Capítulo 5 5

Sophie narrando

Que saco, mais um dia de aula!

Estou aqui acordada às 6 da manhã, me preparando para ir para a escola. Como é o meu primeiro dia, pretendo arrasar, porque sou dessas. Tomo meu banho e lavo meu cabelo. Depois, saio do banho e vou para o meu armário para escolher minha roupa.



Desço as escadas e vejo Alice e Pietro no sofá mexendo no celular.

Eu: bom dia!

Pietro: bom dia, maninha.

Alice: bom dia, leãozinho.

Pietro: vamos?

Eu: não vamos com nossos pais?

Alice: não, eles disseram para irmos a pé.

Eu: então vamos. - Saímos de casa e fomos o caminho todo em silêncio. Nós três somos muito parecidos e não gostamos muito de conversar de manhã.

Chegamos na escola e fomos entrando até que alguém me chama.

Luca: Sophie! - Ele gritou. - Espera aí!

Eu: Vão na frente. - Falei para Alice e Pietro.

Alice: Você precisa pegar os horários.

Eu: Depois eu vou. - Saíram, e o Luca se aproximou. - Oi.

Luca: Oi. - Ele sorriu para mim.

Putz, não sorria, cara. Assim, perco a sanidade.

Eu: Então?

Luca: Queria te fazer uma pergunta.

Eu: Pode fazer. - Fomos andando até a entrada da escola.

Luca: Você e o Bernardo estão ficando?

Eu: Pode-se dizer que sim. Estamos nos conhecendo.

Luca: Se agarrando?

Eu: E você e a Gabi? Começaram se agarrando e agora estão ficando, não estão?

Luca: Mas isso não quer dizer nada. Você acabou de chegar, eu conheço ela desde pequeno.

Eu: Eu e Bernardo também.

Luca: Mas você se mudou e ficou fora por muito tempo.

Eu: Ah, Luca, me erra. Você sai para as noitadas e fica com qualquer uma sem ao menos saber o nome dela, e eu não venho falar nada.

Luca: Achava que você fosse diferente, mas acho que você é igual às mulheres com quem fico nas noites. - Sem ao menos pensar, dou um tapa na cara dele que chega a arder a minha mão, e fica a marca dos meus cinco dedos na cara dele.

Eu: Você me respeita. Eu não tenho nada a ver com você, você não me conhece, e que eu saiba, sou uma mulher livre. Posso ficar com quem eu quiser e quando quiser. Se o meu pai não brigou comigo, quem vai ser você para fazer isso? - Saio de lá.

Luca: Sophie... Droga, desculpa. - Continuo andando. Estava com vontade de chorar, mas não ia. Vou até a diretoria e pego meus horários. Vou para o pátio. Estava quase todo mundo, menos o Luca, graças a Deus.

Alice: O que o Luca queria?

Eu: Queria me dar um sermão por beijar alguém que não conheço e me comparar também às mulheres que ele pega na noite. - Falo normal e sento na cadeira.

Bernardo: Você está bem?

Eu: Estou, é claro que, depois de dar um tapa bem forte na cara dele e dizer que ele não tem nenhuma autoridade para me dizer o que tenho que fazer ou não, saí de lá sem olhar na cara dele. Depois dele gritar e pedir desculpas, fui o caminho todo até a secretaria com vontade de chorar, mas não hesitei em dar esse gostinho a ele. E mesmo que agora eu esteja contando tudo isso para vocês com uma vontade de chorar também, estou bem.

Benjamin: Uau, sincera.

Pietro: Vou quebrar a cara desse infeliz.

Eu: Não vai ser necessário. O tapa que eu dei já foi necessário. - Me levanto.

Gabi: Onde vai?

Eu: Dar uma volta, ver a escola.

Alice: Quer companhia?

Eu: Não, obrigada. - Saio dela e vou andando, recebendo olhares maliciosos dos garotos e olhares de nojo das meninas. Nem ligo, vou andando e avisto a Sophia com o seu grupinho.

