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Eu não acredito no que acabei de ouvir do meu avô.
Casar? É isso mesmo que o senhor está me falando? Então quer dizer que eu estando solteira, com 28 anos de idade e trabalhando aqui desde os 21 não sou digna de ter a empresa e a sua fortuna por que sou solteira? O senhor tá brincando comigo, só pode! Ando ao redor da sala de reuniões, colocando as mãos no rosto e respirando fundo para conter o choro. Não acredito que isto está acontecendo.
- Minha filha, escuta o que tenho pra te falar. Não é que não confiamos em você, sabemos a sua capacidade de gerenciar o Caffé Brasileiro, você esta sendo ótima nos negócios e tem visão de futuro na empresa mas, veja bem....
- Não vovô, não quero mais conversar sobre isso! Preciso ir pra casa. Vejo vocês mais tarde.
Assim que saio da sala de reuniões, vou direto até o estacionamento procurando a chave do meu carro e meu celular.
Pego meu celular e disco o numero do Mauricio, preciso desabafar. Estou uma pilha de nervos.
- Alô! Mauricio?
- Oi minha amada! Que bom ouvir sua voz!
- Estou péssima! Preciso te ver, preciso conversar com alguém.
- Eu também meu amor, estava pegando o celular pra te ligar. Também estou péssimo! Vamos nos encontrar?
Assim que chegamos ao Mademoiselle Restaurante, fomos direto á nossa mesa favorita. Como somos clientes fixos, nossa mesa sempre esta a nossa disposição. Quando nos vê sentar, Augusto, o proprietário vem pessoalmente nos cumprimentar.
Depois de alguma conversa, finalmente estamos a sós. Mauricio pega em minhas mãos, vejo preocupação em seu olhar. Começo a contar tudo que aconteceu hoje no Caffé Brasileiro e demonstro toda minha indignação ao falar sobre o casamento e que só assim poderei herdar tudo. Ele ouve com paciência.
Assim que termino meu desabafo, pergunto para ele o que queria conversar, qual era o assunto que estava o deixando nervoso.
- Não é nada meu amor! Só coisas corriqueiras da empresa. Não se preocupe comigo. Vamos nos concentrar em você agora.