O Homem da Minha Vida
img img O Homem da Minha Vida img Capítulo 10 O dia do baile
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Capítulo 12 O sonho continua img
Capítulo 13 Promessas de amor img
Capítulo 14 Tentação e susto img
Capítulo 15 Só momento img
Capítulo 16 Rodolpho volta a casa de Mel img
Capítulo 17 O amor só aumenta img
Capítulo 18 O desespero de Antônio img
Capítulo 19 A chantagem img
Capítulo 20 A decepção img
Capítulo 21 A dor de Mel img
Capítulo 22 O amor reacende img
Capítulo 23 Encontros e desencontros img
Capítulo 24 O amor não passa img
Capítulo 25 A dor da saudade img
Capítulo 26 Uma nova pretendente img
Capítulo 27 Um novo pretendente img
Capítulo 28 A última chance img
Capítulo 29 O pesadelo aconteceu img
Capítulo 30 A decisão difícil img
Capítulo 31 Uma nova vida img
Capítulo 32 A vida continua img
Capítulo 33 Novas oportunidades img
Capítulo 34 Mel é manipulada img
Capítulo 35 Amor e armações img
Capítulo 36 Uma nova paixão img
Capítulo 37 O pranto volta a cair img
Capítulo 38 A volta de Mel img
Capítulo 39 De volta para Rodolpho img
Capítulo 40 Recado dado img
Capítulo 41 A espera do reencontro img
Capítulo 42 Nova situação img
Capítulo 43 Um novo príncipe img
Capítulo 44 Mel volta atrás img
Capítulo 45 A dúvida img
Capítulo 46 O grande dia img
Capítulo 47 Suposta gravidez img
Capítulo 48 O assalto img
Capítulo 49 Como se fosse o primeiro img
Capítulo 50 Mais uma decepção img
Capítulo 51 Muito amor img
Capítulo 52 Augusto: o homem perfeito img
Capítulo 53 Intimidação img
Capítulo 54 Mais armações img
Capítulo 55 Sob pressão img
Capítulo 56 Mel e Augusto apaixonados img
Capítulo 57 A viagem img
Capítulo 58 Muita confusão img
Capítulo 59 Flagrante img
Capítulo 60 A despedida img
Capítulo 61 A volta de Mel img
Capítulo 62 A persistência de Diogo img
Capítulo 63 O reencontro img
Capítulo 64 A história se repete img
Capítulo 65 A mentira img
Capítulo 66 A chantagem de Antônio img
Capítulo 67 Um amor tão grande img
Capítulo 68 Felicidade roubada img
Capítulo 69 O cativeiro img
Capítulo 70 Tentativa inútil img
Capítulo 71 Tarde demais img
Capítulo 72 Depois do pesadelo img
Capítulo 73 A suspeita img
Capítulo 74 A volta de Diogo img
Capítulo 75 Diogo surpreende img
Capítulo 76 A suspeita se confirma img
Capítulo 77 Destino incerto img
Capítulo 78 Um preço muito alto img
Capítulo 79 Um novo mundo img
Capítulo 80 Muito sofrimento img
Capítulo 81 Mel investiga Diogo img
Capítulo 82 Mel tenta escapar img
Capítulo 83 O dia do casamento img
Capítulo 84 Os caminhos se cruzam img
Capítulo 85 Nova despedida img
Capítulo 86 Nasce o príncipe img
Capítulo 87 O homem perfeito aparece img
Capítulo 88 A proposta img
Capítulo 89 Mel está decidida img
Capítulo 90 A fuga img
Capítulo 91 Vida nova img
Capítulo 92 O mundo da img
Capítulo 93 Rodolpho novamente img
Capítulo 94 A decisão img
Capítulo 95 Nasce mais um príncipe img
Capítulo 96 O tempo passou img
Capítulo 97 As voltas do destino img
Capítulo 98 Loucuras de amor img
Capítulo 99 Muitos questionamentos img
Capítulo 100 O confronto img
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Capítulo 10 O dia do baile

Mel chegou em casa feliz. Agora podia sonhar com o seu príncipe. Tinha certeza que a amiga iria convencer o seu irmão.

E ela não estava errada. Iara esperava por Tito no dia seguinte na porta de sua casa quando ele chegou cansado e suado do trabalho.

