NAS TERRAS DE MAKUNAIMA – PARTE 2
img img NAS TERRAS DE MAKUNAIMA – PARTE 2 img Capítulo 5 CALORÃO NA FAZENDA VITÓRIA
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Capítulo 6 SEI QUE ELA É COMPROMETIDA! img
Capítulo 7 QUE RAIOS DE QUERMESSE! img
Capítulo 8 BEBENDO PARA ESQUECER img
Capítulo 9 ME IMAGINEI, UM VAGALUME img
Capítulo 10 APENAS... UM BEIJO! img
Capítulo 11 PASSEIO E SENTIMENTOS img
Capítulo 12 NÃO FUJO MAIS DA BRIGA img
Capítulo 13 O RICARDO SE FOI img
Capítulo 14 VOU TE AJUDAR A ESQUECER img
Capítulo 15 BELA VITÓRIA-RÉGIA img
Capítulo 16 MAIS QUENTE QUE UM BEIJO img
Capítulo 17 PINGENTE PARA CASAIS img
Capítulo 18 FIM DE SEMANA NA FAZENDA img
Capítulo 19 NOITE NA FAZENDA SOSSEGO img
Capítulo 20 ROMANCE NO ESTÁBULO img
Capítulo 21 COBRA GRANDE DO IGARAPÉ img
Capítulo 22 RECÉM-NASCIDOS img
Capítulo 23 DESABAFO COM AMIGOS img
Capítulo 24 FICAR MAIS UMA VEZ img
Capítulo 25 ATAQUES DE PIRANHAS img
Capítulo 26 ENCONTREI VOCÊS! img
Capítulo 27 NOSSO PLANO DE FUGA img
Capítulo 28 MINHA ENFERMEIRA img
Capítulo 29 TUDO RESOLVIDO img
Capítulo 30 NERVOSOS img
Capítulo 31 OBSERVAR A COBRA, MESMO img
Capítulo 32 QUE MISSÃO MAIS QUENTE! img
Capítulo 33 AMEAÇAS AQUI ! img
Capítulo 34 O QUE PODEMOS FAZER img
Capítulo 35 VIDA QUE SEGUE img
Capítulo 36 TRAIÇÃO X SEPARAÇÃO img
Capítulo 37 REENCONTRO OU MAIS UM CONFRONTO img
Capítulo 38 AINDA ESTÁ COM RAIVA img
Capítulo 39 MAIS QUE REATAR img
Capítulo 40 PROVO QUE ME CASO img
Capítulo 41 CONVERSAR MELHOR img
Capítulo 42 RECEBER VISITAS img
Capítulo 43 PEDIDO DURANTE A FORMATURA img
Capítulo 44 NOSSO CASAMENTO img
Capítulo 45 COMEÇARAM AS DESPEDIDAS img
Capítulo 46 MUDANÇA img
Capítulo 47 EPÍLOGO PRÉVIAS DE: img
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Capítulo 5 CALORÃO NA FAZENDA VITÓRIA

DOIS DIAS DEPOIS

Ainda no horário da manhã, no campus da Universidade de Barra Mansa da Mata.

Zeca estava lendo um pequeno papel em voz baixa, como se tivesse surpreso.

- Fui convidado para acompanhar a vacinação de animais da Fazenda Vitória, que fica perto da universidade.

Ao se aproximar do jipe verde para entrar, a Vera apareceu e entrou no veículo. Ela veio acompanhada de dois acadêmicos estagiários de veterinária que carregaram caixas térmicas.

- Professora? O que a senhora está fazendo aqui?! – Zeca, ficou surpreso.

- Ora. O que mais? Estou indo a Fazenda Vitória. Vamos vacinar alguns bezerros e novilhos. Acredito que você está indo até para o mesmo lugar. – Vera falou com um sorriso no rosto, que fez Zeca engolir em seco.

- Verdade, estou indo para lá. Que coincidência foi essa?

"Fico tentando me afastar, mas ela aparece. Sempre dá um jeito de invadir meu espaço. Por que isso acontece justo, comigo?" – Zeca analisou.

