/0/10505/coverbig.jpg?v=0ee4cbc2ecdfe3f2b17f95f013058901)
Em um bosque denso, onde a luz mal penetrava entre as copas das árvores, um grupo de amigos se via em apuros.
- tem muitas árvores, assim fica difícil de saber o caminho - disse Cubi, com um ar arrepiado, enquanto olhava para os troncos imponentes que pareciam cerca-los.
- Se acalme, Cubi. Vamos ao norte. A direção que seguimos com a vam leva a uma estrada que nos levará à cidade - respondeu Nara, tentando manter a calma, embora sua voz traísse um pouco de nervosismo.
Cubi acenou, aliviado, mas logo a preocupação retornou quando Zumi, que estava próximo, gritou:
- Gente, rápido! Já estou imaginando eles descobrindo que a gente fugiu!
- Se assim for, vamos correr o máximo que conseguimos - respondeu Tony, com um semblante sério.
- Pessoal, só não se aproximem demais da estrada, porque se eles notarem que sumimos, provavelmente usarão a vam para vir atrás da gente - alertou Nara, que estava nas costas de Zumi devido a um mal-estar.
A menção dos sequestradores fez Cubi entrar em pânico.
- Só de ouvir você dizer isso já começo a entrar em pânico. Droga!
- Não fique muito na conversa, Cubi. Só ande! A gente tá ficando sem tempo! - gritou Zumi, olhando para todos com expressão preocupada. - A essa hora, eles devem estar vindo atrás da gente com certeza.
- OK, mas eles vão demorar um pouquinho para descobrir, porque eu e Zumi fizemos algo que, quando os outros sequestradores descobrirem, eles vão achar vergonhoso - disse Tony, sorrindo travessamente.
- Como assim? - perguntou Cubi, curioso.
- Aaah, isso... A gente só tirou a roupa dele e pegamos a cueca como mordaça! - disse Zumi, com um sorriso satisfeito.
As risadas de Cubi ressoaram entre as árvores, quebrando um pouco a tensão. A cena era, de fato, hilária.
- Cara, isso é demais! Que hilário! - exclamou Cubi, ainda gargalhando, quando ouviu a voz fraca de Nara.
- Então essa era a tal situação dos homens? - indagou Nara, tentando não se esforçar demais.
- É. Mas Nara, tenta não te esforçar, está bem? - pediu Zumi, preocupado.
- Eu ainda consigo falar, embora não muito bem - respondeu Nara, tentando manter-se firme.
Mas, de repente, Zaira, que caminhava um pouco mais à frente, parou abruptamente.
- O que? Como assim? Ela viu alguma coisa? - perguntou Nara, preocupada.
- Pessoal! - disse Zaira, com uma voz baixa e contorcida.
- O que foi, Zaira? - questionou Zumi, ao notar seu estado.
- Gente, me ajudem, por favor! - respondeu Zaira, lacrimejando.
- Fala, Zaira, o que aconteceu? - pressionou Nara.
- Olhem para baixo! - choramingou Zaira.
Os olhos de todos se arregalaram ao ver que Zaira havia pisado em uma armadilha de urso.
- Nossa! - exclamou Tony. - Isso não é bom! Você está bem, Zaira?
- Por favor, me ajudem! - implorou, movimentando seu pé preso.
- Droga. Não tire o seu pé daí! - gritou Nara, com uma mistura de frustração e urgência.
- Tá, mas por favor, não me deixem aqui! - disse Zaira, tentando controlar as lágrimas.
Nara respirou fundo, tentando se acalmar antes de falar.
- Zaira, ninguém vai deixar você aqui. Mas veja, precisamos pensar com a cabeça fria. Estamos todos tensos, e se aqueles homens vierem, não podemos ser pegos de surpresa - disse Nara, sentindo a pressão crescer.
"Calma, Nara. Poupe suas forças. Você não está bem. Temos que pensar em alguma coisa," respondeu Zumi, segurando os ombros de Nara com firmeza.
Tony observava silenciosamente, seu olhar crítico fixo na armadilha. "Tem algo estranho nesse dispositivo. Normalmente as armadilhas de urso fecham assim que um animal pisar nelas. Essa não fechou."
Nara se virou bruscamente para Tony. "Não diga isso, assim você deixa a Zaira ainda mais preocupada!"
"Mas ele tem razão, nara." disse Cubi, concordando com um aceno. "Pode ser uma armadilha defeituosa."
"Está bem, eu tive uma ideia. Não sei se vai resultar, mas é a única opção que temos." tony respirou fundo, seus olhos brilhando com determinação.
"Qual?" perguntou Zumi, a curiosidade dominando seu tom nervoso.
"Essa armadilha fecha quando alguém pisa nela, certo?"
"Sim," respondeu Zumi, confuso.
"Então, provavelmente ela deve estar com algum defeito. Não sabemos o que vai acontecer se a Zaira tirar o pé. Será que ela vai fechar ou continuar aberta?" tony analisou, intensamente.
"Mas já sabemos disso!", protestou cubi.
"Sim, mas vamos colocar algo entre os dentes da armadilha. Se a Zaira retirar o pé, o objeto que colocarmos lá vai ser apertado, e assim não vai fechar," explicou tony, sua voz carregada de confiança.
"Se entendi certo, o que usaremos para impedir a armadilha de fechar?" perguntou Zumi, inquieto.
"Uma pedra! Mas deve ser grande, ou de tamanho médio, maior do que o pé da Zaira," respondeu tony, decidido.
"Certo, pessoal, vamos procurar a pedra. Nara e Zaira, fiquem aqui. Eu, Tony e Cubi vamos buscar a pedra necessária," ordenou Zumi, e eles partiram na escuridão da floresta.
O silêncio se instalou entre Nara e Zaira. Após alguns minutos, Zaira finalmente quebrou o silêncio. "Nara, você consegue ficar tão calma em um momento tenso desses?"
"Para ser honesta, não estou tão calma assim. Mas ficar tensa não ajuda. Precisamos nos manter calmas, uma mente tranquila pensa melhor," Nara explicou, tentando esconder a realidade de seu estado físico.
Zaira olhou preocupada para Nara. "Ahhh... Isso é sangue escorrendo do seu nariz?"
"Zaira, não se mexa! Lembre-se de que seu pé ainda está na armadilha!" Nara exclamou, limpando o sangue com a mão, desviando o assunto.
"Humm, tá bom," murmurou Zaira, revirando os olhos.
Silêncio. Então, Nara interrompeu. "Estou ouvindo alguma coisa."
"Onde?" Zaira questionou, intrigada.
"Daquele lado. Parece... ah... latido de cães," Nara disse, seu coração acelerando.
Ambas encararam a escuridão, compreendendo que o tempo estava se esgotando. O som se aproximava, e a sensação de urgência as envolveu como uma neblina densa. O que elas fariam agora? A salvação ou o retorno ao cativeiro dependia de sua coragem e das decisões que tomariam a seguir.
A tensão aumentava enquanto esperavam ansiosamente pela chegada de Zumi, Tony e Cubi. A armadilha era apenas uma parte do quebra-cabeça mortal que as cercava, e só poderiam escapar se mantivessem a calma diante do caos que se aproximava..