Rendida ao Alfa Aleksander
img img Rendida ao Alfa Aleksander img Capítulo 5 Você é doce, pequena
5
Capítulo 6 O cheiro dela img
Capítulo 7 Pela floresta adentro img
Capítulo 8 Um passado confuso... img
Capítulo 9 Skadi img
Capítulo 10 Instinto do lobo img
Capítulo 11 Magnus img
Capítulo 12 Despertar a loba img
Capítulo 13 Memórias img
Capítulo 14 A luta img
Capítulo 15 Minha loba adormecida img
Capítulo 16 Doce e convidativa img
Capítulo 17 O desejo dos lobos img
Capítulo 18 Teimosa img
Capítulo 19 Doce e tentador img
Capítulo 20 Estou tentando te proteger img
Capítulo 21 Adormecer a Fera img
Capítulo 22 A competição img
Capítulo 23 Rejeitando img
Capítulo 24 A noite das chamas img
Capítulo 25 Em busca de respostas img
Capítulo 26 O ataque na floresta img
Capítulo 27 Rendendo-se ao desejo img
Capítulo 28 O doce sabor em meus lábios img
Capítulo 29 Desejando o impossível img
Capítulo 30 Uma nova versão de mim img
Capítulo 31 Trancada em seu quarto img
Capítulo 32 Desafiando o Alfa img
Capítulo 33 Perdendo o controle img
Capítulo 34 O ataque img
Capítulo 35 Uma fera pronta ao ataque img
Capítulo 36 Você é minha! img
Capítulo 37 Rendida ao Alfa (No Cio) img
Capítulo 38 Predestinados img
Capítulo 39 Sendo cuidada por ele img
Capítulo 40 Minha... completamente minha img
Capítulo 41 Me sinta em sua mente, em seu corpo... img
Capítulo 42 Despertando a loba img
Capítulo 43 Minha de todas as formas possíveis img
Capítulo 44 Um acordo entre nós img
Capítulo 45 Após o cio img
Capítulo 46 Uma conversa com o Alfa img
Capítulo 47 Um intruso img
Capítulo 48 O sangue do Alfa img
Capítulo 49 Você me pertence, lobinha img
Capítulo 50 Ele não deve saber! img
Capítulo 51 Essa é a minha última palavra! img
Capítulo 52 Você é uma maldita mentirosa img
Capítulo 53 Medo de perdê-lo img
Capítulo 54 É melhor você se comportar, lobinha img
Capítulo 55 Com sede de respostas img
Capítulo 56 Ela está em perigo! img
Capítulo 57 Acorde, lobinha img
Capítulo 58 Sob o domínio do Alfa img
Capítulo 59 Conexão Primal img
Capítulo 60 Por que fugir img
Capítulo 61 Um inimigo previsível img
Capítulo 62 Assustador img
Capítulo 63 Eliminando ameaças img
Capítulo 64 Minha! img
Capítulo 65 Pertencer img
Capítulo 66 Apenas Aleksander img
Capítulo 67 Implorando por respostas img
Capítulo 68 Aurora Boreal img
Capítulo 69 Salvação ou perdição img
Capítulo 70 Skadi – A Loba img
Capítulo 71 O Alfa que amo img
Capítulo 72 Em busca da verdade img
Capítulo 73 O ritual img
Capítulo 74 Em breve estaremos juntos, companheira img
Capítulo 75 Tensão e cio img
Capítulo 76 Matarei todos eles por você! img
Capítulo 77 Ainda não é o momento img
Capítulo 78 Sonho ou lembrança img
Capítulo 79 Verdades ocultas img
Capítulo 80 Conselho de amigo img
Capítulo 81 Segredos e Instintos img
Capítulo 82 Quem é o maldito que se diz seu companheiro img
Capítulo 83 Febre repentina img
Capítulo 84 Sob feitiço img
Capítulo 85 Despertada pelo Alfa img
Capítulo 86 Esperança img
Capítulo 87 Encaixe perfeito img
Capítulo 88 Doloroso e profundo img
Capítulo 89 Perdendo o controle img
Capítulo 90 O retorno do passado img
Capítulo 91 Prolongando a dor de ambos img
Capítulo 92 Seus gemidos, a melodia mais perfeita. img
Capítulo 93 Punição img
Capítulo 94 Coração na mão img
Capítulo 95 Ouvindo conversas... img
Capítulo 96 O ataque img
Capítulo 97 A fúria do Alfa img
Capítulo 98 Acordando no cativeiro img
Capítulo 99 Prelúdio sombrio img
Capítulo 100 Encontrando Fenivar img
img
  /  2
img

