O enigma do amor: Reencontros do destino
img img O enigma do amor: Reencontros do destino img Capítulo 6 Na esquina do rival, nosso primeiro beijo
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Capítulo 7 Sentimentos intensos img
Capítulo 8 Dia de domingo img
Capítulo 9 Intimidades e brincadeiras img
Capítulo 10 Carinho e cumplicidade img
Capítulo 11 Amor matinal img
Capítulo 13 Mal interpretado img
Capítulo 14 Afinal, o que somos um para o outro img
Capítulo 15 Passagem do tempo img
Capítulo 16 Escolhas e consequências img
Capítulo 17 Novos Horizontes img
Capítulo 18 Ela pela visão dele img
Capítulo 19 Reencontro img
Capítulo 20 Mais um dia img
Capítulo 21 Paralisia do sono img
Capítulo 22 Quando o amor esfria img
Capítulo 23 O fundo do poço img
Capítulo 24 Recomeço img
Capítulo 25 Reencontrar a si img
Capítulo 26 Como se fosse a primeira vez img
Capítulo 27 Uma manhã de paz img
Capítulo 28 Uma manhã de paz | II img
Capítulo 29 De volta à ONG img
Capítulo 30 ONG Floresta Encantada img
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Capítulo 6 Na esquina do rival, nosso primeiro beijo

Nosso dia de trabalho foi muito intenso e cansativo. Tive a oportunidade de conversar com mais de dez mulheres que trabalham na separação dos materiais reciclados, e infelizmente descobri que muitas delas sofrem com casos de violência doméstica e psicológica. Essa triste realidade é muito presente em suas vidas, e me senti profundamente comovida ao ouvir suas histórias.

Durante o dia, tirei fotos incríveis para enviar à equipe de Comunicação da World Corporation. Capturar momentos de superação e resiliência dessas mulheres foi uma experiência enriquecedora. Juntamente com a equipe, também atualizamos os cadastros e fizemos um levantamento para identificar quantas crianças pertencem à comunidade que trabalha na organização. Esse levantamento é essencial para a organização da festa de Natal da ONG, onde serão distribuídos presentes, lanches e realizadas atividades especiais.

Gabriel precisou se ausentar no final da manhã, mas retornou a tempo do almoço. Ele tinha pedido almoço para nós dois, e perguntou se eu me importava de comermos ali mesmo. Com um sorriso, respondi que não me importava, brincando sobre ter que ouvir suas "besteiras".

"Tudo bem, vou ficar mudo então!", ele disse, fingindo uma expressão séria.

Me aproximo dele, tocando levemente seus ombros. Ele me encara e para, e por um momento, fiquei preocupada se ele não teria entendido a brincadeira.

"Estou brincando!", digo, aliviada.

Gabriel sorri e responde: "Você vai ver só, vou dizer tanta bobagem que você vai querer voltar pra casa a pé de tanto que vai rir."

Nosso almoço chega, ele tinha pedido marmitex, especialidade das entregas do bairro Floresta. Apesar de delicioso, não consegui comer tudo, e Gabriel aproveitou para me provocar, me chamando de "passarinha" em tom de deboche, devido à minha quantidade reduzida de comida.

Ficamos ali, rindo e desfrutando de momentos descontraídos até às duas horas da tarde, quando os trabalhadores retornaram ao galpão. Esse horário é estabelecido para permitir que eles possam levar e buscar seus filhos na escola, já que um dos requisitos para trabalhar ali é que as crianças estejam matriculadas e frequentem a escola. A empresa, como parte de sua ação social, fornece material escolar e roupas para essas crianças, garantindo seu acesso à educação.

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- Gabriel Alonso

Chegou a hora de irmos embora da ONG, e ambos saímos com um sentimento de gratidão por aquele dia especial. Compartilhar momentos com pessoas simples, que valorizam as coisas que não têm preço, mas sim valor, é algo indescritível.

