No cruzeiro com o CEO
img img No cruzeiro com o CEO img Capítulo 3 Um dia ruim, parte II
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Capítulo 6 Curtindo no quarto img
Capítulo 7 Perseguida img
Capítulo 8 O salvador img
Capítulo 9 Não é a mesma coisa img
Capítulo 10 Passeio e promessas img
Capítulo 11 O sonho acabou img
Capítulo 12 Despertando img
Capítulo 13 Especial img
Capítulo 14 Uma boa notícia img
Capítulo 15 De volta pra casa img
Capítulo 16 Me perdoa img
Capítulo 17 Lugar secreto img
Capítulo 18 Um caos img
Capítulo 19 Sem jantar img
Capítulo 20 Um dia de compras img
Capítulo 21 O que será img
Capítulo 22 Não minta pra mim img
Capítulo 23 Cliente estranha img
Capítulo 24 Descobertas img
Capítulo 25 O mundo desaba img
Capítulo 26 Ajuda inesperada img
Capítulo 27 A polícia chegou img
Capítulo 28 Mais uma mentira img
Capítulo 29 Nem tudo é o que parece img
Capítulo 30 Na delegacia img
Capítulo 31 Liberdade img
Capítulo 32 Golpe final img
Capítulo 33 Toma para você img
Capítulo 34 Em estado de choque img
Capítulo 35 Tarde demais img
Capítulo 36 O destino de cada um img
Capítulo 37 Epílogo - No cruzeiro com o CEO - Outra vez img
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Capítulo 3 Um dia ruim, parte II

Geovana

- O quê? - questiono ao meu chefe totalmente incrédula de suas palavras - Eu nunca tirei férias, nunca!

- Mas nunca foi obrigada. - Ele se recosta em sua cadeira e cruza os braços, seu sorriso me irrita e fez um ódio descomunal ferver em meu sangue. - Posso desenterrar todas as folhas que você assinou ao longo dos anos. Vá atrás de seus direitos. - Seu sorriso expandiu ainda mais, e eu quase explodi.

- Se acha que vou abrir mão do meu prêmio por causa desse emprego de merda, está muito enganado.

- Que bom que o classifica como um emprego de merda, pois estou promovendo em seu lugar a Paulinha que acabou de assumir o seu posto.

Precisei muito me controlar para não voar no pescoço do homem a minha frente.

- Quer dizer que promoveu uma recém chegada a um cargo melhor, mas não me promoveu em todo esse tempo?

Ele só estalou a língua, mostrando que não tinha interesse em dar prosseguimento a conversa.

- Afinal, vai querer seu emprego de merda ou sua viagem de nove dias e se tornar mais uma na estatística de desempregada no Brasil?

Falando daquela forma, é claro que me tornar uma desempregada depois daquilo era algo assustador, mas eu não poderia mais ficar ali. O que mais eu sofreria naquele lugar somente por meu chefe saber que eu tenho medo de perder meu emprego? Não podia voltar atrás. Não depois de chamar meu emprego de "emprego de merda".

- Minha decisão está tomada, Dr. Carlos. É uma pena que seja tão egoísta, eu tinha a intenção de trazer uma lembrancinha para o senhor.

Mentira, mentira. Aquela ideia nunca passou na minha mente, mas só pra alfinetar servia.

Não encarei sua face enrugada e joguei minha bolsa no ombro. Revoltada, resolvi voltar para casa, na verdade, me dirigi para a casa de meu namorado.

Pego o ônibus em direção a comunidade onde ele mora em uma vila de casas, não era muito distante de meu apartamento, onde moraríamos depois de casados. Aquele apartamento foi minha melhor aquisição. Desde que comecei a trabalhar e ainda vivia com meus pais, que eu juntei a maior parte de meu dinheiro para comprar algo que fosse somente meu. Depois de três anos juntando o dinheiro, pude dar uma bela entrada em meu apartamento e por sorte, havia acabado de quitá-lo há poucos meses.