Capítulo 5 Você é doce, pequena

Aleksander Vargr

A raiva fervia em minhas veias como lava quente. Eu deveria estar concentrado nas telas de dados à minha frente, mas tudo que conseguia sentir era o cheiro doce, irritantemente único, que impregnava o ar. Era o primeiro dia dela, a nova assistente, e já começava com um desastre. O chá quente derramado não era nada comparado à perturbação que ela causava em mim. Não eram os sapatos manchados que me irritavam; era o cheiro dela, diferente de tudo que eu conhecia, que atiçava meu lobo interior de uma forma que eu não conseguia entender.

Niume, minha irmã, se aproximou, seu sorriso escondido por trás de uma expressão séria.

- Seja paciente, Aleksander... - ela murmurou, tentando acalmar a tempestade dentro de mim.

Com um rosnado baixo, adverti-a, mostrando brevemente meus dentes em um reflexo involuntário.

- Demita-a. Não quero essa humana trabalhando para mim - minha voz carregada de uma ameaça mal contida.

Niume suspirou, irritada.

- Dê apenas uma chance. Não estou encontrando ninguém para a vaga - ela insistiu, enfrentando meu olhar tempestuoso com uma firmeza que só ela possuía.

- Traga outra funcionária... - minha voz era um sibilar entre os dentes cerrados.

A pequena humana era a mulher que conseguia ultrapassar as barreiras da matilha e agora ela estava trabalhando na minha empresa. Isso não era bom.

- Sei que é o Alfa, mas aqui temos que agir um pouco fora do que está acostumado. Sou formada nesta área e te garanto, a garota precisa apenas de uma oportunidade. Vou instruí-la - Niume argumentou, sua paciência claramente se esgotando.

Com um suspiro profundo, tentei recobrar o controle sobre minhas emoções tumultuadas. Encarei minha irmã, concedendo a ela a decisão final.

- Tudo bem - concordei relutantemente.

De qualquer maneira, ela era uma humana. Ter ela por perto talvez me ajudasse a entender se outros como ela poderiam chegar tão perto do nosso segredo. Eu tinha que descobrir o que ela tinha de diferente dos outros humanos que se perdiam nas trilhas antes de chegar até nós. Enquanto ela sempre ultrapassava as barreiras do meu território.

Caminhei até a janela, tentando colocar distância entre mim e o cheiro da mulher, que ainda dançava provocativamente em meus sentidos.

- Você sentiu o cheiro dela? - Perguntei, mais para mim mesmo do que para Niume.

Ela negou com a cabeça, claramente confusa com minha reação.

- Me deixe sozinho - eu disse, precisando de espaço para entender o turbilhão dentro de mim.

Sozinho, meu lobo interior se agitava, excitado de uma maneira que eu não esperava - ou queria.

- Doce... precisamos provar - rosnou.

- Não vamos... fazer nada com essa pequena humana - murmurei para mim mesmo, tentando acalmar a besta dentro de mim. Ela era apenas uma humana, afinal, incapaz de satisfazer as necessidades de um Alfa como eu.

- Escolheremos uma loba em breve - continuei tentando convencer tanto a mim mesmo quanto ao lobo que ansiava por algo mais, algo que aquela humana nunca poderia oferecer.

O rosnar baixo que escapou de meus lábios enquanto eu olhava para fora, para a vasta extensão da floresta que rodeava a empresa, era um lembrete do poder e do domínio que eu detinha - sobre minha alcateia, minha empresa e meus instintos. Eu era Aleksander, um Alfa nascido para liderar, não para ser levado por desejos inexplicáveis por uma humana que mal conhecia.

