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Alguns meses se passaram, Estela já tinha completo seus dezesseis anos. Ela era cristã e frequentava uma igreja. Um dia teve um pequeno evento em uma pequena localidade próximo de onde ela morava, então ela foi com seus pais. Chegando lá, havia um palco improvisado e algumas cadeiras, mas havia muita gente e não tinha onde se sentarem, o jeito foi permanecerem em pé assistindo ao culto. Estela sempre foi criada com rigidez, não tinha muitos amigos, o que fazia com que ela andasse sempre com seus pais ou algum familiar.
Ela estava ao lado dos seus pais quando ela percebeu que um rapaz não parava de olhar, ela fingiu não perceber, até que uma adolescente mais nova do que ela se aproximou e disse que o irmão estava interessado nela. Estela olhou quem era, era o mesmo que a estava olhando fixamente desde cedo, ela o achou atraente, tinha cabelos e olhos claros, alto, musculoso, de sorriso fascinante, então, ela topou conversar com ele.
Quando ela se aproximou ele logo pegou em sua mão e a chamou para um lugar mais reservado, pois o som era alto e não davam pra conversar direito. Chegando lá, a conversa foi pouca, informaram-se de seus nomes, ele se chamava Renato, também onde ambos moravam e a idade que possuíam, onde infelizmente o rapaz mentiu ser um ano mais velho do que era. Estela não beijava ninguém fazia muito tempo, o rapaz estava sendo superficial, mas ela não se importou e se rendeu as carícias e beijos do rapaz, porém quando ele quis se aprofundar acariciando seus seios ela o afastou e disse que não queria. Ele ficou decepcionado, mas respeitou. Quando se deram conta de ir embora já era um pouco tarde. Ao chegarem próximo ao evento o pai de Estela, Marlus estava muito irritado, começou a ofende-la e mandou ela entrar no carro imediatamente. E assim ela fez, quase morrendo de tanta vergonha de ter sido xingada na presença do rapaz que acabara de conhecer.
Chegando em casa ela se trancou em seu quarto e chorou de vergonha, de chateação, sem se dar conta da saia justa que havia feito seus pais passarem, pois tiveram que esperar Estela chegar da "escapadinha", mesmo o evento já tendo acabado.
Dias se passaram, Estela estava fazendo faxina na casa de um de seus parentes no povoado, pois sua vida não era fácil , e ela precisava trabalhar para conseguir um dinheiro extra. Então de repente o celular toca.
- Alô. Quem é?
- Oi Estela, sou eu o Renato, a gente se encontrou dia desses, lembra?
- Ah, lembro sim!
- então, eu estava pensando em nós dois, gostei muito de você e gostaria de te namorar.
- nossa, você me surpreendeu. Mas é uma decisão muito importante, preciso pensar. Enquanto isso podemos ir nos falando.
- Certo, mas pense com carinho na minha proposta. Ok?
Estela se despediu e desligou o telefone celular, continuando a fazer a faxina.
- então quer dizer que o rapaz que nos fez passar aquela saia justa aquele dia quer relacionamento sério com você, filha? - disse Viviane a Estela.
- É mãe, só que eu não estou muito afim de relacionamento sério agora, apesar de que eu nunca tive um na minha vida. Bom, eu quase não lembro mais do Alisson, mas eu queria um pouco mais de tempo. Vou pensar.
- Certo. Eu vou investigar para sabermos se esse rapaz é de boa família, se ele é de boa índole.
Os dias se passaram e a mãe de Estela descobriu que o rapaz trabalhava em um estabelecimento para alguém da família de Marlus, seu marido, e que ele andava falando por aí que queria namorar com sua filha. Algumas pessoas da família o apoiaram, disseram que era um rapaz bom e trabalhador.
Então, conforme os dias se passaram todos os dias Renato ligava para conversar com Estela. E de tanto ele insistir, ela acabou aceitando o pedido de namoro. Marcaram um dia para que ele fosse vê-la, e conhecer a família dela.
Ela o aguardava ansiosamente em frente a sua casa, até que ele chegou com alguns amigos em suas motos.
- Olá, boa noite! você está maravilhosa! - disse Renato em tom de admiração.
- Obrigada, entre! - Estela disse sem demonstrar muita emoção.
- Galera vão dar uma voltinha por aí, vou ficar um pouco aqui na casa dela por enquanto, certo? - disse Renato aos seus amigos que sairão imediatamente, e ele entrou em casa junto com Estela, sentou-se no sofá da sala, e logo apareceu Viviane e começaram a conversar, até que em um dado momento Estela disse:
- você já conheceu minha mãe, agora é hora de conhecer o meu pai. Vou chamá-lo.
Renato ficou extremamente nervoso, pois sabia que o pai dela era bravo pelo primeiro dia que se conheceram.
- Boa noite! - Marlus disse com expressão seca.
- Oi senhor Marlus, boa noite! - Renato disse de cabeça baixa, olhando para seu suposto futuro sogro muito rapidamente.
