O melhor amigo do meu pai
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Capítulo 6 Razões para não pensar

Ela se arrependeu imediatamente de pensar nele desse jeito, quando ouviu a voz dele vir de um canto perto do para-peito "É linda a vista daqui, vem cá" Ela sentiu como se tivesse despertado de um sonho, mas ainda estava num lugar encantado, andou até o homem que estava debruçado em um pequeno para-peito de vidro temperado e trepadeiras, mas parou antes de chegar na borda "Não fico muito confortável em chegar tão perto da borda de um lugar tão alto" A vista de Back Bay era estonteante.

Ele sorriu pra ela e ela notou o pôr-do-sol no horizonte então catou o celular no bolso e fez uma foto dele, que sorriu mostrando uma desinibição que ela não esperava "Eu não tenho medo de altura, isso seria irracional, eu tenho medo da queda" Ela se explicou enquanto se afastava um pouco mais da borda, ele gargalhou da gracinha e estendeu a mão pra ela "Vem cá, quando você vir o que eu estou vendo não vai ter medo de cair".

Tantas coisas passaram na cabeça dela nesse momento que ela quase estendeu a mão por instinto, - mas, antes de pegar a mão dele ela voltou a si e deu uma tapinha mão dele - "talvez da próxima, acho que fico satisfeita com o jardim aqui em cima".

Matt balançou a cabeça decepcionado, mas entendeu, voltou pra perto dela "me deixa ver a foto?" Ela sorriu pra ele e mostrou a tela do celular. "Posso te enviar se você quiser". Ele tomou um último gole da garrafa que estava na mão dele e sorriu ao dizer "Essa é pra você, pode ficar.". Tônia olhou meio confusa e perguntou "você tem certeza de que não quer? Está muito boa.".

Os olhos dele saíram da tela do celular direto para os olhos dela "É eu sei, mas não sou tão narcisista assim, se você não quer você pode apagar.".

Ela olhou a tela mais uma vez e guardou o telefone. De longe ele viu o que ela fez, mas agiu como se não se importasse. Só que ele sabe que acabou de ganhar um ponto, e ele se sentia estranhamente feliz com isso. "Vamos, eu tenho que te mostrar o resto da casa e te falar de algumas regras". "regras?" "Sim! Não são muitas, mas se vamos morar aqui é necessário que a gente se entenda, não acha?" Tônia observou o tom autoritário e imediatamente se recompôs, como se tivesse levado uma bronca de um professor "Sim, senhor. vamos às regras."

O tom debochado não o irritou, mas ele entendeu que ela não gostou e soltou um riso de aviso "Não é o que você está pensando, calma", ele limpou a garganta e continuou "É só que nunca estou em casa, mas recebo coisas como documentos da empresa" ele apontou para uma caixa em cima do aparador, "Às vezes a minha assistente aparece por aqui, também temos uma faxineira e algumas outras coisas básicas, relaxa, não vou te obrigar a fazer a sua cama ou comer os vegetais. Eu não sou o teu pai."

Tônia o seguia de volta ao apartamento, o cômodo que dava acesso ao terraço era um escritório bem organizado, que ela ficou surpresa ao saber que ele não usava, "Aqui é onde você pode estudar e trabalhar, não recomendo comer, mas às vezes eu vou passar aqui, só para ir ao terraço".

Ah, e temos Elisa, ela é a minha..." ele parou por um momento e pensou coçando a parte de trás da cabeça "Bem, é como uma governanta, ela mantém as coisas funcionando aqui durante a semana, então, se você precisar de alguma coisa, é só dizer a ela.

            
            

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