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Ao ver a jovem se aproximar, notei que o jovem tatuado à minha frente rapidamente ergueu o capuz da blusa, colocou uma máscara preta e escondeu a mão com as tatuagens. A garota se aproximou e disse: "É você, Jungkook?"
Ele permaneceu calado e apenas negou com a cabeça. Fiquei perplexa ao presenciar aquela cena diante de mim. Pensei que aquela garota poderia ser uma ex-namorada ou até mesmo uma amiga inconveniente. Quando ela se voltou para mim e perguntou se estávamos em um encontro, alterando a voz, isso fez com que todos os olhares da cafeteria se voltassem para nós, deixando-me completamente desconfortável e sem reação. Eu só pude encarar aquele garoto tatuado à minha frente para ver como ele resolveria aquela situação, mesmo sabendo que, no fundo, eu era realmente culpada por aquele momento tão embaraçoso.
Foi quando a situação, que já era ruim, piorou. Ele simplesmente se levantou e, usando a mão esquerda, agarrou o meu braço, puxando-me em direção a uma porta nos fundos da cafeteria, como se soubesse que aquela era uma rota de fuga perfeita. Para completar, havia um Mercedes preto com vidros escuros estacionado naquele local.
Perguntei a ele: "O que você pensa que está fazendo? Me solte! Quem te deu autorização para encostar em mim?" Disse isso em tom furioso, pois odeio que me toquem sem minha autorização. Sou culpada apenas por atrapalhar o café dele, nada mais!
Ele simplesmente abriu a porta do carro e ordenou: "Entre no carro." Eu protestei e quis sair dali, mas seu corpo alto e forte me cercou, fazendo com que eu me rendesse e entrasse naquele automóvel, mesmo temendo que ele pudesse me violentar, matar ou até mesmo vender meus órgãos. Falei: "Não preciso de carona. Meu carro está estacionado bem em frente à cafeteria."
Ele respondeu: "Você não pode voltar lá agora." Furiosa, exigi uma explicação, mas ele só respondeu que não era uma pessoa comum e que qualquer ato impensado poderia resultar em um escândalo nacional. Ele me perguntou onde deveria me deixar, e eu dei o endereço do meu trabalho, pois não era tão longe. Perguntei o seu nome, e ele apenas respondeu "Yan", sem me perguntar o meu. Entendi que ele não queria conversa e me senti constrangida. Peguei meu celular para me distrair e não demonstrar medo, mas ele apenas me olhou com uma expressão de repreensão e disse: "Sem telefone aqui." Suspirei e pensei: "Que tipo de pessoa não deixa a outra usar o celular em seu carro, só um idiota", mas abaixei o aparelho e o coloquei na porta lateral.
"Você pode me deixar aqui, já estamos em frente ao prédio onde trabalho", eu disse, aliviada por sair daquele carro e nunca mais ter que encontrar aquele garoto lindo, porém estranho, com um comportamento peculiar. Apenas agradeci e saí rapidamente.