Chego na vila com casinhas pintadas de amarelo, e quando abro o portão, vejo duas mulheres cochicharem e rirem ao me ver passar. Finjo que não vejo e continuo meu caminho. Não sei se é impressão minha, mas há mais pessoas olhando para mim.

Passo a mão na saia, será que ela subiu e estou mostrando mais do que devo? Não. A saia tá OK. Olho o sapato, OK. Olho a blusa, não está aberta ou suja. Pego o celular e me olho na tela escura como se fosse um espelho, também não está suja ou com a maquiagem borrada.

Começo a subir as escadas em direção ao segundo andar da vila, onde a casinha de meu namorado fica. Guardo o celular na bolsa e ao chegar na casa, abro diretamente a porta, ao mesmo tempo que a risada do lado de fora me atinge e um gemido dentro do apartamento me alerta.

Paro. Escuto. Mais um gemido, e então um grito. Não era um grito qualquer, era um grito de mulher e de uma muito satisfeita pelo som que lhe escapa da garganta e da frase que acompanha a seguir.

- Vai, gostoso! Isso, ah, soca mais.

Eu gelo, pois ouço seu urro em seguida. Nem fecho a porta para não fazer barulho, ando até seu quarto a tempo de vê-lo desabar em cima do corpo nu da vagabunda.

- Willian! - grito e seu olhar cansado e pele suada me atinge em cheio. Além da dor, tinha a humilhação.

Todas aquelas pessoas rindo do lado de fora. O cansaço e desinteresse que ele vinha apresentando ultimamente e sempre colocava a culpa no trabalho. Que fazia tudo sozinho, que era autônomo.

- Geo... vana?

- Não, sou a rainha da Inglaterra e vou mandar cortar a sua cabeça! - grito.

- Cala essa boca, garota - a outra fala - Não sabe bater na porta da casa dos outros, não?

Definitivamente, de todas as maneiras possíveis, hoje não é meu dia.

- Sai dessa cama agora, sua vadia. - Jogo as peças de roupa espalhadas pelo chão sobre ela, e começo a arrasta-la pelos cabelos.

- Ai, sua doida, me larga. - A idiota de cabelão liso e preto como o carvão sai da cama, mostrando a bunda dela, coisa que eu não queria ver.

- Enfia essa roupa e sai daqui, antes que eu a empurre pelada mesmo.

Ela me olha confusa e eu resolvo explicar para a doida o que estava acontecendo, porque eu cheguei a conclusão que a outra era só mais uma pobre coitada sendo enganada pelo safado do Willian.

- Ele é meu namorado, íamos nos casar. Ele não te disse, não é? É um safado e mentiroso!

Os olhos da outra lacrimejarem, o que me fez acreditar que minha teoria estava correta.

- Eu posso explicar, amor...

- Cala essa boca, Willian. Nem olha na minha cara, passa bem longe de meu apartamento e para de enganar as pessoas, isso é muito feio.

Não sei de onde tirei a calma.

Somente me virei de costas e escutei a outra saindo de seu transe de enganação.

- Quer dizer que você tem uma namorada, seu cachorro?

- Tem, não. Tinha! - corrijo, ao sair do cômodo.

Escuto os estalos da mão da outra na pele de meu ex-namorado e caminho na direção da saída.

- Espere, Geo, me escute.

Bato a porta ao deixar a casa e vi que a rodinha estava ainda maior do lado de fora, as fofoqueiras, todas elas sabiam que ele estava com outra em seu quarto. Por isso os cochichos e as risadinhas.

Passo por elas sem nem olhar, mas então vejo que seus olhos e risadas não estão mais voltadas para mim e sim para o alto, no segundo andar de onde saí há poucos minutos.

Pedaços de roupas caíam pela janela do quarto. Gritos masculinos e femininos se misturavam. A garota cortava suas camisas, calças, cuecas, meias... tudo... e jogava pela janela do quarto.

Atravessei o portão com a promessa feita a mim mesma de jamais pisar naquele lugar.

