Capítulo 9 UM DIA ASSIM...

UM DIA...

Um dia normal, meio que sem sal, tipo uma com pintura a cal, aquele que nao faz mal, mas que dá um acabamento meio que superficial...

Um dia meio que legal, sem ser formal, assim, meio que de tergal, que se passar o ferro quente, vai se derreter, enrugar, fenecer, se perder sem nem começar ...

Um dia feliz, riscado a giz, mas nao de cera, e que, se assoprar, se espalha pelo ar, se vai tao rapidinho, nem se da conta tempo de aproveitar e tão rápido se vai, se esvai, se mistura no ar ficando só o pó da sensação, se acentuando em todo lugar, denunciando sua ação tão frugal..

Um dia triste, que nasceu fechado, com o céu acinzentado, que deixa tudo esfumacado, nublado, com sintoma de machucado, daqueles que vem de um tombo inusitado, deixando, te deixa com partes ralados, doendo...

Um dia de sonhos sonhado, de prosas atropeladas, de risos suspensos na face, de olhares capazes de ir fundo na alma, trazendo a tona, o gosto de um tempo passado, que ja nao tem tanto gosto, mas só pela lembrança, de voltar a ser criança, de rodopiar, dançar, se esbaldar pois, um dia é um dia e, se vai... nao volta mais...

Autora: (culiarteira)

            
            

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