- Vocês trouxeram o isopor com todo o material que vamos precisar? - Vera perguntou para os estagiários, comandando a situação.

- Sim senhora. – Os estagiários, Davi e Théo, respondem juntos.

- Prontos ou não para o trabalho. Hoje é dia de campo. Lá vamos nós! – Ela disse sorrindo.

Zeca franziu a testa.

- Por que fui convidado? Se você já tem dois auxiliares, acompanhando a pequena expedição. Qual a necessidade da minha presença? – Zeca perguntou apreensivo.

- Simples. Seu trabalho envolve esse tipo de animal. E, estes dois nunca foram em nenhum trabalho de campo. Achei que sua experiência fosse útil.

"Isso só pode ser um pesadelo. Aliás, é pior que um pesadelo. Está acontecendo mesmo comigo." – Zeca pensou.

O trajeto demora pouco mais de trinta minutos. O Zeca apesar de estar dirigindo, fica o tempo inteiro apreensivo, virando o rosto para a janela oposta a que Vera se encontra tentando evitar contato visual. Mesmo em silêncio, a presença dela parecia preencher todo o espaço ao seu redor.

O estagiário por sua vez, não paravam nem para conversar nem prestar atenção ao clima tenso.

- Hoje é dia de vacinação! – Eles ficaram apenas cantarolando.

- Davi, não esquece que depois do trabalho tem quermesse.

- Verdade Théo. Nosso dia foi ganho, vamos aproveitar um pouco.

O trajeto é curto, ao chegarem na Fazenda Vitória, são recebidos por Deodato dono da propriedade.

- Ainda bem que vieram logo. Já estava ficando preocupado.

- Estamos muito bem acompanhados. Nossos estagiários também irão ajudar.

- Não encontro veterinários por esta região. Ainda tem que prevenir a tal da aftosa. Essa ajuda veio bem a calhar. – Disse Deodato.

- O estranho é que a nossa universidade forma veterinários.

- No entanto, Zeca, começamos o curso de veterinária há pouco tempo.

- Hum. Deve ser por esse motivo que não tem profissionais desta área.

- Por isso decidi pedir ajuda na universidade em que trabalham.

- Como o senhor se chama?

- Sou Deodato, vocês vão ter que vacinar no curral.

- Claro, senhor Deodato. – Vera confirmou.

- Na sede da fazenda, tem uma enorme área com redes, se precisarem descansar um pouco. Vamos servir um lanche e o almoço. E, se precisarem de qualquer coisa, podem mandar me chamar.

- São apenas essas instruções? – Zeca perguntou.

- Sim. - O seu Deodato se afasta com um aceno de chapéu.

Depois o grupo resolveu o que iria fazer. Após as formalidades Vera assumiu a organização.

- Pronto, é o seguinte. Os garotos ainda não fizeram este tipo de trabalho. E acredito que você tenha experiência em vacinar animais, professor José.

- Sim, de fato tenho. – Zeca falou olhando em direção ao lavrado da fazenda.

- Sendo assim, vamos fazer a vacinação em dupla hoje para que o trabalho aconteça mais rápido, porque pretendo terminar ainda hoje. E, com sua ajuda professor, os estagiários farão o trabalho de observação e as anotações necessárias.

- Professora, pode me dizer quantos animais teremos que vacinar? – Perguntou o Davi.

- Umas cento e noventa cabeças de gado. Talvez um pouco mais.

- Vamos levar parte da manhã e à tarde toda! – Disse Théo.

- Se fizermos o trabalho direito terminamos ainda hoje. – Vera comentou.

- Vamos logo. Que com todo esse falatório não terminamos hoje.

Cada grupo seguiu para um lado para vacinar. Já no curral o Sol castigava. O calor era quase palpável, o suor fazia a roupa grudar na pele e a Vera teve que tirar o jaleco, ficando com uma camisa branca de algodão, que se moldava ao corpo. A calça comprida azul e botas reforçavam a postura decidida.

Mas, algo na maneira que ela preenchia o cabelo, em um coque improvisado, dava um toque inesperado e sedutor.