________________________________________

Aurora Morneau

O meu primeiro dia tinha sido extremamente estranho, poucas informações sobre os projetos, poucas informações sobre a empresa e sem falar no chefe que era totalmente diferente do que eu imaginava. Não que eu esperasse um dia doce e que tudo fosse fácil. Na verdade, já deveria esperar por isso, nunca nada tinha sido fácil em minha vida e ali não seria diferente.

Mas, apesar de não ser uma mulher que agira com voracidade, eu era o tipo de pessoa que, por mais que fosse atingida, continuava caminhando rumo aos objetivos. Estava acostumada com a dor, com a rejeição, e este novo emprego não seria diferente na maneira como eu o encararia.

A secretária de Aleksander parecia bem incomodada com a minha presença, apesar de me tratar com polidez.

- Espero que tenha entendido, o Senhor Aleksander não gosta de falhas. Ele não perdoa erros.

- Sim, entendi como funciona. Obrigada. - Sorri para ela, que não retribuiu.

A porta da sala de Aleksander abriu e ele olhou para nós, parecendo desgostoso com algo, mas logo ouvimos sua voz grossa.

- Kylie, venha até minha sala.

Rapidamente, a mulher sorriu concordando e entrou na sala dele. A porta foi fechada e uma sensação estranha tomou conta de mim. Eles seriam amantes? Isso explicaria o fato dela parecer incomodada com a minha presença. Não que eu desejasse me intrometer nisso, não me interessava. Mas isso explicaria a falta de vontade dela em me ajudar.

Fazia um momento que Kylie estava na sala de Aleksander, quando o telefone tocou e, por um momento, não sabia o que fazer, mas diante da insistência, atendi.

- Kylie conseguiu falar com o Alfa? Quero muito ser convidada para o baile...

A voz feminina do outro lado parecia bem estressada, nem me dando tempo de me apresentar.

- Boa tarde, Kylie está com o Senhor Aleksander, lamento. Pode tentar ligar daqui a pouco.

- Quem é você?

- Sou a nova assistente do Senhor Aleksander, Aurora - respondi ainda insegura sobre se o que eu estava fazendo era o certo.

Não tive tempo de ouvir mais da outra pessoa do outro lado, pois Kylie saiu da sala de Aleksander me olhando furiosa.

- Você não tem o direito de atender o telefone. Dê-me...

Entreguei o telefone para ela, notando que os botões de sua blusa estavam abertos. Ela parecia vermelha e pouco recomposta. Uma sensação de desconforto me invadiu, pedi desculpas para ela e segui para o banheiro. Molhei meu rosto e minha nuca. A fragrância que sempre me confundia estava em meu olfato, me invadia de forma pungente. Faltava pouco para ir embora, teria que aguentar apenas mais um pouco. Em casa, tomaria meu chá e tudo ficaria bem, sempre ficava.

Assim que saí do banheiro, Aleksander estava saindo de sua sala. Seu olhar se estreitou e ele respirou fundo.

- Venha até minha sala, agora!

Ele se virou e caminhou em direção a sua sala. Apesar dele me afetar de uma maneira inexplicável era o homem mais frio que eu já tinha conhecido.

Ainda com as pernas tremulas por medo do que aconteceria eu segui para a sua sala, como a porta estava aberta eu entrei.

Aleksander estava em pé de costas para mim, olhava através da grande janela de onde se podia ver a grande floresta ao redor.

Não tinha ideia se me sentava, se chamava sua atenção, então fiquei parada esperando ele dizer algo. Levou alguns minutos que pareceram uma eternidade.

Lentamente ele se virou, o homem era assustador e extremamente lindo. Abaixei o meu olhar enquanto ele se aproximava. Ainda com o olhar baixo vi seus sapatos e então sua mão tocou meu rosto. O ato fez meu coração acelerar, o cheiro que sempre me deixava tonta e confusa estava lá, me instigando. O olhar de Aleksander era algo inexplicável a cor dos seus olhos sempre me deixava intrigada, as vezes era um verde que eu jamais tinha visto, outras vezes parecia ir para o tom de mel e eu poderia jurar que alguns momentos eles pareciam dourados.

