Capítulo 5 5 - Atração pelo CEO

Laura Lopes

Chego em minha casa e antes de dormir já começo a arrumar minha mala, não tenho muitas coisas, decido colocar na minha mala as melhores roupas e mais casuais e simples. Coloco alguns livros para poder ler nos intervalos do sonho da criança, meus objetos pessoais, e deixo quase pronta duas malas.

Após jantar me deito na cama e tento dormir, amanhã é um novo dia.

" Não acredito que o emprego é meu, a criança gostou de mim, e vou morar naquela linda mansão, realmente parece um sonho.

Continuo a sorrir, enquanto me cubro e tento dormir, enquanto escuto o som acelerado do meu coração.

****

Meu celular desperta e me sento, me sentindo um pouco sonolenta, devagar eu me levanto e começo a me arrumar.

Coloco uma roupa confortável e um casaco por cima e o meu tênis.

Trabalhar cuidando de crianças, é aconselhável usar tênis, por conta do vai e vem, babás nunca ficam paradas.

Como ceral com leite e depois vou para o banheiro fazer minhas higiene e pentear os meus cabelos.

Termino, e me olho no espelho, pensando em frases otimistas para o dia de hoje.

Passo um perfume leve e pego minhas duas mochilas, uma de colocar nas costas e a outra de rodinha, puxo ela saindo de casa e tranco a porta principal.

Vou ter que ligar para meus pais depois, essa simples casa são deles, eles deixaram para mim depois de terem se mudado para Goiás.

Eu preciso falar com eles sobre eu ficar ausente de casa, vou ter que alugar a casa para ela não ficar sozinha.

****

Chegando na mansão, sou recebida pelos seguranças e depois pela empregada de confiança do CEO, que faz um tuor comigo pela casa, me mostrando cada lugar, e os cômodos que são proibidos, o quarto do CEO, seu escritório, e o terceiro andar da mansão.

Apenas concordar com tudo que ela fala, e no final de conhecer cada cômodo, ela me mostra meu quarto, no segundo andar, que fica ao lado do garoto.

Entro no quarto e fico impressionada, ele é bem grande e tem um banheiro, e um closet.

" Céus, não acredito."

- Bom, é isso, se tiver dúvidas basta me perguntar, Hugo ainda não acordou, a porta do quarto dele está aberta, vou deixar preparado o café da manhã dele. - agradeço a ela, que sai logo em seguida, deixando a minha porta aberta.

Assim é melhor para que eu o ouça, caso ele acorde.

Me sento na cama de casal e sinto como ela é macia. Sinto cheiro gostoso de desinfetante de lavanda pelo quarto. Os lençóis parecem ter sido trocados, sinto cheiro suave de amaciante.

Começo a sorrir olhando com atenção o quarto, é muito lindo.

Pego minha mala a abrindo e devagar começo a organizar algumas coisas minha no enorme guarda roupa embutido.

Quando estou quase na metade, escuto o choro de Hugo. Paro rapidamente o que estou fazendo e vou até o quarto ao lado, ele está chorando com a mão no rosto em seu berço, com os olhos vermelhos e lágrimas escorrendo em seu rosto.

- Bom dia Hugo, venha aqui, não precisa chorar. - começo a lhe consolar, e ele estende suas pequenas mãos até mim. Pego ele, e o coloco em meu colo e limpo suas lágrimas.

- Não precisa chorar, tá bom? Você só acordou. Você deve estar com fome, que tal um leite? - Faço carinho em seu rosto e ele assente, fungando o nariz.

Vou até sua mochila pegando um lenço para limpar suas lágrimas e vou com ele até a cozinha.

Com um rosto agora seco, me sento na mesa com ele e ofereço a ele leite, e Hugo pega o copo e começa a beber rapidamente, parece mesmo com fome. Depois mostro a ele outras coisas gostosas, para influenciar ele a comer melhor, além do mais, toda criança na idade dele tem que comer um pouco de frutas. Ele com muito custo pega alguns morangos e leva a boca, ele arregala os olhos parecendo gostar e pede mais.

Dou a ele, e escuto uma curta risada, ele parece ter gostado mesmo.

Passo a tarde toda com ele, brincamos no gramado, ele correu e eu segui ele, pegando ele no colo e o levantando para cima. Mais tarde, saímos a companhia da empregada e com autorização do Senhor Rodrigues, compro algumas roupas para ele e brinquedos.

Quando volto com ele para a mansão, Hugo e eu brincamos muito com seu brinquedo novo e parece mais feliz, e isso me anima.

Depois da janta, às seis horas da tarde dou banho nele e coloco um pijama azul, o que compramos.

Conto uma história para ele, e rapidamente ele cai no sono, em meus braços.

Ele não consegue dormir a menos que seja no colo, e de palmadinhas em seu bumbum.

Coloco ele com cuidado no berço e me afasto devagar, deixando a porta aberta e vou até o meu quarto.

Me deito na cama e me sinto exausta, mas ao pensar sobre o dia de hoje, eu gostei muito.

Tomo o meu banho e decidi dormir logo em seguida.

Não vi o Senhor Rodrigues hoje, ele deve mesmo ser ocupado e trabalhar muito. Deve ser bem exaustivo.

*****

No dia seguinte, acordo cedo e me arrumo como sempre.