Zeca tentou se concentrar no trabalho. No entanto logo se viu vencido pelo enorme calor do dia, já suava também e precisou tirar o jaleco. Revelando uma camisa quadriculada esverdeada com os dois botões de cima soltos, suava tanto que as mangas foram arregaçadas até os bíceps, mostrando os músculos definidos, discretos e firmes. A calça comprida preta e botas pretas completavam o figurino.

- O dia está bem quente. Trabalhar no campo em Roraima é isso. – Zeca disse quase para si.

- Hoje o calor está especialmente atraente. Para sair daqui e tomar um belo de um banho. – Zeca pensou alto.

- Verdade professor. – Disse Davi.

Zeca sorriu de canto em resposta.

Passando mais 20 minutos, Zeca suava tanto que a e a camisa estava colada ao seu corpo.

- Davi, não acha que hoje está mais quente que o normal?

- Sim senhor. Bem mais quente, anormal. Isso em um estado que já é bem quente. Parece que está anunciando que vem chuva mais tarde.

- E, uma chuva daquelas bem forte, com raios e trovões. – Zeca confirmou, olhando para o céu.

Eles continuam fazendo o trabalho e a manhã foi passando com certa tranquilidade.

- Acho que não vai ter problemas se eu ficar só com a camiseta. Afinal, estamos em uma fazenda. – Zeca limpou o suor que estava escorrendo da testa com a mão.

- Se eu estivesse em casa, estaria era sem minha camisa, senhor. – Disse Davi.

- Eu também. Devo ter me acostumado com o trabalho na sala de aula ou no laboratório. Vish como está quente!

- Professor José, se acalme que em menos de 3 horas estaremos de volta ao campus. – Vera comentou.

- O que foi professora? Aconteceu alguma coisa que precisa de nossa atenção?

- Percebi que a cada hora que passa a sua roupa parece desaparecer um pouco.

- Ah! Sobre isso. Até comentei com o Davi. Hoje está muito quente e úmido, chega a ficar estafante.

- Eu também já arregacei as mangas. – Disse Davi logo atrás.

- O senhor está certo. – Ela se vira para todos. - Pessoal, pausa para o lanche, beber água e se refrescar! E, claro quem precisar se aliviar fique à vontade. – Vera falou alto para todos ouvirem.

Uns vinte minutos se passaram, comeram os lanches e beberam suco gelado para se refrescarem. Em seguida, o pequeno grupo voltou ao trabalho.

Depois de mais uma hora de trabalho, já estava com bastante calor e molhados de suor novamente.

Não teve jeito, o Zeca estava completamente suado que sua camiseta branca já estava quase transparente e desabotoada, podendo ver parte do torso. Ele viu uma mangueira perto do curral e não resistiu.

- Davi não tem como aguentar tanta quentura. Vou me refrescar um pouco. Tentar diminuir um pouco desse calor.

- Eu também vou aproveitar para beber água, professor.

E cada um seguiu em uma direção.

- Acho que vou molhar um pouco da minha camisa. Assim, vou conseguir diminuir um pouco mais desse calor intenso.

O Zeca pegou a mangueira com intenções de molhar apenas o rosto. Depois por impulso, acabou molhando toda a camisa e até um pouco da calça encharcando-as. A camiseta branca ficou ainda mais transparente, revelando um contorno do tórax bem definidos. O corpo reagia a água, com um suspiro de alívio.

- Agora sim, parece ter esfriado o suficiente para conseguir voltar ao trabalho. – Zeca estava esboçando um sorriso genuíno.

Foi nesse instante que a Vera se aproximou bem devagar.

- Professor, eu posso. Hum. Então, posso falar. Quer dizer. Posso te dizer uma coisa? – Vera disse apreensiva.

Zeca ainda com água escorrendo pelos braços virou-se.

- Claro, professora. O que foi que aconteceu?

- A sua camiseta, hum ..., ela está bem, transparente. O senhor tem problema quanto a isto?

Ele olhou para baixo percebendo apenas nesse instante o que ela disse.

