Capítulo 2 O FAZENDEIRO ORGULHOSO - PARTE 2

O último jato de água reciclada terminou seu trabalho em sua cabeça, retirando o xampu muito mais caro do que a qualidade esperada, e desapareceu subitamente. Ele continuou esperando por um último jato que terminaria o serviço, mas ele nunca veio. Quando percebeu que era tudo o que tinha, olhou para cima.

_ Que tal um pouco mais de água. Já que vai divulgar meu banho, poderia pelo menos, deixar essa porcaria aberta por mais um ou dois minutos, não acha? – continuou olhando para cima. Depois de alguns segundos, fez um gesto irritado com as mãos. A água voltou a sair pelos ejetores.

_ Você é pior do que a sua mãe – sorriu devagar e terminou seu banho. A água desligou imediatamente quando ele saiu do cubículo cercado por ejetores muito menores do que os padrões em qualquer casa descente, mas ali estava longe, realmente muito longe, de qualquer casa descente.

_ Porcaria de banho – o jato de ar secava seu corpo. O vento morno passava pelas suas costas, secando as cicatrizes em forma de cruz que iam de um ombro ao outro. Passaram pelas outras duas no lado esquerdo de sua barriga, em formato de meia lua. Quando terminou, estava seco. Olhou para o traje de deserto e a capa esfarrapada e mau cheirosa sobre o banquinho. Levantou as sobrancelhas. Estendeu a mão para apanhá-las.

_ Não toque nelas. Vou mandar incinerá-las – a voz feminina vinda de todos os lugares soou como um ser divino.

_ E suponho que vai providenciar novas, também.

_ Isso pode ser arranjado – respondeu a voz feminina. Ele soltou o ar dos pulmões devagar.

_ Quanto? – esperou o silêncio. Nenhuma resposta por algum tempo.

_ Está ficando frio por aqui - fez um gesto rápido de irritação e a voz soou novamente.

_ Estou vendo – ele levou a mão ao pinto que se encolhia rapidamente agora que a agua morna havia sumido.

_ Então...?

_ Trinta créditos – ele arregalou os olhos.

_ Por um traje de deserto roubado de alguém morto e uma capa esquecida no quarto? – não houve resposta.

_ Você pode divulgar minhas imagens no banho, sem que eu atire em alguém, e ficamos combinados assim – esperou uns instantes e estendeu a mão para apanhar suas velhas roupas. Um brilho rápido fez com que elas desaparecessem completamente deixando apenas um cheiro de alguma coisa muito suja e queimada. Uma gaveta apareceu na parede com algumas roupas. Ele as apanhou e deu uma boa olhada.

_ Por estas roupas vai ter de incluir um bom prato de comida e alguma ração para meu lagarto, se quiser fechar um negócio hoje – olhou para cima entrando nas roupas.

_ Já estava esperando por isso – ele ouviu a voz e deu de ombros devagar.

_ Bem, meu rapaz. Acho que terminamos por aqui – o homem encarou o mais jovem ainda com a testa suada.

_ Terminamos sim, senhor. Este foi o último – ele jogou o fardo sobre os outros ainda em pé sobre a carroça. Deu uma olhada ao redor. O prédio onde descarregavam ficava na parte mais velha, mais suja e menos segura da cidade. Era uma construção colonial antiga, meio fora de esquadro, cercada por outros ainda mais sujos e ainda mais antigos, alguns deles o fazendeiro havia ajudado a levantar, apesar de não gostar das pessoas que trabalhariam nele, na época, havia se comprometido a ajudar a todos os outros colonizadores, não importava quem fossem. O prédio pendia para o lado esquerdo alguns centímetros, provavelmente por estar apoiado em algum terreno que perdia a luta contra a gravidade. Logo, tudo aquilo deveria ser desmontado e daria lugar a mais um novo edifício. O homem com quem faziam negócios nos últimos verões surgiu com aquele seu sorriso aracnídeo. Talvez fosse seu nariz, talvez fosse aquela boca que parecia um ricto. Mas, todos sabiam, a impressão de estar-se contemplando uma aranha atarracada vinha mesmo de sua personalidade. Alguma coisa naqueles olhos pernósticos, que pareciam ser muito mais do que apenas dois.