Deus! Eu precisava daquelas ervas, pela primeira vez em minha vida eu estava fora de controle.

- Você e uma criatura curiosa, Aurora. - Sua voz grossa tinha um tom perigoso.

- Me desculpe, eu não queria atender o telefone... - ainda mais nervosa por ele aproximar seu rosto disparei a falar até mesmo o que não deveria: - Não queria atrapalhar seu momento com Kylie... eu não quero impedir o momento de vocês e...

O aperto em meu queixo aumentou e ele estreitou o olhar, vi seus dentes brancos e eles pareciam... afiados?

- Seu pensamento esta errado! Seus atos estão errados! Melhor ser mais atenta e menos falante! Não estava de acordo com sua contratação, mas resolvi te dar o benefício da dúvida, então o que é espero e que você me sirva da maneira correta, sem aborrecimentos.

A maneira como ele falava e como o seu olhar estava no meu estava deixando minha pele quente.

- Prometo que não existira problemas, farei tudo o que o Senhor desejar para melhor servi-lo...

Assim que falei percebi que minha frase poderia ser interpretada da pior maneira, a mandíbula de Aleksander ficou tensa e ele me soltou. Deu um grande respiro e com a voz bem mais alta disse:

- Aurora, você está se aventurando demais, perdida em contos de fadas, como Chapeuzinho Vermelho se perdeu na floresta. - A voz dele se tornou grave e ameaçadora, sua respiração forte acariciando minha pele. - Mas lembre-se, o lobo não se contenta só com o cestinho e, no final, você pode acabar devorada.

Fiquei sem palavras, sentindo ao mesmo tempo a excitação e o medo percorrem meu corpo. Ele se afastou lentamente e o ato quase me fez sentir dor, um desconforto por não ter mais o toque dele em mim. Fiquei muda, vendo-o se afastar e caminhar em direção à sua mesa. Seus ombros largos e corpo musculoso eram tudo o que eu queria naquele momento, desejando secretamente que ele cumprisse aquela ameaça.

Mas afastei o pensamento de que ele tinha falado aquilo no contexto sexual. Provavelmente ele estava irritado por eu ter me metido onde não deveria, e meu posto de trabalho estava ameaçado.

Antes que eu pudesse formular qualquer palavra, sua voz me atingiu outra vez.

- Saia da minha sala! Está dispensada, vá para casa! - Disse e caminhou para a sua mesa.

Eu apenas assenti feito uma idiota, mesmo ele estando de costas para mim indo em direção a sua cadeira. Me virei e estava prestes a sair, mas assim que peguei na maçaneta jurava ter ouvido ele rosnar, olhei por cima do ombro e seu olhar intenso estava sobre mim.

Me atrapalhei girando a maçaneta e sai da sala dele rapidamente. Vi Kylie arrumando suas coisas, acenei para ela que apenas deu um sorriso que mais parecia uma ameaça. Segui para o elevador tentando tirar de mim aquela sensação estranha e o cheiro que me perseguia nos momentos mais inusitados.

Assim que saí do prédio, tentei ligar para Ester, mas ninguém atendia o telefone. Deixei mais uma mensagem com a esperança de que ela ouvisse e me enviasse as ervas para o meu chá, elas realmente estavam no fim. Fazia alguns meses que minha terapeuta não atendia e sua casa ficava em uma parte remota do Canadá e bem longe de Ottawa, não poderia ir até ela tão cedo. Mas eu precisava das minhas ervas, eu nunca ficava sem elas e aquele era um momento que eu realmente precisava cessar os pensamentos em minha mente e afastar o mal-estar do meu corpo, precisava do emprego.

Dias depois...

Caminhei pelo corredor que dava para a sala de Aleksander indo atender o seu chamado, apertei o tablet no meu peito, e dei batidas leves na porta que estranhamente se abriu.

