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Delegacia de mirath
Após os pais dos adolescentes sequestrados irem até o local onde os homens do Sr Dalton disseram ter achado uma pista que esta era uma faca e uma pistola sem impressões digitais eles regressaram a delegacia ou seja ao mesmo ponto de partida.
Na delegacia de Mirat estava envolta em uma atmosfera densa e tensa. O relógio marcava 22:40, e as luzes fluorescentes piscavam levemente, como se a própria estrutura estivesse nervosa. Dentro, não havia espaço para o descanso; pais aflitos cercavam os balconistas, suas vozes elevadas ecoando pelos corredores largos. O sequestro dos adolescentes – Nara, Cubi, Zaira , Tony e zumi– havia lançado a cidade em desespero.
- Cadê o meu filho, Cubi? - perguntou o senhor Mugay, sua voz trêmula revelando o medo. Seu rosto estava pálido, como se a vida tivesse sido drenada dele.
- Onde será que eles levaram a Nara? - perguntou a senhora Suzet, sua expressão de preocupação escaneando cada canto da delegacia na esperança de encontrar alguma resposta.
- Achem o meu neto, Cubi! - clamou a senhora Maki, com lágrimas nos olhos, lembrando-se de todos os momentos preciosos que tinha passado com o menino.
O policial, um homem robusto com traços de cansaço, tentou manter a calma no caos.
- Mantenham a calma, estamos fazendo o nosso melhor para encontrar eles.
As palavras do policial mal conseguiram acalmar os pais.
- Ficar calma? Minha filha foi sequestrada e vocês mandam eu ficar calma? - gritou a senhora Fizia, mãe de Zaira, seu coração batendo forte como um tambor em marcha.
Ouviu-se um murmúrio de apoio entre os pais, e o senhor Dalton, um dos dos pais com experiência em situações críticas, levantou a mão.
- Pessoal, eu sei que é difícil, mas precisamos manter a calma. Pensar com clareza pode ajudar. Se agirmos de forma irracional, não vamos conseguir encontrar os rapazes.
- O Dalton tem razão, vamos nos acalmar e tentar ser úteis à polícia - respondeu o senhor Mugay, tentando unir o grupo.
A avó de Tony, a senhora Maki, então fez um apelo sincero:
- Encontrem o meu neto! Ele é a única coisa mais preciosa que eu tenho nesta vida!
- Calma, senhora Maki. Vamos encontrar o seu neto e trazê-lo em segurança - garantiu o policial, sua voz firme, embora também revelasse um pouco de incerteza.
A senhora Suzet, aborrecida, cruzou os braços:
- Ao que parece, a melhor coisa que podemos fazer aqui é sentar e esperar.
- É - respondeu o senhor Dalton, frustrado com a apatia que se espalhava.
- Eu não pedi para você concordar comigo, querido! Se eu disse isso, era para você perguntar aos seus homens se acharam alguma coisa! - bradou a senhora Suzet, a raiva transparecendo.
- Eu falei com eles e ainda não acharam nada. Querida, se nos acalmarmos, vamos conseguir pensar melhor - respondeu o senhor Dalton, buscando trazer algum conforto.
- Essa situação é estressante! Sequestraram minha filha e não temos ideia do que podem estar fazendo com ela agora! - disse a senhora Suzet, envolvendo-se nos braços do marido, buscando consolo.
- Eu sei que é difícil, mas entrar em pânico não ajudará. Se mantivermos a calma, talvez consigamos encontrar uma solução - disse o senhor Dalton, abraçando a esposa.
Nesse momento, uma oficial entrou na sala. Sua expressão era decidida.
- Temos uma pista! Um morador próximo ao local do sequestro viu algo. Uma van escura saiu rapidamente da área logo após a ocorrência. Estamos no caminho certo!
Os ânimos se revigoraram na delegacia. A esperança começou a brilhar nas faces cansadas. O senhor Mugay respirou fundo, o coração acelerado, enquanto a senhora Maki também se animou. Em um instante, o desespero transformou-se em determinação.
- Vamos encontrá-los! - gritou o senhor Dalton, unindo todos em um esforço conjunto.
E assim, na noite em Mirat, a união dos pais, impulsionada pela esperança e pela coragem, tornou-se a força que poderia – finalmente – trazer os filhos de volta para casa
.
O estrondo
No cativeiro
Título: O Estrondo**
Era 2h08 da madrugada quando um estrondo fez o chão tremer e os corações dispararem. O impacto de um meteoro nas proximidades trouxe uma onda de pânico para o esconderijo onde um grupo de jovens estavam sendo mantidos em cativeiro . Fora do cativeiro os sequestradores, confusos, trocaram olhares nervosos, mas nenhum deles verificou a condição dos jovens dentro do cativeiro.
