O castelo estava quieto de mais depois da morte de Giovanna, ao que parecia ser, a penúltima bruxa existente na face da terra. Agora só havia uma. O Reino inteiro estava uma rebelião quando as bruxas voltaram a atacar e serem uma ameaça para a sociedade humana. Uma guerra entre os humanos e as bruxas sempre foi meu maior medo - todos sabem quem iria ganhar esta guerra. Meu pai tentou me proteger e a minha mãe, mesmo estando fora caçando esta bruxa. Sua obsessão a caças as bruxas parecia uma tradição de Halloween, - só que agora as bruxas realmente existem.
Todos estavam comentando de como impiedoso meu pai tinha agido ao queimar aquela pobre bruxa que nem tinha culpa da guerra que sua família bruxa tinha feito com os humanos. Meu pai e seus melhores soldados haviam torturado ela para extrair informações sobre sua linhagem, mas a garota não sabia literalmente de nada. Foi muito dolorosa assistir ela sendo torturada, convencer meu pai a deixar-me estar presente foi mais complicado do que pensei, mas arrependo um pouco do olhar em que Giovanna me deu quando seus dedos estavam sendo quebrados um por um, e eu não pude fazer nada.
Virando a última esquina do corredor antes de chegar a porta do escritório de meu pai, um de seus guardas mais leal e confortável - de acordo com meu pai, estava saindo de seu escritório com um sorriso largo, mas assim que me vê ela dá um pequeno aceno de cabeça com uma expressão fria. Provavelmente estava discutindo com meu pai para lhe recompensar com uma boa coisa.
Adentrando o escritório de papai vejo ele fitando atentamente a uma folha de papel que segurava em uma de suas mãos. Sua mesa estava uma zona com vários papéis, livros e artigos das quais não me lembrava do que se tratava, meu pai me fez ler todos os livros e artigos que haviam em todo o castelo.
Ele não tira seus olhar do papel nem mesmo quando eu pigarreei para chamar sua atenção. Desistindo de chamar sua atenção através de sons, digo: - Pai, eu estou aqui! O senhor não queria falar comigo? - exclamo com raiva, já perdendo a paciência.
Ao contrário de minha mãe, puxei com o temperamento de meu pai: pouca paciência, um pouco rude, destemido, insistente e frio com as pessoas ao qual não conheço. Minha mãe sempre foi meiga, simpática, coração enorme, alegre, paciente e amiga de todos. Eu queria ter herdado suas qualidades.
- Ah, filho, eu não tinha visto você ai, - ele nunca presta atenção para me vê em lugar algum, sempre foi um pai ausente que se preocupa mais com a sua reputação é trino do que seu único filho e esposa.
- Então, o que você queria falar? - pergunto sem nenhum interesse de saber o que ele queria falar para mim.
- Acabei de ter uma conversa com o pai de Rosali, - ele exclama com um pouco de felicidade. - Ele e eu chegamos a um acordo, você vai se casar com Rosali no começo de agosto! - ele termina a frase com orgulho.
Por um tempo não dissemos nada, só encaramos um ao outro, ele alegre e eu em choque. Eu vinha tentando ter um relacionamento saudável com Rosali a quase dois anos, mas sempre acabávamos brigando ou traindo um ao outro. Nunca chegamos a um acordo desde que a peguei com meu pai. Eu queria confiar nela, porém ela nunca me deu motivo para isso.
- Vocês dois têm tempo, é só daqui a cinco meses. Há tempo de preparar tudo. Eu e sua mãe ficaremos orgulhosos de você se casar o quanto antes. - me tirando do transe, meu pai diz quando eu não digo nada.
Eu pisco atordoado. - Em agosto, - eu repito as palavras tidas pelo meu pai, ainda não acreditando que ele já tinha marcado a data do meu casamento.
- Sim, ela virá aqui amanhã. Iremos fazer uma festa de noivado. - ela solta outra notícia desagradável para mim.
- Amanhã será minha festa de noivado? - eu pergunto em choque, minhas sobrancelhas levantadas expressando meu terror.
- Sim, meu filho. Eu queria marcar a data do seu casamento antes, mas antes de você se casar preciso matar aquela maldita última bruxa. - eu balanço a cabeça em concordância, eu preferia concordar com meu pai do que discutir seriamente com ele. - Você e Rosali precisam de um casamento seguro. - ele completa.
- Claro, - é só o que eu tinha para dizer. - Você sabe que irei fazer tudo para agradar ao senhor.
- Eu sei, e por isso, tem mais uma coisa que irei te pedir. - ele dá a volta em sua mesa e se aproxima de mim. - Quero que me ajude a encontrar a última bruxa, e você sabe que é tão útil para mim do que todos os meus homens.
- Claro pai, irei ajudar a matá-la. - eu afirmei, da boca para fora, mas eu não ia ajudar. - Mais alguma coisa? - acrescentei, já cansado de suas escolhas por mim.
- Sim filho. Tenha uma boa noite. - ele disse com um sorriso de lado.
- Para o senhor também. - me virei sem mais nenhuma palavra.
Saindo do escritório de papai, vejo minha mãe encostada na parede com o pingente de seu colar de diamantes em seus dedos, ela para de encará-lo quando me vê. Ela estava ansiosa para saber o que papai havia falado para mim, sempre foi assim, mamãe não podia perguntar ao meu pai sobre os negócios pois ele não a respondia, mas eu sempre disse a verdade para ela. Ela era a única pessoa em que eu confiava.
- Então, o que seu pai disse? - ela perguntou curiosa enquanto seguia atrás de mim.
Eu não estava a fim de conversar com ninguém no momento, nem mesmo minha mãe. Mas não podia esconder isto dela. - Papai marcou a data do meu casamento para agosto e amanhã será minha minha festa de noivado. - disso sem emoção.
Mamãe me olha com os olhos arregalados e depois diz: - Ele não pode fazer isso com você. Rosali não será nunca uma boa esposa. - ela diz os fatos.
- Ele já fez isso mãe, não tem mais como voltar atrás. - eu digo com a cabeça baixa olhando para o chão.
- Não tem nada que eu possa fazer? - interroga minha mãe, querendo muito me livrar desse casamento arranjado. Eu balanço a cabeça levemente negando. - Você merece alguém que te ame, assim como você a ama.
- Mãe, todos nós sabemos que quem merece isso aqui, é você. - eu lhe digo perplexo. Suspirando acrescentei: - Eu sei que não sou a pessoa mais perfeita do mundo, mas por você, eu tento ser melhor.
- Oh meu filho, - ela diz e em seguida me puxa para um abraço, ela coloca seus braços em volta da minha cintura e funga. - Eu te amo tanto. - Ela diz e sinto minha camisa agarrando meu corpo com suas lágrimas. Ela sempre foi muito emotiva.
- Mãe, não chore. - eu pedi e ergui sua cabeça com meus dedos em seu queixo. - Não gosto de te ver chorar.
- Eu sei meu amor, mas são lágrimas de felicidade. Não se preocupe. - ela diz e depois dá um beijo em minha bochecha.