Capítulo 5 Conhecendo os pais de Júlia

Naquela manhã Raul ensaiou como nunca, até seus pais acharam estranho o fato de em nenhum momento ele ter reclamado ou pedido pra parar.

- Foi perfeito hoje Raul, fala logo o que você quer?- Paula

- Como sabia que eu queria algo? Posso tirar somente um pouco da tarde de hoje?- Raul

- Sou sua mãe lógico que sei seus truques, sei quando você está ou não atuando.- Paula

Raul ficou um pouco desapontado em não poder usar suas técnicas de atuação com seus pais, eles sempre descobrem.

- Mas pode sim, vai pra casa do seu amigo?- Paula

- Ele está viajando. Só vou andar mesmo.

- Cuidado que sua estreia será em breve.- Paula

O cuidado que muitas vezes Paula tinha era comercial e não de mãe para com seu filho o que deixava Raul sem saber se ele deveria ou não reconsiderar seus pais como empresários.

Ele sentia falta da época que ele era somente filho. Quando Paula saiu ele ficou recordando de quando ele falou aos pais que queria ser cantor e sua mãe foi a primeira a discordar e hoje ela é a primeira a impedir que ele seja algo mais que o ele verdadeiro.

Ao sair dali ele mandou uma mensagem pra Júlia perguntando o que ela iria fazer de tarde. Como Júlia estava arrumando a casa com decoração de Natal com seus pais ela acabou não vendo o SMS dele.

****************

Após o almoço

- Tô saindo- Raul

Ninguém respondeu....

Casa da Júlia

- Pai minha mãe pediu pra pegar a árvore no carro. - Júlia

- E se eu não for? - Ricardo

- Não terá lasanha - Victória Gritou lá de trás

- É assim mesmo, Ricardo pega isso, Ricardo faz aquilo (lá ia ele pra fora num tom brincalhão pra fazer aquela raivinha pra Júlia, ele gostava de pega no pé dela). Júlia é muito pesado, só você consegue pegar. (Gritou lá do carro).

Dentro da casa ela revira os olhos

- Se estiver pesado posso ajudar senhor.

- Ah, oi não está pesado. Só estou brincando com minha filha. Quem é você? - Ricardo

- Desculpe não me apresentar logo, sou Raul. Conheci sua filha um dia desses. Eu moro logo mais acima, a última casa da Serra.

- (apertando a mão de Raul) Meu nome é Ricardo, ela está lá dentro quer que eu chame?

- Vejo que o senhor tem muitas sacolas e caixas pra levar, quer ajuda?

- Agradeço mesmo. 💭Ele pensa que me engana, quer levar minha filhinha né malandro 😒😒

Ricardo entregou a caixa mais pesada que tinha pra ver a reação de Raul. Como ele malhava não achou a caixa tão pesada assim e ainda pegou mais 2 sacolas.

- Eu vou chamá-la, Júlia pega a árvore tá muito pesada só você me ajuda nessa casa. (Faz um sinal pra Raul deixar as as coisas no chão e mostra o sofá pra ele sentar)

- Mãe você precisar achar um malhadão viu esse aqui tá desclassificado.... - quando ia falar mais alguma coisa viu Raul e ficou sem reação.

- Oi, não sabia que você viria aqui hoje. - Júlia

- Mandei um SMS mas você não respondeu, achei que estaria ocupada e como dificilmente tenho tempo livre resolvi dar um pulo aqui. - Raul

💭😒😒 Até número eles já trocaram??? Quando foi isso??? Onde eu estava???

- Meu amor temos visitas- Ricardo

Quando Victória desceu e viu aquele menino logo entendeu o motivo da tristeza e alegria da filha naqueles dias.

– Olá meu rapaz sou a Victória mãe de Juli e quem é você? (Estende a mão pra ele)

- Boa tarde senhora, sou Raul um conhecido de sua filha. Encantado em finalmente conhecê-los.

Fala baixinho no ouvido de Victória

- Ainda não ouvi um A sobre ele e eles já trocaram até telefone...

💭😅Imagina se meu pai descobre que dormimos aqui.... - Júlia

💭😳 Acho melhor o pai dela não saber que dormi aqui... - Raul

- Mãe, pai logo quando chegamos fui andar e ouvi Raul cantando, no outro dia quase invadi a casa dele e foi assim que nos conhecemos e esse é o fim.

- Só isso?? - Victória num tom malicioso - Sei que tem mais. Quando quiser me conte.

- como assim tem mais? - Ricardo

- Nada não meu amor, Raul fica pra jantar farei lasanha e conversamos mais um pouco. Agora vamos deixar as crianças sozinhas. (Sai empurrando o marido)

💭Obrigada mãe

😘😘 Victória saiu dando uma piscadela e um beijo pra filha

Quando os pais já estavam no andar de cima ela chamou ele pra fora.

- Desculpe meus pais, nem sempre são assim.

- Foi divertido, seu pai me deu a caixa mais pesada achando que eu iria deixar pra lá mas ainda peguei mais 2 sacolas

- Ele deve ter ficado muito irritado hahahahahah

Foram conversando até as cadeiras que ficavam próximas da fogueira.

De longe Ricardo olhava pela janela.

- Não gostei dele. Ele é muito bonitão pro meu gosto...

- Ricardo você está se ouvindo?? Está com ciúmes da sua filha? Hahahahahaha

- Lógico, minha filha é meu bebê, meu tesouro e esse malandro quer tirá-la de mim.

- Ela já tem 14 anos, está na hora de encontrar o primeiro amor e nada como uma casa de veraneio pra isso acontecer. Sem falar que a cidade é muito grande e ele pode nem morar aqui. Você já teve 15 anos e sabe que isso poderia acontecer mais cedo ou mais tarde.

- (com a expressão mais seria como se tivesse dando sua vida ele fala) É exatamente por isso que sei o que aquele malandro quer. Você sabe???? Não pois o homem aqui sou eu. Ele quer tirar a inocência da minha menina, ele quer furtar, roubar, se apropriar do seu amor que é exclusivo meu.

- Você deveria ser ator e não médico kkkkkk, esqueceu que eu também tenho pai? Então você fez isso comigo foi?

Nesse momento ele já muda de expressão e com um sorrisinho fala

- Meu amor isso foi diferente estávamos na mesma sintonia que estamos até hoje, enamorados. (Fala quase soletrado)

- Pois aceite que logo será a vez dela.

- (quase num grito mudo) NÃAAAAAAAAAOOOOOOOOOO

Enquanto isso lá fora

- Queria te levar na cachoeira por isso perguntei o que iria fazer.

- Desculpe e Natal é uma tradição nossa, é um dos poucos feriados que meus pais passam comigo e por esse motivo ficamos arrumando as coisas desde o menor enfeite até a árvore de Natal.

- Que legal, um dia se tiver uma família quero começar uma tradição também.

- E quando vamos na cachoeira? Pode ser agora?

- Não dá por causa da hora, pode ficar escuro na volta e ter bichos ou nos perdermos. Marcamos outro dia pode ser?

- Sim, lógico.

- Acho que teu pai tá chegando aí.

- olá crianças vamos entrar que já já vai esfriar. Você falou com seus pais que vai chegar depois do jantar?

- Sim falei, eles perguntaram se algum dos dois podem me levar em casa, eles querem ver quem são os donos.

- (tocando forte no ombro dele) Não tem problema eu te levo.

Júlia ficou sem graça com a reação do pai dela. Ele não era assim com seus colegas e qual seria o motivo de ser assim agora?