Amor Sob Contrato: O CEO E A Noiva Inesperada
img img Amor Sob Contrato: O CEO E A Noiva Inesperada img Capítulo 2 Jantar Conflitante
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Capítulo 6 Visita Indesejada img
Capítulo 7 Não Tem Saída img
Capítulo 8 Deixando O Orgulho img
Capítulo 9 O Começo De Uma Amizade img
Capítulo 10 Discussão Entre Pai E Filho img
Capítulo 11 Finalmente Um Recomeço img
Capítulo 12 Atentado img
Capítulo 13 Agente Rodriguez img
Capítulo 14 Declaração img
Capítulo 15 Clímax Do Prazer img
Capítulo 16 Invasores img
Capítulo 17 Buscando Forças img
Capítulo 18 Apenas Minha! img
Capítulo 19 Escândalos img
Capítulo 20 Nem Todas As Surpresas São Bem-vindas img
Capítulo 21 Após O Conflito Vem O Amor img
Capítulo 22 Pesadelo img
Capítulo 23 Amigo Da Onça img
Capítulo 24 Por Que Você img
Capítulo 25 Estou Aqui Por Você Também! img
Capítulo 26 Lamentável Fracasso img
Capítulo 27 Teste De Gravidez img
Capítulo 28 Um Avô Mais Ou Menos Feliz img
Capítulo 29 E Mais Uma Tormenta img
Capítulo 30 Incêndio img
Capítulo 31 Retornando Ao Lar img
Capítulo 32 Armação img
Capítulo 33 A Dor Da Traição img
Capítulo 34 Consequências img
Capítulo 35 Eu A Perdi img
Capítulo 36 Irmão Maligno img
Capítulo 37 Lutando Até O Fim img
Capítulo 38 Esperança img
Capítulo 39 Não Me Renderei img
Capítulo 40 Acabou Pra Você! img
Capítulo 41 Reencontro img
Capítulo 42 Chá Revelação Diferenciado img
Capítulo 43 Visitando Um Aliado img
Capítulo 44 Sobre Ela img
Capítulo 45 Sonhos Compartilhados img
Capítulo 46 Dia De Luto Ou Alegria img
Capítulo 47 Para O Nosso Futuro img
Capítulo 48 Tempero Especial img
Capítulo 49 A Chegada Do Filho Amado img
Capítulo 50 Epílogo img
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Capítulo 2 Jantar Conflitante

⋆.ೃ࿔*:・ Arlo ⋆.ೃ࿔*:・

Desde o dia em que fui arrastado para esse casamento forçado com Miriam, me sentia extremamente infeliz. Era uma união indesejada. Meu pai me obrigou a assinar um acordo de casamento para garantir que eu lhe desse um neto legítimo. Eu não conseguia fingir simpatia com minha esposa.

Como ela concordou com um contrato tão absurdo? Ah, claro, deve ter sido devido ao dinheiro envolvido, provavelmente ela e o irmão dividiriam tudo! Eu me sentia preso a um destino que não escolhi. Após um mês de casamento, eu mal falava com Miriam, e nossa relação era fria como o gelo.

Eu resistia a qualquer tipo de intimidade, pois não queria me entregar a uma mulher que eu não escolhi. Meu pai queria muito um neto e eu sabia que existia uma alternativa, uma com a qual eu não precisava consumar o ato sexual com minha esposa.

Certa noite, durante um jantar em nossa suntuosa mansão, decidi me sentar ao lado de Miriam, o que era raro em nossa rotina de jantares solitários.

- Miriam. - disse eu, minha voz carregada de desinteresse. - Você entende que não somos nada um para o outro? Essa união foi imposta a nós, e eu não tenho interesse em forjar qualquer tipo de relacionamento.

Miriam me encarou com seus olhos tristes de sempre.

- Agora eu sei que esse casamento não foi desejado por nenhum de nós, Arlo. Mas aqui estamos nós, presos nessa realidade que não escolhemos.

- Você é uma mulher vendida. - continuei, com amargura em minhas palavras. - Seu irmão te usou como moeda de troca em seus jogos de poder. E eu, como um mero fantoche, fui obrigado a aceitar essa farsa.

Miriam levantou abruptamente, seus olhos faiscando com uma mistura de raiva e indignação. Seus passos decididos se aproximaram de mim, e antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, sua mão atingiu meu rosto com um estalo. O impacto ecoou pelo cômodo, junto com o silêncio tenso que se instalou.

- Como você ousa? - ela disparou, sua voz trêmula de emoção. - Como ousa me chamar de mulher vendida? Você não tem ideia do que passei, das escolhas impossíveis que tive que fazer!