Entrei e mesmo sem ver Aleksander em lugar algum fechei a porta atras de mim. Foi somente neste momento que percebi que ele estava em pé em um ângulo mais escuro da sala.

- Senhor Aleksander eu ...

Parei de falar quando percebi que ele estava com a camisa semiaberta, ele se aproximou e eu sabia que deveria sair dali. Algo estava muito errado, mas eu não fiz, continuei onde estava.

Ele se aproximou e sua mão foi para o meu pescoço, o susto me fez deixar cair o tablet no chão, mas nada o parou, ele apertou me fazendo caminhar para trás até sentir a mesa em minha bunda.

- Senhor...

- Te avisei para não brincar comigo, despertou algo que você não pode controlar. - Sua voz era baixa e perigosa.

Sua boca foi para a minha e seu beijo exigente e dominante me fizeram ensopar minha calcinha.

Ele rosnou em meus lábios. O homem realmente parecia um animal, sempre rosnando, sempre ameaçando, sempre perigoso, o problema nisto tudo era que eu gostava de tudo isto.

Ele se afastou, sem dificuldade me colocou sobre a mesa, sua boca voltou para a minha enquanto ele afastava minhas coxas se colocando entre elas.

Não conseguia ficar parada, eu estava com aquele homem gostoso me desejando, não queria que ele parasse. Acariciei os músculos de seu peitoral, arranhando a sua pele suada.

Senti os dentes de rocarem a pele do meu pescoço e gemi ele mordiscou levemente e com um movimento brusco minha blusa ficou em frangalhos, meu sutiã também, sua boca foi para os meus seios e eu estava próximo de um orgasmo puxando seu quadril para mim.

Podia sentir sua grossa ereção e eu estava extremamente excitada. Não aguentava mais eu pulsava para ele, parecia que tudo em mim se abria para ele.

O som da chuva que começou a cair lá fora, deixou o momento mais intenso, não estava com medo de sermos pegos eu o desejava profundamente.

Aleksander não deixou meus seios até eu gemer apertando seus cabelos e enfiando minhas unhas nele.

Ele se afastou o suficiente e desafivelou sua calça não podia ver o seu pau, mas pude sentir a grande glande esfregar no meu clitóris.

Meu coração estava batendo forte, ele me foderia naquela mesa. Era extremamente errado, imoral e eu não poderia desejar nada diferente.

Senti tudo em mim se molhando e ele gemeu, olhei para o seu rosto e os olhos de Aleksander estavam dourados, não parecia humano, não parecia real. Mas contra qualquer lógica, irracionalmente eu gemi.

- Aleksander...

Ele pressionou mais e eu estava pronta para sentir ele dentro até o talo. O som alto do trovão ressoando lá fora em meio a tempestade me fez abrir os olhos.

E para a minha frustração, tinha sido apenas mais um dos milhares de sonhos eróticos com meu chefe. O homem me aterrorizava durante o dia e frequentava os meus sonhos mais pecaminosos durante a noite.

Estava em um momento crítico de pesadelos, sonhos eróticos com meu chefe estavam substituindo os últimos pesadelos onde eu apenas uma garotinha corria pela floresta acompanhada de dois grandes lobos.

Empurrei as cobertas para baixo, a única coisa real era que realmente chovia intensamente. Me aproximei da janela para fechar, mas quando meu olhar foi para a densa floresta do outro lado da rua, olhos brilhantes pareciam me observar. Fiquei parada por um segundo observando, até eles desaparecerem. Seria um lobo, a floresta estava cheia deles. Deveria ser isto que me fazia sonhar tanto com eles. Mas quanto ao me chefe, o que me fazia sonhar tanto com ele? O homem parecia me odiar e estar esperando apenas um erro para me demitir sem piedade.

Ignorei o fato indo para o banheiro, precisava de um banho demorado e mais uma vez me tocar me aliviando. O desejo indevido por meu chefe estava me deixando fora de controle, fiz uma nota mental para mais uma vez tentar ligar para Ester no dia seguinte, precisava das ervas para me acalmar.

