Eu paro o carro e levanto uma sobrancelha. Estou cansado e muito furioso para continuar com essa merda. Olho o celular e percebo um som de notificação. É Mark, só agora mandando o endereço certo porque alegou estar distraído demais e acabou mandando o errado. Sorri com nervosismo e bufei de novo.
P.O.R.R.A
Assim que cheguei no apartamento de Mark deixei meus olhos espiarem ao redor:
Estava cheio de mulheres se comparado ao número de homens. Ele é um galinha filho da mãe! Eu não sou o cara de apreciar muita movimentação, na verdade gosto de coisas quietas. A música latejante dispara em meus tímpanos e sinto que vou explodir. merda! Odeio essas músicas.
Algumas pessoas dançam - ou melhor, se esfregam uns nos outros - e continuo parado. Respiro fundo e começo a andar na direção de um pequeno grupo parado perto da cozinha. Neste exato momento vejo Mark vindo na minha direção. Enfio as mãos no bolso e olho para ele com meu melhor sorriso forçado. Odeio sorrir para as pessoas que não gosto. E eu simplesmente acho esse cara um merdinha.
- E aí amigão! - Quando veio de braços abertos, achei que fosse uma apresentação. Humanos normais fazem isso. São ridículos desse jeito. E então, ele me envolveu com um braço e puxou-me para perto. Quis empurrá-lo para longe e fugir de tanta proximidade, senti meu coração pular em meu peito quando fiz isso. Ninguém fez isso comigo. Ninguém faz. - Como vai? - Agora Mark olhou em meus olhos castanhos e bateu duas vezes em meu peito. Sorri, juntando as sobrancelhas. O que dizer a alguém tão invasivo?
- Bem... - ele gritou:
- Pois hoje vai ficar ainda melhor! - Ele carregava um copo de cerveja nas mãos. Notei que era cerveja porque caiu no chão quando ele rodou e me levou junto. Os caras ao nosso redor ergueram os copos e berraram alguma coisa. - Agora por que não vai encontrar uma garota pra dar uma rapidinha, hein? Eu sei como é que é... - a voz dele era um misto de alegria e malícia. Ele piscou para mim. Seria a hora certa de lembrar a ele que o vi quase gritando pelo pau de um dos caras do grupo? Trabalhar nunca foi tão divertido...- vai lá e aproveita!
Ele me empurrou e quase tropecei num sutiã caído no chão.
Elouise
- Eu sei, eu sei... eu sei... eu sei... e-eu... - Ai que droga... desenrola logo, Dan! Grito internamente. O olho com os olhos semicerrados e ele finalmente cala a boca. Numa quinta-feira à noite meu maior programa é ler alguma coisa quente enquanto me masturbo até adormecer. Eu queria pegar o Dan e rasgar a calça dele para enfim fazê-lo transar comigo. Há 1 hora eu o escuto gaguejando sem parar. Ele disse que tem alguma coisa a ver com o que eu provoco nele, isso antes de ele dizer alguma coisa sobre estar bêbado e só agora ter coragem. Enquanto gesticulo para que ele se solte, olho do canto do olho Jace se aproximando depois de pegar do chão um sutiã? - M-me m-me des-cuuul-spe.- Daniel continuou, se inclinando sobre mim. Segurei seu peitoral e caramba... eu nunca iria entender o motivo dele não se exibir muito. Ele é uma delícia por trás dessa roupa igualmente a Jace. Ou melhor que ele.
- Seja de quem for isso - Jace gritou, eu virei o rosto em sua direção - só digo para não jogarem no chão... alguém pode morrer se tropeçar e bater a cabeça. - A voz dele é forte, profunda e sexy de uma forma que me deixa com os mamilos duros. Imagino-o falando coisas safadas no meu ouvido de vez em quando. Sem perceber e avisar, sou agarrada por Dan. Jace jogou o sutiã no ar e ele voou para alguém. Eu empurrei Daniel, mas foi em vão. Meus braços são curtos e finos demais, além de ele ser bem pesado. Dan vacilou, inclinando para frente e reclinando para trás. Eu fui levada por ele e seus braços me apertaram, abraçando forte. Ai meu Deus... como fui parar nisso?
