York. Alguns assuntos surgiram de última hora em Milão, tendo assim atrasado a minha vinda. Além dos cassinos e casas de luxos, temos vários restaurantes espalhados por todo mundo, inclusive as três maiores filiais ficam aqui em New York.

Assim que cheguei ao aeroporto, meu motorista, Alonso, já estava nos aguardando. Olhando pelo vidro da Limusine, observo o grande fluxo de veículos. Nego dispor de paciência com o trânsito, as ruas daqui são um inferno em comparado com a Sicília.

Durante os minutos seguintes, passei revisando alguns contratos, enquanto Lucca fazia algumas ligações para se certificar de que tudo já estava em perfeita ordem para a reunião com alguns membros da máfia. Uma das coisas que não suporto e não admito, é serviço mal feito. Organização, responsabilidade e competência são essenciais no mundo em que vivemos.

Esse foi o motivo de nomear Lucca como meu Consigliere, além de sua competência e lealdade, suas obrigações com a máfia estão sempre em primeiro lugar. Ele jamais me desapontou e espero que continue assim.

Minutos depois, já estávamos estacionados em frente à sede do Carmine's Company. Tanto na Itália, como em New York, ser um Salvatore é algo avassalador, esses últimos anos batalhei muito para tornar a rede Carmine's a melhor na área da gastronômica italiana. Quando finalizar a reunião, jantarei na filial que fica em Manhattan, assim aproveito e vejo como está o funcionamento do ambiente.

GIOVANA VITALLE

Acordo de um pesadelo aos gritos como acontece todos os dias desde que meus pais faleceram. Minha rotina agora se resume entre acordar, estudar um pouco, pois pretendo daqui a uns meses, ingressar em uma faculdade, por último, ir do apartamento para o restaurante que comecei a trabalhar há dois dias. Por mais cansada que a rotina me deixe, os muitos afazeres são uma maneira de escape que encontrei para fugir das minhas lembranças sobre o passado.

Antes de deixar o orfanato, a dona Clarissa, uma das benfeitoras do Angel Guardian Home, comentou que tinha um pequeno imóvel já mobiliado para alugar e de imediato a tia Cecília, me informou e após resolver todos os trâmites, mudei imediatamente. Dois dias após ter me instalado no imóvel, encontrei no elevado, a Sarah, uma mulher bonita e muito elegante, por volta de uns 35 anos, que trabalha em um restaurante localizado a quatro quarteirões daqui, acabamos por ficar amigas e ela mencionou que no restaurante havia uma vaga em aberto para auxiliar de cozinha, fiquei eufórica, pois durante esses dez anos, eu aprendi muito no orfanato ao ver a irmã Anna, cozinhando, e, diga-se de passagem, ela tem mãos de fada.

No mesmo dia, fui até o local, o qual, eu achei muito luxuoso. Após falar com o gerente, um senhor muito gentil e fazer alguns testes na cozinha, acabei por preencher a vaga que estava disponível.

Fecho imediatamente à porta dos meus pensamentos. Preciso começar a estudar, não posso chegar atrasada no meu terceiro dia de serviço.

Estudei um pouco e preparei um pequeno-almoço, organizei tudo na cozinha e fui tomar um banho. Meu horário de trabalho começa das 16h00min., e vai até 00h00min., sempre retorno caminhando com a Sarah, já que o restaurante não fica tão longe.

(...)

Tive que vir hoje sem a companhia da Sarah, assim que estava pronta, passei em seu apartamento, eu havia me esquecido que hoje era seu dia de folga. Ao adentrar o restaurante pelo acesso dos funcionários, coloquei logo meu uniforme, notei uma movimentação fora do normal, pois ainda não tinha dado o horário das portas serem abertas, acabei por saber que hoje estaria presente, o empresário que é dono das redes Carmine's. A maioria dos funcionários estava em pânico, pelo pouco que ouvi do tal homem, não deve ser uma boa pessoa. Todos demonstram medo em falar dele.

As horas seguintes, mesmo com tanta movimentação, correu tudo na mais perfeita harmonia. Algumas funcionárias, toda vez que adentravam a cozinha, pareciam estar flutuando, o assunto da vez foi de como o dono do restaurante era um homem, que segundo os comentários, levantava suspiros de admiração por sua beleza. Confesso que no fundo fiquei curiosa por saber como era sua aparência.

Após horas intermináveis, enfim acabou o expediente, estava meio apreensiva, nunca andei sozinha durante a noite e nas duas vezes que voltei para casa, tinha Sarah por companhia. Deixei o medo e a preocupação de lado e comecei a caminhar, o vento frio adormentou o meu rosto assim que comecei a andar. Faltavam somente três quarteirões para chegar a minha casa, quando ouvi passos se aproximando, olhei para trás e dois homens vinham atrás de mim. Assustada, comecei a correr o mais rápido que as minhas pernas poderiam aguentar, parei no pequeno trecho em que a rua estava mal iluminada. Olhei para trás e notei que não tinha mais ninguém, quando me virei, três homens apareceram à minha frente, tentei me afastar, mas, foi em vão. Eles se aproximaram, eu estava em pânico, o medo me dominava. Desesperada, começo a gritar, mas a mão de um deles me cala, senti o bafo forte de álcool através da sua respiração e o cheiro de cigarro impregnado em sua pele, me causando náuseas. Debato-me em seus braços e em um movimento rápido, acerto uma joelhada em seu órgão sexual, ele me solta, se contorcendo em meio a dor, mal tenho tempo de assimilar as coisas e o outro se aproxima, desferido um soco em meu rosto, me fazendo ir de encontro ao chão, sinto minha bochecha começar a arder como se tivesse levado uma queimadura. Meu coração bate tão forte, que parece que vai sair pela boca.

- Calma princesa, você é tão linda.

Um deles sussurra, me deixando enjoada com seu hálito fétido.

- Vamos começar a aproveitar, enquanto os dois idiotas não chegam.

Assusto-me quando vejo o homem que acabou de falar abrindo a calça e me olhando como se fosse um prato de comida. O medo gela minha espinha, o pânico corre por todo o meu corpo e eu começo a me debater.

- Relaxa, docinho! Você vai gostar, sentirá tanto prazer que logo vai implorar por mais - o outro fala se aproximando.

- Socorro! Socorro! Alguém me ajude - as lágrimas inundam meus olhos.

- Cala boca, vadia! Será mais fácil aproveitar se ela estiver desacordada - diz me assustando ainda mais.

Tendo me levantar o mais rápido possível, um dos homens se aproxima e dá um chute cruel nas minhas costelas, me levando a bater a cabeça no concreto provocando um estrondo com o impacto. A dor explode em minha cabeça e meus olhos se enchem de lágrimas, os deixando turvos com o choque da batida. A escuridão chega... E meu último pensamento é: Este será o meu fim.

            
            

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