- Minha camisa? Nossa! Não havia notado, me desculpe.

- Não, precisa. Quer dizer. Só, me chamou atenção. – Disse Vera com os olhos demorando um pouco mais sobre o peito dele. - Você tem músculos no lugar. Com toda aquela roupa, não dava para notar.

- Cof! Cresci numa fazenda. Tinha muito trabalho duro lá. Não fiquei assim por querer. O que estou dizendo! Meus músculos são naturais, por causa do trabalho. – "Devo estar alucinando por causa do calor." – Zeca ponderou.

Ele que estava segurando a mangueira, ficou parado, sem saber o que fazer diante do olhar de Vera em direção ao seu corpo.

Ela continuou olhando na direção do tórax dele, sua camiseta ainda estava transparente.

"Ela está me encarando com cobiça!? Deve ser fruto da minha imaginação. Não pode ser!" – Zeca matutou.

- Me dê a mangueira. Estou com calor também.

- O que disse?!

- Professor José. O senhor pode me passar a mangueira. Que também estou com calor. – Vera chegou mais perto.

- Ah! Tá. Claro, pode pegar. – Ele ficou rubro com aproximação dela.

Vera pegou a mangueira e começou a se molhar no rosto, nos cabelos e no pescoço enquanto pensava. Quando a água tocou na camisa branca, o tecido, ficou moldado no corpo dela. Revelando o contorno do sutiã verde-claro.

Zeca virou o rosto para o lado, tossiu, tentou fingir que não viu, mas claro que ele viu.

Pensamento de Vera.

"Que visão foi aquela! O professor está completamente em forma. Nenhum músculo está fora do lugar. Muito pelo contrário, tem até mais músculos que a maioria dos homens daqui. O que estou imaginando? Vera sossega, mulher. Tu tens namorado!" – Vera parou um tempo refletindo enquanto se molhava.

'- Cof!' – Ele tossiu.

"Nossa! Será que digo a ela que está aparecendo o seu sutiã? Acho melhor não. Não tenho tanta intimidade para isso. Vou tentar fazê-la parar de se molhar." – Zeca matutou.

- Professora, vamos terminar logo o nosso trabalho. Parece que já vacinamos mais da metade dos garrotes. - Ele se virou de lado e sorriu.

"É muito rude eu ficar encarando. Que situação!" – Zeca pensou.

- Acredito que sim. – Vera falou, enquanto continuava admirando o tórax embaixo da camiseta dele.

- Sim, vamos terminar bem antes do esperado. E, isso foi graças a ajuda de todos.

"Onde será que ela se escondeu este tempo todo? Uma mulher linda, inteligente, como ela e para meu pesadelo. Comprometida. Que castigo heim, Zeca?" – Zeca ponderou.

Ele ficou vermelho e se virou novamente da posição que estava para evitar olhar ainda mais para Vera.

- Professor José. Tem certeza sobre a sua camiseta transparente? – Ele encarou o tórax dele.

- Me desculpe, professora. Estava com calor. Vim me refrescar e acabei exagerando. – "Que é isto! Ela realmente está me olhando!?" – Zeca pensou.

- Por mim não tem problemas. Já estou acostumada.

"Que sensação estranha é essa? Zeca te controla que ela é comprometida." – Ele pensou.

- Vamos logo, Vera. Nós realmente temos que terminar o nosso trabalho.

- Sim, senhor!

Ele se afastou, tentou se concentrar no que restava do trabalho, virou de relance e quando percebeu, algo o tirou do seu torpor: um forte ruido vindo do lado oposto do curral. Apareceu um cavalo solto, desgovernado correndo exatamente na direção de Vera. Que estava virada para outra direção, perdida em pensamentos.

- VERA!!! – O Zeca gritou e ela não se moveu.

"Que droga! O cavalo não vai desviar. Vai acabar machucando a Vera!" – Zeca pensou enquanto correu o máximo que pode na direção de Vera. - Se eu não chegar a tempo! – Zeca falou enquanto correu na direção de Vera quase em desespero.

                         

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