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Livros de Fantasia

Amor com o Alfa Errado

Amor com o Alfa Errado

5.0

Ela estava ferida. Ela foi intimidada e ridicularizada. E a única esperança que a mantinha era encontrar seu companheiro. Ela sempre foi fraca. Fraco para o mundo. Por quê? Porque ela era uma lanterna. Ela não tinha um lobo. Isso é o que todos pensavam sobre ela. Quando ela encontrou seu companheiro, ele queria que ela fosse sua puta e não uma esposa. Ela pode ser um ômega, mas isso não significa que ela vai levar deslealdade e traição de ânimo leve. Então ela fez algo que ninguém na história jamais fez. Ela rejeitou um Alfa. "Eu, Alexis Clark, rejeito Brandon Sterling, o alfa do Black Mist Pack, e me considero uma alma livre até que eu decida."; Foram suas últimas palavras antes que ela deixasse aquele lugar torturante e se tornasse uma desonesta. Um ladino que todos estavam temendo e encontrando. Por quê? Porque ela era a malvada que se tornou um dos maiores problemas de quase todas as matilhas do país. Ela era Alexis Clark. Um ladino que rejeitou um Alfa, alimentou furtivamente, matou outros ladinos, e mais do que isso foi viver com humanos e estudar com eles. O que acontecerá quando o caso dela for entregue ao alfa mais perigoso do mundo, Sebastian Sinclair, que assumiu a responsabilidade de punir esse ladino. Aquele que odiava ladinos e ômegas a um nível que estava além da compreensão. Por quê? Porque seu companheiro era um ômega, que o traiu com um ladino antes de morrer. Como Alexis enfrentará esse alfa, em cuja faculdade ela estudou e viveu escondida por quase um ano? O que Sebastian fará quando descobrir que a nova garota com quem ele estava conversando não é outra senão o ômega desonesto que ele decidiu matar? "Amar você com todas as minhas forças era meu único desejo, mas você foi o único que me deu um sofrimento sem fim. Então hoje, prometo a mim mesma não me apaixonar por ninguém."; Um ditado simples que tanto Alexis quanto Sebastian juraram. Eles serão capazes de encontrar seu amor em meio a todos esses problemas?

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Ladar - Sangue & Sacrifício - Série a Ascensão dos Heróis - Livro 1

Ladar - Sangue & Sacrifício - Série a Ascensão dos Heróis - Livro 1

5.0

Setecentos anos antes de Sangue & Honra. Em um mundo onde a lua ilumina um terreno de trevas e traições, Calum Fireblade emerge das profundezas da Floresta Sufocante. Criado como um simples caçador, o destino o leva a um caminho de sangue e glória quando sua vida é devastada por uma traição inimaginável. As sombras dançam ao redor de Calum, e os corvos, espiões da noite, observam seus passos enquanto ele se transforma de um jovem perdido em um guerreiro temido. Nas cortes traiçoeiras e nos campos de batalha ensanguentados, alianças são formadas e quebradas com a mesma rapidez de um golpe de espada. Amores proibidos florescem e murcham, enquanto o poder corrupto se esconde em cada esquina. Calum deve navegar por um labirinto de conspirações e segredos sombrios, onde a verdade é uma moeda rara e a confiança pode ser fatal. Enquanto tempestades de magia antiga e vingança implacáveis varrem a terra, Calum descobre um poder adormecido dentro de si, um legado ancestral que pode mudar o curso de sua vida e do mundo ao seu redor. "Ceifador da Lua" tece uma tapeçaria complexa de personagens inesquecíveis e destinos entrelaçados, onde cada decisão pode selar o destino de reinos e a sobrevivência de almas. Neste épico de traição, paixão e guerra, a linha entre herói e vilão é tênue, e a batalha pelo poder nunca termina realmente. Calum Fireblade é mais do que um homem; ele é uma força da natureza, destinada a deixar um legado indelével nas páginas da história.

