/0/8870/coverbig.jpg?v=20230728212145)
Sorrindo, Chloé ajeitou-se em seu colo, sentando-se de frente. Marcelo, ao sentir o corpo dela no seu, foi inevitável, excitou-se e sua respiração logo ficou ofegante. Fixou seu olhar nos seios dela e engoliu seco. Em segundos, imaginou mil coisas. Fechou os olhos e respirou fundo.
A garota enxugou seus olhos e sorriu. O homem não desviou o olhar. Ansioso, não fazia ideia do que ela faria e estava torcendo para que ela apagasse logo, pois tinha assistido ela se dopar no bar.
Com olhar apaixonado, ela tocou em seu rosto e, lentamente, o acariciou. Acarinhou sua sobrancelha, maçãs do rosto, orelhas, barba, bigode e lábios. Seus olhos pretos e grandes não desviaram dos dela. A moça fechou os olhos, segurou seu rosto com as duas mãos e dançou com sua boca naquele rosto que ela tanto amava. Beijou sua testa, bochechas, queixo e finalizou brincando de narizinho. Em lágrimas, encostou sua testa na dele, pôs suas mãos em seus ombros e, com a voz trêmula, confessou:
- Te amo... tanto! Eu só queria parar de fingir que sou maluca e morar para sempre nos seus braços de amor! Só queria poder viver esse amor, sem culpa e sem medo!
Diante daquele gesto e daquelas palavras, Marcelo chocou-se. Chloé voltou os olhos nos dele, fechou-os, baixou e balançou a cabeça. Ricco levantou seu queixo e, com olhar perturbador e enigmático, perguntou:
- Por que você fez e falou tudo isso?
A jovem o encarou e refletiu por um tempo. Ao mesmo tempo que ela guardava um amor arrebatador dentro de si, guardava, também, muita mágoa e diante desses dois sentimentos, precisava tentar manter o controle, apesar de que, estava drogada e embriagada o suficiente para cometer muitas loucuras. Após pensar no que responderia, fungou:
- Porque eu sou carinhosa e desejei te acariciar!
- E quais motivos você teria para acariciar um estranho que pode estar prestes a te matar estrangulada?
Rindo balançou a cabeça e respondeu:
- Antes desse estranho me matar estrangulada, ele me acolheu em seus braços de carinho e consolou meu choro inconsolável!
- O que te faz pensar que meus braços são fonte de carinho? - em tom sombrio, indagou. - Você é bem grandinha para ter percebido que ou eu quero sexo - olhou os seios dela. - Ou vou te machucar...ou os dois! - finalizou, encarando-a de uma forma amedrontadora.
Chloé o mirou e riu:
- Um homem quando quer sexo ou machucar uma mulher não a toca ou a acolhe dessa forma!
Marcelo, com aquele olhar penetrante e amedrontador, calou-se e olhou pela janela. Eram tantos pensamentos que acreditou que enlouqueceria. Chloé levou sua mão em sua barba e falou:
- Ela é tão linda e macia! Preta como uma noite de paixão, lembra? - recordou e sorriu.
Marcelo voltou os olhos para a moça e respirou fundo:
- Quando eu te falei isso? - perguntou, em tom irritado.
- Em Veneza! - dengosa.
- Hum! E por que eu te disse isso? - debochou.
- Porque depois de você fazer amor comigo, você me pediu para te acariciar e enquanto eu massageava e beijava a sua barba, eu comentei que ela era preta e macia. Então, você falou: "Ela é preta como essa nossa noite de paixão!"
Ricco a encarou, não se conteve e riu. Chateado:
- Se...se eu tivesse ficado com você, não teria feito amor...teria te fodido com força! Não faço amor...eu fodo com mulheres como você! - enfatizou zangado, a encarando.
Sorrindo, ela apertou os lábios e retrucou:
- Faz, sim! - assentiu com a cabeça. - Em Veneza e Dubai, você sussurrou mil vezes ao meu ouvido: "Amo fazer amor com você, minha princesa Bourbons!"
O homem gargalhou por um bom tempo. A moça riu e balançou a cabeça. Ao voltar seus olhos nos dele, lembrou:
- Lembra dessa tatoo que fiz para você depois de Veneza? - ergueu o cabelo e mostrou a nuca.
Ricco parou de rir, olhou, suspirou e leu em voz alta:
- Te amo, Anjo!
- Eu sou esse anjo? - indagou, em tom de deboche.
- É, sim! Você me disse em Veneza que o seu nome era Anjo!
- Hum! Entendi! - disse ele, rindo e balançando a cabeça. - E me conta, como foi em Veneza? - zombou, cruzando os braços.