_ Não tivemos uma remessa muito interessante este ano, tivemos? – o fazendeiro bateu as mãos ao lado do corpo devagar.

_ É uma remessa como todas as outras. Ora, androides, se foi – encarou o homem mais atentamente.

_ Temos cinco fardos com trinta por cento menos peso, este ano – ele olhou para o pequeno aparelho retangular com uma tela iluminada em suas mãos. O fazendeiro encarou o ajudante e toda a raiva que sentiam aflorou e foi contida.

_ Lá vamos nós – ele deu um passo na direção do homem e apanhou o aparelho.

_ Deixa-me dar uma olhada nisso aqui – o ajudante, que já estava esperando alguma coisa deste tipo mais uma vez, apanhou seu próprio aparelho, exatamente igual, para contagem de cargas e mostrou ao aracnídeo.

_ De acordo com o meu, que está perfeitamente correto, temos vinte por cento a mais em doze fardos, este ano, senhor – falou rápido.

O homem tentou apanhar o pequeno aparelho retangular e fino da mão do ajudante, mas não foi rápido o bastante. O rapaz bateu na lateral do aparelho do homem e os dados de ambos foram configurados em um único relatório. O homem aracnídeo abriu os dentes mais uma vez e ficou ainda mais repulsivo.

_ Acho que vamos ter de contar cada um deles novamente – sua voz também parecia aracnídea.

_ Não será necessário – disse o fazendeiro apontando o scanner para o código de barras do primeiro dos trinta e cinco sacos no chão – o relatório mostra exatamente em quais fardos você... Errou na contagem - soltou o ar devagar encarando o homenzinho que se esticou para olhar a tela do aparelho um pouco surpreso.

_ Mas que aparelhinho novo interessante este seu – o aracnídeo falou cheio de desprezo e o fazendeiro sorriu.

_ Bastante útil, não acha? – o mais velho sorriu satisfeito com o feito.

_ Vamos lá – falou o ajudante colocando, novamente, o fardo sobre a balança que mostrou exatamente o mesmo peso que havia mostrado anteriormente, mas não no aparelho antigo do comprador aracnídeo.

_ Estes códigos estão calibrados corretamente? – O aracnídeo falou devagar. O fazendeiro pegou mais um fardo, desta vez um dos que pertenciam ao homenzinho avarento, apontou o leitor de scanner e mostrou para ele que os pesos e informações batiam. O menor deu de ombros devagar. Reiniciaram a tarefa mais uma vez. O trabalho se repetia todas as vezes naquele lugar. Era sempre a mesma coisa. Eles pesavam cada fardo e um problema, que sempre beneficiava o comprador, surgia em alguns deles. Se ali não fosse o único lugar daquela cidade em que se podia fazer negócios com aquela carga, que na verdade nem era seu produto principal em sua fazenda de criação de lagartos, certamente nunca mais colocaria suas botas no prédio capenga.

Enquanto os três estavam ocupados demais em seus negócios para notar, uma figura se colocou a porta devagar, criando uma sombra sobre todos. Era uma figura bastante larga usando uma parte de traje de deserto e parecia mau arrumado. A máscara que impediria a areia vermelha do deserto de cega-lo estava solta sob seu maxilar largo e forte. A capa sobre tudo dançou ao seu redor dele quando o vento decidiu se juntar a eles mais uma vez. Suas botas feitas com pele de lagarto, o mesmo que se usava como montaria por aqueles que podiam pagar por tais animais tão caros, fez barulho quando ele esfregou a sola grossa sobre a sujeira de grãos de areia vermelha no chão. O homem com cara de aranha se curvou arrepiado e contorceu para encarar a figura estampada no vão da porta.