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O Legado do Lobisomem

O Legado do Lobisomem

5.0

Rick, um lobisomem alfa, carrega o peso de uma antiga maldição: ele só pode manter sua linhagem viva ao encontrar sua companheira destinada, a única mulher capaz de quebrar as correntes do passado e garantir a continuidade de sua matilha. Após anos de relacionamentos passageiros, Rick finalmente sente que seu tempo está acabando. No entanto, ao cruzar seu caminho com uma jovem misteriosa e destemida chamada Ayla, ele descobre que o destino tem planos muito maiores do que ele poderia imaginar. A câmera se move lentamente através de uma densa floresta, capturando a luz dourada do sol que se infiltra pelas copas das árvores. O som rítmico de folhas sendo pisadas ressoa, cada passo mais próximo, fazendo com que o ambiente pareça prender a respiração. Um corvo voa assustado, desaparecendo no horizonte. De repente, uma figura emerge das sombras. É Rick. Alto e robusto, seus olhos caramelo brilham intensamente, como se capturassem o fogo do sol. Sua respiração é pesada, quase animalesca, e sua expressão mistura ferocidade e humanidade. Os músculos tensos e os pequenos traços de sujeira em sua pele sugerem uma luta recente, ou uma corrida interminável. Ele está em sua forma humana, mas o ar selvagem que o envolve revela que há algo muito mais primitivo sob a superfície. A câmera se aproxima lentamente, focando no brilho inquietante de seus olhos, enquanto ele para por um momento, observando ao redor, como se ouvisse algo que mais ninguém pudesse. A tensão no ar é quase palpável. Algo está prestes a acontecer.

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O Cheiro do Engano

O Cheiro do Engano

5.0

O cheiro de charuto e perfume barato nunca deveria estar junto, mas naquele dia, Ricardo o sentiu no ar do seu pequeno apartamento. Parado à porta, sacola de compras na mão, ele viu Juliana, sua noiva, nos braços de Gustavo, o filho arrogante de um magnata. A sacola caiu, as laranjas rolaram, e Juliana se virou, não com culpa, mas irritação: "Ricardo? O que você está fazendo aqui tão cedo?" Gustavo riu, puxando-a para mais perto, enquanto Ricardo sentia o chão sumir sob seus pés. "Não seja dramático, Ricardo," ela disse, antes de soltar a bomba: "Eu e Gustavo estamos juntos." Aquela revelação, que já era um soco no estômago, se transformou em humilhação pública quando a família dela-mãe, pai, irmão-saiu do quarto, revelando uma emboscada. Eles não só esperavam que Ricardo aceitasse a traição, mas que se casasse com Juliana para encobrir o caso, garantindo a "aliança poderosa" com Gustavo. "Vocês querem que eu seja um 'chifrudo' de fachada?" ele cuspiu, sentindo a dignidade ser pisoteada. Sônia, sua pseudo-sogra, prometeu fortuna, mas Ricardo viu apenas a ambição fria nos olhos de Juliana e a lembrança de todos os seus sacrifícios por eles se transformou em raiva. Ele foi usado como um peão, um investimento, e agora, um obstáculo. Mas o Ricardo ingênuo havia morrido naquele jardim. "Não," ele disse, a voz firme, "Eu não vou fazer parte dessa sua sujeira." Eles o subestimaram. Ele não tinha mais nada a perder. No entanto, a humilhação escalou: Gustavo, com um cruel sorriso, atacou o velho jardineiro André, uma das poucas pessoas que Ricardo estimava. Ao tentar defender André, Ricardo foi espancado pelos seguranças de Gustavo, e Juliana, com um chicote nas mãos, adicionou mais golpes na sua pele já marcada. "Você vai se casar com Juliana. Você vai sorrir para as câmeras. E você vai ficar quieto enquanto eu faço o que eu quiser com ela," Gustavo sibilou. Mas enquanto a dor o abatia, uma nova chama se acendeu: a busca pela verdade de quem realmente era, e uma promessa silenciosa de vingança. Ele não seria um peão. Ele seria um jogador.

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Vale dos Aehmons

Vale dos Aehmons

4.7

Kassia é uma jovem comum, que sempre batalhou para ter seu espaço e sua liberdade no mundo. Não sabia ela que sua vida tomaria rumos sem volta quando foi praticamente induzida a acampar com alguns amigos do trabalho novo e se viu em meio a uma enrascada que mudaria para sempre a sua percepção de realidade. Em um momento de muita dor e indignação, ela vai despertar seres que jamais pensou existir. Seres que até então viviam afastados do mundo humano em um plano paralelo, evitando a exposição e interação com os humanos por vários séculos. Mas algo dentro dela aconteceu e nessa inusitada jornada vai descobrir que é muito mais o que pensa ser e terá que lidar com situações que vão muito além do que imaginava até então, para uma simples humana. Um conjunto de seres sobrenaturais que habita o vale entre municípios serranos do estado do Rio de Janeiro, é a chance de salvação de Kassia. Xstrauss, um vampiro guerreiro temido por todos, é o primeiro a sentir a sua presença e por meio de um vínculo mental basicamente imediato, vai sentir e ver pelos seus olhos tudo que ela está passando nesse momento crucial, como se o chamasse em seu socorro. Quando se depara com esses seres noturnos, guiados por uma entidade poderosa, Kassia se vê incapaz de acreditar em um mundo que jamais imaginou existir. Mas ela vai ter que entender que não é mais a mesma, e que o mundo é habitado por mais coisas do que ela quer acreditar e que algumas mudanças terão que ser aceitas para sua sobrevivência e a salvação de todos em sua volta nessa sua nova realidade.