"Tomara que o nazi não tenha acordado com esse estrondo," disse Zaira, sua voz mal conseguindo disfarçar o temor que a dominava.
"Que foi isso?" perguntou Cubi, com os olhos arregalados, buscando respostas na face dos amigos.
"O mundo tá acabando," respondeu Tony, sua expressão refletindo puro medo.
"Eu não sei, mas parecia a voz de alguém pedindo ajuda," disse Nara, confusa e apreensiva.
"Que isso, Nara? Aquilo pareceu um terremoto," interrompeu Zumi, tentando colocar um pouco de racionalidade na conversa.
"Nara, seus olhos..." Cubi se virou para ela, evidente excitação em seu tom.
"O que foi?" perguntou Nara, olhando para ele com curiosidade.
"Eles estão azuis! Brilhando!" afirmou Cubi, maravilhado.
"Como assim?" questionou Nara, intrigada.
"Cubi, você tá viajando! Os olhos dela são normais, escuros como sempre," respondeu Zaira, rindo nervosamente.
"Deve estar delirando," zombou Tony.
"É sério, pessoal! Os olhos dela mudaram quando o terremoto parou," insistiu Cubi.
"Vamos ao que interessa: fugir daqui!" Nara interveio, com determinação.
"E agora, por onde começamos?" sussurrou Zaira, temendo a resposta.
"Zaira, preciso que você vá até a janela e veja quantos sequestradores tem lá fora," disse Nara, tomando a liderança da operação.
"Tem que ser eu a fazer isso?" Zaira hesitou, pensando na possibilidade de enfrentar o desconhecido sozinha.
"Você é a única com passos silenciosos. Tente relaxar; eles não vão pegar você," incentivou Nara.
"Tá, vou tentar," Zaira respondeu, percebendo que suas opções eram limitadas.
Os outros se prepararam. Nara, rápida e decidida, começou a elaborar um plano. Mas antes que pudessem executar, um som familiar e ameaçador preencheu o ar - a voz do nazi.
"Para onde vocês pensam que vão?" ele gritou, despertando-se de seu sono profundo com um olhar feroz.
"Ferrou," sussurrou Tony, enquanto Zaira ficou paralisada de medo.
"Ora, ora... queriam aproveitar que eu estava dormindo para fugir, não é? E cadê a garota de cabelos pretos?" ele rosnou.
Ele não percebeu que ela está em sua trás.
Nara percebeu que precisava agir rapidamente. Com uma mão, preparou o clorofórmio, enquanto com a outra gesticulava para seus amigos ficarem calados. Eles tinham apenas instantes para decidir o que fazer.
"Cadê a garota?" repetiu o nazi, impaciente.
"Estou bem aqui, e Zaira, fecha a porta!" gritou Nara, dando ordens.
Num movimento rápido, ela pulou no pescoço do nazi, cobrindo seu nariz com o pano embebido em clorofórmio. Enquanto isso, Cubi, Zumi e Tony seguraram firmemente os braços do homem, lutando contra sua força desmedida. A tensão era palpável, mas a determinação deles superava o medo.
"Conseguimos!" exclamou Tony, aliviado, enquanto o nazi cedia à substância.
- Gente, temos que amarrar ele e seguir com o plano porque o cronômetro começou a contar para agente sair daqui - disse Zumi, olhando nervosamente para o relógio em seu pulso.
- Nara, por que você mandou eu fechar a porta do quarto? - perguntou Zaira, tentando entender o raciocínio da líder.
- Se a porta estivesse aberta, os caras lá fora iam ouvir a gente e viriam pra cá. Então a primeira coisa que apareceu na minha mente foi fechar a porta e depois controlar a situação do nazi - respondeu Nara, seu olhar firme.
- Tá, entendi - disse Zaira, sentindo uma onda de confiança ao perceber que a estratégia de Nara era respaldada pela lógica.
Assim que os quatro saíram do quarto, a escuridão do corredor os envolve como um manto. Mas a surpresa os aguardava ao final, e a voz ousada de Zumi cortou o silêncio.
- Nara, você é um gênio, mas uma péssima observadora - disse Zumi, rindo nervosamente.
- Por quê? - Nara franziu a testa, confusa.
- Olha só pro fim do corredor! Onde você disse que teria uma porta, no final das contas tem uma estátua gigante e pesada! - O tom de Zumi era sarcástico.
