Capítulo 4 A sensação foi boa

"Eu... eu sinto muito."

As dr*gas eram tão fortes que fizeram o nariz dela sangrar.

No entanto...

Este homem era muito bonito! Ele tinha um nariz alto, olhos profundos, uma mandíbula afiada e seus lábios finos particularmente sensuais e atraentes estavam ligeiramente franzidos, como se estivessem implorando: "Beije-me, por favor!"

Briley tomou um gole de água e observou os lábios dele, em transe. Ela já sabia o sabor deles, mas por que queria atacá-los novamente?

Ela queria muito mordê-lo, mas seu nariz estava sangrando ainda mais agora.

Então, ela mostrou a língua e lambeu seus encantadores lábios finos, provando seu próprio sangue. Briley ficou um pouco insatisfeita, então esfregou o nariz nas roupas dele, segurou o rosto dele e o beijou novamente.

"O que di*bos você está fazendo?"

A voz profunda do homem estava cheia de frieza. O tom dele era obviamente questionador, mas derreteu o coração de Briley. O cérebro dela estava totalmente tomado pelas drogas e ela não tinha ideia do que estava fazendo, apenas seguiu seus instintos de morder os lábios dele, e a ponta de sua língua se moveu hesitantemente.

Reagan foi estimulado com as ações desajeitadas dela, mas ela apenas lambeu seus lábios sem parar, como se estivesse tomando um sorvete. Ele ficou excitado, a segurou pela cintura e a guiou, assumindo o protagonismo aos poucos.

O gosto dela era... muito bom. Pela primeira vez, o filho da família Hanson, que sempre foi solteiro, sentiu que a intimidade com as mulheres não era tão insuportável quanto ele pensava.

O beijo longo e apaixonado esquentou o clima no carro. Reagan ficou de joelhos, a abraçou e desfrutou pacientemente de seus lábios enquanto pensava em tê-la como noiva. Então, ele perguntou: "Quem é você?"

Briley estava tão absorta em seu beijo que não soube responder. Ela balançou a cabeça, confusa, e continuou a se esfregar contra ele.

Reagan sabia que ela estava sob a influência de drogas, então a abraçou. A sensação de tê-la em seus braços era boa, e não tão terrível quanto ele imaginava. Ele abaixou a cabeça e olhou gentilmente para o rosto dela, pensando: 'Seria difícil para ela cuidar do Easton? Ou devo marcar um dia para eles se conhecerem?'

Briley estava tão desconfortável que se contorceu como uma cobra, importunando-o com os seus lamentos. Reagan deixou que ela fizesse o que quisesse e silenciosamente pegou um lenço para limpar as manchas de sangue no rosto dela, já que o beijo anterior a fez parecer um coelho sujo. A princípio, ela fez beicinho e deixou que ele enxugasse seu rosto obedientemente. No entanto, os movimentos dele eram rígidos, o que fez o nariz dela doer um pouco. De repente, ela voltou a si, suas orelhas ficaram vermelhas e ela timidamente pegou o lenço da mão dele.

Que situação embaraçosa...

Ela escondeu o rosto no lenço e disse, com a voz abafada: "Você é uma boa pessoa, mas tem sorte de meu nariz ser de verdade, se não, teria que pagar pela cirurgia se o quebrasse."

Reagan já havia ligado o laptop e continuou a verificar o mercado de ações. Depois de ouvir as palavras dela, respondeu de forma descontraída: "Você não parece a mesma pessoa que segurou minha perna e me implorou para ajudá-la."

Briley ficou tão envergonhada que até os dedos de seus pés ficaram vermelhos. Ela queria escapar do abraço dele, mas ele a segurava com força, não permitindo que ela se movesse, como se para impedi-la de causar mais problemas. À ela, só restava encostar o rosto no peito dele.

Ela fez beicinho. Seu cérebro resistia a esse tipo de contato físico, mas seu corpo discordava. Ela ficou perto dele, apreciou seu perfume e murmurou: "Você me abraçou e me beijou. É melhor me levar para o hospital. Caso contrário, vou processá-lo por atropelamento e denunciar à polícia que você sequestrou uma moça boa como eu."

Reagan ignorou as palavras dela e respondeu friamente: "Uma moça boa não beija um estranho três vezes seguidas."