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Amor e Ódio na Tempestade

Amor e Ódio na Tempestade

5.0

A morte tinha o gosto de fumaça e o cheiro de carne queimada. A última coisa que vi foi o sorriso satisfeito de Ana, minha filha adotiva, do outro lado da porta trancada do porão, enquanto minhas chamas consumiam tudo. Fui eu quem começou o incêndio, meu ato final de vingança. Levar todos comigo: Ana, seus pais biológicos gananciosos, e eu, na casa que um dia foi um lar. Morrendo juntos. Mas então, eu renasci. Acordei no dia em que a nevasca apocalíptica começou, o mesmo dia em que tudo deu errado na minha vida anterior. A memória da minha vida passada é uma ferida aberta, cada detalhe terrível. Lembro-me de Ana entrando no meu quarto, com os olhos cheios de uma falsa preocupação, implorando para trazer seus pais biológicos, os Silva, para nossa casa. Eu, a tola Maria, acreditei. Essa foi a pior decisão da minha vida. Eles chegaram, e a princípio, parecia uma grande família feliz. Mas, quando a comida que eu havia estocado começou a diminuir, a verdadeira natureza dos Silva apareceu. Eles comiam como se não houvesse amanhã, escondiam comida e reclamavam de tudo. João, meu gentil marido, tentava apaziguar a situação, mas não via a maldade neles. Quando a última lata de sopa acabou, o inferno começou. O Sr. Silva, com olhos injetados, agarrou-me pelos cabelos, chamando-me de "mulher inútil". Minha pequena Sofia, de cinco anos, chorava. A Sra. Silva a agarrou. "Cale a boca, sua pirralha! Você comeu mais do que todos nós!" E então, o impensável aconteceu. Ela jogou minha filha pela janela, na neve profunda. Um grito rasgou minha garganta. João correu para a janela, mas o Sr. Silva o segurou. "Seu marido vai sair e encontrar comida para nós. Se ele não voltar em duas horas, sua vez será a próxima." Eles o forçaram a sair na tempestade, sem esperança. Ele nunca mais voltou. Fiquei sozinha, catatônica de dor, presa com aqueles monstros e com Ana, que assistiu a tudo sem dizer uma palavra. Foi Ana quem me arrastou para o porão. "Você não serve para mais nada, mãe", disse ela, com a voz fria. Ela trancou a porta. Converti minha dor em ódio, ateando fogo em tudo, com a imagem de Sofia caindo na neve e o silêncio da ausência de João em minha mente. Agora, ela está parada na minha frente, em carne e osso, com a mesma falsa preocupação, pedindo para eu trazer seus pais. "Mãe, você já viu a previsão do tempo? A temperatura vai cair muito. Estou tão preocupada com meus pais..." Um calafrio percorre minha espinha, não de frio, mas de raiva. Eu olho para ela, não vejo minha filha, mas a traidora egoísta. Um sorriso frio se forma em meus lábios. Desta vez, a tragédia não vai se repetir. "Ana", eu digo, minha voz mais dura. "Nós precisamos conversar."

