Amor Sob Contrato: O CEO E A Noiva Inesperada
img img Amor Sob Contrato: O CEO E A Noiva Inesperada img Capítulo 3 Não Existem Rosas Ou Amor Entre Nós
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Capítulo 6 Visita Indesejada img
Capítulo 7 Não Tem Saída img
Capítulo 8 Deixando O Orgulho img
Capítulo 9 O Começo De Uma Amizade img
Capítulo 10 Discussão Entre Pai E Filho img
Capítulo 11 Finalmente Um Recomeço img
Capítulo 12 Atentado img
Capítulo 13 Agente Rodriguez img
Capítulo 14 Declaração img
Capítulo 15 Clímax Do Prazer img
Capítulo 16 Invasores img
Capítulo 17 Buscando Forças img
Capítulo 18 Apenas Minha! img
Capítulo 19 Escândalos img
Capítulo 20 Nem Todas As Surpresas São Bem-vindas img
Capítulo 21 Após O Conflito Vem O Amor img
Capítulo 22 Pesadelo img
Capítulo 23 Amigo Da Onça img
Capítulo 24 Por Que Você img
Capítulo 25 Estou Aqui Por Você Também! img
Capítulo 26 Lamentável Fracasso img
Capítulo 27 Teste De Gravidez img
Capítulo 28 Um Avô Mais Ou Menos Feliz img
Capítulo 29 E Mais Uma Tormenta img
Capítulo 30 Incêndio img
Capítulo 31 Retornando Ao Lar img
Capítulo 32 Armação img
Capítulo 33 A Dor Da Traição img
Capítulo 34 Consequências img
Capítulo 35 Eu A Perdi img
Capítulo 36 Irmão Maligno img
Capítulo 37 Lutando Até O Fim img
Capítulo 38 Esperança img
Capítulo 39 Não Me Renderei img
Capítulo 40 Acabou Pra Você! img
Capítulo 41 Reencontro img
Capítulo 42 Chá Revelação Diferenciado img
Capítulo 43 Visitando Um Aliado img
Capítulo 44 Sobre Ela img
Capítulo 45 Sonhos Compartilhados img
Capítulo 46 Dia De Luto Ou Alegria img
Capítulo 47 Para O Nosso Futuro img
Capítulo 48 Tempero Especial img
Capítulo 49 A Chegada Do Filho Amado img
Capítulo 50 Epílogo img
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Capítulo 3 Não Existem Rosas Ou Amor Entre Nós

⋆.ೃ࿔*:・ Miriam ⋆.ೃ࿔*:・

Naquela manhã, a sensação de confinamento naquela mansão sufocante era mais forte do que nunca. Eu me via presa entre suas imponentes paredes, cercada por empregados que eram mais como sombras do que pessoas reais. A solidão era quase palpável, e eu sentia que minha vida estava escorrendo entre meus dedos. Decidi que era hora de quebrar essa rotina opressora e finalmente dar um passeio pela cidade, respirar um pouco de ar fresco e ver o mundo lá fora.

O sol brilhava radiante no céu, aquecendo minha pele enquanto eu caminhava pelas ruas movimentadas da cidade. Era como se eu tivesse redescoberto a liberdade, cada passo me afastando mais da prisão dourada que era a mansão. As lojas, os cafés, as pessoas indo e vindo, tudo parecia tão vívido e real, como se eu tivesse acordado de um longo pesadelo.

No entanto, minha jornada de autodescoberta foi interrompida quando finalmente retornei àquela mansão. Arlo, meu marido indesejado, estava esperando por mim com uma expressão furiosa no rosto. Seus olhos escuros pareciam faíscas de fogo, prontos para incendiar qualquer coisa em seu caminho.

- Onde você esteve, Miriam? - ele rosnou, sua voz carregada de raiva e desconfiança.

Olhei para ele, sustentando seu olhar com firmeza.

- Eu estava dando um passeio, Arlo. Precisava sair, ver o mundo lá fora.

Ele avançou em minha direção, seus punhos cerrados.

- Você não pode simplesmente sair assim, sem me avisar! Esta é a minha casa, e você é minha esposa!

Revirei os olhos, havia anos de reclusão acumulados dentro de mim, por ter vivido ao lado do meu irmão Levy e não seria aquele casamento de merda que me colocaria novamente limites.

- Sua casa, Arlo? Não, isso é apenas uma prisão disfarçada. E quanto a ser sua esposa, bem, vamos encarar a verdade. Nós nunca fomos marido e mulher de verdade. Nossa união é apenas no papel.

Ele pareceu chocado com minhas palavras, como se ninguém jamais tivesse ousado falar assim com ele.

- Como você pode dizer isso? Estou cuidando de você, te dei tudo o que você precisa.

Cruzei os braços, enfrentando-o de frente.