De repente, ele gritou:
- Você é a mulher da minha vida, chuchuzinho! - Não sei bem o que passou na minha mente, mas eu fiquei vermelha, isso era certeza, e o empurrei com força. Jace de repente explodiu bem na minha frente e puxou-me com violência. Agarrou minha cintura com força e percebi que suas mãos são grandes e firmes.Ele me pegou de um jeito bom, mesmo com seu jeito bruto. Quando percebi, ele tinha dito algo como: " deixa que eu resolvo" enquanto eu estava em seus braços. Então me colocou no chão e voltou-se para Dan. Ele o puxou pelo braço - imaginei ter se deslocado pela força que puxou, mas não foi por isso que ele gritou. Foi por eu ter me afastado. Então assisti Jace o entregar para dois homens e eles levarem-no escada acima, direto para o banheiro.
- Obrigada - eu disse, olhando Jace se sentar numa banqueta perto da bancada da cozinha. Ele pegou uma bebida - uma garrafa de uísque, percebi - e se serviu. Depois jogou tudo na garganta e olhou para mim com sua cara feia. - Foi gentil da sua parte...
- Eu ajudei ele, não você. - Meus lábios distenderam quando fitei sua cara de puro deboche. Ele sorriu, abriu a boca e disse: - se me dá licença... o ambiente vai ficar muito melhor sem sua presença.
Este era o ponto final que eu sempre pensava em dar a diversas situações.
- Você é babaca mesmo ou esqueceram de te avisar que se pode ser um pouco gentil? - Gritei. Não existe palavra mais descritiva para dizer o que fiz. Eu gritei. Ele somente me olhou por mais alguns segundos e disse:
- Quer verificar? - Eu não acreditei quando ele olhou para minhas pernas. Ele passou os olhos por meu vestido curto - um solto vermelho e que mede até metade de minha coxa. - Você deveria tentar vestir algo mais comprido e menos chamativo. Tente não parecer uma árvore de natal de vez em quando. - Cerrei os olhos e inclinei a cabeça para o lado, me aproximando com as mãos em meus quadris. Eu estava surpresa e furiosa. Estava muito furiosa.
- Se importa com o que visto, Jacizinho? - Eu disse num tom provocativo. - E se eu não estivesse vestindo nada? - Segurei a barra de meu vestido e ele sorriu, virando a cabeça para o lado, um pouco sem graça, notei. Quando subi o vestido até minha barriga, ela girou com uma carranca ainda mais feia que a habitual, gritando:
- Está louca? É isso? - ele disse, pegando minha mão com força. Foi uma atitude repentina e inesperada, mas senti sua mão roçando a minha. Era como se fosse áspera em minha pele macia. Seus olhos disparavam num brilho terrivelmente sedutor, e tive certeza de que ele também estava olhando para mim. - Você virou alguma espécie de puta por acaso? Porque uma vadia já é.
O encanto acabou quando ele disse isso. Eu deixei meu vestido cair de volta ao seu lugar. Ele franziu o cenho e eu levantei uma sobrancelha.
Eu girei e sentei do seu lado.
- Sai daqui!- Ele ordenou. Eu não sai. Peguei um copo de bebida.
- Está com medo? Eu não mordo... quer dizer... vadias gostam de morder, mas eu não. - Apoiei o queixo na mão e suspirei. - Só se você deixar. - Sorri. Ele me olhou com um olhar que claramente dizia " ela está louca" e eu, no auge de minha loucura, passei minha perna pela dele. Jace usa um jeans e camisa justa. Consigo ver os músculos definidos dele privilegiadamente. Ele usa uma touca azul que combina com os cabelos escuros e médios que escapam pela mesma. Azul combina com ele. Eu passei a perna nele novamente e sorri de novo. Dessa vez ele me encarou e então pegou meu braço, o toque firme, e se certificou de me pegar com força.
- Escuta aqui - ele começou - eu não sei se você bebeu demais ou se é só uma cadela se jogando em cima de mim, mas eu não gosto de você. Nenhum pouco. Então, se acha que vou foder essa sua buceta, está enga... - eu não percebi quando fiz o que fiz.
Eu peguei o copo de cerveja e o apertei na mão, com força, com raiva. O jeito que ele estava me tratando não era somente nojento, era também maldoso e depreciativo. Não resisti. Joguei a bebida na cara dele e senti um prazer imenso me invadir quando o líquido explodiu, encharcando de cerveja. Sorri. Não, não... gargalhei. Ele se levantou com tanta raiva que achei que fosse me bater. Foi rápido, mas ele simplesmente resmungou alguma coisa, e só então percebi Sarah do outro lado, perto da escada, nos espiando. O que ela tá fazendo aqui? Foi o suficiente para Jace ter desaparecido da minha frente. Quando notei, o vi subindo as escadas, provavelmente indo ao banheiro para se limpar.
Droga! O que eu tinha acabado de fazer?
Eu não pensei duas vezes quando corri atrás dele para pedir desculpas.