Capítulo 2 Uma conversa agradável

Dimitre e Ashura continuaram conversando na taverna, apesar da rudeza inicial de Ashura. Enquanto Ashura bebia, ele começou a compartilhar histórias de suas aventuras como pirata espacial, descrevendo os planetas exóticos que visitou, os tesouros que saqueou e os inimigos que enfrentou. Aos poucos, a barreira entre eles começou a se dissipar, e uma camaradagem improvável começou a se formar.

Entre goles e sorrisos, Dimitre falou para Ashura:

- Você realmente viveu uma vida cheia de emoções.

Ele deu um bom gole em sua cerveja e continuou o que estava falando:

- Viajar pelo espaço, enfrentar perigos... É algo que a maioria de nós só sonha em fazer.

Ashura, um pouco embriagado, respondeu com certa dificuldade:

- Há, você não faz ideia, amigo. Mas me diga, o que um homem elegante como você está fazendo nesta parte do mundo?

Com uma leve risada, Dimitre respondeu:

- Oh, a vida nos reserva surpresas, não é mesmo? Vim em busca de conhecimento e aventuras. Parece que encontrei ambos.

Ashura olhou em volta da taverna e comentou:

- Sabe, essa não é a parte mais amigável do mundo. Tem que ter cuidado por aqui.

Soltando uma leve gargalhada, ele ironizou:

- Acho que deu pra perceber, agradeço por aparecer e me ajudar naquela situação.

Ashura respondeu enquanto levava a cerveja até a boca:

- É, bem, parecia divertido. E você pagou minha bebida, afinal.

Conforme a conversa avançava, Ashura revelou que seu capitão estava temporariamente ancorado nas proximidades, aproveitando uma pausa entre saques. Ele também mencionou que sua tripulação era um grupo variado de indivíduos, cada um com suas próprias habilidades e segredos. A história de Ashura foi cativante, e Dimitre percebeu que, apesar da aparência intimidante, o pirata tinha suas próprias complexidades.

Com um ar de curiosidade, Dimitre perguntou:

- E como você e sua tripulação acabaram aqui, em meio às montanhas?

Ashura respondeu de maneira direta:

- O capitão disse que precisávamos de um descanso. Acho que ele queria evitar problemas maiores em algum planeta distante. É bom ter uma pausa de vez em quando.

Enquanto imaginava como deve ser a vida de um pirata espacial, o jovem continuou a conversa:

- Com certeza. Às vezes, uma pausa é exatamente o que precisamos para recarregar as energias e seguir em frente.

Enquanto Ashura continuava a beber, ele falava com menos rudeza e mais abertura. Dimitre percebeu que por trás da fachada intimidante estava um homem que valorizava a lealdade e a camaradagem, coisas que talvez ele próprio buscasse em sua jornada. À medida que a noite avançava, a inesperada amizade entre Dimitre e Ashura se solidificava, revelando que a verdadeira essência das pessoas nem sempre estava à vista na superfície. À medida que a noite avançava e as histórias fluíam, a relação entre Dimitre e Ashura se fortalecia. O pirata espacial revelou mais de sua personalidade, demonstrando uma inclinação surpreendente para a camaradagem. Quando a conversa se aproximou de um ponto natural de pausa, Ashura olhou para Dimitre com um sorriso.

- Sabe, acho que meu capitão ficaria interessado em conhecer alguém como você. - comentou Ashura com um sorriso entusiasmado.

Surpreso, ele respondeu: - Sério? Você acha?

- Claro! - retrucou Ashura. - Não é todo dia que encontramos alguém com sua aparência e habilidades por aqui. Além disso, ele gosta de novos rostos.

- E onde ele está? - também entusiasmado, Dimitre questionou.

- O navio estava ancorado na periferia da cidade. Não era difícil de encontrar. Se você quiser, eu posso te levar até lá amanhã - respondeu Ashura com um sorriso no rosto.

- Acho que adoraria conhecer seu capitão. E quem sabe, talvez ele tenha algumas histórias fascinantes para compartilhar. - dando um sorriso comentou Dimitre

- Tenho certeza de que ele tinha, e confie em mim, você iria adorar o navio. - confirmou Ashura acenando a cabeça.

Conforme a noite chegou ao fim, Dimitre e Ashura decidiram descansar para o dia seguinte. Enquanto Dimitre se dirigia ao local onde estava hospedado, ele percebeu que, por trás da fachada bruta e intimidante de Ashura, havia um senso de lealdade e uma noção de amizade genuína. Dimitre aguardou com expectativa o encontro no dia seguinte, ansioso pela oportunidade de conhecer o capitão de Ashura e talvez descobrir mais sobre o mundo e as aventuras que aguardavam.

