Capítulo 5 5. Tenho boas notícias!

Já era por volta das 15h, Aymeé encerrava o expediente e já se arrumava pra ir pra casa. Ansiedade a mil, pois até o momento nem Clara e nem Fábio haviam dado notícias ou respondido a suas mensagens.

Após andar alguns minutos, chegará na rua de casa e percebeu um carro parado. Era o de Fábio. Logo ela pensou: Ele não perde essa mania de chegar sem avisar. Que loucura!

Chegando na porta de casa, estava o casal e Clara saiu do carro já abraçando Aymeé.

- Uhuuuu! Minha mãe aprovou o contrato. Minha mãe aprovou o contrato. Pulava e cantava Clara.

- É sério?!?

- Claro que é fujona! Olha o contrato redigido pelo escritório da minha sogrinha?!?

- Teve algumas alterações, coisa pouco mesmo. Mas algo que vai te beneficiar. Quero que leia e hoje mesmo eu faço o anúncio pra você. Você sabe que eu sou analista de marketing, né? Falou Clara

- Verdade! Exclamou Aymeé. - Eu não lembrava disso.

Mas entrem, por favor. Vamos comemorar.

- Aymeé, onde tem aquele lanche delicioso que você comprou no sábado?

- É uma padaria, aqui pertinho. Vocês querem ir lá?

- Vamos sim! Até porque quando viermos na sua casa já trazemos logo algo gostoso para comer. Disse Fábio.

Os amigos seguiram para a padaria, por ser próximo da casa, foram andando, conversando e rindo. Ao chegar lá, uma rápida lembrança de dias atrás quando foi a primeira vez e olhou a mesa que havia estado na primeira vez vazia. Logo que escolheram seus lanches, foram sentar na mesa escolhida. Aymeé parecia procurar algo, mas o casal nem se atentou. Naquele horário a padaria era movimentada e muita gente que trabalhava pelas proximidades ia fazer alguma refeição por lá. Aymeé percebeu um quadro de aviso, que todos os clientes sempre viam e falou pra Clara: - Ali será o primeiro lugar que divulgarei o aluguel!

- Sim amiga, excelente lugar. Pude ver que aqui é sempre movimentado.

A atendente que falou de Renato com Aymeé na primeira vez, foi a mesa dela novamente. Ela quis perguntar por Renato, mas aquilo seria algo improvável, devido ao fluxo de clientes ali.

- Moça, er... eu...

- Pois não como posso ajudá-la?

Olhando a bandeja em sua mão, disse:

- Ah, queria saber se tinha pedido mesmo café. Estávamos eufóricos e não lembrava.

- Ô, não se preocupe. Eu tenho uma memória de elefante. Sempre lembro do que os clientes pedem. Mesmo que tenha sido uma vez.

- Sério isso?

- Sim senhora! Inclusive lembro do sábado que a senhora veio a primeira vez. Dividiu a mesa com o senhor Renato.

Para surpresa de Aymeé, ela lembrava do momento. E aproveitou o gancho:

- Ah... por falar nele... ele tem vindo aqui?

- Veio sim...

Mas antes mesmo dela terminar, o gerente a chamou.

Fábio fazendo de conta que não ouviu nada continuou olhando a paisagem com Clara.

- Vou ao banheiro rapidinho. Falou Clara.

- Não demora, senão vai esfriar... falou Fábio.

- E esse Renato, quem é?

- Não se preocupe, você o conhece.

- Renato? Não conheço nenhum Renato.

- Você está igualzinho a mim... Não lembrando dele.

- E eu deveria?

- Kkkkkkk fiz essa mesma pergunta quando ele veio dividir a mesa comigo.

- Dividiu a mesa... só isso?

- Para com isso garoto!

Eles estavam descontraídos, quando entra na padaria Renato.

Estava vindo de um intervalo do serviço, todo de terno e gravata com uma mochila executiva nas costas. Pediu o de sempre e quando ia se sentar, olhou Aymeé com Fábio e resolveu não interromper e nem ficar por ali. Pediu pra levar o lanche e saiu da padaria. Aymeé nem percebeu. Assim que Renato saiu, Clara retorna à mesa e se senta ao lado do namorado. Aymeé ainda olhando a janela e o movimento na rua, olhou um rapaz que parecia com Renato. Mas estava todo arrumado, não lembrava aquele rapaz que conhecera com sua calça jeans, tênis velho e camiseta de algodão.

- Clara, deixa eu ver se você tem memória boa... Você lembra de Renato?

- Rebato?

- Isso, Renato.

- Pra você perguntar assim, ele já esteve próximo a nós...

- Sim... e se você o olhar agora, nem vai reconhecer...

- Espera aí... disse Fábio. - No cursinho tinha um rapaz chamado Renato.

- Renato Carvalho? Esse? Perguntou Clara.

- Isso mesmo!

- Como assim, você encontrou esse cara? Soube que desde o resultado do vestibular, o pai dele mandou ele para outro estado e ele morou até no Estados Unidos. Fábio relatava o que tinha ouvido.

- Sim, eu também soube disso. Mas conta como foi? Clara estava curiosa.

- Foi justamente no sábado passado. Estava nesta mesa e de repente alguém pedi pra dividir a mesa comigo. Ele estava todo sorridente e eu sem reconhecê-lo. Foi um mico!

- Ah, mas ele deve ter dito quem era, né? Fazem o quê? 10 anos tudo isso.

- Sim, quando que eu poderia pensar que ia encontrar esse garoto de novo. Aliás, garoto não. Um homem é ele está lindo!

- Ahan, ahan, ahan... pigarreou Fábio. - Vamos mudar o rumo da conversa?

- Meu amor, você é lindo também.

- Seu chato! Só a Clara pra achar isso.