Fiquei ali, atordoado, a dor da bofetada ainda reverberando em meu rosto. Eu não tinha previsto que minhas palavras teriam esse efeito explosivo. Miriam estava fervendo, suas palavras fluindo como um rio enfurecido.

- Fui manipulada, ameaçada pelo meu próprio irmão! - ela me encarava com olhos inflamados, desafiando-me a duvidar de sua sinceridade. - Ele forçou esse casamento e contrato, eu não tive escolha. Você acha que eu queria isso?

Eu pisquei, ainda tentando processar a avalanche de emoções que ela estava lançando sobre mim. Mas a incredulidade estava entrelaçada com minha surpresa.

- Manipulada? Ameaçada? Isso é o que você quer que eu acredite? Você e seu irmão só estavam atrás do dinheiro, não é?

A resposta foi imediata e furiosa.

- Dinheiro? Você realmente acredita nisso? Arlo, você não me conhece de verdade. Tudo o que eu queria era minha liberdade, uma vida que eu pudesse controlar.

Eu me inclinei para trás, cruzando os braços, um misto de raiva e ceticismo permeando meu tom de voz.

- Você espera que eu acredite em cada palavra que sai da sua boca? Desculpe, Miriam, mas essa história não faz sentido.

- É a verdade, você acredite em mim ou não! Estou cansada de tanto sofrimento e, agora, estou neste casamento de bosta ao seu lado! - gritou para que todos os nossos empregados ouvissem.

- Sério, Miriam? Você não poderia ter escolhido um momento melhor para explodir? Estragou meu jantar todo.

- Ah, me desculpe, Sr. Delicadeza. Deveria ter pensado duas vezes antes de levantar a voz, não é? - respondeu com sarcasmo.

- Você tem uma boca suja, sabia? Eu não preciso aguentar esse tipo de atitude.

- Oh, pobrezinho. O cavalheiro ofendido. Desculpa se a verdade dói. - disse ela, cruzando os braços.

- A verdade? Você chama isso de verdade? E espera que eu engula?

- Eu não estou aqui para agradar você ou suas expectativas frágeis. Não vou me calar só porque você não consegue lidar com a realidade.

- Você não sabe a hora de calar a boca? Não estou pedindo para me agradar e não quero ser ofendido dessa maneira!

- Esse casamento tem me mostrado o quanto você é um arrogante filho da puta, que acha que o mundo gira em torno do seu umbigo! Acorda, meu querido, tanto você quanto eu estamos ferrados nessa merda!

Cerrei os punhos e respirei fundo para não fazer nenhuma besteira contra ela.

- Desde quando você se transformou em uma mulher assim? Respondona e malcriada? Quando casamos, você sempre se mostrou submissa e na sua. Por que mudou agora? - questionei, aborrecido.

- O que mudou agora? Estou farta de tudo! Eu nem sequer posso fugir dessa casa que meu irmão pode me encontrar e me matar! E o que posso dizer de você? Que fica se vitimizando o tempo todo, jogando a culpa nos outros? Bom, melhor eu nem continuar...

- Claro, claro. É tudo culpa minha, não é? Você nunca fez nada errado na sua vida.

- Não é sobre eu ser perfeita, é sobre você ser cego demais para enxergar além do seu próprio umbigo!

- Ah, sim, claro. Você é a vítima aqui. E eu sou o vilão insensível que não entende sua vida "sofrida". - enfatizei a palavra sofrida provocativamente.

- Você não entende nada, Arlo. Você nem se esforça para realmente me entender.

- Talvez você esteja certa. Possivelmente eu não entenda. Mas isso não muda o fato de que suas explosões estão me enlouquecendo.

- Pode ser que nós dois tenhamos um ponto em comum. Precisamos aprender a ouvir e falar melhor do que apenas gritar.

- Talvez. Mas isso não muda o fato de que estragou meu jantar.

Era como se um abismo se abrisse entre nós. Não queria admitir que poderia estar errado em meu julgamento. E assim, a discussão continuou, um duelo de palavras afiadas e acusações ressentidas.

No final, porém, quando os ânimos se acalmaram e o calor da discussão deu lugar à frieza do silêncio, eu me vi refletindo sobre as palavras dela. O que se destacava não era a acusação de oportunismo, mas sim a dor genuína em sua voz, a angústia nos olhos dela. Talvez, apenas talvez, houvesse mais na história do que eu estava disposto a admitir naquele momento.

No entanto, o orgulho ainda ardia dentro de mim, tornando difícil admitir qualquer coisa. Mas enquanto olhava para Miriam, senti um nó em meu estômago. E mesmo que as palavras não fossem ditas em voz alta naquele momento, eu sabia que a verdade estava bem ali, esperando para ser aceita.

            
            

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