Dimitre acordou tarde, sentindo os efeitos da noite anterior. Ele se lembrou das histórias compartilhadas e da camaradagem que surgiu entre ele e Ashura. Enquanto se espreguiçou e coçou a cabeça, percebeu que a hora do dia estava mais avançada do que esperava.

ele se senta na cama e suspira enquanto pensa com sigo mesmo: "Parece que dormi um pouco além do normal. Talvez tenha sido a conversa empolgante da noite passada."

Enquanto ele se levantava, lembranças da noite anterior voltaram à sua mente. Ele recordou os dois barris de cerveja e as garrafas de whisky que foram consumidos. O pensamento o fez sorrir, lembrando das risadas compartilhadas com Ashura.

Mas uma coisa o intrigou, apesar da quantidade que bebeu, Ashura não pareceu tão embriagado quanto se poderia esperar.

ele continua seu pensamento enquanto se levanta da cama: "Acho que Ashura tem uma resistência impressionante à bebida. Afinal, ele não estava cambaleando nem nada do tipo.

Enquanto ele se prepara para o dia, Dimitre não pode deixar de se perguntar sobre o que faz Ashura ser tão resistente aos efeitos do álcool. Será que havia algum segredo por trás disso?"

Claro, aqui está o texto reescrito em um estilo de romance:

À medida que a noite cedia espaço à madrugada, Dimitre e Ashura decidiram que era hora de descansar para enfrentar o novo dia. Enquanto Dimitre se dirigia ao local onde estava hospedado, sua mente estava repleta de pensamentos sobre o encontro que o aguardava no dia seguinte. Ele esperava ansiosamente a oportunidade de conhecer o misterioso capitão de Ashura e desvendar os mistérios que o aguardavam no horizonte.

Dimitre acordou na manhã seguinte, sentindo os efeitos da noite animada que compartilhara com Ashura. Enquanto se esticava na cama e coçava a cabeça, ele percebeu que o dia já estava bem avançado. Uma sensação de atraso o dominou, e ele pensou consigo mesmo: "Parece que dormi um pouco além do normal. Talvez tenha sido a conversa empolgante da noite passada."

Conforme se levantava e recordava as risadas compartilhadas com Ashura, uma coisa o intrigava. Apesar da quantidade generosa de bebida consumida na noite anterior, Ashura não parecia tão embriagado quanto se esperaria.

A curiosidade começou a crescer dentro de Dimitre, e ele decidiu que, quando tivesse a oportunidade, faria algumas perguntas para entender melhor o mistério que envolvia o intrigante pirata espacial.

Enquanto Dimitre refletia sobre suas finanças e como gastara suas moedas de ouro na noite anterior, ele percebeu que precisaria ser mais cuidadoso em suas decisões enquanto navegava por terras desconhecidas. A experiência com os ladrões o lembrara da importância de tomar decisões criteriosas.

Dimitre partiu em busca de Ashura e, após algum tempo, o encontrou. Ashura, com uma expressão séria, colocou uma capa sobre ele e fez uma pergunta direta e ameaçadora sobre sua identidade.

- Ashura, o que está acontecendo? Por que a pergunta tão séria? - Dimitre perguntou, confuso e um pouco assustado.

Ashura olhou atentamente para Dimitre com seriedade.

- Quem é você, de verdade? E não pense em me enganar dessa vez.

Dimitre percebeu que Ashura parecia nervoso, quase alarmado, e a tensão no ar era palpável. Enquanto ponderava sobre como responder, observou o semblante preocupado do pirata espacial.

- Meu nome é Amrik, mas me apresento como Dimitri. Eles devem ser homens da minha família, acho que meu pai enviou alguém atrás de mim. - Dimitre respondeu, gaguejando um pouco.

Ashura continuou a interrogá-lo.

- E por que eles estão atrás de você?

Dimitre explicou sua situação:

- Eles não queriam que eu me tornasse um aventureiro. Tinham outros planos para mim, queriam que eu fosse um peão em suas ambições.

A conversa prosseguiu, revelando que a vida de Dimitre estava repleta de desafios e dilemas familiares. A amizade entre ele e Ashura estava apenas começando, e o futuro estava cheio de incertezas à medida que ele se aventurava no navio do capitão.

Ashura permaneceu em silêncio por um momento, avaliando as palavras de Dimitre. A tensão pairou no ar e Dimitre percebeu que precisava lidar com a situação cuidadosamente, pois Ashura parecia ser a única pessoa em quem podia confiar naquele momento de incerteza.

Ashura ouviu atentamente a explicação de Dimitre sobre seu verdadeiro nome e a ligação com sua família. O pirata pareceu entender a gravidade da situação, e suas palavras refletiram uma mistura de compreensão e empatia.