_ Senhores – disse uma voz seca, sem vida nenhuma, antes que qualquer um deles pudesse pronunciar qualquer coisa. Seus olhos se prenderam no fazendeiro por um instante e depois migraram, como tiros, para o comerciante mais ao fundo. A primeira coisa que o fazendeiro orgulhoso notou, foi que aqueles olhos eram completamente negros. Não havia mais nada neles que pudesse ser visto. Era duas bolas pretas, totalmente isentas de quaisquer expressões, ou alguma humanidade. Ele não sorriu.

_ Boa Tarde, Senhor – falou a aranha mesquinha, cheio de uma voz reverente. O fazendeiro nunca ouvira aquele timbre subserviente naquela criatura orgulhosa antes. Ficou surpreso.

Ela abriu os olhos e encarou o teto de sua casa por alguns segundos. Puxou ar para dentro dos pulmões devagar e repetiu para si mesma a velha cantilena que lhe haviam ensinado na infância. Não acreditava muito que fosse lhe servir de alguma coisa repetir para si mesma uma série de frases que, aparentemente, pouco tinham em comum umas com as outras, mas como estava tentando tudo o que lhe diziam, aquilo era somente mais um ato desesperado de manter seu padrão de vida. Se aquele emprego não funcionasse. Seria despejada em poucas semanas. Depois, teria seu cartão pessoal bloqueado. Seria obrigada a subir em um daqueles voos noturnos de perdedores e sua vida estaria terminada. Não queria isso nem para aquela mulherzinha horrível que havia ficado com seu emprego. Talvez desejasse isso para ela, só um pouquinho. Sentou-se na cama devagar. Seu cubículo era discretamente elegante. A cama que trouxera da casa de seus pais era o único artefato fora dos padrões que tinha. Havia pagado uma fortuna para poder mudar com ela para aquele nível, mas havia valido a pena. Especialmente em tempos como aquele. Quando tudo era incerteza. Passou a mão pelos cabelos e levantou-se. Deu os curtos passos que a separavam da porta do banheiro, e entrou. Imediatamente jogou a camisola no cesto de lixo. Já era a terceira noite que dormia com ela. Era economia o bastante. O desintegrador sugou-a e fez com que sua amiga de noites insones desaparecesse para sempre. Apenas resíduos dela seriam atirados no espaço, junto com tantos outros, diariamente. Poeira espacial. Entrou em seu reservado e ligou seu chuveiro. Uma centena de micro jatos de água sintética limparam seus poros e pele. Jogou uma pílula de hidratante no filtro e a água da segunda borrifada também serviu para manter sua pele viva, brilhante e sedosa, mas elas também estavam acabando, e com o que ainda havia na sua conta, teria de passar sem elas. Meteu a cabeça no pequeno lavador de cabelos que comprara com seu último salário. Sentiu a máquina fazendo seu trabalho enquanto pensava como podia ter ido parar em uma situação como aquela. Quando aprenderia a ficar de boca fechada. Sua mãe sempre lhe dissera que o dia que aprendesse a manter a língua entre os dentes mais fechados que as pernas, seria uma mulher feliz. Sua mãe era muito boa em lhe dizer coisas, em sua maioria desanimadoras. O curto bipe anunciou que seus cabelos estavam lavados. Pegou o controle remoto e escolheu uma escova lisa. Era sempre mais elegante usar cabelos lisos para pedir emprego. Esperou mais dois minutos antes do sonsinho impertinente avisar que os cabelos estavam prontos. Retirou a cabeleira vermelha, agora lisa, da máquina e saiu perfumada e seca do chuveiro. Estacou na parede que lhe refletia. Deu uma olhada no próprio corpo. Era uma mulher bonita, sem nunca ter mudado um detalhe desde que nascera. Afinal, seus pais haviam investido tudo o que poderiam quando a conceberam. O que não fora muito, ela tinha que admitir. Os seios eram redondos e empinados exatamente como os de sua mãe. Isso ela fizera questão de lhe passar, e ela era grata por isso. Tinha um padrão de vida que, para ser mantido, exigia alguns sacrifícios e isso terminava tendo um efeito colateral bem-vindo. Se comia pouco, praticamente apenas tomava café da manhã e jantava refeições rápidas para economizar, permanecia magra. Não tinha quase nenhuma barriga. Mesmo porque, refeições calóricas eram um luxo e muito caras. Vivam em tempos que só tinha barriga quem assim o desejava e podia pagar. Os cabelos daquela cor eram um espetáculo que gostava de admirar. Era a cor natural deles. Apesar de muitos homens nunca terem acreditado. Seu pai achava que uma garotinha de cabelos ruivos era uma graça e esta foi a única explicação que ela recebeu para aquilo. Fez sucesso na escola, até a sexta série. Mas não sabia que uma ruiva, natural especialmente, nem sempre era bem-vista nos ambientes de trabalho. Por outro lado, os pelos púbicos avermelhados mostraram ser uma deliciosa arma de sedução na cama quando a idade de descobrir estas coisas chegou para ela. Alguns homens adoravam ver aquele emaranhado de pelos avermelhados cobrindo sua vagina delicada e bochechuda tal uma bonequinha. Sua bonequinha, como gostava de chamá-la. Fazia um mês que não brincava com ela. Deu uma última olhada no corpo e depois foi até o armário coligado. Tocou na porta e esta desapareceu dentro da parede branca de fibra lunar. Deu uma olhada em todos os seus costumes de trabalho. Escolheu o mais novo deles. Meteu-se dentro do verde escuro que estava na moda novamente vagarosamente. Voltou para o espelho e apanhou seu velho maquiador. Selecionou o que desejava. A coisa velha gemeu devagar enquanto colocou o rosto dentro dele. Mais um zumbido e um gritinho eletrônico e estava pronta. Ao se encarar, tinha os olhos verdes realçados por uma maquiagem discreta, as sardas disfarçadas pela base clara e os lábios abrilhantados pela camada fina de gloss. Saiu para o quarto e o atravessou sem arrumar a cama. Entrou na pequena área que separava a sala da cozinha e foi para a segunda. A cafeteira já estava terminando de fazer suas duas xícaras de café, as torradas saltaram e quando colocou a bunda no banco a geladeira lhe mostrou tudo o que estava faltando da sua lista básica de alimentos. O painel piscara daquela forma na última semana. Precisava mudar os parâmetros de sua lista de compras. Retirar alguns itens pelos quais não poderia mais pagar. Olhou para o aparelho imóvel e sorriu.

