O melhor amigo do meu pai
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Capítulo 7 As regras da casa

Ela pensou no escritório do terraço e notou que tudo estava em perfeita ordem, uma estante com muitos livros e uma escrivaninha com uma cadeira confortável e o espaço era gigante, também tinha um frigobar e uma mesa de sinuca.

"Você vai muito ao terraço?" - ele sorriu pra ela e respondeu - "Eu não fico muito no apartamento, mas eu o comprei basicamente pelo projeto desse terraço, é o meu lugar favorito na casa" ela olhou pra ele com descrença, ela poderia jurar que o terraço não era coisa dele, mas estava errada.

"Eu também iria muito ao terraço" - ele interrompeu na metade da frase - "se morasse aqui?" Com um sorriso bonito "Bem, agora você mora e sinta-se a vontade pra ir onde quiser exceto dois cômodos".

Tônia não estava esperando restrições explícitas como 'cômodos que você não pode entrar', mas o Matt continuou - "O primeiro é o meu quarto, é o meu espaço e é bastante pessoal, tanto na organização quanto nos meus objetos, só gosto de manter as coisas no lugar, e isso vale para o meu escritório, ambos estão no andar debaixo, não tem muito que fazer por lá, mas se bater a curiosidade um dia eu te mostro.".

Ela o observou com um sorriso travesso no rosto e "Você falando assim já me deixou curiosa" - ele sorriu e perguntou - "você quer ver o meu quarto, não quer?" havia um lampejo de expectativa nos olhos do homem - Ela queria sim, mas não se sentia confortável para admitir isso - "Não, mas se um dia eu quiser, eu aviso." E assim ele encerrou a conversa.

Depois de se instalar e ouvir um pouco mais sobre a casa e sobre Elisa, Tônia sentiu sono. Matt deu a ela um conjunto de chaves e as senhas das trancas eletrônicas. Ele se virou e deixou que ela fosse sozinha para o quarto.

Antes de sair para o trabalho Matt se certificou de explicar a Elisa sobre Tônia, ela não era uma simples hóspede, mas vai provavelmente se sentir assim, então ela pode parecer introspectiva, mas ela só precisa se acostumar. "Elisa, vou deixar um bilhete dizendo que ela pode te dar uma lista de compras. Ela pode pedir o que quiser".

Elisa notou o sorriso no rosto dele enquanto ele escrevia o bilhete, e o tempo que enrolou pra sair de casa. No trânsito ele se recusava a admitir que ver a filha do melhor amigo mexeu com ele mais do que deveria. Estar esperando ela acordar era o motivo dele estar preso no trânsito, e o motivo dele estar atrasado para uma reunião. Então ele deveria focar que no que importa, ela é uma menina e é filha de um dos seus melhores amigos, 'fora dos limites' era um eufemismo.

Tônia não acreditou quando Matt disse que provavelmente eles se encontrariam muito pouco, mas a verdade é que às vezes ela saia e ele ainda não tinha levantado, e quando ele chegava, ela já estava dormindo, além disso, muitas vezes ele ficava entre o quarto e o escritório, ambos no andar de baixo, durante as primeiras semanas eles conversavam via bilhetes que ele deixava debaixo da porta dela tipo: "deixe uma lista do que quer comer na geladeira, Elisa se encarrega das compras da semana, lembre-se que pode pedir o que quiser. Isso é importante." ou "Natalie vai passar em casa para pegar alguns documentos, sendo assim não se assuste se encontrar uma loira de óculos quando chegar, ela tem uma chave, pode confiar nela".

Tônia, ria dos bilhetes escritos a mão, eles tinha um celulares, mas ele nunca mandou ou respondeu uma mensagem, nem sequer fez uma ligação desde o dia que ela chegou. E ela continuava guardando os bilhetes num pote, para ver até onde ele iria. O último dizia "Você tomou toda a minha cerveja, já pode começar a pedir a sua, ou pedir a minha marca, não tem problemas pedir, a Elisa tem autorização para comprar qualquer coisa - deixa a minha cerveja em paz". Ela conseguia ver o sorriso dele escrevendo 'Deixe a minha cerveja em paz'

Tônia também andava bastante ocupada, entre o início do semestre e o namorado indeciso, ela não se preocupava demais com o seu anfitrião. Em poucos dias o quarto já estava ficando com a cara dela, mas, ela não conseguia se acostumar com o tamanho daquele quarto, e, além disso, fazia ela se lembrar do quarto na casa do interior e sentir saudades de casa.

Mesmo o do apartamento sendo muito maior, já começava a parecer um lar, e diferente do apartamento dos pais dela, esse como o da casa no interior tinha um banheiro, com uma banheira, e ela adorava aquela banheira.

            
            

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