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Traição e Renascimento

Traição e Renascimento

5.0

Pedro e eu éramos o casal que todos admiravam, dez anos de conto de fadas, uma vida construída com amor e promessas. Mas então, uma foto anônima chegou ao meu celular, revelando Pedro em um restaurante, os olhos cheios de ternura para outra mulher, a secretária dele, Sofia. Meu mundo desabou em um zumbido ensurdecedor, o estômago revirado pela náusea da traição. O suco de abacate que ele oferecia a ela, o mesmo que eu odiava, era um símbolo cruel da sua duplicidade. Como ele pôde? Todas as mentiras, o celular sempre desligado, as desculpas esfarrapadas para as datas esquecidas… Eu era uma idiota por acreditar, uma boba por amar tanto. Agarrei-me ao peito, vomitando não só o café da manhã, mas também os dez anos de farsa. Eu havia perdido a mim mesma, a Clara cheia de garra. Mas agora, eu renascia das cinzas, mais forte. Quando ele chegou em casa, cansado e alheio, oferecendo-me um batido verde, o mesmo tom do suco da foto, o desgosto me invadiu. "Eu não gosto de abacate", eu disse, a voz calma, fria. "Você sabe disso." Ele tentou me abraçar, mas o meu corpo se tornou uma estátua de gelo, e a frieza nas minhas palavras o chocou profundamente. Uma tempestade externa espelhava a turbulência dentro mim, e cada gesto dele, cada toque, deixou marcas invisíveis de repulsa. No momento seguinte, o celular dele tocou, era a Sofia. "Tenho que ir, é urgente", ele disse, correndo porta afora, sem olhar para trás. Ele ia para ela, a mulher que era a sua verdadeira "urgência" . Sozinha na escuridão, a palavra "urgente" ecoava, agora vazia para mim. A febre me derrubou, a dor física da traição me consumindo, até que o conforto familiar me fez desabar. Minha mãe me abraçou, mostrando-me desenhos antigos, lembrando-me da garota vibrante que eu era. Ao ver meu eu passado, chorei não só por Pedro, mas por mim mesma, por ter me perdido. Naquela noite, eu respirei. A Clara estava de volta. Em nosso apartamento, cada objeto carregava uma história, agora manchada. Dez anos de risos e lágrimas, agora apenas uma pilha de memórias dolorosas. Quando Pedro entrou, vi seus olhos cansados, mas a minha voz saiu firme e clara: "Pedro, vamos nos divorciar." A incredulidade virou raiva em seu rosto e ele agarrou meu pulso. "O que você está dizendo? Está brincando comigo?" Eu me soltei. "Eu não estou brincando. Eu quero o divórcio." Ele bufou, tentando me manipular com falsas promessas de férias. "Clara, chega de dramas. O que você quer? Mais atenção?" Eu sorri amargamente. "Não preciso das suas promessas vazias. Eu quero uma parte maior do nosso patrimônio. Afinal, você é a parte culpada." Sua arrogância desmoronou. "Clara, não exagere. Não seja ridícula. Não há necessidade de levar as coisas a este extremo." Sua condescendência me atingiu profundamente. Ele não sabia a dor que me causara. "Pedro, por que você tinha tanta certeza de que eu nunca te deixaria?" Ele gaguejou. E então, eu disse: "Sofia." A palavra o atingiu como um soco. Ele ficou pálido, chocado. "Como você sabe?" "Não importa como eu sei", eu disse, jogando as fotos na mesa. Fotos dele e Sofia, rindo, se beijando. O suco de abacate. Ele caiu de joelhos. "Me desculpa, Clara, me desculpa." Olhei para ele sem emoção. "Quando você cozinhava para ela, usava as mesmas receitas? Quando secava o cabelo dela, era com o mesmo cuidado? Quando ela tinha cólicas, fazia o mesmo chá de gengibre?" Seu silêncio era a resposta. "Eu poderia ter aceitado o fim do nosso amor", eu disse, a voz cortante. "Mas não posso aceitar que o amor que me deste, a atenção que me dedicaste, tenha sido partilhada com outra pessoa. Isso é nojento." "Para, por favor, para de falar", ele suplicou, lágrimas escorrendo. "Você não pensou em mim quando estava com ela", eu retruquei. "Por que devo te poupar agora?" Ele agarrou minha mão, suas lágrimas quentes na minha pele. "Eu faço qualquer coisa para te compensar. Por favor, me dê outra oportunidade." "Não há nada que possa fazer", eu disse, puxando minha mão. "Eu me amo mais do que te amo." Eu o deixei ali, de joelhos, suas palavras de dor um murmúrio derrotado. A casa desabou, mas eu me senti livre. Com o divórcio em mãos, senti o peso sair dos meus ombros. Postei uma foto do documento: "Finalmente livre. Celebrando minha nova vida." O celular vibrava com mensagens de apoio. Sofia havia visto a publicação, seu avatar a vista da janela do escritório dele. Ela não era o problema. Ele era. Minha amiga Rafaela exultou. "Graças a Deus! Você está bem?" Eu estava, e estava pronta para viajar, para recomeçar. A divisão dos bens foi fácil; ele aceitou tudo, consumido