A Suprema Alfa
img img A Suprema Alfa img Capítulo 4 Quem paga pelos erros dos maridos são as escravas.
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Capítulo 9 Um Alvoroço Na Aldeia. img
Capítulo 10 O Imperador img
Capítulo 11 O que ele quer conosco img
Capítulo 12 Nossa Intimidade img
Capítulo 13 O que ele tem contra ela img
Capítulo 14 Você é mesmo O Imperador img
Capítulo 15 Vai fugir para sempre img
Capítulo 16 Olhe para a Lua. img
Capítulo 17 A Cabana img
Capítulo 18 Meu aniversário de 18 anos img
Capítulo 19 Meu pior inimigo, Lúcius. img
Capítulo 20 Preciso Enfrentá-lo img
Capítulo 21 Diga-me o que quer... img
Capítulo 22 Ele não desiste nunca! img
Capítulo 23 Lúcius enlouqueceu. img
Capítulo 24 Não me importo com nada. img
Capítulo 25 Sou uma escrava, a prostituta do Alfa! img
Capítulo 26 A ira do Lúcius. img
Capítulo 27 LÚCIUS CALMON img
Capítulo 28 KAROLINA img
Capítulo 29 Um estranho na cabana img
Capítulo 30 Um belo estranho. img
Capítulo 31 O Alfa Boldwin img
Capítulo 32 Eu pertenço à sua tribo. img
Capítulo 33 Lúcius não ama ninguém além de si mesmo. img
Capítulo 34 Não estou preparada para essa audiência. img
Capítulo 35 A Audiência img
Capítulo 36 A mulher que enfrentou o Imperador. img
Capítulo 37 Com vergonha do Alec. img
Capítulo 38 Deveríamos ter nos casado. img
Capítulo 39 A infância do Lúcius img
Capítulo 40 O sonho era real img
Capítulo 41 O Jardim de Rosas Vermelhas img
Capítulo 42 Lúcius... Sempre o Lúcius! img
Capítulo 43 Uma visita inesperada img
Capítulo 44 As visões: Parte 01 img
Capítulo 45 As visões: Parte 02 img
Capítulo 46 As Visões: Parte 03 img
Capítulo 47 Um futuro apocalíptico img
Capítulo 48 Reencontro com o Lúcius img
Capítulo 49 A futura Luna do Alec Boldwin. img
Capítulo 50 Ele prefere me ver morta do que casada com Alec. img
Capítulo 51 Acerto de contas. img
Capítulo 52 A carta do Imperador. img
Capítulo 53 Você já fez amor no lago img
Capítulo 54 LÚCIUS CALMON img
Capítulo 55 KAROLINA img
Capítulo 56 Isso é entre mim e ele. img
Capítulo 57 Uma luta de emoções. img
Capítulo 58 Eu nunca irei admitir o que sinto por você! img
Capítulo 59 Eternamente Impossível img
Capítulo 60 Ela é a luz deles img
Capítulo 61 Que a Batalha Comece! img
Capítulo 62 A Vingança da Arlete. img
Capítulo 63 O preço por salvar nossa filha. img
Capítulo 64 O Destino do Lúcius. img
Capítulo 65 Uma Vitória Agridoce. img
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Capítulo 4 Quem paga pelos erros dos maridos são as escravas.

Há cinco anos...

– Ela é completamente diferente de você e da Arlete. – Lúcius fala enquanto me analisa, ou analisa a mercadoria, a nova escrava dele.

– Sim, de fato, porque a mãe dela não era a minha mulher, era uma puta que fodi bem gostoso em uma noite quando voltava para nossa aldeia. – Esse que responde é Carlos, meu pai de sangue, ou como costumo falar, meu doador de esperma.

Então o Alfa chegou mais perto e me cheirou.

– Realmente é sua filha, ela tem seu sangue e o da alcateia. – Os olhos dele brilharam pra mim em um dourado intenso e virando-se para Carlos, disse:

– Gostei dela, talvez eu perdoe vocês.

Ele olhou para mim com seus olhos ainda brilhando perguntou:

– Qual seu nome?

– Karolina...

Em um suspiro de tristeza e com os olhos inchados, respondi.

.......................................

