Comprada por você (Dark Romance)
img img Comprada por você (Dark Romance) img Capítulo 3 Um Pacto Sombrio
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Capítulo 6 Confinada img
Capítulo 7 À Beira do Abismo img
Capítulo 8 Uma Conversa Desconfortável img
Capítulo 9 O presente desconfortável img
Capítulo 10 O estranho trabalho de Mariana img
Capítulo 11 Revelações Perturbadoras img
Capítulo 12 Estranho pedido de Pedro img
Capítulo 13 O banho img
Capítulo 14 O Desejo à Flor da Pele img
Capítulo 15 Compra e posse img
Capítulo 16 O chamado de Pedro img
Capítulo 17 Uma experiência nova img
Capítulo 18 A fuga img
Capítulo 19 Segredos revelados img
Capítulo 20 A primeira vez img
Capítulo 21 Gosto salgado img
Capítulo 22 Novidades img
Capítulo 23 Uma pista img
Capítulo 24 Desconfiança e merecer img
Capítulo 25 A dançarina img
Capítulo 26 O inimigo img
Capítulo 27 Não falar sobre sentimentos img
Capítulo 28 Sinal positivo img
Capítulo 29 Confusa img
Capítulo 30 Traição img
Capítulo 31 Minha responsabilidade img
Capítulo 32 Medidas tomadas img
Capítulo 33 Decisões pesadas img
Capítulo 34 A merce do destino img
Capítulo 35 Merce as intenções sádicas img
Capítulo 36 Saindo do cativeiro img
Capítulo 37 Tiroteio img
Capítulo 38 Talvez, houvesse uma chance img
Capítulo 39 Pesadelos img
Capítulo 40 Ansiedade img
Capítulo 41 Capturada img
Capítulo 42 O resgate img
Capítulo 43 Seguros e salvos img
Capítulo 44 Exposta para ele img
Capítulo 45 Ida as compras img
Capítulo 46 O pedido img
Capítulo 47 Uma presença inesperada img
Capítulo 48 Sem dormir img
Capítulo 49 Minha img
Capítulo 50 Sou sua img
Capítulo 51 Um presente img
Capítulo 52 Cerimônia img
Capítulo 53 Surpresa img
Capítulo 54 Tudo bem img
Capítulo 55 Epílogo img
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Capítulo 3 Um Pacto Sombrio

MARIANA

Relutantemente, subi as escadas em direção ao meu quarto, mas a curiosidade e a inquietação me mantinham ancorada no último degrau. Meu coração batia descompassado, e uma sensação de perigo iminente pairava no ar, como se o ambiente estivesse carregado com a eletricidade estática de uma tempestade prestes a desabar.

No silêncio da escada, esgueirei-me sorrateiramente para um canto, meu corpo tenso enquanto observava a cena se desdobrar diante de mim. Pedro exalava uma aura enigmática, sua presença sinistra preenchendo a sala com uma tensão palpável que fazia os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Os murmúrios da conversa entre meu pai e Pedro ecoavam no corredor, como o sussurro sinistro de uma tempestade se aproximando. Eu me sentia como uma intrusa em minha própria casa, presa entre a necessidade de descobrir a verdade e o medo do que eu poderia encontrar.

- Você sabe que isso não é certo, Pedro. Não podemos continuar assim... - a voz do meu pai soou carregada de preocupação e hesitação, enquanto ele tentava manter uma fachada de controle diante da presença ameaçadora do homem à sua frente.

- Você sabia no que estava se metendo desde o início, meu caro amigo. Não há como voltar atrás agora. - a resposta de Pedro foi impregnada com um tom sombrio e enigmático, como se ele soubesse algo que meu pai não estava disposto a admitir.

Eu me encolhi no último degrau da escada, os músculos tensos e os olhos fixos na porta entreaberta. Cada palavra trocada entre os dois homens parecia carregar um peso obscuro, e eu temia o que isso significava para o futuro incerto da nossa família.

Cada segundo que passava parecia uma eternidade, e eu mal conseguia conter a respiração enquanto aguardava, os músculos tensos e os sentidos aguçados. Uma sensação de desconforto crescente se instalou no meu peito, como se eu estivesse prestes a descobrir segredos que mudariam tudo que eu achava que sabia.

Meu coração martelava descompassado dentro do meu peito enquanto eu ouvia as palavras que selariam nosso destino. Consumido pelo desespero, meu pai concordava em um acordo arriscado, sem perceber as consequências terríveis que aguardavam no horizonte. Em troca de Pedro pagar suas dívidas, ele prometia entregar algo de valor inestimável - sua própria filha, eu, Mariana.