Sophia: Olha quem está aqui.

Luan: Soube que o meu irmão tacou verdades na sua cara.

Eu: Não sei que verdades.

Laura: Para de teatro, Sophie. Você é uma oferecida, todos nós sabemos.

Eu: Ah, é?

Laura: É.

Eu: Então tá. Sou uma oferecida. Então cuidado para eu não roubar seus namorados ou, melhor, para não roubar o lugar de vocês. Mas não se preocupem, vocês são mais profissionais do que eu. Não tem como roubar os seus lugares. - O sinal toca. Saio de lá e vou para a minha sala.

A aula passou rápido e fui para o recreio. Pego uma bandeja e me sirvo. Vou até o lado de fora e como sozinha, já que Bernardo está conversando com a Gabi, Alice com Benjamin, Pietro com Mindy e o babaca do Luca com a piranha da Jessyca. Para passar o tempo, fico lendo um livro e comendo o meu lanche que e uma fatia de pizza, termino de comer é me levanto, limpando a minha bandeja

Bernardo: Sophie!

Eu: Oi!

Bernardo: Você está bem?

Eu: Estou.

Bernardo: É que você não veio falar comigo e estava aí sozinha.

Eu: Porque você estava conversando com a Gabi e o que vocês estavam falando?

Bernardo: Estávamos conversando normalmente. Acho que ela não gosta de mim. Ela é tão fechada, sei lá...

Eu: Você quer desistir?

Bernardo: Não, eu quero continuar. Não vou desistir. Só que vou aproveitar a minha vida um pouco. Cansei de correr atrás dela. Se ela me quiser, beleza. Se ela não quiser, beleza também.

Eu: Gostei da sua atitude.

Bernardo: E você, quer desistir?

Eu: Não, estou gostando de ficar perto de você. Você é um cara legal, bonito, inteligente e gente boa. Eu também quero aproveitar para podermos ficar mais perto um do outro. Você é um amigo muito legal e fica ouvindo os meus problemas. Eu quero aproveitar que estou solteira para beijar a sua boca que, por sinal, é muito bonita. Você beija muito bem. Mas, claro, só vamos nos beijar quando estivermos sozinhos. Se alguém ver, vai achar que estamos juntos. Eu não quero que isso aconteça. Quero que a gente se beije sem que ninguém veja.

Bernardo: Você é muito sincera. Posso ser sincero com você? - Eu assenti. -Eu também gosto da sua companhia. Você é a única pessoa com quem posso me abrir. Sinto que posso guardar meus segredos mais profundos com você. Mesmo que a Gabi, a Mindy, a Sophia e a Laura me conheçam há mais tempo, não consigo me abrir com elas como amigos. Já com você, sinto que posso contar com você sempre. E mesmo sendo amigos, quero aproveitar que estou solteiro e quero beijar a sua boca, que é muito bonita e macia. Mas, claro, só quando estivermos sozinhos. Não quero deixar você morrer solteira, mas também não quero que seja totalmente escondido. Quero que a Gabi veja e que ela sinta o que eu sinto quando vejo ela beijar outro na minha frente. Mesmo que ela não goste de mim, quero mostrar que não vou sempre correr atrás dela.

Eu: Uau, você é mais sincero que eu -rindo. -Quero te beijar.

Bernardo: Também quero te beijar. Posso? - Eu assenti. -Ele segurou a minha nuca e me beijou. Passei meus braços em volta do seu pescoço e ele abraçou a minha cintura. Paramos o beijo ofegantes e eu dei um abraço bem apertado nele.

Eu: Eu podia até namorar com você, mas você não faz o meu tipo -Saio andando.

Bernardo: Nossa, valeu. E por que me beija?

Eu: Sua boca faz o meu tipo - risos. O sinal tocou e, na mesma hora, vi Gabi sair correndo.