– Karolina... Acorda... Levante-se... – Era a voz do meu tio?

– ACORDA VAGABUNDA! – Senti um impacto nas costas e fiz uma careta de dor enquanto recuperava os sentidos e tentava ficar de joelhos na minha poça de sangue.

– Finalmente você acordou, sua puta! – Reconheci a voz, era a Luna, Arlete, minha irmã. Ela havia acabado de dar um chute nas minhas costas com muita força.

Os lobos eram extremamente fortes por natureza, porém sua força dependia muito do estilo de vida que levava, principalmente quando se tratava da alimentação, precisávamos comer mais que os humanos comiam diariamente para recuperar a energia gasta, se não comesse o suficiente, o poder, as características e a força do lobo logo ficariam quase nulas do corpo. Era isso que estava acontecendo comigo, estava desnutrida, tão fraca que me comparava a um humano e um humano levando murros e chutes de dois lobos, é mesmo que estar pedindo a morte. Não sabia até quando aguentaria.

– Mi-minha Luna. – Depois de alguns minutos consegui responder ainda estando de joelhos.

– Não sou sua Luna, você não faz parte da minha alcateia, você é uma escrava, apenas isso. – O ódio no rosto dela era nítido.

– Si-sim... Senhora... – voz saia como um suspiro.

– Ouvi dizer que você ameaçou a filha de uma loba, a Rosinha. Karolina, você acha mesmo que só porque consegue seduzir meu Alfa, você tem o direito e a liberdade de fazer o que bem entender!? Eu vou fazer com que se lembre de quem é a Luna da alcateia, mulher do Alfa sou EU! NÃO VOCÊ! – Ela olhou para um dos seus soldados e quando olhei pra ele também, vi um chicote que estava cheio de pregos. Arregalei os olhos de pavor, mas antes que o soldado levantasse o chicote para me bater, uma Gama apareceu quase nas pressas e falou algo para a Luna que olhou pra mim em desgosto, com mais raiva ainda e mandou-me sair, não antes de me ameaçar caso eu fizesse algo quem iria ser castigada era a bastarda da minha filha, o medo tomava conta de mim.

Não sei o que a Gama disse porque minha audição está afetada, então sem pensar duas vezes saí de lá cambaleando com muita dor no corpo.

Eu havia sido brutalmente espancada por um soldado e pela Luna, minha meia irmã, filha do meu pai. Sentei em um tronco de madeira que era usado para construção tentando respirar, mas cada respiro doía. Eu sabia que tinha vários ossos quebrados, nessa condição, meu corpo, que era para se recuperar em minutos e dependendo da lesão chegaria até segundos, iria passar horas para que os ossos voltassem ao normal.

Fechando os olhos e me entregando para a completa escuridão pensei no por que daquele ódio tão grande de uma pessoa que deveria ser mais do que minha melhor amiga, ela era minha irmã, mesmo não sendo da mesma mãe, ainda era sangue do meu sangue. E a verdade logo veio à tona.

Arlete era uma menina mimada que nasceu na mais alta classe da nobreza dessa matilha, foi treinada a vida toda para ser uma Luna cheia de classe, inteligente e refinada, porque já sabia que seu futuro companheiro, aquele que a Deusa da Lua havia predestinado, era o grande Alfa, o Lúcius. Ele, no início, era muito gentil a sua futura Luna, mas algo aconteceu após se casarem e firmarem o companheirismo diante da Deusa, que deixou o macho com ódio e nojo de sua Luna, ele a desprezava e tratava mal. A fêmea, desesperada para reconquistar o marido, fez de tudo para ter um herdeiro, mas nunca foi abençoada e ainda havia boatos de que o macho só ia para a cama dela depois de muito insistir, o que deixava ele desconfortável e sem vontade de gozar, assim nunca tiveram filhos até agora. E quando ela pensava que não poderia ficar pior, a irmã apareceu e despertou todos os desejos que ela tanto queria despertar no marido, causando sua revolta e fúria.

Hipócritas! É um bando de hipócritas!

Praguejei em meus pensamentos lembrando o verdadeiro motivo que a Arlete me odeia.