________________________________________

2 meses depois...

Aleksander Vargr

Mais uma noite em que eu tinha dormido pouco. Talvez fosse a temporada que se aproximava e todos os meus afazeres da alcateia. Mas o que me preocupava mais era a humana que trabalhava para mim. Aurora não era uma loba, mas o seu cheiro era instigante e meu lobo estava enlouquecendo todos os dias. Evitei ao máximo nosso contato e a tratei o mais frio possível.

Magnus estava inquieto e estava sempre mais difícil conter a besta dentro. Ele não entendia que ficar longe da humana era o melhor a se fazer.

- Ela está aqui, vamos atrás dela...

- Quieto, Magnus. Tenho trabalho a se fazer, não vamos fazer nada. Mais duas semanas e a temporada vai chegar. Marcaremos uma loba para ser nossa companheira de temporada e você vai saciar sua vontade - adverti.

O rosnado veio, logo em seguida o silêncio. Ele estava se isolando nos últimos tempos quando eu o repreendia a respeito do seu desejo descabido por aquela humana. Ela me intrigava, claro que sim. Sempre atravessando as fronteiras sem sofrer consequências, sempre parecendo afetada a mim. Não que as humanas não me desejassem, mas eu podia sentir que a maneira como ela me olhava era diferente.

O que me deixava intrigado era o fato de que nos últimos meses, quanto mais tempo eu passava longe dela, mais eu sonhava com a maldita humana. Nos sonhos eu a fodia de todas as maneiras possíveis e ela me recebia e aguentava de maneira extraordinária, sua boceta pequena e apertada levando o meu pau até o fundo.

Aquilo era demais para mim, não me faltava lobas e humanas querendo me satisfazer, Kylie era uma que implorava por isto todos os dias, ela era uma loba e me adorava como o seu Alfa, daria tudo para me servir como eu precisava. Mas eu não a queria, eu me recusava a isto e meu lobo também. No passado distante em uma temporada eu a marquei e ela me satisfez, mas eu sentia que a temporada que se aproximava seria diferente, eu precisava de muito mais e meu lobo, bem, ele queria a humana para ser sua.

Ignorei os pensamentos e caminhei para a sala de reunião. Tudo o que decidi nos últimos meses fiz em momentos estratégicos para ficar longe da humana. Mas não poderia evitar ela para sempre.

Naquele momento Aurora estava próxima a mim, anotando tudo e evitando me olhar. Mas o seu cheiro estava ainda mais forte, mais doce e mais convidativo. Me concentrei em Turin, que explicava a grandeza do projeto que reaproveitaria as árvores caídas durante as tempestades ou ventos fortes. Quando, de repente, senti a respiração de Aurora mais forte que o normal. Ela se levantou, se desculpando e saindo da sala.

Turin, Torvald e Vidar tinham percebido, nosso olfato e audição eram as mais apuradas daquela sala. O cheiro ficou mais doce e eu sabia que não estava afetando somente a mim. Levantei-me abruptamente, ignorando o olhar dos humanos que não entendiam o que estava acontecendo.

- Fim da reunião, voltem ao trabalho! - Falei antes de bater a porta e sair corredor afora.

________________________________________

Aurora Morneau

Os últimos meses foram intensos; eu estava sempre angustiada e cada vez mais atacada pelos meus sintomas. Não encontrar Ester estava se tornando algo devastador para mim, restando apenas dois pacotes das ervas que estou acostumada a tomar desde criança para me acalmar.

Durante a reunião, tentei me concentrar, mas algo em mim estava diferente. As poucas vezes que olhei para Aleksander foram a minha ruína. Seu rosto concentrado, suas mãos grandes, seus antebraços com veias em relevo, os músculos sob seu terno... A maneira como ele passava o dedo pelos lábios, focado na reunião, despertava em mim pensamentos atrevidos; eu o desejava. Os sonhos que sempre me amedrontavam foram substituídos por fantasias com ele, meu chefe. Sonhei várias noites com sexo desenfreado com ele, acordando molhada, ofegante e nua. Mas naquele momento, naquela sala, os pensamentos que invadiram minha mente após breves olhadas para ele foram incontroláveis. Senti que estava prestes a molhar a minha cadeira se ele continuasse tão próximo; já não conseguia me concentrar, então levantei-me rapidamente.