Ao chegar no ponto de ônibus, pego meu telefone e sinto o choque do momento passar, a dor começa a me invadir, a realidade começa a se assentar em meu peito e em minha mente e um soluço explode por minha garganta. Uma torrente de lágrimas ganha a liberdade, escorrendo por meu rosto, deixando minhas bochechas molhadas.

Ligo para Nataly que me atende de imediato.

- E aí, sortuda, qual a novidade agora? - Ela fala alegremente, pena que dentro de mim não há uma gota de felicidade neste momento.

- O Willian, Naty, ele estava me traindo... - falo sem conseguir controlar o choro. Agradeço aos céus por estar sozinha no ponto e o ônibus estar demorando a passar.

- O quê? Não acredito, aquele filho da puta não podia fazer isso com você. Onde está?

- No ponto de ônibus na frente da Vila que ele mora.

- Sai desse ponto, agora, vai para o outro mais a frente. Vou te pegar lá.

- Mas... e seu trabalho, Nataly? Não pode largar o seu salão, assim. - falo já andando para o outro ponto de ônibus.

- As meninas ficam aqui pra mim. Respira fundo, compra uma água e engole esse choro. Não chorou na frente dele não, né, amiga?

- Não, estava em choque demais pra isso.

- Ótimo, ele pode ir atrás de você e te pegar de cara inchada. Compra uma água gelada e lava a cara, bebe e se acalma. Em casa você chora tudo o que puder.

Balanço a cabeça concordando, mesmo sabendo que ela não pode me ver.

- Tudo bem - respondo.

- Ótimo, já estou saindo.

Escuto o barulho das chaves em sua mão, antes da ligação ser encerrada. Faço o que ela falou e compro uma água gelada de um senhorzinho que aparentou preocupação me perguntando se eu estava bem.

Jogo um pouco da água no rosto, mas percebo que é melhor colocar a garrafa mesmo. Seguro-a contra os olhos e bochecha e já sinto refrescar a pele que antes estava quente. Tento afastar da mente o que eu vi, pois sempre que me lembro uma lágrima teima em escorrer.

Alguns minutos depois vejo o carro de minha amiga chegar, um lindo sedan branco que ela batalhou para comprar. Um carro é o meu próximo objetivo, ou era, pois agora estou desempregada.

Ela abre a porta preocupada e vem até mim e me abraça.

- Vem, Geo, entra no carro.

Fiz o que ela pediu, suspiro fundo e conto o que vi. Ela me ouviu, chocada. Nem ela desconfiava de Willian. E eu já estava esquecendo de contar a ela o que mais de ruim aconteceu neste dia.

- E isso não é tudo.

- O que ele fez? Não me diz que ele te bateu?

- Não, Naty. Meu emprego. Contei ao Dr. Carlos sobre meu prêmio e sobre precisar de dez dias, ele disse para eu escolher entre meu emprego e o prêmio.

Ela me observou com seus olhos injetados de raiva.

- Ele não fez isso.

- Fez.

- Processa ele, Geo.

- Ele é advogado, eu posso tentar, mas será difícil. Eu assinei um monte de papel pra ele. Agora até penso em ligar dizendo que me arrependi da decisão.

Desanimada. Libero meus ombros para frente, totalmente derrotada.

- E desistir do seu prêmio, amiga?

- Sozinha, Naty? O que eu vou fazer em um cruzeiro sozinha?

- Conhecer um gato maravilhoso que também esteja sozinho.

Eu ri dela, nunca que em um cruzeiro luxuoso como aquele eu encontraria outro azarado como eu. Pego meu telefone.

- Sem chances, Nataly, eu não vou. Vou é ligar pro Dr. Carlos. Chifruda já é bem ruim, chifruda e desempregada é bem pior.

Ela pega meu telefone e joga no chão do carro.

- Você vai nesse cruzeiro, sim, e vai encontrar um boy lindo lá.

Eu não fazia ideia se Nataly tinha razão ou não, mas o fato é que eu acabaria dentro daquele cruzeiro.