Abro a porta do carro para Cat entrar e logo me deparo com o perfume delicioso que ela exala. "Que mulher é essa?", penso, ficando momentaneamente hipnotizado pelo aroma maravilhoso que preencheu meu carro.

Já passavam das seis horas da tarde e, apesar de ser primavera, ainda fazia bastante frio em nossa região. A temperatura havia caído consideravelmente, e percebo que as bochechas de Cat estão rosadas. Ela está com frio. Em uma parada no sinal vermelho, puxo meu casaco que estava no banco de trás do carro e coloco sobre seus ombros, que estavam arrepiados. "Você está com frio, se cubra com meu casaco", digo a ela. Com o rosto corado, ela assente e agradece.

Naquele momento, eu tinha tantas coisas passando pela minha mente, e todas elas tinham a ver com Catarina, essa mulher maravilhosa que entrou em minha vida.

De repente, uma ideia surge em minha mente. "Vamos passear pelos estádios da cidade?", proponho a ela.

"Claro", responde Cat, entusiasmada.

Iniciamos nossa visita pelo Campo Longo, o estádio do nosso time. Em seguida, caminhamos até o estádio do time rival, sempre conversando e curtindo a companhia um do outro.

"Esse é o nosso clube!", exclamo, com orgulho, quando saímos da frente do nosso estádio em direção ao do rival, que ficava perto.

Ao chegarmos ao estádio rival, percebo o quão bom é ter uma pessoa companheira que embarca em nossas loucuras.

Paramos na esquina do estádio rival, e Cat fica de frente para mim. Já havia percebido o quanto ela é mais baixa que eu, mas vê-la tão perto, olhando nos meus olhos, é algo totalmente novo. E não posso dizer que isso não é um charme e que não me deixa excitado.

Nessa hora, não dizemos nada. Deixamos que o momento se desenrole, e eu aproximo meu rosto do dela, segurando-a pela cintura. Cat fecha os olhos, revelando sua entrega.

Ela coloca as mãos sobre meus ombros e, em seguida, uma delas em meu rosto. Fico brincando, chegando os lábios bem perto dos dela, fazendo carinho, até que não conseguimos mais resistir à vontade de nos beijar.

Finalmente, aquele momento chega, e sinto seus lábios quentes e macios em um beijo caloroso e intenso. Faço uma pausa no beijo e seguro seu rosto, olhando nos seus olhos vivos e castanhos. Ela puxa-me de volta, iniciando outro beijo cheio de paixão.

Ficamos ali, envolvidos um nos braços do outro por alguns instantes, até que de repente, percebo que nosso primeiro beijo aconteceu na esquina do estádio do time que odiamos.

Isso foi causa de risos entre nós, que não nos importamos nenhum pouco com esse detalhe, pelo contrário, esse era um detalhe lindo da nossa história que está só começando.

Ao som de "Palavras de um futuro bom" Jota Quest, deixo Cat em casa. Nos despedimos em um beijo demorado e ela entra em casa, dou partida no carro e quando entro na minha garagem não aguento esperar e envio um SMS:

"Que beijo bem bom!"

Ela não demora nem dois minutos para responder e sua mensagem me faz sorrir e sentir o mesmo frio na barriga que senti quando nos beijamos na esquina daquele estádio de futebol:

"Não consigo parar de pensar." - diz na mensagem dela.

"Não precisa parar, eu também não vou. Boa noite, minha linda!"

Sua despedida é romântica e poética, ela usou a música que estava tocando quando nos despedimos:

"Preciso tanto aproveitar você, olhar seus olhos, beijar tua boca, e dizer palavras de um futuro bom! 😍 Beijo, meu bem

Entro no banho anestesiado e com um sentimento muito bom em relação a tudo que aconteceu hoje. Cat é perfeita! Catarina é doce, e consegue ser pimentosa ao mesmo tempo. É inteligente e talentosa, além de ser uma mulher linda e gostosa pra caralho.

                         

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