A verdade é que essas lobas aceitam tudo do marido, enquanto eles se divertem com as escravas, as estupram, abusam, as violentam e ao invés das lobas terem raiva dos maridos infiéis, ficam com raiva das amantes, que nem tem o direito de escolherem se querem ou não se entregar, porque a verdade é que ou elas aceitam que eles as usem do jeito que querem ou morrerão, e a morte é bem lenta e dolorosa para que sirva de exemplo a outras escravas que queiram recusar os machos.

– Quanta hipocrisia dessas mulheres, essas lobas que só ficam em suas casas esperando os maridos chegarem de outra trepada. – Um sorriso de escárnio apareceu no rosto e em seguida os dentes avermelhados apareceram também.

Não sei quanto tempo fiquei assim, de olhos fechados, sentada em um tronco esperando a morte chegar. Até que comecei a ver os primeiros raios do sol, estava amanhecendo, em pouco tempo os lycans iriam para suas casas dormir, estava ficando de dia e eu finalmente poderia dormir.

Dormir onde? Na cabana?

Um frio passou pelo meu corpo e meus olhos arregalaram, o Alfa estava esperando por mim e ele estava zangado.

Arrastei os pés até lá, a dor havia entorpecido o corpo, quando cheguei já era de manhã e antes de bater na porta, ela se escancarou e eu vi um macho sem camisa, apenas com uma calça e botas pesadas no corpo, e rosto era quase neutro, mas dava para perceber sua ira pelas sobrancelhas franzidas.

– Des-desculpe o atraso... – A voz saia tão fraca que parecia mais um suspiro.

– Posso... entrar? – Tive que engolir uma golfada de sangue que estava na boca. Após alguns minutos que ele me encarava, finalmente deu passagem para que eu pudesse entrar. Ainda me analisando, Lúcius fechou a porta com força atrás de mim, meu coração começou a acelerar. Ele se aproximou e ficou do meu lado enquanto cheirava e me analisava, fechei os olhos. Até que veio uma voz um pouco baixa do meu lado esquerdo, mas que dava pra sentir a áurea maligna daquele homem.

– Diga os nomes. – Seu tom autoritário me fez abrir os olhos e olhar para o lado, mas meu semblante era de confusão.

– É a última vez que vou repetir, quero que me diga os nomes de quem bateu em você. – Assim, em fração de segundos eu entendi. Maria Elena havia que dito que estava acontecendo alguma coisa na floresta e isso estava deixando Lúcius estressado e zangado, sem a escrava dele para que pudesse saciá-lo, o deixava pior ainda, e ver a escrava sem condições alguma de tê-lo na cama deixou o macho com ódio. A tola da Luna, pensando que o marido ficaria fora por um tempo, aproveitou a oportunidade para me castigar. Burrice!

Mesmo assim, eu não tinha falado nada, mesmo ansiosa para saber o que aconteceria com a Arlete, porém suas últimas palavras eram bem ameaçadoras:

– Da próxima vez, quem irá receber o castigo no seu lugar é a bastarda da sua filha.

Minha cabeça doía só de pensar na Kamilla sendo espancada.

Não! Prefiro a morte!

– KAROLINA! – Lúcius rosnou por causa do meu silêncio.

– Não foi nada, eu estou bem. – Falei mais grosso para que minha voz parecesse mais convicta, mas senti uma dor enorme no meu nariz e gritei alto de dor.

Track... De repente, minha respiração começou a melhorar.

Depois que o Alfa tirou a mão do nariz, eu entendi o que havia acontecido: Ele tinha colocado meu nariz quebrado de volta no lugar.

– Você está com as costelas quebradas, um pulmão perfurado, seu cérebro está inchado, alguns ossos do seu rosto estão quebrados e ainda tem energia para mentir, Karolina?! Se você não me disser quem te bateu, prometo que vou terminar de quebrar os outros ossos! – Os olhos do Alfa estavam brilhando de ódio, ele estava prestes a se transformar em lobo se eu não dissesse o que queria, então com um suspiro respondi:

– A Lu-Luna... cof, cof, cof... – Tossi sangue na mão. E com o mesmo tom neutro, autoritário e áspero o Alfa me mandou ir banhar antes de sair pela porta como se estivesse indo beber água.

            
            

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