***

Adrian

- Tem nada acontecendo - respondo tentando levantar o vidro do carro para despistar, mas Jade empurra o microfone para dentro do veículo.

- Nossa fonte garantiu que havia rombos misteriosos, como o senhor explica isso?

- Sua fonte está enganada. Agora, me dê licença, por favor.

Começo a avançar com o carro lentamente, tentando fazer as pessoas se afastarem.

- O senhor vai mesmo embarcar em seu cruzeiro para investigação?

- Não tem o que ser investigado, querida. Por favor, me dê licença.

Ela ainda tentou insistir, mas me desviei de toda forma possível, e consegui fechar o vidro e sair com o carro.

Balancei os ombros e a cabeça, afastando a tensão que se formava. Meu telefone tocou e era minha mãe, mas não queria falar com ninguém, precisava colocar minha cabeça no lugar e decidir o que eu faria agora. Afinal, meu plano foi descoberto, e de alguma forma a informação que deveria ser sigilosa escapou.

Ao chegar em meu apartamento, retiro a camisa e o sapato e vou para a minha área de treinamento. Gosto muito de luta, e socar o saco de bater é minha forma de extravasar o que estou sentindo e colocar a mente no lugar.

Enrolo uma faixa nas mãos e começo a socar e chutar o saco de bater. Sinto o suor escorrer conforme me lembro da conversa de hoje com minha ex-namora e a notícia sobre ser pai. A realidade me atinge como um soco no estômago.

Eu quero ser pai um dia, mas não com uma mulher com quem nem consigo dialogar mais. Uma mulher que me persegue, que quer saber cada passo meu. Ter um filho em meio a essa circunstância é algo que eu não queria, mas se for verdade, não há o que ser feito além de aceitar a criança e criá-la com todo amor que ela merece.

Já estou totalmente lavado de suor, o cós da minha calça já está umidecido e minha pele molhada brilha. Chego a uma conclusão quando estou exausto e meus músculos doem: preciso embarcar nesse cruzeiro, essa informação só vazou porque é de interesse de alguém. Como que a imprensa ficou sabendo do rombo e da minha viagem, mas não ficou sabendo da gravidez?

Giro o corpo dando um último chute forte e certeiro no saco de bater. Vou tomar uma belo banho já decidido sobre o que farei.

Quando saio de meu banho com apenas uma toalha enrolada na cintura, vejo que meu telefone toca novamente. Desta vez atendo, pois sei que depois ouviria um mundo de coisas.

- Fala, mamãe. Acabei de sair do banho e estou morto de fome - falo caminhando para minha cozinha e preparando um sanduíche.

- Fiquei sabendo que a Jade te cercou na saída do prédio, o que ela queria?

- Ela perguntou sobre o rombo e sobre a minha viagem.

- Mas não era segredo?

- Era, mas de alguma forma isso vazou. - Coloco o pão com queijo na sanduicheira para aquecer o pão e derreter o queijo. Amo.

- E agora, o que vai fazer?

- De que adiantaria, mamãe. Se eu embarcar todos os envolvidos já sabem, então, mudança de planos. Vou contratar detetives.

- Sério?

- É, mamãe, não tem jeito. A senhora teria uma ideia melhor?

Ela fica em silêncio por um tempo e então responde.

- Não, meu filho, eu não tenho - suspira fundo e eu a acompanho no gesto.

- Bom, mamãe, meu lanche está pronto. Vou comer que estou cheio de fome.

Ela dá uma risada e se despede.

Não sei se há escutas pela casa ou pelo escritório; pessoas infiltradas; falsos amigos... por tanto minhas ideias estão guardadas só para mim, e durante o restante da semana não falei nada com ninguém nem mesmo falei sozinho dentro de casa. Meus novos planos estão em total sigilo, desta vez quero ver alguém descobrir.

