Capítulo 3 Nosso encontro

No dia seguinte

- Bom dia! depois do café vou caminhar por aí, tem tanto lugar lindo para conhecer. - Júlia

- Só porque iria te convidar para pescar hoje, sua mãe frita os peixes para nós. hehehehehe - Ricardo

- Já vi que vai sobrar pra mim né?? - Victoria

- Vai não meu amorzinho, depois que ajeitar o peixe te faço aquela massagem ..... – Ricardo

- Ihhhhhh essa é minha deixa, se amem que eu ano vocês e vou me arrumar pra já já sair. - Júlia

Júlia foi até o quarto se trocar e colocou uma roupa boa pra caminhar, pegou sua câmera digital e desceu pra tomar café.

Depois do café escovo os dentes e foi caminhar. Ela havia passado uma boa parte da noite pensando naquele som triste.

💭 pensamento (Acho que a pessoa tocando era o pai daquele senhor da porta, é muita tristeza pra alguém jovem tocar. Mas também poderia ser a mãe dele né)

E continuou seu pensamento até chegar novamente na casa.

Ao se aproximar ela viu que aquele homem estava saindo de carro com uma mulher então esse seria o momento perfeito para conhecer o cantor e o pianista.

Quando não podia mais ouvir o som do pneu mas pedras ela resolveu se aproximar. Quando chegou bem perto da casa a música parou. Mas ela decidiu procurar pelas janelas pra saber de onde vinha o som.

- Está perdida? - A voz falou por trás dela bem perto do ouvido fazendo ela se assustar dando um pulo pra frente e batendo a testa na janela.

- Desculpa, não queria te assustar. Está procurando algo, se perdeu, ou só tá xeretando? - Falou a voz novamente

💭 É uma voz bonita, ela pensou, será que é o cantor?

- Desculpa a intromissão e entrar assim na sua propriedade. Ontem estava caminhando aqui e ouvi alguém cantando e achei bonito. (Vira pra olhar pra pessoa) Mas o pianista, nesse momento os olhos deles se encontram, ele estava muito triste, o som no caso. Era seu avô, sua avó ou alguém?-Júlia

- Bom o idoso era eu mesmo hahahaha, mas a melodia não é minha. Ah deixe eu me apresentar sou Raul futuro ídolo seu é de todos. E você é?

- Eita, falta de educação minha. Sou Júlia.

Apertaram as mãos e sentiram uma eletricidade percorrer seus corpos.

Ele era mais alto que ela, tinha um porte atlético, era muito bonito, olhos penetrantes mas gentis. Ela ficou encantada com ele.

Ela era de estatura baixa, mas não muito 155 cm, olhar curioso, não era gordinha, mas não era magra. Ele gostou.

Apertaram as mãos e ficaram assim por um tempo.

- Que bom que gostou da minha voz. Mas o que você faz por aqui? - Raul

- Meus pais compraram uma casa mais abaixo, ontem depois que chegamos vim caminhar e ouvi você cantar e nesse caso tocar também. Você mora por aqui? - Júlia

- Não, quando chega as férias venho pra cá ensaiar. Esse ano, o próximo na verdade, será minha estreia então meus pais estão ansiosos, mais até que eu!- Raul

Nesse momento Raul percebeu que a testa dela estava vermelha.

- Você bateu a testa quando te assustei? Desculpa realmente não foi minha intensão. Venha colocar gelo.

Raul não conseguia entender o motivo de responder tão facilmente as perguntas dela como se fossem íntimos.

- Ah, obrigada. Você está só? - Júlia

- Sim, pela primeira vez em dias e estou aliviado. Assim pude te conhecer. Do contrário seria um dos meus pais que iria te ver e com certeza te colocaria pra fora. - Raul

Ela colocando gelo na testa olhou pro chão envergonhada, quase falando que estava esperando pra que alguém saísse e ela viesse olhar quem estava cantando e tocando. Então não querendo parecer uma perseguidora ficou calada.

- Acho que estou começando a acreditar em destino... - Raul

De tão envergonhada Júlia olhou para o lado.

Nesse momento eles ouviram o barulho de carro e como essa era a última casa, já que ficava quase no topo, deveria ser o carro dos pais de Raul.

- Meus pais são um pouco paranoicos com esse negócio de sucesso e só tenho um amigo. Vão achar que você só está aqui pra me atrapalhar, suba e espere eles saírem. Meu quarto é no final do corredor. – Raul

Ela só fez um sinal de ok e subiu.

Ao abrir a porta ela ficou admirada pois o quarto mais parecia um estúdio que um quarto propriamente dito. Mas havia também fotos dele cantando, tocando, fotos dele pequeno e adolescente, mas nenhuma foto com seus pais.

Ela nem percebeu que ele também estava lá. Mas dessa vez não bateu a cabeça.

- Eles saíram, minha mãe esqueceu a carteira dela. Preparei um lanche vamos descer. -Raul

Mais uma vez balançou a cabeça concordando. Ao descerem Ela se deparou com uma mesa linda que ele organizou.

- Espero que goste. Você comentou que achou a melodia triste, você estuda música? - Raul

- (Responde rindo) Não nem batucar na mesa eu sei kkkkk, mas já assisti muitos filmes românticos pra saber que aquela melodia é triste. Mas sua voz não demonstrava isso. Como pode a melodia ser assim mas sua voz não? - Júlia

- Não posso entregar assim minha tática, pra você saber teremos que nos encontrar outras vezes, aí te conto. (falou dando uma piscadela) - Raul

- Assim não vale kkkkk - Júlia

Passaram um bom tempo conversando como se fossem velhos amigos. Júlia percebeu que já estava perto da hora do almoço e foi pra casa mas combinaram de se encontrarem perto do cruzamento pra casa dela no final da tarde. Assim poderiam conversar mais e se conhecerem melhor.

- Vou gostar de ter um amigo popstar, assim posso me gabar na escola e ficar rica vendendo seus autógrafos hahahahahah - Júlia

Ao falar isso saiu da casa dele e foi pra sua, quando estava descendo, já perto do cruzamento pra casa dela, avistou o carro dos pais dele voltando e se perguntou se realmente ele iria.

Eles sentiram que aquele encontro não foi somente de corpos, mas eram duas almas velhas amigas se reencontrando depois de muitos anos.

E o verão estava somente começando.

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