Capítulo 5 EDUARDO

Chegou o grande dia de entrevistar pessoalmente a tão sonhada assistente do Célio que será Luna Marins, tenho certeza. Lili abre a porta do escritório quando a vi pessoalmente tive a certeza que Luna é a mulher, mulher que irá colocar ordem no escritório do Célio, ao entrevistá-la pude perceber o quão dócil ela é, Célio está precisando disso, alguém que tenha paciência com ele.

Fiz as perguntas necessárias e Luna se enquadra em todos os requisitos, não tem erro ela será a nova assistente do Célio, a contratei e a levei para conhecer a empresa e conhecer a senhorita Kátia também secretária do Célio, mas algo aconteceu a secretária Katia estava em prantos já imagino o que tenha acontecido não acreditando que Célio demitiu sua secretária por uma simples falta assim fica difícil defendê-lo.

Apresentei Luna a Célio e quanta segurança ela tem ou finge ter na frente do carrasco, fico surpreso como Luna encara Célio.

Mas ao invés dele agradecer por eu contratar a moça Célio cismar com Luna, sim, ele ficou louco ao ponto de por Luna para trabalhar como secretária e assistente, para saber se ela vai dar conta de tudo, literalmente lavei minhas mãos com Célio.

Voltei ao meu escritório, conclui alguns trabalhos e fui para o meu apartamento descansar, deito-me no sofá e que dia estressante, tomo um banho relaxante e ligo para Célio para saber onde ele está, o mesmo está jantando num restaurante e vou ao seu encontro, jantamos juntos e bebemos relembrando quando éramos adolescentes, a saudade é grande, mas a pauta importante da nossa conversa foi luna ele não confia em Luna, às vezes tenho vontade de deixar Célio sozinho só assim ele irá aprender a gostar das pessoas ao seu redor.

Fui para a casa dormir amanhã tem a segunda etapa de visitas ao hospital, no dia seguinte liguei para Lili avisando que iria chegar, mas tarde, é cada coisa que faço pelo Célio, dirijo pelas ruas da cidade até chegar no endereço um enorme hospital que trata câncer de homens e mulheres adultos sou recebido pelo diretor Ílton que me leva para ver as instalações de toda a área, ele ficou muito feliz com a minha visita enquanto andávamos uma moça simples apareceu a nossa frente andando apressadamente pelos corredores com documentos nas mãos, o diretor grita pelo nome me dizendo que ela é a assistente social.

- Liara!!! - O diretor Ílton a chama.

Esse nome não é estranho, Liara, a ficha caiu quando me lembrei da moça vestida de palhaça dançando para as crianças no hospital infantil será que é ela, não é possível a curiosidade que eu estava para ver aquela garota, mulher, sei lá como posso defini-la além daquela pintura no seu rosto, quando a famosa Liara se vira para nós, os meus olhos encaram os delas, escaneio todo o seu corpo de cima para baixo, continuo em dúvida se é a mesma pessoa, se for, por debaixo daquela fantasia tem uma mulher linda a tal Liara tem cabelos claros meio amendoados, pele sem maquiagem, magra, simples, olhos cor de mel, percebo a mesma um pouco assustada, se ela já me conhece fingiu não me conhecer, nos apresentamos e a encarei mostrando o quanto estou interessado nela apertei a sua mão e Liara se esquivou, soltando a minha mão e saiu sem jeito pelos imensos corredores daquele hospital.

Ao terminar a minha visita pergunto o diretor Ílton onde é o escritório da Liara, o mesmo me ensina e sigo até lá, preciso saber se Liara é realmente a voluntária do outro hospital a porta estava entreaberta ela estava tão focada que não me viu entrar fico na frente do seu computador, Liara estava com os cabelos presos, o que a deixou sexy não sei o que está acontecendo comigo quero essa garota na minha cama, Liara ao me ver se levanta imediatamente foi impossível não notar o quanto ela ficou assustada e sem entender o que eu fazia ali parado na sua frente a admirando.

- Desculpa não ter percebido você entrar, sente-se, você deseja alguma ajuda? - Liara fala timidamente.

- Você é a mesma Liara que é voluntária no hospital infantil? - Sem rodeios, fui direto ao ponto para acabar de vez com a minha curiosidade, pois ela conseguiu aguçar isso em mim.

- Sim, sou eu! Sente-se por favor, sei que para você pode ter sido difícil me reconhecer, eu estava caracterizada de palhaço naquele dia.

- Claro, não vou mentir para você, fiquei curioso para saber quem era o grande destaque daquela turma. - Falo ao encarar Liara.

Não quis me sentar e a passos lentos caminho indo na sua direção e ao chegar perto da Liara, a mesma se esquiva e diz.

- O que está fazendo Eduardo! - Liara esbarra na parede ficando sem saída.

Bem próximo do seu corpo, cerco Liara com os meus braços para ela não fugir, o seu cheiro suave inunda as minhas narinas me deixando fascinado.

- Saia de perto de mim ou gritarei por socorro, por favor se afaste. - Liara fala nervosa com a voz tremula, vejo medo no seu olhar.

- Se acalma, só quero lhe fazer um convite, quero que saia comigo essa noite, sou um homem que vou direto ao ponto, não gosto de enrolação quero ficar com você, nem que seja somente por uma noite. - Admito.

Liara me olha com raiva, os seus olhos começam a ficar vermelhos e lágrimas escorrem pelo seu rosto, sinto a sua respiração pesada. Liara me acerta um tapa no meu rosto que ficou ardendo, fecho os meus olhos, cemicerro os dentes e punhos Liara aproveita esse momento e foge de mim.

- Nunca mais se atreva a encostar um dedo em mim, eu não sei que tipo de mulheres você está acostumado, mas não sou nenhuma delas, eu exijo respeito no meu local de trabalho, por favor vá embora. - Ela fala segurando uma tesoura na mão para que eu não me aproxime mais.

- Não sabia que você era intocável que era pecado convidar uma mulher para sair, queria muito saber o que faz uma linda mulher, jovem e cheia de vida, trancafiada num hospital 24h por dia. - Falo e continuo segurando o rosto porque ainda dói, movimento o maxilar.

- Você está totalmente errado, estou no meu trabalho, sendo assediada por um advogado sem freios e sem limites que pensa que todas as mulheres são iguais, não sou esse tipo de mulher, não sou mulher para você, saia da minha frente e nunca mais quero cruzar com homens como você.

Liara está com muita raiva, sua voz é de choro, nenhuma mulher me olhou com tanto ódio e desprezo como Liara me olhou e me expulsou do seu escritório, não falei mais nada estou morrendo de raiva por dentro, nunca fui rejeitado, furioso ao extremo desliguei o telefone e segui para um bar.