- Tava escuro, não dava pra ver com clareza o fundo do corredor! Droga! - Nara exclamou, uma frustração se tornando palpável.
- E agora, o que fazemos? - disse Cubi, a preocupação evidente em sua voz. - Porque se a gente não der um jeito de tirar essa situação daí, estamos ferrados.
- Droga, detesto dizer isso, mas o Cubi tem razão - disse Tony, concordando relutantemente.
- Não temos escolha. Temos que tentar mover essa estátua de qualquer jeito - afirmou Nara, seu olhar fixo na imponente figura de pedra diante deles.
- Agora, Zaira, vai. Agente vai tentar empurrar a estátua quebrada porque segundo os meus cálculos a porta desse lugar só pode estar atrás desta estátua.
- Está bem - respondeu Zaira, pronta para agir.
Ela saiu pelo corredor, enquanto Nara, Zumi e Cubi se colocavam em volta da estátua imponente e desgastada pelo tempo. Juntos, começaram a empurrar, mas o peso parecia intransponível.
- Continuem, pessoal, coloquem mais força! - gritou Zumi, seus músculos se esforçando ao máximo.
- Não tá nem mexendo. Isso tá pesado demais - resmungou Cubi, sua voz carregada de frustração.
- Eu não queria reclamar, mas o Cubi tem razão. Estamos só gastando nossas forças, isso não mexe - concordou Tony, sacudindo a cabeça.
- Parem! - exclamou Nara, sua voz cortante como uma lâmina.
- O que é que a gente faz agora, Nara? - perguntou Zumi, o desespero começando a transparecer em seu tom.
- Vamos pensar um pouco. Essa estátua é muito dura e não se mexe com força física. E se essa era uma saída secreta, tenho certeza de que o antigo dono desse lugar não ia precisar empurrar toda vez que usasse - disse Nara, suas ideias se formando.
Os outros a olharam, intrigados. Cubi levantou uma sobrancelha.
- Então como cê acha que ele saia? Com magia? Porque isso é pesado demais - questionou ele.
- O Cubi tem razão - confirmou Tony, seu olhar pensativo.
- Pessoal, o que a Nara quer dizer é que deve haver um mecanismo para mover essa estátua, não é isso, Nara? - indagou Zumi, percebendo a linha de pensamento.
Nara acenou com a cabeça, o rosto iluminado pela determinação.
- Isso mesmo. Agora vamos procurar esse mecanismo antes que a Zaira volte.
No meio da busca frenética, Cubi gritou animado.
- Não é preciso, acho que encontrei!
- Como assim já? Tão rápido? - admirou-se Nara, ansiosa.
- Olhem só o nariz dessa estátua! - exclamou Cubi, apontando com um sorriso travesso.
- É engraçada - riu Tony, mas logo percebeu a seriedade da tarefa.
- Não, Tony. Olhe para baixo dele. Tem uma saliência! - insistiu Cubi.
- É... agora estou vendo. Vou pressionar para ver o que acontece - falou Tony, sua mão se aproximando cautelosamente e pressionando a saliencia.
Com um toque leve, Tony pressionou a saliência e a estátua começou a se mover. Todos assistiram, aliviados, enquanto uma porta secreta se revelava atrás dela.. A porta escondida era um símbolo de esperança em meio ao desespero. Nara respirou fundo, seu olhar específico.
-Bom trabalho, pessoal. Agora vamos - disse ela, sua voz firme.
Mas uma nova preocupação surgiu rapidamente. Zumi encarou a porta trancada com frustração.
– Droga. Tá trancada!
- Deixa isso comigo! - chegou Cubi, já se agachando para funcionar a fechadura. - Mas preciso de algo pontiagudo para abrir.
- Tome isso - Nara entregou um compasso, admirando a capacidade de Cubi de improvisar.
- Então era para isso que você precisava do compasso... Você pensa em tudo, Nara! - comentou Zumi, aliviado.
Porém, uma urgência crescente. A manhã estava se aproximando, e o nazi poderia acordar a qualquer momento.
- Nara, preciso do gancho que está no seu cabelo também! - pediu Cubi.
- Aqui - respondeu Nara, sem hesitar.
O tempo escorreu como areia entre os dedos, até que Zaira voltou, seu semblante alegre trouxe um sopro de rompimento.
- Boa! Isso significa que você conseguiu o que a gente pediu. - disse a nara.
- Sim! Trouxe a corda e duas lanternas! - disse Zaira, radiante.
- E quantos homens têm lá fora? - questionou Nara.
