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UM RIO E SUAS MARGENS.
Estar a margem de um rio, olhar sua imensidão que corre livre sem ter trilhos, que dispara em linhas curvilínea, h, e, jamais sobe... só desce, e desce, as veses tão lânguido tão plácido, humildemente, contornando, escorrendo, deslizando, por veses tão tranquilo, acarinhando o caminho, abraçando arvores, passando por entre pontes, beijando suas margens qual amoroso enamorado, transpondo obstáculos, invadindo campos, vales, lutando pra escalar colinas, levando em seu regato, vidas, vidas, vidas..
Mas...
Em outras veses, tão veloz e bruto, estrondoso em suas ribanceira, sem deixar nada lhe parar, abrupto, ligeiro, e sem pedir licença, vai invadindo vales, campinas, descendo pelas ladeiras, levando sem piedade, tudo que tenta lhe fazer frente, adentra por entre casas, barracos, arranha-céus, sem pudor, sem remorsos, sem culpas...
Mas em determinado ponto, não adianta tanta braveza, uma lagoa lhe represa, e toda aquela robustez mais que de repente, lhe é estancada toda pressa, e o constrange a se acalmar e por um tempo ali ficar e, tranquilo suas águas a deslizar, até que ele aprenda, que tem tempo pra tudo, até pra um rio, turbulento se acalmar!!!
Assim é um rio.
Assim é a vida..
E assim é o amor!!!
Autora (CuliArteira)