- Entendi. Então, Amrik, você está no meio de uma enrascada daquelas, não é? Bom, parece que sempre tem espaço para mais um "pirata" a bordo. - Ashura falou com convicção em um tom descontraído.

O humor sutil de Ashura quebrou a tensão do momento, e Dimitre não pôde evitar soltar uma risada leve.

- Bem - Dimitre deu um sorriso enquanto fazia uma piada da situação -, pelo menos posso dizer que tenho uma ficha limpa no mundo dos piratas.

- Não se preocupe, meu amigo. Isso a gente resolve rapidinho, e quanto aos soldados, o capitão saberá o que fazer. - o pirata riu e complementou.

Dimitre acompanhou Ashura enquanto eles se dirigiram ao navio ancorado nas proximidades. Enquanto caminhavam, Dimitre não pôde deixar de sentir gratidão por ter encontrado alguém disposto a ajudá-lo em meio a essa situação complicada. Ele se preparou para enfrentar o desconhecido, ansioso para conhecer o misterioso capitão e talvez encontrar alguma orientação e proteção em seu novo aliado.

Ao se aproximarem da estrada na periferia, um grupo de soldados, cerca de 12, chamou a atenção de Dimitre e Ashura. Surpreendentemente, à medida que os soldados se aproximaram de Ashura, o ar pareceu pesar, e o tamanho imponente do homem cresceu ainda mais. Mesmo com o ar gélido das montanhas, começaram a suar, sentindo que desafiar Ashura seria se deparar com a própria morte.

Enquanto os soldados se questionavam se suas espadas seriam capazes de cortar músculos tão densos, Ashura se virou para eles, emanando uma aura assassina, e perguntou com voz fria.

- Algum problema, senhores?

Os soldados, claramente intimidados, gaguejaram e responderam com voz trêmula. Explicaram a busca por um jovem chamado Amrik, de 18 anos, cabelos escuros, boa aparência e cerca de 1,70m de altura, as mesmas características de Dimitre.

Ashura respondeu sem comprometer-se, afirmando que não tinha visto ninguém assim pela cidade nos últimos dias. A atmosfera tensa e o confronto com os soldados deixaram claro para Dimitre que sua situação era mais grave do que imaginava. Ele percebeu que suas ações e escolhas tiveram consequências reais, e agora estava sendo procurado.

Enquanto os soldados se afastaram, Ashura e Dimitre continuaram em direção ao navio. Dimitre questionou o que o futuro reservaria para ele ao lado desse intrigante e perigoso pirata espacial. No caminho para o navio, Ashura fez uma piada com Dimitre, ironicamente perguntando se ele conhecia alguém chamado Amrik. Os dois compartilharam uma risada enquanto se dirigiram ao convés do navio. Ao chegarem lá, foram recebidos por Cold, o capitão. Cold era um tieflin de pele vermelha, chifres médios e uma aparência que sugeria ter entre 35 e 40 anos. Sua postura era séria e autoritária enquanto dirigiu a palavra a Dimitre.

- Venha comigo, garoto. Preciso conversar com você. Ashura, fique aqui. - o tieflin fala com uma voz firme e penetrante

- Sim, capitão. - Ashura responde com um tom respeitoso.

Enquanto Ashura permanece no convés, Dimitre segue Cold para dentro do navio, curioso e um pouco ansioso pelo que está por vir.

A expressão séria de Cold e o tom de sua voz indicaram que aquela conversa poderia ser crucial para o futuro de Dimitre. Ele estava prestes a entrar em um novo capítulo de sua jornada, no qual precisaria lidar com um capitão misterioso e intrigante em um cenário repleto de mistérios e perigos.

Dimitre foi guiado até o porão do navio, onde sua esposa, Eleanor, o aguardava. Cold explicou que havia apenas uma maneira de ele confiar em Dimitre e deu uma ordem para que o rapaz não resistisse. Apesar da apreensão de Dimitre e de sua tentativa de contestar, sua voz pareceu falhar diante da imponente presença de Cold.

A esposa do capitão, Eleanor, uma elfa esbelta de olhos verdes e cabelos brancos, se aproximou de Dimitre. Enquanto ela olhava profundamente em seus olhos, ele sentiu como se ela estivesse invadindo sua mente. Uma sensação desconfortável tomou conta dele, e ele percebeu que Eleanor estava lançando um feitiço.

Runas mágicas apareceram no ar ao redor deles, e Dimitre entendeu que ela estava utilizando a magia Detectar Pensamentos para vasculhar sua mente. Durante um minuto inteiro, que pareceu se estender, Eleanor examinou os pensamentos e memórias de Dimitre. Ele sentiu como se sua mente estivesse sendo minuciosamente examinada, como se estivesse exposto e vulnerável diante dela.