***

Com apenas uma mochila nas costas e roupas escuras e um boné, entro sorrateiramente junto aos funcionários que embarcariam no navio. O cruzeiro partiria bem cedo, por isso os funcionários estavam a bordo antes mesmo do Sol nascer, e com a escuridão, tudo fica ainda melhor para mim.

Peguei o crachá de um funcionário que estava designado a embarcar naquela madrugada e a intenção era entrar no navio como se fosse o rapaz. Escolhi um funcionário com características semelhantes as minhas, é claro: negro, alto, cabelos quase que raspados, corpo atlético. O funcionário escolhido recebeu uma promoção inesperada, sendo obrigado a comparecer ao RH para receber as devidas instruções naquela manhã.

Enquanto o funcionário estaria todo feliz recebendo a sua promoção, eu estaria embarcando em seu lugar.

Passo o cartão do funcionário e meu acesso é liberado. Estando dentro do navio, o desafio maior seria me manter no escuro sem que ninguém me notasse.

Começo a me afastar da multidão que embarcou comigo, todos foram para a área reservada aos funcionários. Aquele seria o último lugar para que eu pudesse me acomodar, me descobririam rapidamente.

Alguns poucos seguiram caminhos diferentes, mas logo eu estava sozinho na imensidão do navio que eu conhecia como a palma da minha mão. Me dirijo até a área destinada aos quartos e invado um deles. Antes de embarcar verifiquei os quartos não confirmados. Às vezes algumas pessoas acabam desistindo das viagens ou reagendando e os quartos ficam vagos, são poucos casos, mas acontece e, por sorte, havia um quarto não confirmado. O que não era garantia de nada, mas era uma chance.

Invado o quarto com o número 34B. Jogo a mochila no canto e inicio minha jornada de investigação, queria ver a sala da diretoria. Àquela hora não estaria ocupada.

O navio entra em movimento.

Entro de fininho na sala e com uma lanterna que havia levado, começo a mexer nos papéis do navio. Até o momento nada de errado. Isso é frustrante. Mas algumas coisas não dá para analisar assim, às pressas.

Pego meu celular do bolso e tiro fotos dos papéis de contabilidade, vou analisá-los um a um no quarto. A hora avança e alguém pode entrar aqui e me descobrir, nesse caso, fim da investigação.

Abro a porta devagar e olho aos arredores, ouço vozes, mas ainda estão distantes. Me apresso em deixar o cômodo e me dirijo para o quarto. A luz natural começa a entrar pelas janelas do quarto que em nada lembrava que estávamos em um navio, o quarto parecia mais como um quarto de hotel.

Me sento na cama e começo a analisar as fotos tiradas. Uma a uma eu passo as imagens. Analiso número por número e me frustro por ainda não encontrar nada.

Sinto que o navio ancora e deixo o quarto por medida de segurança, está na hora do embarque. Sei que o quarto não será ocupado, mas haverá movimentação intensa nesta área até que todos se acomodem e a primeira atividade inicie.

Como ainda quero investigar a despensa, onde os tais vinhos de duzentos mil reais devem estar, me dirijo para lá.

O tempo passa enquanto estou na parte da despensa que havia sido reservada como adega, analisando item a item, e devo ter passado tempo demais, pois a movimentação nesta área aumenta. Mas encontro as tais garrafas superfaturadas. Eram poucas entre outras de marcas diferentes e compradas a preços normais. Mas diante da descoberta fico sem saber o que fazer. Não posso retira-las daqui, também não faria diferença já que elas foram apenas um objeto para favorecer toda a falcatrua, mas é uma prova de que elas existem. Pego meu celular e tiro fotos das garrafas no exato momento em que ouço uma voz falar comigo.

- Ei, rapaz, pegue os sacos de batata.

Me viro e encaro o homem e me lembro que aqui eu sou só um funcionário e muitos não vão me reconhecer, pois deixei a barba crescer um pouco e estou usando lentes de contato e não os costumeiros óculos. Além das roupas simples que estou usando.

Respirando aliviado pelo homem não ter me reconhecido, não tenho outra alternativa que não seja atender ao seu pedido.

            
            

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