pela culpa. No escritório, recebi estrelícias azuis, minhas flores preferidas. Sem cartão. Nos dias seguintes, mais flores, o mistério crescendo. Uma mensagem anônima chegou. "Gostou das flores? Gostaria de te encontrar. Estarei no parque de diversões à beira-rio, ao pôr do sol." Eu fui. Lá, uma figura alta, com um redemoinho familiar no cabelo, olhava o rio. Era Pedro. Mas o Pedro de dezoito anos. Eu estava em choque. "Pedro?", minha voz mal saiu. Ele sorriu, os olhos brilhando com uma luz que eu não via há anos. "Olá, Clara. Sou eu." "Você... você tem dezoito anos", gaguejei. "Eu sei. Eu só acordei aqui. Mas fui eu que te enviei as flores." Ele me beijou a mão, colocou um chapéu de palha feito por ele na minha cabeça. "Eu ainda te amo." Instintivamente, ele me puxou para protegê-la de alguns motoqueiros. Senti a segurança que há muito perdera. Na roda-gigante, a cidade se estendia abaixo. Ele me perguntou: "Clara, se você soubesse o final da história, você ainda teria começado?" A pergunta pairou no ar. Minha resposta agora era diferente. "Obrigada", eu disse, a voz cheia de emoção. "Obrigada por me amar, por me ensinar. Por fazer parte da minha vida." Ele chorou, pedindo desculpas pelo seu eu futuro. "Por favor, Clara. Dê-lhe outra oportunidade." "Porque amar alguém é não querer machucá-lo", eu disse, a voz firme. "Seu eu futuro me machucou repetidamente. Minha vida é sobre respeito próprio, felicidade, paz. Não vou sacrificar tudo isso por um homem que não me merece." Ele sorriu tristemente, seu corpo ficando transparente. O sino da torre do relógio soou à meia-noite. "Adeus, Clara", ele sussurrou antes de desaparecer. "Seja feliz." Eu estava sozinha, mas com o coração em paz. O passado havia ficado para trás. Minha vida voltou ao normal. Pedro continuava a implorar, a enviar flores que eu jogava fora. Ele não entendia que era tarde demais. No jantar com Thiago e Camila, meus cúmplices involuntários, levantei meu copo. "Vocês não têm culpa. Vocês me abriram os olhos." Fora do restaurante, Pedro nos bloqueou. "Clara, precisamos conversar." Camila o confrontou, mas eu a detive. "Deixe. Eu cuido disso." Olhei para ele com calma fria. "Diga o que você tem a dizer." Ele tirou uma pasta cheia de documentos, oferecendo tudo. "Tudo o que tenho. Como garantia de que nunca mais te trairei." Eu nem olhei para os papéis. "Você acha que isso muda alguma coisa? Acha que dinheiro pode apagar o que você fez?" Minha voz baixava para um sussurro intenso. "Naquele dia, com ela, você pensou em mim? Ou pensou na Sofia, que gosta de abacate?" Ele não conseguiu responder. "Você é nojento, Pedro. Você é sujo." Virei as costas, deixando-o ali, estilhaçado, percebendo a enormidade do que havia perdido. O sol brilhava. No café, Rafaela sorriu. "Você está brilhando, amiga. O divórcio te fez bem." "Eu me reencontrei", eu disse. Levantei meu copo. "Um brinde a mim." Na selfie, eu era vibrante, cheia de vida, a Clara que tinha voltado, mais forte do que nunca. No vazio de seu apartamento, Pedro olhava para a lista das "100 coisas para fazer com a pessoa amada". A felicidade havia se tornado desconforto, um prazer perverso em machucá-la. Agora, o arrependimento o sufocava. "Me desculpa, Clara", ele sussurrava. Ele a via de longe, recebendo prêmios, fazendo doações. Ela voava, enquanto ele se afundava na miséria. Seu primo assumiu a empresa. Ele passava os dias em casa, com depressão, revivendo as memórias. Ele sabia que a havia perdido para sempre. Seu único consolo: o amor que ainda sentia, sua tortura e sua penitência. O Jovem Pedro acordou num quarto luxuoso, um homem mais velho com seu próprio rosto o encarava no espelho. "Quem é você?", o Jovem Pedro perguntou. "Eu sou você, daqui a dez anos", o Pedro mais velho respondeu, um sorriso cínico. O eu mais velho contou-lhe tudo de sua traição, de como ele havia destruído Clara.Uma raiva cega tomou conta do Jovem Pedro. "Como se atreveu a machucá-la?" Ele o derrubou com um soco. Ele fugiu daquele futuro de pesadelo, sua única preocupação era proteger Clara. Enviava flores a ela, aquelas que sabia que ela amava, para dizer que seu amor ainda era puro. Quando finalmente a viu, o coração acelerou. Havia uma tristeza em seus olhos que o partiu ao meio. No topo da roda-gigante, a dor lancinante da sua recusa foi acompanhada por um estranho alívio. Ela estava se protegendo, escolhendo sua própria felicidade. Seu corpo começou a desaparecer. "Que a minha pessoa mais amada, no lugar que eu não posso ver, esteja bem e feliz", ele sussurrou. E então, ele se dissolveu, deixando para trás apenas o amor, uma memória tenra do que já foi.

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