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Após se reconciliar com Túlio, Estela estava decidida a não conversar com mais nenhum outro homem, mas Andrey não aceitava.
- Olá, Estela. Podemos conversar? - ele dizia na mensagem.
- Andrey, não temos nada para conversar. Por favor me deixe em paz!
- Então, é assim que você me trata depois de tudo que conversamos, a amizade que construimos é muito bonita. Você não pode me tratar assim.
- Andrey, entenda que eu sou comprometida. Eu não quero ficar de papo com nenhum homem além do meu namorado.
- Mas você é uma boa amiga, vamos ser amigos, esquece o que eu disse. Não há nada de mais em sermos amigos.
- Como eu disse, eu cometi um erro. Uma garota comprometida não deve ficar de conversa com outro homem, mesmo que for amizade.
- Ok. Você quis assim. Me aguarde! Vou encontrar com seu namorado e falar tudo o que conversamos, e mais, vou dizer que nós temos um relacionamento, que você me prometeu que ia terminar com ele, e que iríamos ficar juntos.
- Isso é uma ameaça? Você está louco ou o quê? Eu nunca te prometi nada. Eu tinha você somente como amigo.
- Não importa. Você quem sabe!
Estela estava estarrecida com as ameaças daquele homem, mas ela não sabia o que fazer. E se Túlio acreditasse nele? E se ele fosse fazer escândalos na casa de seus pais? O que os pais iam fazer com ela? A mente dela fervia de tanta preocupação. Naquela noite ela quase não dormiu.
- E aí? já decidiu o que você quer? - Dizia Andrey na mensagem que Estela leu logo que o dia amanheceu e ela acordou do seu breve cochilo.
- Olha, Andrey. Está certo! Vamos continuar com nossa amizade, mas me promete que não vai vir aqui fazer escândalos com meus pais e com Túlio. Ok?
- Boa garota. Fez a escolha certa! Fica tranquila, que sendo assim eu não vou fazer mais isso!
- O que você quer de mim?
- Quero sua amizade, enquanto você não aceita ficar de vez comigo. Mas eu prometo que em um mês eu te convenço e faço você se apaixonar por mim.
Do outro lado Estela revirou os olhos ao ler aquela mensagem, ela estava cansada daquelas chantagens, cada dia sua ansiedade só aumentava.
Os dias se passaram e todos os dias Estela conversava com Andrey, mesmo sentindo que a cada mensagem trocada ela estava cometendo um grande erro. E o pior era que ele estava a exigir chamada de voz.
- Oi, princesa! Como você está? Senti sua falta!
- Oi, Andrey. Estou bem e você?
- Melhor agora falando com o amor da minha vida. Vai para a aula hoje?
- Vou sim. Daqui a pouco vou me arrumar para ir.
- Será que podemos nos ver rapidinho?
- Acho melhor não. Eu não vou ter tempo. Eu desço do ônibus direto para a escola, e saio da escola direto para o ônibus, se não eu o perco.
- Está bem. Mas qualquer dia a gente vai se ver ainda, certo?
- Ok!
Estela já havia se acostumado com aquela situação, era incômodo, mas o que ela podia fazer? O jeito era se acostumar. Conforme os dias foram passando ela estava até gostando de ter alguém para conversar sobre a escola, sobre as brigas de família, sobre sua rotina. Túlio era muito ocupado e um pouco antiquado, não gostava muito de celular para se comunicar, então ela estava suprindo essa carência de atenção com Andrey.