Tito trabalhava com o irmão Celso no plantio de cana de açúcar numa fazenda que fornecia cana e o pai na Usina que também ficava nos arredores da cidade.

Os olhos dele brilharam ao ver Iara encostada na mureta do terraço da sua casa.

Iara usava um short bem curto, branco cheio de detalhes bordados e uma blusa preta colada ao corpo.

Tito já foi logo lhe agarrando pela cintura e lhe beijando, deixando Iara sem fôlego. Ele estava sujo, o uniforme amassado, mas ela gostava desse jeito atrevido dele.

Celso vinha logo atrás, passando a mão na testa para espalhar o suor e olhou sério para Iara. Ele sempre falava para Tito que ela só ficava com ele quando não tinha outra opção. Ele achava Iara atirada e também não gostava que a irmã andasse com ela.

Iara sacudiu os ombros e ignorou o rapaz voltando a sorrir para o seu alvo.

Quando ela começou a falar, viu José de Aquino se aproximando. Ele devia ter parado no bar para tomar uma dose de cachaça, fazia sempre isso.

Iara esperou o homem entrar e se jogou nos braços de Tito.

- Ei, o que houve? Você não é sempre assim comigo!- ele disse ao se afastar sorrindo.

Iara disse sem rodeios:

- Eu quero ir no baile semana que vem na cidade das Rosas. Quero ir com você!

Tito franziu a testa e coçou a cabeça, depois disse aborrecido:

- Eu não posso, Iara! O pai disse que eu só podia ir se levasse a Mel.

- Tudo bem, Tito! Vamos levá-la! - Iara disse animada.

Tito encostou-se na mureta e ficou do lado de Iara dizendo:

- Não dá. Ouvi dizer que é traje de gala. Quem está patrocinando é o doutor Antônio Queiroz.

- Eu sei!- Iara exclamou virando-se para Tito.

- Eu nem tenho roupa assim- Tito disse cabisbaixo.

Iara sorriu gesticulando muito, enquanto falava:

- Vamos alugar. Todo mundo faz isso e sai mais barato! Deixa de ser pão-duro, Tito!

Tito ergueu o olhar e disse vencido:

- Eu vou sim. Quero ver você toda elegante. Se eu não for você vai sem mim, não vai?

Iara respondeu erguendo o queixo:

- Com certeza, querido! Eu não perco um baile por nada!

Tito abraçou Iara e falou ao seu ouvido coisas que a fez sorrir.

- Eu não chego aos finalmente. Você sabe disso!- ela disse brincalhona.

Tito ficou sério, enquanto falava olhando fixamente nos olhos de Iara:

- Mas se um dia chegar, vai ser comigo, não vai? Eu caso com você Iara, não vou deixar você ficar falada por aí.

Iara deu uma gargalhada.

Tito ficou irritado.

Ela saiu rebolando seguida pelo olhar confuso do rapaz.

Aquela semana passou muito rápido para felicidade de Mel. A sua mãe juntou umas economias e lhe entregou dizendo:

- Eu juntei esses trocados vendendo umas cocadas para uns conhecidos. Eu acho que dá para você alugar o seu vestido filha.

Mel ficou emocionada e pegou o dinheiro das mãos da mãe e a abraçou.

- Obrigada mãe! Você é maravilhosa! - ela disse acariciando os cabelos maltratados da mãe.

Helena segurou o choro e respondeu:

- Eu só quero que seja a garota mais bonita do baile querida! Eu desejo que encontre o seu príncipe lá.

Mel suspirou pensativa.

Enquanto isso, Rodolfo chegava de viagem. Esteve fora desde que a mãe teve alta do hospital. Antônio Queiroz o mandou resolver uns problemas pessoalmente na Usina de cana de açúcar que ficava em Pernambuco, só para deixá-lo longe de Mel. Sua intenção era que ele a esquecesse.

O baile já era uma estratégia para apresentar algumas moças, filhas de empresários ricos como ele, para o filho.

- Baile pai! Como assim?- Rodolpho falava surpreso, enquanto Joel subiu com as suas malas.

Antônio suspirou seguindo o segurança com o olhar, enquanto ele subia as escadas, depois virou-se para o filho explicando:

- Estou patrocinando um baile de gala, filho. Vem moças de todas as cidades. As mais ricas e belas!