- Me perdoem, não estou me sentindo bem.

Corri para o banheiro no fundo do corredor, com apenas uma ideia na cabeça: me tocar. Precisava de alívio. Era ridículo e assustador como eu estava fora de controle com um desejo sexual. Poucas foram as vezes que me toquei; não tinha muita experiência, mas precisava me aliviar; meu corpo clamava por isso. Fechei a porta do banheiro, lavei meu rosto, molhei minha nuca, mas tudo o que via em minha mente era Aleksander me possuindo. Estava louca, não estava bem, lavei minhas mãos e entrei em uma das cabines, levantando minha saia e afastando a calcinha; meu clitóris estava duro e escorregadio. Mas antes que pudesse começar a me satisfazer, passos se aproximaram da porta e uma voz grossa, que conhecia bem, me interrompeu.

- Abra a porta, agora!

A voz de Aleksander sempre foi grossa, mas naquele momento era baixa e perigosa. Tremi, sem saber o que fazer; ele bateu na porta, insistindo. Não consegui falar, não reagi de outra forma; abaixei minha saia e abri a porta. O olhar de Aleksander era intenso; ele entrou na cabine comigo, fechando a porta atrás de si. Ele parecia diferente, mais selvagem, como se uma força maior o guiasse. Eu deveria me sentir envergonhada, talvez até amedrontada, mas algo em sua presença me tranquilizava de maneira inexplicável.

Ele se aproximou sem hesitar, seus olhos fixos em mim de um jeito que parecia ver através de minha alma. Ele não disse uma palavra, apenas pegou minha mão ainda úmida de meu próprio toque. Surpreendentemente, levou meus dedos aos seus lábios e lambeu-os, um gemido rouco escapando de seus lábios.

- Você é doce, pequena - ele murmurou, sua voz mais grave que o usual, vibrando com uma promessa não dita.

Como da outra vez, seus olhos pareciam dourados; eu estava realmente muito confusa. Seu rosto se aproximou e sua mão firme em minha nuca inclinou meu rosto, e seus lábios encontraram os meus com uma urgência que me roubou o fôlego. O beijo era dominante e possessivo, uma afirmação clara de seu controle sobre mim. Minha blusa foi puxada para baixo e não fiz nada para impedir, especialmente quando meus seios foram para sua boca, meus mamilos inchados sendo sugados avidamente por ele, me fazendo gemer.

Antes que pudesse processar o que estava acontecendo, minha calcinha foi arrebentada, o ato me fez escorrer entre as coxas. Aleksander se ajoelhou diante de mim. Com uma força gentil, ele ergueu meu corpo, passando minhas pernas pelos seus ombros, colocando-me numa posição exposta que jamais imaginei assumir naquele escritório. Sua cabeça se inclinou, seus lábios me abriram para ele e a sensação de sua língua contra minha pele foi mais do que eu poderia suportar. Ofeguei, me segurando em seus ombros enquanto minha boceta estava sendo devorada por ele. Sua língua se movia contra o meu clitóris, me fazendo arquear o corpo em sua língua quente e molhada. Aleksander estava me devorando, me conduzindo como e para onde ele desejava e eu não queria estar em outro lugar.

Ele gemia e rosnava enquanto devorava minha boceta, e eu me sentia completamente dele, perdida na sensação quente e pulsante que me envolvia. Cada toque era intenso, calculado, levando-me a um estado de êxtase que nunca tinha experimentado antes. O clímax foi arrebatador, deixando meu corpo tremendo e minha mente nublada de prazer. Estava jorrando de prazer e ele avidamente bebia gota por gota. Quando terminou, ele me ajudou a descer de seus ombros. Aleksander recuou subitamente, um olhar quase selvagem em seus olhos.

                         

COPYRIGHT(©) 2022