- Cuida de mim? Isso é o que você chama manter alguém em cativeiro? Você acha que ter todas essas coisas materiais significa alguma coisa? Eu não quero ouro e seda, Arlo. Eu quero liberdade, eu quero viver minha própria vida.

Ele riu amargamente, uma risada carregada de ironia.

- E o que você acha que vai fazer, Miriam? Você não tem para onde ir, ninguém que possa te proteger do seu irmão.

Minha coragem só aumentou diante de suas palavras.

- Não subestime minha força, Arlo. Eu vou encontrar um caminho. E quanto a você me proteger, eu não preciso disso. Eu posso me proteger de agora em diante.

A discussão continuou, palavras afiadas sendo trocadas como espadas em um duelo verbal. Ficou claro que nossas vidas estavam entrelaçadas por circunstâncias, mas nunca por escolha. Eu não queria mais viver como uma prisioneira, controlada por alguém que tudo que queria de mim era um herdeiro, como foi concordado no contrato de casamento.

Eu estava pronta para evitar uma gravidez durante o período de casamento, no entanto, não seria necessário. Arlo não queria ter nenhuma intimidade comigo, portanto, não correria o risco de engravidar. Meu marido deveria ser um gay enrustido, isso explicaria muita coisa, como o pai dele comprar meu irmão para que eu casasse com ele e lhe desse um filho.

Arlo aproximou-se e segurou firme no meu braço, machucando um pouco e disse:

- Podemos não ter uma união verdadeira, Miriam, porém, você me deve satisfação. Você gostando ou não, estamos juntos nessa união durante um tempo. E você carregará um filho meu, não esqueça que concordou quando assinou o contrato de casamento!

Mordi o punho do meu marido e ele me soltou imediatamente.

- Vai fazer um filho em mim com um dedo? Você não gosta de mulher, Arlo. Nem conseguiu me beijar no nosso casamento falso. Para de fingir ser macho e confessa logo de uma vez que você não passa de uma gazela!

- Gazela? Eu não sou gay, caralho! De onde você tirou isso? É errado eu não querer dormir com uma mulher que não amo? Quer que eu force você ter relações sexuais comigo? É o que está parecendo! Ou você quer tanto assim me dar e fica me provocando desse jeito?

- Arlo, eu prefiro me esfregar em um mendigo do que em você!

- Miriam, você não deveria estar me provocando desse jeito...

- Por quê? Vai me surrar? Meu irmão sempre fez isso. Você deve ser pior do que meu irmão Levy. Abri meu coração pra você sobre tudo que passei e você nem acreditou em mim. Quer saber de uma coisa? Pode bater, anda, bate! - esbravejei, dando minha cara para que ele batesse e continuei. - Vai, me mostra que você é só mais um monstro como meu irmão!

- Caramba! Você é insuportável! Preferia você quando era silenciosa.

- Quer dizer submissa? Estou cansada de ser silenciada pelos outros. Vamos ter que conviver, meu querido. E eu vou fazer dos seus dias um inferno, Arlo Bennett!

- Vou tentar convencer meu pai de te devolver para o filho da puta do seu irmão. É isso que você quer? Voltar para as garras dele? Para quem se diz ter sido vítima do irmão durante anos, você parece ansiosa para voltar para seu antigo lar...

Aquela ameaça do meu marido foi muito repentina e me despertou muito medo, entretanto, tentei disfarçar.

- Acrescenta nessa conversa com seu papai, de que você quer trocar sua esposa por um marido cabeludo! Arlo, admite logo que você gosta de homens musculosos e vai viver sua vida! Ontem falou que queria liberdade e não vejo você fazer nada para isso! O que te impede de ir viver?

- Você é muito teimosa e maldosa, Miriam! Meu pai ameaçou tirar tudo de mim se eu não aceitasse me casar e lhe dar um neto. Eu não quero ser um zé-ninguém, entendeu? Ele sempre controlou minha vida...

Arlo era mesmo um mimado e medroso. Se meu problema com meu irmão fosse apenas devido a dinheiro, eu não teria vivido a vida que vivi ao lado dele.

- Quando digo que você é um mimado, não é à toa! Não sabe fazer nada da vida? Além de atormentar seus funcionários na empresa que seu pai te deu, o cargo maior de todos? Seu pai não é muito inteligente ao ter se envolvido com meu irmão. Levy, é um assassino, Arlo. Você sabe o que é, ver o amor da sua vida ser morto na sua frente e não poder fazer nada? Claro que não sabe! - desabafei, recordando meu passado doloroso.

Meu irmão havia assassinado o amor da minha vida na minha frente, simplesmente por descobrir que estávamos nos relacionando escondido. Ele era um dos seguranças do meu irmão. Levy descobriu tudo e não o perdoou. Meu namorado e eu não tivemos nem a chance de fugir juntos para muito longe.

Comecei a chorar na frente de Arlo, então, sai correndo para o meu quarto. Não queria mais continuar vivendo oprimida e em um inferno em que era controlado por todos, menos por mim.

            
            

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