Rodolpho franziu a testa e deixou-se cair numa poltrona do lado do pai, então disse jogando os cabelos para trás:

- Estou cansado, quero meu quarto, minha cama! Não estou com paciência para receber seus amigos esnobes e suas filhas mimadas!

Antônio sorriu e cruzou as pernas dizendo:

- Vai querer rever Carolina, filho! Ela cresceu e se tornou uma moça linda!

Carolina era filha de outro dono de Usina e já havia trocado alguns beijos com Rodolpho, quando ainda eram muito crianças. Deviam ter dez ou onze anos.

Rodolpho suspirou impaciente.

Arminda chegou e sorriu ao ver o filho. Os dois se entendiam muito bem e ela sentira muita falta do filho.

- Mãe! Você está bem?- ele quis saber.

Arminda sorriu maliciosa e disse olhando para o alto da escada:

- Tão bem que já providenciei o seu traje de gala filho!

Rodolpho sorriu e subiu para o seu quarto. Não podia fazer uma desfeita com a mãe. Estava decidido, iria para o baile.

Sobre a sua cama estava o seu traje. Parecia roupa de um príncipe. Ele sorriu lembrando da mãe.

Tomou banho e se vestiu. Olhou-se no espelho. Estava muito belo.

- Este sou eu?- ele brincou com a sua imagem refletida.

Rodolpho escovou os cabelos e os jogou para trás com brilhantina. Todos os rapazes da época usavam nos bailes de gala.

Quando ele desceu as escadas deixando no ar o seu perfume, Arminda segurou o rosto emocionada e Antônio levantou da sua poltrona também admirando o filho.

- Você está lindo meu filho! Parece um príncipe!- ela disse com voz embargada.

Antônio deu um passo à frente e arrumou a gravata do filho dizendo:

- Parece mais velho, mas está muito elegante filho!

Rodolpho sorriu satisfeito e saiu na direção da porta e se surpreendeu ao ver quatro seguranças a postos lhe esperando do lado do seu carro. Hoje ele iria no carro preto, social.

Ele virou-se para olhar o pai que vinha logo atrás e indagou um tanto aborrecido:

- Acha mesmo que preciso de tantos seguranças na minha própria cidade?

Antônio cruzou os braços fazendo sinal para que os seguranças entrassem no carro e respondeu:

- Convidei muitos empresários ricos para esse baile. Melhor se prevenir, nunca se sabe!

- O senhor não vai?- Rodolpho indagou olhando para a mãe em seguida.

- Eu não posso!- Antônio respondeu seco.

- Por que?- Rodolpho quis saber.

Antônio começou a tossir e Rodolpho entendeu que Manoela tinha algo haver com aquilo.

- Se arruma mãe! Eu vou levá-la ao baile!- ele disse decidido.

Arminda já ia correndo para se arrumar, mas Antônio a deteve dizendo:

- Não pode filho! Pegaria mal para mim! Sua mãe num baile sozinha!

- Ela não vai sozinha! Ela vai comigo!- Rodolpho rebateu.

Arminda saiu correndo animada.

- Ela nem deve ter roupa para ir!- Antônio disse sacudindo os ombros.

Rodolpho olhou para o alto da escada e disse sorrindo:

- Minha mãe deve ter um milhão de roupas que nunca sequer usou.

Rodolpho sentou-se numa poltrona para esperar a mãe e continuou:

- Já cansei de vê-la comprar roupas para sair com o senhor e vê-lo desistir na última hora.

Antônio ficou sem palavras. Ficou a seguir as criadas com o olhar, enquanto elas subiam para ajudar a patroa a se arrumar.

Depois de quase uma hora, Arminda desceu as escadas, majestosamente. Usava um vestido longo na cor verde musgo com detalhes brilhantes que corriam das alças até a barra. A maquiagem perfeita lhe deixava mais jovem e um penteado valorizando os cachos dos seus cabelos castanhos.

Antônio engoliu em seco, enquanto Rodolpho foi recebê-la ao pé da escada.

- Eu também vou!- Antônio disse se levantando.

Arminda abriu caminho para ele que passou por ela subindo as escadas depressa.

Rodolpho o acompanhou com o olhar, depois disse sorrindo:

- Meu pai não é bobo não, hein dona Arminda! Vai deixar uma mulher linda dessa ir ao baile sem a sua supervisão!

Arminda olhou para o alto da escada e sorriu satisfeita.

            
            

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