A empregada de confiança do CEO, que agora sei que se chama Rita, me chama para tomar o café da manhã.

- Bom dia! - ela disse, e eu a cumprimento.

- Bom dia ! Nossa, que mesa linda. - olho para ela e as guloseimas em cima.

" Parece mesmo gostoso." penso ao sorrir e Luiza se aproxima de mim, me desejando bom dia.

- Bom dia Laura. Dormiu bem noite passada? - olho em seus olhos gentis, e a respondo.

- Bom dia, dormi bem sim, obrigado. Hugo é uma criança fofa, ele só parece assustado um pouco. Eu mal sei o que ele passou para ficar assim. - comento e me sento.

Tomamos o café juntas e Luiza começa a conversar mais comigo, nos tornando mais íntimas. Eu percebi que ela tem curiosidade sobre mim, e decido me abrir mais, mostrar quem eu sou a ela.

Ela parece gostar das minhas respostas, e conheço mais sobre ela e seu filho.

Fico ainda mais curiosa quando ela fala do Miguel Rodrigues, o CEO. Ele parece ser um homem muito interessante, sério, e esforçado.

Depois de conversarmos e ter me alimentando bem, vou até o quarto de Hugo.

****

Nos três dias que estou nessa mansão, Luiza a mãe do CEO, tem me observado, prestando atenção como sou carinhosa e paciente com Hugo, ela parece se impressionar como ele se acalma rapidamente quando converso com ele, reparo que Rita a empregada também fica me olhando como trato Hugo. Sei que posso ser uma estranha, elas tem o direito de me observar.

Mas estou feliz que elas me tratam bem. Ainda mais sendo mestiça, isso faz meu coração feliz. Eu sofri preconceitos no passado por ser mestiça.

****

- Agora, vamos dormir? Vou te contar uma história.

- Tá bom... Titia. - ele fala sorrindo, segurando um ursinho que comprei para ele.

Começo a contar uma história de super herói para ele, e Hugo arregala os olhos e sorri, gostando da aventura da história.

Quando termino de contar ele fecha os seus olhos e adormece.

Ele ficou com sono mais cedo hoje, preciso dormir logo em seguida, amanhã com certeza ele vai acordar muito cedo.

Cubro ele e beijo sua bochecha, apago as luzes e saio do quarto, indo até o meu.

Miguel Rodrigues.

Depois de um longo dia de trabalho, chego em casa ao entardecer, quando passo pelo corredor vejo as luzes dos quartos da babá e do garoto apagadas.

" Já estão dormindo. " penso ao continuar a caminhar e ir até o meu quarto. Ao fechar a porta tomo um banho e coloco uma roupa confortável.

Me jogo na cama e penso em relaxar, os últimos dias haviam sido corridos e estou com a cabeça cansada. Eu mal tive tempo de conhecer a babá direito, a Laura.

Quando me ajeito para dormir, ouço o som da criança chorando, o menino parece ter acordado, e o seu choro parece desesperado. Me levanto às pressas e corro até o quarto dele. Quando olho para o quarto, me deparo com Laura já acalentando a criança, o segurando em seus braços e o acariciando com muita atenção, ela começa a falar palavras doces a ele.

- Está tudo bem, Hugo, foi só um sonho, tá bem? Tudo bem... estou aqui. - ela repete várias vezes, balançando ele em seu colo, fazendo carinho.

O choro dele para e neste momento, Hugo começa a sorrir sacudindo a cabeça e ele abre a boca, dizendo.

- Tá bom... mamãe. - quando ele diz isso eu arregalo os olhos e percebo que Laura fica visivelmente desconfortável, quando ela percebe a minha presença na porta, dá um sorriso sem graça, com seus olhos vidrados nos meus.

Eu caminho até Hugo, fazendo um gesto para ela que quero o pegar. Ela cede e me entrega ele, o seguro com cuidado, o abraçando com carinho, o pequeno corresponde colocando sua pequena cabeça no meu peito, ele boceja e se ajeita no meu colo, adormecendo.

Enquanto inclino minha cabeça para olhar para ele, percebo que Laura me observa.

Levanto meu rosto para olhar para ela, e percebo que seu olhar está diferente, ela percorre seus olhos para meu rosto, meus lábios e um sorriso curto surge em seus lábios, fazendo eu sentir uma sensação estranha, por estamos nesse quarto, e nos olhando por tanto tempo sem dizer uma única palavra.

Ela percebe que me olha demais, e tenta desviar o olhar, Laura coça a garganta e olha para os lados, ficando sem jeito.

Admito que ela fica fofa e engraçada desse jeito. Acabo sorrindo sem querer, mas fecho o rosto rapidamente para que ela não perceba, caminho com Hugo até seu berço e o coloco com cuidado e cubro ele, que dorme profundamente.

Respiro fundo olhando para Laura e pergunto.

- Acho que agora ele vai dormir bem. Bom... não conversamos direito nesses dias que se passaram. Podemos conversar um pouco antes de irmos dormir? Posso preparar uma bebida quente pra você. - sugiro a ela, que pensa por um momento e concorda, sorrindo levemente para mim.

- Claro, vamos conversar Senhor, e eu aceito a bebida.

Gesticulo para que ela me siga, desligo a luz e juntos caminhamos até a cozinha.