Capítulo 4 4. As visitas e as regras

Na quarta-feira após o serviço, Aymeé tratou de visitar três quartos que viu em um anúncio em uma rede social. Por ter sido encontrado assim, pediu ajuda de Fábio e Clara para a acompanharem.

Chegando ao primeiro endereço, logo o trio viu que a estrutura da casa, deixava a desejar. Mas mesmo assim, como Clara havia dito, precisa coletar o máximo de informação para montar suas regras e valores dos quartos.

Ao entrarem, a casa tinha cheiro de meia suja. Nada agradável. Era uma espécie de pensionato e a maioria dos rapazes que ali moravam, faziam faculdade e era de um time de futebol amador. Os quartos não tinham muito espaço e era ocupados por beliches e um roupeiro enorme. Onde cada porta, tinha cadeados por pertencer a um morador do local. A cozinha estava mãos ou menos, mas cada um fazia a sua comida e como não tinha empregada, cada um fazia a limpeza do local. Inclusive tinha a escala de cada rapaz para cada coisa: fulano varria, Sicrano lavava as louças, Beltrano recolhia o lixo... foi interessante esse ponto. Quanto ao valor, cada quarto saia em média a R$ 300 para cada rapaz e quanto a comida, cada um comprava para si.

O segundo quarto era mais organizado. Oferecia um tipo de serviço de quarto e a casa era muito cheirosa. Tudo tinha seu horário e as regras estabelecidas ficava pendurada em quadros em cada quarto. Não havia como alguém dizer que não sabia disso ou daquilo.

A casa era habitada por homens e mulheres que trabalhavam em um dos prédios. Logo se via que eles só iam mesmo dormir.

Quanto aos quartos haviam duas opções e com ela seus valores: quarto single custava R$ 800. Quarto duplo custava R$ 500. A casa possui em média 8 quartos e pensava em comprar outro espaço para aumentar a oferta, pois ultimamente muita gente havia sido contratada e o novo negócio era para quartos singles apenas. Aymeé, Fábio e Clara anotavam tudo e quando saiam, conversavam entre si no carro.

O último quarto, era simples. Parecia casa de família, o que de fato era. O casal alugava 4 quartos da casa. Os filhos haviam casado e os escritórios de ambos estavam disponíveis também. O casal morava ali, mas tinha uma outra casa pra receber os filhos e suas famílias.

Nesse cada quarto tinha um beliche. Havia serviço de quarto ou não. Havia uma cozinha ampla que ficava à disposição do inquilino comprar sua comida lá ou trazer de fora ou até mesmo fazer lá mesmo. O casal era acolhedor e aquilo ocupava o tempo, já que ambos eram aposentados. Filhos criados a forma de preencher a mente foi alugando os quartos da casa. Sempre tinha gente nova e quem saia, sempre vinha visitar.

O valor do quarto era de R$ 350 para quem não queria serviço de quarto e R$ 400 para quem o desejasse. Isso não contava com a alimentação.

De posse de todas as informações e com cópias das regras, os amigos foram pra casa de Aymeé pra ajudá-la a montar os preços e as regras. Ficaram até tarde da noite montando tudo, quando por fim, as regras estavam prontas.

- Uma obra de arte! Falou Fábio.

- Acho que está muito bom. Tomara que não tenha nenhum erro para minha mãe alterar e nem que tenha algo contra a lei. Falou Clara

- Cara nunca pensei que esse tipo de coisa desse tanto trabalho. Você precisa analisar cada coisa que te irrita e o que a outra pessoa possa ter ou ser. Mas acho que valeu a pena. Agora é com vocês meus amigos.

- Vou mandar agora pra minha mãe. Amanhã ela já nos dá uma posição. Se tudo estiver certo, já pode montar o anúncio para divulgação.

- Se o inquilino quiser fechar comigo, compro a cama imediatamente e um roupeiro também. Disse Aymeé

- Mas você disse que estava sem grana?!? Essas coisas custam muito. Falou Fábio.

- Meu amigo, tem uma loja de móveis usados, já olhei o site de lá e vi que tem camas boas. E tem colchões novos lá. Que são baratos. Como no quarto da frente tem alguns móveis de escritório, poderei trocar com eles. E pagar o mínimo possível ou talvez nada. Depende da avaliação.

- Garota, você é esperta. Antenada das coisas.

- Ah Clara, eu sempre tento achar oportunidades em quase tudo o que passo na vida.

- Então, por hoje é só. Preciso dormir, amanhã tem trabalho cedo. Disse Fábio

- Eu também. Foi muito legal hoje.

Os amigos se despedem com a esperança de tudo o que está no papel se tornará um contrato lucrativo.

Aymeé entrou e ficou olhando tudo o que havia no papel, pedindo à Deus que aquilo que d. Paulina havia dito, acontecesse:

- Que aqui só entre gente de bom coração. Do contrário não ficará.

A noite passou rápida, assim como o sono que veio para Aymeé.