The Bodyguard
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Capítulo 3 Capitulo 2.

Melissa Roberts P.O.V

Harvard University – 3h30 p.m.

Quando os meus pés pisam no campus eu sinto um frio na espinha, principalmente quando os meus olhos passam por todos os jovens que andam pelo gramado do local. É difícil acreditar que eu entrei em uma das faculdades mais importantes do meu país e vou ter que encarar uma realidade que não cabe mais para a minha idade, não que eu seja muito mais velha do que esses jovens, mas tenho certeza que deve ter pouquíssimas pessoas da minha idade aqui, e se estiverem, já estão terminando o curso e não começando.

Começo a andar, puxando comigo a minha mala.

Minha conversa com o presidente tinha sido muito breve e bem pouco esclarecedora, as poucas informações que eu tinha recebido era que eu teria que me manter por perto do Benjamin o tempo todo, já que algumas ameaças estavam surgindo contra ele, e não permitir que ele soubesse quem eu verdadeiramente era. Isso incluía não ter acesso ao meu verdadeiro nome.

Aqui eu seria a Scarlett Jones, uma caloura de vinte e quatro anos que finalmente conseguiu ter dinheiro para entrar na faculdade e seguir a carreira dos sonhos, que no caso, é a mesma que a do Benjamin.

Eu teria que me aproximar dele de modo sutil e me infiltrar em seu círculo de amizade.

Meu chefe havia me entregue uma pasta com todas as informações necessárias sobre o garoto, como o curso que ele faz, qual é a posição dele nesse campus, de qual fraternidade ele faz parte etc. Uma pasta que eu não tive a chance de estudar, já que pela urgência, precisei voar em um voo comercial e tinha uma pessoa sentada ao meu lado e não seria nem um pouco agradável analisar uma pasta com todas as informações do filho do presidente ao lado de alguém.

O que eu sabia sobre o Benjamin? Absolutamente nada! Para ser sincera, eu mal sabia como era o seu rosto.

Entro no prédio a onde ficam os dormitórios e faço uma careta imediata ao ver vários jovens andando pelos corredores em busca dos seus quartos.

Passo reto por todos me sentindo aliviada ao ver a porta do meu quarto, começo a ir em direção a ele, mas uma porta se abre diante do meu caminho e uma pessoa bem alta sai dele com um certo desespero, batendo o seu corpo contra o meu com toda a força e me fazendo cambalear para trás.

Uso todo o meu equilíbrio para não cair.

- Não olha para onde anda não, patricinha? – a voz extremamente debochada alcança os meus ouvidos e eu sinto o ódio me atingindo.

Ergo os meus olhos em sua direção.

- Foi você quem esbarrou em mim. Não o contrário, playboy. – falo com a mesma entonação e percebo o incomodo em seu rosto por eu ter o chamado de playboy.

- Você é caloura, não é? – a sua pergunta é retórica então não abro a minha boca para responder. – Te garanto que não vai querer arrumar uma guerra logo comigo.

Solto uma risada baixa e nego com a cabeça.

Não tenho mais idade para lidar com esse tipo de coisa.

- Uma guerra? O que você pensa que é playboy? Um guerreiro? – questiono divertida e ele não me parece nada feliz.

- Não. Mas eu tenho poder nesse lugar.

- Poder? Que tipo de poder? – cruzo os meus braços e arqueio a minha sobrancelha. – Você vai fazer os seus amiguinhos me olharem feio? Ah, já sei! – aponto o dedo indicador em sua direção. – Vai me fazer comer sozinha no refeitório?

O garoto de olhos extremamente claros pisca rapidamente e umedece os lábios, em outra situação, eu até poderia achar ele minimamente bonito.

- Comer sozinha no refeitório? – seus braços se cruzam e eu me permito olhar para os músculos que saltam da sua camisa. Ele era bem forte e não duvido que pratique algum esporte aqui no campus. – Isso aqui não é Mean Girls.

- Tem certeza? Porque você me parece um cosplay da Regina George.

- Aposto que você não tem absolutamente nada para fazer essa noite. – ele começa a piscar rapidamente e eu dou um passo para trás, de forma inconsciente.

A sua mudança brusca de assunto me preocupa.

- Não precisa ter medo, patricinha. Eu não costumo fazer nada maldoso com garotas, a não ser que elas me peçam. – um sorriso sacana surge em seus lábios e eu reviro os olhos. – Só queria dizer que a minha fraternidade vai dar uma festa hoje e que você está mais do que convidada, aposto que todos vão amar te conhecer. – seus olhos passam pelo meu corpo.

- Recuso seu convite.

- Por quê? Está com medo de mim? – seus olhos se estreitam.

- Medo de você? Cai na real playboy.

Passo por ele e paro em frente a porta do meu quarto, mas quando a minha mão agarra a maçaneta, a sua voz soa, muito próxima a mim.

- Vou te esperar na festa.

O encaro uma última vez e abro o sorriso mais falso que eu tenho. Se tem uma coisa que eu não irei fazer, é ir em uma festa com vários jovens bêbados. Ainda não atingi a insanidade para agir dessa maneira.

Encaro o quarto com uma única cama, um armário e um banheiro e consigo me sentir minimamente satisfeita. Já que a ideia de ter que dividir quarto com alguém não me parecia nem um pouco tentadora.

Deixo a minha mala em um canto e agarro a pasta, me sentando na cama e já a abrindo. Precisava saber todas as informações rapidamente para começar a agir de modo imediato.

A primeira coisa que eu tenho visão é a fotografia do Benjamin e assim que meus olhos batem nela, eu sinto a tensão me atingindo.

Não é possível!

Benjamin era exatamente o cara com quem eu tinha me desentendido há alguns minutos, e pelo que parece, eu acabei de destruir qualquer chance que eu tinha de fazer amizade com ele nos meus primeiros dias aqui. Pelo jeito vou ter que me infiltrar de uma maneira mais sutil.

Parece que ele vai mesmo me ver nessa festa idiota.

            
            

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