Capítulo 7 Primeiros desentendimentos

- Oi, amor! - disse Estela a Túlio. Eles estavam na quadra poliesportiva assistindo a um jogo de futebol.

- Meu amor, você veio! - disse ele com um sorriso nos lábios, em seguida deu lhe um beijo rápido nos lábios e passou seu braço ao redor do ombro dela.

Após alguns momentos ela logo pôde perceber que uma garota não parava de olhar para eles.

- Quem é aquela garota ali? Ela não para de nos olhar - disse Estela incomoda.

- Aquela ali? - Ele disse tenso - Melhor deixar para lá, se eu falar você não vai gostar.

- Eu não vou sossegar até você me falar a verdade. Fala logo Túlio - Estela disse em tom ameaçador, algumas pessoas ao redor os olharam, pois ela não falou baixo.

- Calma, Estela. Você já está me envergonhando na frente das pessoas - então, ele a puxou pela mão e a levou para um lugar mais reservado.

- Estela, o que deu em você? Precisava mesmo disso? Você não sabe falar baixo?

- Eu não quero falar baixo, eu quero que me explique o porquê daquela infeliz está nos encarando. E pela sua expressão não vem nada de bom por aí!

- Estela é que... Eu queria te poupar de saber dessas coisas, mas é que... Por favor! Não fique com raiva.

Estela estava com o semblante sombrio de raiva. Sua mente estava imaginando um turbilhão de coisas, e Túlio só a enrolava com medo de falar a verdade.

- Fala logo Túlio, antes que eu acabe com você!

- Estela é que... e-e-eu e aquela garota já tivemos um caso rápido e ela se apaixonou por mim, a mãe dela até foi conversar com a minha mãe para ver se a gente dava certo, mas eu não quis, eu era muito novo, e não tive interesse nela, mas desde então, ela vem fazendo essas coisas. Fica me olhando, as vezes passa por mim e faz carinho na minha mão, ou no meu ombro. Mas é só isso. Eu não quero ela. Eu quero você!

- Espero que realmente seja só isso. Mas não pense que só porque me disse essas coisas que eu vou ficar bem com você. Eu quero ir pra casa, pra mim isso já deu. E você vai para a sua casa também, não quero você passeando por aí sem mim.

Túlio concordou e a levou em casa e disse que ia para casa também dormir, já que ia acordar cedo pra trabalhar antes de ir para a aula a tarde.

No dia seguinte, Estela estava sentada no ônibus escolar, dessa vez ela não guardou lugar para ele, Túlio passou por ela e ela virou o rosto para não olha-lo. Então, ele foi ficar com seus amigos.

A noite ela estava em casa assistindo TV, quando ouviu o barulho de uma moto em frente a sua casa. Logo abriu a porta e lá estava Túlio com semblante triste.

- Ah, é você. O quê que você quer? - disse ela friamente.

- Vamos conversar!

Ela saiu para fora, e então sentaram na calçada. Túlio começou a falar.

- Estela, por que você é tão ciumenta? Eu nunca fui de festas, nem de bebedeiras, muito menos mulherengo. Eu jamais irei te trair.

- É mesmo? Então, por que você mentiu para mim ontem a noite?

Túlio ficou assustado, mas logo tentou disfarçar.

- E quem disse que eu menti para você?

- Que cínico você, hein. Jade, a sua irmã me disse que você chegou em casa ontem as onze da noite. Você me deixou aqui às nove e disse que ia dormir, Túlio. Por quê você fez isso comigo? Perdi totalmente a confiança em você.

- Calma! Eu só queria assistir ao jogo, e eram muitos times para jogar, acabou um pouco tarde, eu nem assisti tudo. Me desculpe! Eu não fiz nada de mais.

- Não quero saber! Aquela imbecil tava lá nos olhando fixamente, desejando estar ao seu lado no meu lugar, e você em vez de ir para casa, ficou lá sozinho sem mim e aquela ridícula estava lá, olha...vou me calar para não falar mais do que devo.

- Mas você é exagerada, hein? Eu já falei que nunca te trairia e....

- Não quero saber. Melhor você ir embora porque meu humor não está bom. Não estou com paciência para nada.

Estela se levantou entrando em casa e fechando a porta deixando Túlio lá, plantando do lado de fora.

Era sábado, Estela havia melhorado seu humor e esperou por Túlio em casa. Eram 7 horas da noite, horário que ele costumava ir vê-la. Enquanto isso foi assistir TV para ver se a hora passava.

Deu sete e meia. Oito horas. Nove horas. Quando passou das nove e meia ela já havia perdido as esperanças. Vestiu uma camisola e foi se deitar triste, porém enfurecida, pois seu ciúmes e insegurança a fazia ter pensamentos negativos. Então, que ela decidiu ativar suas redes sociais novamente. Quando abriu seu aplicativo de mensagens instantâneas ela viu mensagens que a deixou totalmente surpresa.

- Oi, Estela. Sinto tanto a sua falta. Por que você se foi? Você não ver que estou apaixonado por você? - ela rolou a tela do celular mais para baixo - eu sei que a gente só se conhece por aqui, mas eu te amo, não me deixa! - emojis de choro no final da mensagem.

"Meu Deus, que homem doido é esse? Onde eu fui me meter?", pensou.

- Oi, Andrey. Vi suas mensagens agora. Você está louco é? Que mensagens foram essas? Me deixa em paz! - dizia a mensagem que ela o enviou.

- Estela! Você voltou! Nossa, estou muito feliz! Doido? Eu estou doido é por você. Por favor! Larga esse moleque e fica comigo. Eu sou homem de verdade.