_ Como seu eu não soubesse, querida. Como se eu não soubesse que você está ficando mais vazia do que o habitual dessa casa – respondeu para o eletrodoméstico que não tinha capacidade para interagir e apanhou as torradas e a xícara de café que ficavam ao alcance das mãos, pois a cozinha era padrão anelar. Como tudo em sua vida deveria ser. Padrão. Tudo tinha de ser confortável e minúsculo para que centenas pudessem usufruir do mesmo espaço raro, limitado e vendido a preços mais altos que a órbita daquele lugar. Procurou o controle e o encontrou. Sempre quisera ter dinheiro para comprar uma inteligência artificial para seu apartamento, mas inteligências artificiais custavam muito caro, mesmo para gente como ela, que supostamente seria capaz de pagar por uma coisa assim. Se todas aquelas empresas de inteligências artificiais soubessem o que ela fazia para morar naquele nível, não gastaria um só segundo para lhe enviar malas diretas. O sonho de consumo moderno dos últimos dois anos naquele nível do Anel lunar em que morava. Cinco anos, para os muito ricos que moravam no último nível com vista para a Terra. Era mais um dos muitos paradoxos da civilização. Porque as pessoas queriam morar em um lugar, onde teriam vista para a merda de um planeta que todos desprezavam. Talvez porque a vista ficava linda em uma noite romântica de terra cheia, sentados a beira de uma piscina cheia de água, ainda mais impressionante se fosse água natural e cercada por plantas de verdade. A máxima da ostentação e riqueza no universo conhecido. Achou o controle e apertou o botão da televisão. A tela mudou do transparente para uma imagem do mosaico de canais disponíveis. Era um hábito que tinha desde que mudara para aquele emprego. Ao invés de programar os canais femininos ou de beleza e saúde, como a maioria das mulheres de sua idade e nível social, recebia todos os boletins financeiros na tela e o lado direito era dominado pelas suas três redes sociais. Havia três mensagens. Seu coração disparou ao ver que uma delas vinha de uma das empresas que haviam recebido seu currículo. O abriu e leu o conteúdo que explicava que naquele momento todas as vagas estavam preenchidas, mas que eles agradeciam o envio de seus dados e que ficariam nos arquivos do departamento de seleção por três meses para uma eventual necessidade. Ela o deletou e viu que os outros eram ofertas de cursos de reciclagem online para desempregados endinheirados e o segundo de uma garota da empresa onde deveria estar trabalhando. Depois o leria. Pouco lhe importava que aquele lugar estivesse em chamas. Mordeu a torrada devagar e selecionou o canal de beleza. Amenidades se mostraram menos estressantes. Uma mulher, com a cara nova demais para quem já tinha quarenta e cinco anos apenas de televisão, falava sobre os benefícios do rejuvenescedor de sua marca. Mudou para o canal de fofocas. Viu que aquela artista de novela, a que vivia se metendo em confusões com ex-maridos, havia sido escalada para uma refilmagem de um clássico da literatura que seria gravado no Planeta Terra, realmente no local. Suzana fez uma cara de nojo e surpresa.

