Capítulo 6 O nome errado

Algo líquido escorreu pela minha bochecha, e percebi que as lágrimas já eram evidentes. Então, decidi ir para o porão onde meu irmão estava e ficar com ele.

No entanto, quando cheguei à porta do porão, percebi que se Mike me visse assim, ele iria querer matar Nikolay, e em sua condição, isso só aconteceria ao contrário.

Então, fiquei no corredor, chorando como uma criança, sem me importar com mais nada além de liberar minhas emoções.

Devo ter adormecido porque, quando acordei, estava novamente em uma cama confortável, a cama dele. Pulei dela como uma mola.

Eu estava sozinha no quarto, mas não queria ficar ali. No entanto, como eu suspeitava, a porta estava trancada.

Chutei a porta como uma louca até que ela se abriu, e caí sentada no chão.

Nikolay estava novamente na minha frente, com um olhar frio e penetrante.

Levantei-me para ir até a cama e me encolher com o queixo nos joelhos, enquanto ele se virava para trancar a porta novamente, mas ficou dentro do quarto.

Seu rosto mudou ao me olhar, e ele me dedicou um gesto de arrependimento, que, é claro, eu não acreditaria. Virei o rosto para a janela, como se não houvesse um lugar melhor para olhar.

Fiquei um pouco assustada quando senti que ele se sentava na cama ao meu lado, e foi ainda pior quando ele acariciou a bochecha que minutos antes havia golpeado.

"Não me toque!" eu explodi de raiva, me encolhendo como um gato zangado.

"Lamento, Margaret. Não estou acostumado a lidar com mulheres," aquele tom condescendente novamente.

"Não acredito nisso! O que eu acredito é que você não está acostumado a ser negado por uma mulher!" eu disse o que pensava sem reservas, vendo-o pressionar com força a ponte do nariz.

"Não quero te machucar, Margaret," era claro que ele estava se segurando, "e odeio ser desafiado e mantido no escuro."

"Eu te odeio!" declarei com raiva.

"Sinto por ter te machucado," ele continuou como se eu não tivesse falado, "trouxe uma pomada que ajudará a reduzir o inchaço."

"Agora você tem remorso de consciência?" retruquei ironicamente.

"Não," ele disse seriamente, "preciso que você esteja bem para amanhã; você terá outro trabalho."

Eu nem sabia por que estava falando com ele ou permitindo que ele ficasse tão perto, mas me lembrei de Mike. Quando tudo isso acabasse, eu provavelmente odiaria muito meu irmão por todo o sofrimento que ele estava passando por causa dele.

Peguei a pomada e me afastei dele para me trancar no banheiro. Depois de um tempo, ouvi a porta sendo trancada novamente, e saí.

Eu estava sozinha, e havia um novo e sugestivo vestido sobre o sofá com um cartão. A lareira estava acesa.

Eu realmente não conseguia entender Nikolay. Ele havia me tratado terrivelmente, até mesmo me batendo. Não importa o quanto eu o provocasse, se ele fosse um homem de verdade, não teria me batido; teria controlado seus impulsos.

Eu nem sabia por que me senti tão mal com a rejeição dele, e agora não entendia por que ele estava se comportando um pouco melhor, embora eu supusesse que fosse remorso.

Isso me fez perceber que o inferno acabara de começar para mim.

...

Saí do quarto, certificando-me de que Margaret não escapasse.

Eu me sentia muito mal pelo que tinha acontecido; sabia que tinha cometido um erro. Mas quando ficava nervoso, fazia e dizia coisas que não deveria.

O que mais me incomodava era a virgindade dela. Eu não conseguia acreditar que uma mulher tão bonita fosse virgem, mas eu tinha confirmado fisicamente.

Isso me frustrava porque eu gostava de ser mais agressivo com as mulheres, e já fazia muito tempo desde que eu tinha estado com qualquer mulher. Para ser honesto, desde que pedi aos meus homens para vigiá-la. Quando vi as fotos dela, ela me atraiu.

Agora eu tinha que engolir a vontade. Se ela era virgem, as coisas mudavam, incluindo nas missões. Bem, isso e uma experiência ruim que tive no passado que me impedia de levar as mulheres a sério.

Mas ela me desafiou, até mesmo na frente de Fernando. Talvez fosse uma boa ideia passá-la para o meu amigo, já que ele não seria tão estúpido para desperdiçar um corpo feminino.

Eu precisava desabafar de alguma forma, então procurei um número de telefone na minha agenda.

Quando encontrei, disquei, e meu amigo Dimitri, que era dono de um clube, atendeu. Graças a ele, eu tinha ganhado muita experiência sexual, já que as garotas que trabalhavam lá eram realmente boas no que faziam.

Quando contei a situação para meu amigo, ele recomendou uma de suas garotas. Jennifer era uma mulher bonita, de curvas voluptuosas, cabelos pretos e olhos azuis. Ela saberia como me satisfazer.

Então, aceitei a proposta e combinei de encontrá-lo com Jennifer em meia hora.

Antes de sair, dei algumas instruções aos meus guardas, e depois disso, peguei um dos meus carros, o mais simples que encontrei entre minha coleção automotiva na garagem, e segui para o clube do meu amigo, onde cheguei pontualmente.

Dimitri e Jennifer estavam me esperando. Ambos me cumprimentaram com um sorriso no rosto, e a mulher não demorou a se agarrar ao meu braço. Depois de discutir alguns assuntos com Dimitri, segui a mulher até um motel próximo, pronto para desabafar.

"Fazia muito tempo que você não me procurava, Nikolay", ela disse com um tom brincalhão.

"Eu estive ocupado."

"Então, esta noite, vou te ajudar a relaxar", o sorriso lascivo dela começava a me afetar.

Jennifer estava vestida apenas com lingerie, mas a tirou para se sentar sobre mim. Quando a tive em cima de mim, acariciei seu corpo com a brutalidade que eu gostava de usar com uma mulher.

Ela apenas gemia, fazendo-me ficar duro rapidamente.

Beijando e mordendo meu pescoço enquanto tentava tirar minha roupa. Quando ambos estávamos completamente nus, ela começou a cavalgar em mim com ferocidade, me enlouquecendo.

Não demorou muito para eu ficar por cima dela e tomá-la como um selvagem; eu realmente precisava desabafar. Mas cometi um erro grave. Quando ambos chegamos ao clímax, não pude deixar de dizer um nome...

Margaret.

Jennifer se afastou do meu corpo, olhando para mim com estranheza.

"O que você disse?"

"Desculpe, Jennifer. Eu precisava desabafar porque há uma mulher que me rejeitou", confessei desconfortável.

"Essa mulher é estúpida", ela declarou com desdém.

"Não, Jennifer", eu balancei a cabeça, "essa mulher me odeia, e ela tem razões muito poderosas, mas eu vou mudar isso."

"Cuidado, porque quem brinca com fogo pode se queimar", ela levantou um dedo como um aviso.

"O que você quer dizer?"

"Você pode se apaixonar", ela disse como uma sentença de morte.

"Isso nunca vai acontecer, Jennifer", eu disse com uma testa muito franzida.

Eu estava certo das minhas palavras; eu não confiaria em uma mulher novamente, não abriria meu coração, e estava determinado a provar isso a quem quer que seja.

Deixei um monte de notas sobre a mesa, me vesti e voltei para casa.

Eu não podia acreditar que eu tinha falado o nome de Margaret enquanto atingia o clímax, mas brincar com ela e conseguir sexo não me faria me apaixonar, certo?