Mesmo quando disse isso, ele continuou abraçando-a com força.

"Feche os olhos e descanse um pouco. Estamos quase chegando ao hospital."

Sua voz era baixa, mas forte, e transmitia uma sensação de conforto, o que fez com que Briley se sentisse à vontade. Ela estava deitada preguiçosamente nos braços dele e suas pálpebras caíram enquanto ela pensava: "Ele é mesmo uma boa pessoa. Se eu encontrá-lo novamente, devo pedir desculpas."

Afinal, ela o beijou três vezes seguidas.

Embora as dr*gas que Corey deu à ela fossem fortes, depois que ela passou pela onda mais intensa, o efeito gradualmente desapareceu. Dez minutos depois, eles finalmente chegaram ao hospital e o carro foi estacionado na entrada. O motorista baixou a divisória e viu a posição comprometedora das duas pessoas no banco de trás, o que o deixou tão animado que ele quase pisou fundo no acelerador.

"Senhor, chegamos."

Briley se livrou do abraço de Reagan, envergonhada, e viu as manchas de sangue no peito dele. Ela tentou limpar com o lenço, mas sem sucesso, então sorriu e entregou o lenço para ele: "Toma, é seu."

Quando ela saiu do carro, Reagan instantaneamente sentiu os braços vazios. Ele franziu a testa com insatisfação e olhou para ela friamente.

Briley achou que ele estava bravo por causa manchas de sangue no lenço, então riu e guardou-o, sem jeito.

Depois que saiu do carro, ela ainda sentiu dificuldades em ficar de pé e seu corpo continuava tremendo um pouco. O motorista a seguiu e perguntou gentilmente: "Senhorita, quer que eu a acompanhe?"

"Não, obrigada." Briley já tinha se recuperado de boa parte do efeito das dr*gas, mas ainda se sentia fraca. Ela se virou e olhou para o homem sentado imóvel como uma escultura no banco de trás.

Ele era muito frio e tinha uma espécie de nobreza e distância que ninguém ousava ultrapassar, mas a atitude dele de tê-la levado até o hospital mesmo depois que ela o assediou a deixou confusa.

"Obrigada." Ela curvou-se ligeiramente.

O rosto de Reagan estava sem emoção.

Ela insistiu em entrar sozinha, mas o motorista ficou um pouco preocupado. Então, ele se virou para olhar para Reagan, que observava a silhueta vacilante dela e disse: "Siga-a".

Seu rosto continuava estava frio como uma pedra.

"Sim, senhor." O motorista a seguiu apressadamente.

Menos de meia hora depois, o motorista saiu do hospital e começou a falar assim que entrou no carro: "Aparentemente, a jovem é a terceira filha da família Golden. Eu realmente me pergunto qual tolo se atreveu a drogar a Srta. Golden. Que judiação! O médico disse que o nariz dela estava sangrando por causa das dr*gas mas, felizmente, nós a trouxemos aqui a tempo."

Enquanto falava, ele lançava olhares furtivos para Reagan, esperando captar alguma reação dele. No entanto, Reagan não reagiu. Então, o motorista encerrou o seu monólogo e se concentrou em dirigir.

Reagan, que estava digitando em seu laptop, fez uma pausa e pensou nas informações enviadas pelo Nathan naquela tarde. A família Golden, uma família rica e conhecida de Clayglen, havia anunciado um noivado com a família Price há três meses, mas sem mencionar qual das filhas deles estava envolvida. Se não estivesse enganado, Reagan tinha conhecido Briley do lado de fora da mansão do jovem filho da família Price, Corey.

Era óbvio quem a havia envenenado.

A julgar pelas ações de Briley, ela não parecia disposta a dar o próximo passo com o Corey.

Ele abaixou a cabeça e se concentrou nas manchas de sangue. Mesmo tendo misofobia, ele deixou que ela esfregasse o nariz ensanguentado em todo o seu peito, e ele não se sentiu nem um pouco enojado com isso. Mais importante ainda, ele até permitiu que ela fizesse isso duas vezes. Era um sentimento maravilhoso.

Sem contar com quando o coelhinho mordeu os lábios dele imprudentemente...

Seu dedo tocou o canto dos lábios e um sorriso animou seu rosto.