_ O que vão fazer naquele lugar? – apanhou seu aparelho e fez uma ligação.

_ Droga – falou sozinha ao notar que estava sendo encaminhada para a secretária da empresa – eu gostaria de falar com o comandante P. R. Johnson – agradeceu a uma máquina. Elas costumavam ser vingativas. Esperou por quase dois minutos até que a voz retornou com aquela entonação impessoal e discretamente sensual – Qual o vôo dele? – ouviu e repetiu.

_ 2, 4, 7. Será que poderia me passar para o vôo dele? – ouviu a música que substituía a voz metálica feminina – ele está no espaço porto.

_ Pode fazer a conexão? – ela ouviu – eu aguardo – só esperava que aquilo não lhe custasse todos os seus créditos. O som da ligação sendo conectada com Marte soou e ela ouviu se completando e uma voz rouca, muito masculina, soou do outro lado.

_ Oi querido – falou sorrindo para a tela, mas não havia imagem para se ver com o terminal dele desconectado. O que era estranho. Por que haveria de desconectar seu terminal?

_ Como foi seu vôo. Como estava Marte? – ela ouviu um pouco.

_ Está cansado. Acabou de chegar. Desculpe. Na verdade, achei que ainda estaria em plena viajem – ela sorriu – de qualquer modo, vou deixá-lo dormir – um súbito som que não deveria estar no meio da conversa soou e fê-la se calar.

_ O que foi isso? – ouviu – não, não foi a camareira – sorriu como se precisasse disfarçar a decepção que sentia naquele momento.

_ J... Tem alguém com você? – a voz cheia de sarcasmo dela tentava disfarçar a frustração – desculpe. Não queria atrapalhar sua aventurazinha em Marte – ela riu sem qualquer humor.

_ Não – riu sem jeito – está tudo bem. Tenho que desligar – ouviu – claro. Me ligue, quando estiver no Anel novamente. Quem sabe eu, você, e sua amiguinha, possamos sair para jantar e trocar posições sexuais divertidas – ela sorriu olhando para a parede.

_ Posso perguntar se ela também já se acostumou com o tamanho ridículo do seu pinto – a ruiva vermelha encarou o aparelho.

_ Parece que perdi a conexão – colocou o aparelho fixo de conexão, pequeno e transparente sobre o móvel.

            
            

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