- então, soube que você quer namorar a minha filha. É verdade?
- sim senhor! Tenho a melhor das intenções com ela.
- então, levante a cabeça e fale olhando nos meus olhos. Aja como homem!
- desculpe, senhor! - Renato levantou a cabeça e olhou para Marlus envergonhado - sim eu quero namorar a sua filha.
- certo! Vou dá um tempo para vocês se conhecerem, eu lhe conhecer e depois eu digo se tem o meu consentimento, mas por enquanto não quero nada de beijos, muito menos em frente a minha casa.
- Certo, senhor. Sem problemas!
Marlus se retirou, Estela olhou para Renato e ambos estavam envergonhados. Então, Viviane disse:
- Eu fiz suco, já vou trazer para vocês tomarem.
O silêncio reinou enquanto a mãe de Estela foi buscar o bendito suco.
- aqui está! Tomem! É de maracujá, vai acalmar os nervos de vocês - ela disse soltando uma risada - meu marido é um pouco rígido, mas se você for um bom rapaz para nossa filha, ele vai te aprovar.
Todos tomaram o suco e então, Estela e Renato foram dá uma volta na rua do pequeno povoado. Eles avistaram uma grande árvore com um banco de madeira em baixo, onde se sentaram.
Renato já não estava mais tão nervoso, se sentou de modo que Estela ficou entre suas pernas, então ele a puxou para perto de si e deu lhe um abraço seguido de um beijo cheio de desejo, pois Estela despertava-lhe muito desejo.
Os dias se passaram, Renato não foi mais até a casa de Estela, sempre se encontravam na rua, ela inventava alguma desculpa para os pais a deixarem sair. Porém, ela começou achar estranho Renato não ir mais a sua casa, e quase sempre chegava tarde e via ela muito rápido. Muitas vezes inventava desculpas esfarrapadas para não ir vê-la. Ela não estava apaixonada por ele, estava só passando o tempo, então ela pensou: " quer saber? eu vou terminar esse relacionamento, pois não está me parecendo bom. Tem algo de errado que eu não sei".
Ela mandou mensagem para ele terminando tudo, havia quase um mês que eles se encontravam. Ele aceitou normalmente, e ela achou um pouco estranho.
No dia seguinte ela estava vasculhando as redes sociais, e viu que uma garota havia comentado a foto de Renato de maneira estranha, e quando isso ocorreu eles ainda estavam juntos, então, ela foi conversar com o irmão de Renato, e acabou descobrindo que ele a traia com outra garota, a mesma que comentou a foto. Estela se enfureceu tanto a ponto de perder as estribeiras.
Começou a mandar mensagem para Renato o xingando dos nomes mais horríveis que se possa imaginar. Disse que seu pai ia mata-lo.
A família de Renato se assustou, começou a ameacá-la também, e esse inferno perdurou por alguns poucos dias até que Estela conversou com a mãe e resolveu colocar um ponto final nisso. Bloqueou Renato e todos os seus parentes das redes sociais e foi seguir sua vida, mesmo enfurecida.
Na mesma semana, ela vinha no ônibus escolar após a aula, e um garoto pediu para eles se verem, era um garoto que ela nunca se interessaria, mas só porque estava enfurecida, aceitou vê-lo. No mesmo dia a noite, após chegar em casa, se arrumou e foi na rua vê-lo, ela estava acompanhada de uma amiga, e bem no meio da rua ela se deixou ser beijada por aquele rapaz. Quando seu pai soube, quase surtou. Disse para ela que não aceitava de jeito nenhum ela se envolvendo com aquele garoto que não tinha futuro nenhum, pois ele não tinha boas condutas e não possuía princípios cristãos. Então, Estela nunca mais deu trela para aquele rapaz.
A busca pelo amor verdadeiro estava cada vez mais embaraçosa, mais difícil, um erro atrás do outro.
Na semana seguinte teve outro evento da igreja, dessa vez era no mesmo povoado em que ela morava, e nessa noite ela conheceu um rapaz que havia se interessado quando era mais nova, mas tinha muito tempo que ela não o via. O rapaz quem tomou iniciativa de se conhecerem, pois Estela nunca dava o luxo de nenhum homem ter ela dando iniciativa de algo relacionado a paquera. O mesmo se interessou muito nela, e pediu para namorarem, ela aceitou rapidamente, pois estava enfurecida com Renato ainda, e não queria que ninguém achasse que ela estava sofrendo pela traição.
No dia seguinte o rapaz foi até o povoado vê-la. Eles ficaram em um estacionamento entre alguns carros, lá eles se beijaram. Foi nesse momento que Estela percebeu que não iria querer se relacionar com aquele rapaz, porque além de não estar preparada, ele não sabia beijar, e após ele ir embora ela ficou enojada só de pensar em seus beijos. Então, ela mandou mensagem para ele cancelando tudo, colocando a culpa em não estar preparada pra relacionar-se.
"Aí meu Deus, essa página parece que nunca vai ser virada. Problema em cima de problema" ela pensou.