- Pai, você não pode estar falando sério... - minha voz saiu trêmula e embargada de incredulidade, enquanto eu lutava para processar a magnitude da revelação.

Meu pai desviou o olhar, uma expressão de dor e desespero se formando em seus olhos cansados.

- Eu sinto muito, Mariana. Eu não queria chegar a esse ponto, mas... não vejo outra saída. - ele murmurou, sua voz carregada de angústia e arrependimento.

Eu senti as lágrimas ameaçarem inundar meus olhos, o peso da traição e da desolação se abatendo sobre mim como uma avalanche imparável. A sensação de ser vendida como mercadoria, de ter meu destino determinado por um acordo obscuro, era avassaladora e inescapável.

- Isso não pode estar acontecendo... Não pode... - murmurei, minhas palavras soando como um lamento abafado no ar carregado de tensão.

Mas apesar da minha resistência, eu sabia que não podia mudar o curso dos eventos que estavam se desenrolando diante de mim. Eu era apenas uma peça no jogo sombrio que meu pai tinha sido forçado a jogar, e agora minha vida estava sendo leiloada em troca de um alívio temporário das dívidas que nos sufocavam.

Um nó se formou em meu estômago enquanto eu testemunhava a terrível decisão que meu pai era forçado a tomar. Meus olhos se arregalaram em choque e horror diante da revelação, incapazes de acreditar no que estava acontecendo diante de mim. Era como se o chão tivesse sido arrancado sob meus pés, deixando-me à mercê de forças além do meu controle.

As palavras ecoavam em minha mente como um mantra sinistro, repetindo-se incessantemente e enchendo-me de um terror indescritível. Eu queria gritar, correr, fugir daquela realidade distorcida que ameaçava me engolir inteira. Mas eu estava paralisada, enraizada no lugar pela magnitude da tragédia que se desenrolava diante dos meus olhos.

Meu pai lançou-me um olhar de angústia e pesar, uma expressão de dor e arrependimento marcando cada linha do seu rosto. Ele estava lutando contra seus próprios demônios, uma batalha silenciosa que eu mal podia compreender. E, apesar da torrente de emoções que me assolava, eu sabia que estava sozinha. Eu era a moeda de troca em um jogo cruel onde não havia vencedores, apenas perdedores.

O silêncio pesado que se instalou na sala era ensurdecedor, prenunciando o desastre iminente que nos aguardava. Eu me sentia como uma marionete nas mãos de forças além da minha compreensão, incapaz de escapar do destino sombrio que se desenrolava diante de mim. E enquanto o peso da decisão de meu pai ecoava em meus ouvidos, eu sabia que nada jamais seria o mesmo novamente.

O acordo é selado com um aperto de mãos sombrio entre o meu pai e Pedro. Meus olhos arregalados capturam cada detalhe desse momento, enquanto observo da escada, presa em um misto de horror e desespero. O gesto parece ecoar no ar, carregado com a gravidade sombria do pacto que acabara de ser feito, como se os próprios ecos do acordo ressoassem no âmago da minha alma.

- Está tudo resolvido, então? - a voz de Pedro soa como um sussurro sinistro, perfurando o silêncio carregado que envolve a sala.

Meu pai assente lentamente, uma expressão de resignação se formando em seu rosto tenso.

- Sim, está. Espero que você mantenha sua palavra, Pedro. - sua voz soa áspera, carregada com a tensão de quem sabe que está fazendo um pacto com o diabo.

Pedro abre um sorriso malicioso, o brilho de maldade dançando em seus olhos enquanto ele contempla o que está por vir.

- Pode ter certeza de que eu sempre cumpro minhas promessas, meu caro amigo. - sua voz é como melodia sombria, um presságio do que está por vir.

Eu assistia à cena de um canto escuro da escada, meu coração pesado e oprimido pelo peso do que estava acontecendo. Cada batida era como um eco do meu desespero silencioso, enquanto eu me sentia impotente diante da terrível escolha que fora feita.

Pedro abre um sorriso malicioso, o brilho de maldade dançando em seus olhos enquanto ele contempla o que está por vir. Seus olhos se encontram com os meus, e um arrepio percorre minha espinha enquanto eu me encolho ainda mais no canto, incapaz de desviar o olhar.

Lágrimas escorrem silenciosamente pelo meu rosto, um testemunho mudo da minha angústia e desespero diante do destino sombrio que me aguarda. Mas mesmo enquanto eu choro, eu permaneço inconsciente do que está prestes a acontecer, presa em um torpor de choque e negação. O futuro se estende diante de mim como um abismo negro e impenetrável, e eu me sinto como uma marionete nas mãos de forças além da minha compreensão.

            
            

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