- Quatro - respondeu Zaira.
- Ótimo. Agora, Tony e Zumi vão para o quarto amarrar o nazi e sejam rápidos - ordenou a Nara.
Enquanto isso
Cubi lutou com a fechadura quando, finalmente, a porta cedeu com um clique esmagador.
- Pronto, consegui! - exclamou Cubi, sorridente.
E nesse instante o Zumi e Tony já estavam de regresso com um sorriso estampado no rosto.
Vocês estão sorrindo o aconteceu --perguntou a Nara curiosa.
Nada não. Assunto de homens você intende né --respondeu o Zumi.
- tá eu não intendo mas vamos não temos tempo a perder entrem e corram! - apressou Nara.
E assim , todos se apressaram para entrar no corredor escuro e seguir em frente. Porém, o que parecia ser uma fuga tranquila logo se tornou mais complicado.
-- Pessoal, temos um problema -- disse Tony, parando abruptamente e olhando a direção em que a passagem se divide.
-- Qual? --Disse Nara, seu olhar já atento.
-- Tem dois caminhos aqui -- informou Tony, hesitante.
--O quê? --questionou Zumi, admirado.
-- É isso mesmo, vejam por vocês mesmos. São dois caminhos -- respondeu ele, gesticulando.
-- Qual deles vocês acham que leva à Capela? – disse Cubi, claramente confuso.
-- Bem, eu não sei -- admitiu Nara, seu semblante frio mostrando que ela estava preocupada.
- Droga. Isso é um grande problema – murmurou Zumi, olhando nervosamente entre os dois caminhos.
-- Vamos pela esquerda -- declarou Nara, sem hesitar.
-- Como assim você tem certeza, Nara? --Disse Zumi, dúvida se infiltrando em sua voz.
--É, você tem certeza? --insistiu Cubi, batendo os pés no chão.
-- Vamos e ponto final. Se formos ficar tentando decidir isso, vamos perder tempo. Não sei se vocês perceberam, mas daquia pouco o nazi vai ficar gritando feito um galo - Nara parecia determinada, mas sua frieza começou a preocupar a todos.
Seguiram caminho pela esquerda até avistarem uma porta quebrada com uma luz fraca emanando de dentro.
-- Uma saída, pessoal! Vamos correr! -- abordamos Cubi, já disparando futuras.
-- Vou finalmente para casa -- exclamou Zaira, também acelerando o passo.
-- Pessoal, se acalmem. Pare! -- pediu Nara, mas sua voz se perdia no frenesi do momento.
--Nara, corra! Estamos quase lá! --Contigo Tony, tentando motivar ela .
--Parem, ouçam a Nara! -- Zumi estava em pânico, estava claro que a situação sairia do controle.
-- Merda, parem todos! A coisa ficou preta! -- contém Cubi, seu rosto pálido.
--Que foi? Alguma coisa errada? -- disse Zaira, agora com os olhos arregalados.
-- Venham ver vocês mesmos -- disse Cubi, com um tom sombrio.
Quando todos se aproximaram, a visão os deixou sem palavras. Estavam de volta à casa sombria que tentavam evitar a todo custo.
-- Nossa, esse tempo todo andamos em círculos -- inspirando Zaira, atordoada.
-- E essa é apenas uma parte dos nossos problemas. Olha para a direita, tem cães trancados! Se virem a gente, vamos estar ferrados! -- alertou Cubi, o medo de começar a tomar conta.
--precisamos nos abaixar. Eles ainda não nos viram. Se sairmos silenciosamente, eles não vão ouvir -- sugeriu Zumi, mas sua confiança vacilava.
-- Não sei se você ouviu o que eu disse, Zumi, mas olhem! Para nossa surpresa, eles estão olhando pra gente agora! -- ironizou Cubi.
--Tudo bem, ouçam! Vamos sair pela floresta agora. Se os cães começarem a latir, aproveitamos o barulho para nos esconder. Depois disso, só temos que correr o máximo que pudermos, entenderam? -- Nara falou com um semblante ameaçador.
-- Tá -- Tony, já sentindo o peso da responsabilidade.
-- E se eles encontrarem um de nós enquanto estamos escondidos? -- questionou Zaira, a preocupação crescendo.
-- Aí ferrou tudo -- admitiu Nara, a realidade caiu sobre eles como um balde de água fria.
-- Agora vamos! -- Nara se tornou a líder que eles tiveram naquele momento decisivo.
Com um último olhar para a casa e os cães prontos para latir, o grupo se lançou na escuridão da floresta, onde a esperança e o medo se entrelaçaram.