Ele não teve escolha senão deixar o feitiço acontecer, e a sensação de invasão foi desconcertante. Após o minuto, as runas mágicas desapareceram, e Eleanor se afastou. Dimitre sentiu um misto de vulnerabilidade, curiosidade e inquietação. Ele sabia que suas lembranças haviam sido examinadas, mas não tinha certeza do que Eleanor encontrara ou do que isso significaria para ele no navio do capitão Cold.

Eleanor se voltou para Dimitre e começou a falar com uma voz suave, mas carregada de significado.

- Um homem cujo nome não lhe pertence, você não é Dimitre, você não é Amrik, você sequer sabe quem é ou o que está fazendo aqui. Você é inominável, alguém destinado a ficar sozinho por não ter destino. Posso não prever o seu futuro, mas ao ver o seu passado, percebo que você precisa de ajuda e que é hora de compreender quem é.

Enquanto Eleanor falava, Dimitre sentia como se estivesse travando um diálogo consigo mesmo, uma profunda reflexão sobre sua identidade e escolhas. Antes que pudesse responder ou processar completamente suas palavras, Cold interrompeu.

- Você pode ficar, garoto.

Um sorriso amigável se formou nos lábios de Eleanor e Cold. Dimitre percebeu que estavam lhe oferecendo uma oportunidade para se juntar à tripulação. Uma mistura de emoções invadiu seu peito, desde gratidão até desconforto diante da revelação de sua verdadeira situação.

Dimitre respondeu ao sorriso com um gesto tímido, coçando a cabeça enquanto se sentia um pouco desorientado. Ele não sabia o que esperar desse novo capítulo que estava começando a escrever a bordo do navio.

Cold virou-se para Dimitre, emitindo um alerta crucial.

- Não temos mantimentos para deixar a cidade. Ficaremos aqui por duas semanas. Converse com Ashura; ele o apresentará à tripulação.

Dimitre assentiu e saiu da cabine, sentindo-se mais tranquilo agora que as coisas estavam um pouco mais esclarecidas.

Lá fora, uma goblin se aproximou, falando de forma rústica.

- Você bonito, Drisca gostar homem bonito.

Pela maneira como ela falou, Dimitre entendeu que seu nome era Drisca.

Observando a goblin, Dimitre ficou intrigado com sua aparência notavelmente atraente para alguém de sua raça.

- Quantos anos você tem, Drisca? - ele perguntou curioso, considerando o tamanho e a aparência da pequena goblin.

- Na raça da Drisca, já tá na idade adulta! - ela respondeu, exibindo um sorriso um tanto malicioso.

Os dentes de Drisca eram pontiagudos, afiados e estranhamente bem cuidados, causando até um pouco de temor. Dimitre, superando sua surpresa inicial, prosseguiu na conversa.

- Bom, Drisca, é um prazer conhecê-la - disse Dimitre em um tom elegante e cortês, enquanto observava os olhos da goblin, que brilhavam com curiosidade intrigante.

Antes que pudesse continuar, Ashura interrompeu com um tom cômico, seu sorriso astuto iluminando o ambiente.

- Bem, você está inteiro. Isso quer dizer que você não é uma pessoa ruim.

Dimitre respondeu com um sorriso afável, refletindo sobre a atmosfera descontraída da tripulação.

- Sim, tivemos uma conversa interessante. E eu conheci a Drisca.

Ashura aproveitou para apresentá-la de maneira mais adequada, seu jeito descontraído escondendo um toque de mistério.

- Ela foi expulsa da tribo por gostar de humanos e ser curiosa demais. A propósito, ela é a nossa assassina no Estrela Púrpura, esse é o nome do nosso grupo. Somos mais mercenários do que piratas. Então, a partir de agora, pelo menos temporariamente, você é um de nós, um degenerado sem expectativas de vida. Ha, ha, ha.

Enquanto Ashura continuava a compartilhar histórias sobre a tripulação, uma figura misteriosa surgiu na taverna, quebrando o fluxo da conversa. Com uma aura de confiança e mistério, ela se apresentou como Carmen, a cartógrafa. Seus olhos perspicazes se fixaram imediatamente em Dimitre, como se ela já soubesse de sua situação.

Carmen: - Então este é o foragido. - Sua voz era suave, mas carregava um peso de conhecimento. Ela observou Dimitre com uma análise rápida, como alguém que sempre estava um passo à frente.

Carmen continuou, revelando uma proposta intrigante:

- Dimitre, não é mesmo? Tenho uma proposta que pode ser do interesse de todos. Acredito que seria benéfico se você tivesse um meio de se disfarçar. Você tem algum recurso para isso?

            
            

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